Capítulo 9

Lucca

Chego do hospital ao mesmo tempo, em que os

meus primos, estava até agora com o garotinho, quero tanto saber o que aconteceu de fato para abandonarem aquela pequena criança.

— Cara, tu perdeu! — Samuel diz vindo em minha direção, levemente embriagado. — Noah pegou uma gostosa, de curvas deliciosas..— Samuel para de falar quando percebe meu estado. — O que aconteceu?

— É uma história longa! — Falo cansado, já são mais de cinco horas da manhã. — Amanhã eu explico.— Falo já me dirigindo para o quarto, ele me acompanha em silêncio.

Meus outros primos já se dirigiram para seus respectivos quartos, eu só tirei a roupa me jogando na cama, quando sinto algo embaixo de mim, são as roupas do garotinho, pego as peças, estão podres de sujos, eu jogo no lixo, aquilo nem se lavasse daria pra ele usar novamente.

Quem será que fez essa monstruosidade com uma criança, daquele tamanho?

— Ei cara, está tudo bem? — Meu primo pergunta, olhando pro cesto de lixo do banheiro.

— Está sim. Hã...vou dormir. Pode usar o banheiro se quiser. — Falo e saio do banheiro e ai sim eu posso dormir.

...----------------...

— Ei brother! — Ouço meu primo Samuel me chamar. — Acorda Caraio. — Ele me chama novamente.

— Cara, que horas são? — Pergunto meio sonolento ainda.

— São nove horas da manhã.

— Cara, fomos dormir mó tarde. Me deixa.

— Dá não, esqueceu que combinamos de curtir a cachoeira com nossos pais e tios? Eles não vão deixar a gente sossegado. — Samuel retruca.

— Ah caralho! Esqueci, beleza já estou indo. — Ele sai do quarto e fecha a porta.

Entro no banho, pra ver se eu acordo, porém não resolve muita coisa, coloco uma bermuda e uma camiseta, calço meus chinelos e vou até a cozinha encontrar com o pessoal.

— Bom dia, Família! Benção vô e benção vó. — Beijo meus avós no rosto e aceno pro restante da família.

— Bom dia meu neto, só falta você pra tomar café, seus primos já tomaram. — Aceno em concordância arrumando o café.

— Ei mana, vai conosco pra cachoeira? — Minha mãe pergunta.

— Que nada, tenho uma reunião as 11 com uma possível nova estilista da bonequinha fashion.

— Eu amo essa minha mulher. Sempre ajudando e incentivando as pessoas. — Meu tio Enrico diz dando um selinho na minha tia, o que faz a Laura torcer o nariz.

— Me poupem! — Laura faz seu drama.

— Bom, vamos indo? Não vai querer ir conosco sogrão? — Meu pai pergunta com a mão no ombro do meu avô.

— Vou nada, vou ficar cuidando do jardim, depois que Emílio foi embora, esse jardim nunca mais foi o mesmo. — Meu avô diz se levantando.

Tomo o resto do café e saímos todos juntos para a cachoeira, como é perto resolvemos ir andando.

Em quinze minutos chegamos na cachoeira e o barulho de água batendo nas pedras é um calmante natural.

— Cara, deve estar mó gelada! — Noah diz.

— Com certeza, deve estar, o sol nem chegou ali. — Minha tia Fran diz.

— Ai gente ninguém precisa entrar na água. — Mamãe fala.

— Exatamente, viemos aqui pra passar um tempo juntos. — Meu pai diz juntando a esposa.

— Ficássemos na fazenda e não precisava fazer a gente acordar cedo. — Bianca retruca e meu tio Lucas da um peteleco na cabeça da filha.

— Para de ser reclamona, vem me ajudar a arrumar as coisas nessa mesa. — Minha tia Alicia pede e organizamos as coisas em cima da mesa de madeira que tem próximo a cachoeira.

Como não costumávamos comer, assim que acordamos, geralmente só tomamos o café mesmo, então trouxemos coisas para comer caso a fome batesse.

— Pago milzinho, pra quem pular na água. — Meu tio Lucas diz.

— Milzinho, assim de graça? — Samuel pergunta.

— Milzinho, mas precisa pular de sunga.

— Tudo bem, eu vou! — Falo já me levantando.

— Vai uma ova, você vai adoecer. — Minha mãe diz.

— Vou nada, além do mais o que não falta na família são médicos.

— Vai achando que eu vou cuidar de você. — Meu tio padrinho caçoa. — Além do mais eu cuido de crianças e não cavalo velho.

— Nem olha pra mim, já estourei minha cota de cuidar de você, já engessei muito osso do seu corpo, quando era criança. — Tio Enrico diz.

— Vocês são tudo sem coração, sorte a minha ter um avô que me ama. — Faço drama mesmo. — Tio Lucas prepara o bolso. — Falo já arrancando a roupa.

Quando estou apenas de sunga, corro até a beira, vou na parte onde sei que não tem pedra. Me afasto, corro dando um impulso e pulo.

Assim que o meu corpo cai na água, acho que apago por alguns segundos, pois não sinto meu corpo de tão gelada que está água, mas já que estou aqui enfio minha cabeça na água.

— Está porra tá gelada, para um caralho! — Digo com o queixo tremendo e batendo os dentes.

— Valeu o Milzinho, só por ver sua cara de derrota. — Tio Lucas diz rindo e eu saio da água com o queixo batendo.

— Você é muito idiota, Lucca! — Minha mãe briga comigo estendendo a toalha. — Acho que você precisou de uns tapas quando era criança, é muito idiota.

— Mamãe você não me bateria, iria querer marcar esse rostinho de anjo?

— Só se for anjo do inferno. — Bianca diz rindo.

— Tô melhor que você, pelo menos não saio sentando em tudo que se mexe. — Zombo, ela me olha com raiva e depois da um sorrisinho que me assusta.

— Não mesmo, tá ocupado levando chute nas bolas, pessoal deixa eu contar, ontem no show da praça nosso querido Don Juan, havia sido rejeitado e como se não bastasse ele levou um chute nos países baixos. — Ela solta e todos gargalham, inclusive meus pais.

— Ah sua... — Nem tenho tempo de falar, porque meu celular apita anunciando uma mensagem.

— Mas não quero ficar com a lembrança só pra mim, acabei de enviar o vídeo no WhatsApp da família. — Bianca termina dando sua cartada final.

E todos olham o bendito vídeo, ótimo, agora, todos estavam vendo. Me pergunto como ela gravou já que estava enroscado com o japinha, então vejo Laura e ela dando olhares cúmplices.

— Vai ter troco, vocês duas. — Aponto para minhas primas.

— Tô morrendo de medo, ui. — Laura diz caçoando.

Deixo isso de lado e termino de me secar e sento ao lado dos meus pais.

Vejo as pessoas se interagindo e eu não consigo parar de pensar naquele serzinho que eu deixei no hospital, espero que cuidem muito bem dele.

Quando a fome apertou, sabíamos que chegaste a hora do almoço, por isso recolhemos nossas coisas e seguimos para a fazenda.

...----------------...

Ao entrar eu a vejo linda, em seu vestido florido, meu coração até dispara. Tem que ser ela. O amor da minha vida.

— Meu Futuro! — Digo sorrindo e só então outros notam a presença dela.

— Vocês já se conhecem? — Minha tia Ayla pergunta confusa.

— Sim! É a mulher que chutou as bolas do nosso primo. —Laura diz rindo e tenho vontade de manda-la se foder.

— Nossa! É assim que se lembram de mim? — Paola pergunta chocada.

— Na moral, você fez muito bem. Alguém precisa cortar as asinhas desse garoto, se acha a última bolacha do pacote. — Meu tio Lucas diz rindo. — Sou Lucas tio desse garoto, muito prazer. — Meu tio estende a mão para minha garota.

— Sou Paola.

— Tá falando isso, só porque eu consigo pegar quem eu quiser. — Digo e vejo a Paola revirando os olhos.

— É, eu vi mesmo. — Bianca diz saindo de trás do meu tio Rodrigo. — Oi Paola.

Todos meus primos cumprimentam Paola e meus tios e pais que não a conheciam são apresentados a ela.

— Vocês não tem nada pra fazerem? Garanto que são muito ocupados. — Falo querendo ficar a sós com minha garota.

— Se tá achando que vai conseguir nos tirar daqui, está muito enganado estamos com fome. — Meus padrinho Diego diz me afastando de perto da mesa. — Paola aceita almoçar com a gente?

— Obrigada, mas já almocei, inclusive, Ayla ainda precisa de mim? — Paola pergunta me evitando completamente.

— Não, já acertamos tudo, qualquer coisa eu te mando uma mensagem.

— Está certo, foi um prazer conhecer todos vocês. — Paola se despede de todos.

— Eu te acompanho — Digo já me colocando ao seu lado.

— Não precisa! — Diz alto, arranco olhares em nossa direção. — Desculpa. — Pede sem graça. — Mas realmente, não precisa Lucca.

— Eu faço questão. — Digo com um sorriso gigante.

— Quanto cavalheirismo — Samuel zomba e mostro o dedo do meio a ele.

— Ok então. — Paola diz derrotada.

Ela começa a caminhar na minha frente e eu sigo atrás, confesso que dou umas boas olhadas em seu bumbum redondinho.

Passamos por meus avós e ela da um tchauzinho com a mão.

Assim que chegamos próximo ao seu carro.

— Tchau Lucca. — Paola se despede de mim e tenho vontade de puxa-la para um beijo, mas Deus me livre levar outro chute nas bolas.

Porém não deixarei ela ir sem sentir o meu impacto.

— Porque Paola? — Pergunto próximo a ela, quase posso ouvir o retumbar do seu coração.

— Porquê, o quê? Garoto — Ela pergunta tentando se manter estável perto a mim.

— Porque ainda continua insistindo que não sente nada por mim?

— Não sei do que está falando.

— Você sabe que eu mexo com você, eu sei que seu coração acelera próximo a mim, que suas mãos suam, sua garganta seca, eu sei que se sente abalada perto de mim, não negue a você e nem a mim. — Falo encostando ela no carro, presa como um animal indefeso.

— Continuo não entendo do que você está falando, agora se me der licença eu preciso ir. — Ela olha para mim e passa por debaixo do meu braço. Ela entra no carro sem olhar para trás.

— Tudo bem Paola, pode continuar fugindo, mas eu não desisto daquilo que quero e no momento eu quero você. — Falo e ela apenas sai com o carro.

Ótimo, quer se fazer de durona, tudo bem. Eu não fujo de um desafio jamais.

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Comments

Maria Izabel

Maria Izabel

Lucca não sei qual sua idade mais vc é muito encistente será que Paola vai entender

2023-12-04

2

Claudia

Claudia

Lucca a sua moral está um pouco baixa 🤭🤭🤭🤭🧿♾

2023-08-13

5

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Atualizado até capítulo 76

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