Continuação
A reunião terminou, Jason foi levar Laura em casa e exibia um sorriso largo e vitorioso.
— Por quê você está sorrindo dessa forma? — perguntou Laura, sorrindo também, contagiada por ele.
— Você conseguiu uma proeza, querida. O casal Duncan só convida pessoas muito especiais para irem a sua fazenda e antes de sairmos, Robert disse que entraria em contato, o que significa que concordou com nossa parceria. Tudo graças a você.
— Nossa! E pensar que só precisei ser eu mesma. Até pensei que estava sendo grossa, por ser sincera demais.
— Onde você estava, que não te encontrei antes?
Jason estava muito impressionado com Laura, ao ponto de se soltar e deixar sua frieza de lado. Parou de ser duro e inflexível, uma pessoa desconfiada de tudo e agiu naturalmente com Laura.
Ela notou a descontração dele e resolveu aproveitar para conhecê-lo melhor.
— Você queria muito essa sociedade, não é mesmo? E os outros dois casais?
— São amigos antigos, um é meu advogado e o outro, meu contador, eles têm reclamado que não saio mais com eles, então os convidei para mostrar o porquê. Você deu um show, naquelas acompanhantes.
— Por quê você me defendeu, podia ter mantido em segredo a traição.
— Não me incomodo com isso e dizendo a verdade calei logo a boca dela.
Jason gostou de Laura se mostrar interessada por ele, sinal que estava pensando como ele, em terem uma relação amigável durante o casamento. Não se incomodou em responder tudo que ela queria saber.
— Você jamais teria olhado para mim com interesse, se me conhecesse antes, só estou aqui por ser filha de Onofre. Respondendo a sua primeira pergunta.
— Infelizmente, você está certa, eu estava totalmente focado no trabalho e não tinha tempo para namorar. Por isso, meus amigos reclamaram.
— Pensei que não me olharia duas vezes, pela minha aparência.
— Pode ser também, sempre foquei em mulheres altas, elegantes, dondocas, digamos assim. Ficava com mulheres que não falavam muito, mas agora, vou casar e quero uma companheira.
— Por isso você está agindo como um conquistador? — ela deu uma sonora risada.
— Qual o problema, não estou indo bem? — respondeu ele, também rindo.
Jason não percebia que, tudo que fez para conquista-la, foi por interesses pessoais e que isso não era nada louvável, na verdade era uma calhordice. Faria ela se apaixonar por ele, sem corresponder e quando se separassem, quebraria o coração dela.
Laura não era tola, sabia como essa história acabaria e não iria participar dela, pelo menos, não como ele queria. Mas estava gostando de voltar a vida social, de usar roupas boas e caras e também de ser paparicada. Sempre foi mais racional do que emocional e não se apaixona facilmente.
— Você não precisa me conquistar, já aceitei seu pedido, vamos nos casar e cumprir o contrato, sem nenhum de nós, ferrar com o outro. Ok?
— Você é esperta, gosto disso. Então, se você precisar de alguma coisa, me liga e farei o mesmo.
— Isso, estamos entendidos.
Chegando ao estacionamento, ele parou próximo ao elevado e desceu, abriu a porta para ela, que estendeu a mão delicada e bem tratada, unhas com esmalte incolor, ele a segurou e quando ela ficou de pé, a puxou para si, mantendo-a firme com o braço ao redor de sua cintura e invadiu sua boca com um beijo apaixonado.
Ela ficou sem ação aceitando o beijo e à medida que suas línguas se tocavam, ela sentia um calor que irradiou por seu corpo e a fez corresponder. Se entregaram ao momento e o beijo se tornou carinhoso e demonstrativo de um sentimento, que nenhum dos dois percebia.
Seus lábios se afastaram, mas os corpos continuavam abraçados.
— Isso foi bom… — disse ele.
— Sim, foi. — concordou ela.
Ela suspirou e se afastou.
— É melhor eu subir, foi um prazer acompanhar você.
Ele percebeu que ainda a segurava e ficou sem graça.
— Desculpe, eu que agradeço, bons sonhos.
— Boa noite
Ela entrou no elevador, apertou o botão e enquanto as portas fechavam, sorriu e deu um tchauzinho para ele, que continuou parado, observando-a, com um sorriso bobo no rosto.
Finalmente, ele se tocou que estava parado, olhando para as portas fechadas e fechou a porta do carona, entrou no carro e foi embora, sorrindo como um bobo.
Laura entrou no apartamento e encontrou Amanda e Margô, tomando chá e esperando por ela. Uma enxurrada de perguntas invadiu seus ouvidos. Ela riu e acenou com as mãos para que parassem com tantas perguntas.
— Meu Deus, agora, ao invés de uma, são duas perguntando, assim eu não aguento.
Margô percebeu que Laura parecia feliz e corada e deduziu que a noite foi boa. Sorrindo, desconfiada, perguntou:
— Parece que a noite foi boa, rolou algo indiscreto que possamos saber?
— Sim e não. O jantar foi ótimo, bem revelador e adorei voltar ao círculo dos esnobes.
— Adorou, é? — perguntou Amanda, com um risinho maroto.
— Sim, é bom enfrentar modelos esnobes. Também consegui conquistar uma nova sociedade para Jason.
— Mas não foi isso que botou esse sorriso fresco no seu rosto.
— Ele me beijou e eu gostei!!! — falou, acompanhando a confissão com pulinhos e gritinhos empolgados.
Margô ria com gosto e Amanda se juntou a Laura nos pulinhos e gritinhos. Não tem como duas jovens saudáveis, não se entusiasmar com isso. Quando se acalmaram, sentaram-se todas no sofá e Margô serviu uma xícara de chá para Laura e ela contou a conversa que teve com Jason.
— Você está certa em se manter cética e não há nada demais em gostar de um beijo, beijar é muito bom. — disse Margô.
— É bom ter você aqui, para me instruir, Margô. Às vezes me acho fria demais com essas coisas de namoro.
— É melhor do que ser uma tonta, que vai com qualquer um em troca de migalhas de afeição.
O dia seguinte amanheceu chuvoso, almoçaram em casa e a tarde, foram ao cinema do shopping e depois fizeram um lanche. Alguém as viu, mas não falou nada, preparou uma pegadinha mentalmente e fez uma ligação. Seu olhar era venenoso e quem a olhava, podia ser que virasse pedra.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
carol wisch
gostei que ela não fica se fazendo de pobre humildade, só acho que esse lance de virgindade poderia ter sido mudado. Odeio esses valores das histórias, a me olhar só e digna se for virgem.nao tem sentido, ela é dona de si, tinha que ser mais empoderada. e outra o cara estava buscando o que uma adolescente?
2025-02-23
2
Eliana Machado
amo história onde as mulheres são fortes d decidas .tem autora q nem parece mulher detona as mulheres deixando submissa e tontas kkk amando a Laura
2024-12-10
3
Patricia Mariana
continue assim,querida. e estrague os planos de seus parentes...e deste tolo arrogante, caso ele oise cair nas armadilhas dos parentes dela
2024-11-13
2