Jason foi criado sozinho, apesar de ter pai e mãe, os dois se dedicaram tanto aos negócios, que ele foi criado pelos empregados e depois pelo colégio interno. Seus pais, sempre investiram em seus estudos, para que um dia assumisse os negócios da família, que eram todos na área da saúde.
Quando Jason se tornou adulto e começou a trabalhar com o pai, sua mãe se aposentou e ele passou a viver sua vida independente, aproveitando tudo que nunca pôde aproveitar. Vivia em baladas, cassinos e assistia aos melhores shows, sempre acompanhado por uma beldade diferente. Até que começou a ficar cansado dessa vida e começou a diminuir o ritmo.
Em uma viagem de férias, seus pais sofreram um acidente e faleceram, tendo ele que assumir total controle das empresas e anulou completamente sua vida social.
Às vezes contratava uma acompanhante para ir aos jantares de negócios, mas era só. Começou a ficar frio e inflexível com as pessoas, devido a quantidade de bajuladores e ladrões que o rodeava.
Foi trabalhando muito que se viu cansado e descobriu a doença que começava a corroer seu corpo.
Não queria morrer, estava com 30 anos e não tinha herdeiros para quem deixar sua herança e isso, mais a doença, faziam-no desejar casar e ter um filho o mais rapidamente possível.
Infelizmente havia se afastado de todo o convívio social e não tinha uma jovem à sua disposição, para esse intento.
Por isso aceitou fazer o contrato com o asqueroso do Onofre Peçanha, que estava levando a empresa dele para o buraco, quando Jason assumiu.
Agora, estava na sala de reunião de sua empresa, junto com seu advogado, Onofre, Laura e o advogado dela.
— Senhor Willis, a senhorita Laura Peçanha aceita se casar com o senhor, nos termos do contrato que nos enviou, o senhor aceita as condições dela, também? — perguntou o Dr. Nestor.
— Sim, meu cliente aceitou os termos dela: separação total de bens, convivência marital de um ano, permanecer em sua residência médica e ter a guarda do filho que tiverem. — respondeu o advogado de Jason, Dr. Clécio Nobre.
— Então, podemos assinar os contratos. — concordou Nestor.
Assinaram os documentos e trocaram de pastas, para assinar os do outro.
Onofre estava com a testa franzida, pensando no que ganharia com isso, além do que já recebeu. Mas nenhuma das partes sequer olhou para ele.
— Darei entrada nos papéis ainda hoje e com o pagamento da taxa de urgência, os proclamas devem ficar prontos em 30 dias. — comunicou o Dr. Nobre.
— Se você não se incomodar, cuidarei da cerimônia e gostaria de estar me encontrando com você, para nos familiarizarmos um com o outro, concorda?
— Concordo, desde que seja dentro do meu horário livre.
— Nossos horários são parecidos e acho que nos daremos bem.
— Então, está tudo certo. Podemos ir, senhorita.
— Esperem! E eu? — perguntou Onofre, com petulância.
— O que tem você, papai?
— Qual a minha participação nisso tudo?
— Como pai da noiva, você levará ela ao altar. Não pergunte mais nada, por favor. Depois eu ligo para você para irmos ao alfaiate, faremos nossos ternos, juntos.
— Está bem, então, parabéns aos noivos. — o sorriso amarelo de Onofre, mostrava o quanto estava descontente com a fala de Jason.
Laura vivia bem com sua família, até sua mãe falecer e ela começar a ser maltratada por seu pai e sua irmã sair dos limites, já que era sua mãe que controlava os ataques de ciúmes de Leda.
Ela não pensava em voltar para aquela casa e muito menos conviver com seu pai e sua irmã. Foi por isso que ela nem se preocupou em responder ao seu pai.
Jason se aproximou dela e perguntou:
— Você tem certeza que é isso que quer?
— Nós já assinamos os contratos, por quê está me perguntando isso, agora?
— É que conheço seu pai e sei que ele dilapidou o patrimônio da família. Até estranhei ele ainda não ter vendido o casarão.
— Não convivo com meu pai e minha irmã a alguns anos e não me meto na vida deles e nem permito que se metam na minha.
— Vejo que você tem opinião forte, gosto disso.
— Não se preocupe comigo, sei lidar com minhas questões sozinha. Agora preciso ir para o trabalho, pedi uma folga só pela manhã.
— Sim, compreendo. Eu ligarei para combinarmos um jantar.
— Está bem, com licença.
Ela se virou e saiu para encontrar o advogado, que a esperava.
— Obrigada, Dr. Nestor. O senhor vai ao casamento, pega a certidão e dá continuidade a liberação da herança, por favor.
— Sim, passarei a documentação para o seu nome, liberarei as contas e transferirei tudo para a conta que a senhorita já me deu. Seu pai esteve no escritório e me deu outra conta, para fazer a transferência.
— Ele fez isso com a minha irmã e a tonta ficou sem nada. Ainda bem que o senhor não é o seu pai.
— Infelizmente não posso defendê-lo. Vou lhe dar um cartão de crédito e você poderá usá-lo para suas despesas com o casamento, qualquer coisa é só me ligar.
— Muito obrigada, Dr. Nestor.
— Não me agradeça, é seu e quando a fatura chegar, a senhorita já terá dinheiro para pagar. Chegamos, bom trabalho.
— Obrigada pela carona, até o casamento.
Ela seguiu para dentro do hospital, foi para o vestiário, se trocou e assumiu seu posto, correndo para cumprir suas visitas. Mais tarde se encontrou com Amanda e contou como foi e o que seu pai fez. Estavam na cantina, tomando um café, quando Jason ligou.
— Alô.
— " Oi, minha noiva, posso te buscar hoje, depois do trabalho."
— E o que pretende fazer?
— " Quero levá-la para escolher as alianças e podemos jantar depois." — pelo tom de voz dele, Laura sentiu que ele sorria.
— Tudo bem, desde que não demoremos muito, tenho trabalho amanhã.
— " Não se preocupe, será tudo simples. Te pego às 18 horas, está bem? "
— Sim, está ótimo, até lá.
— " Até lá."
Desligaram o telefone e já estava na hora das amigas voltarem ao trabalho.
— Você vai vestida com a mesma roupa? — perguntou Amanda.
— Sim, ele sugeriu me pegar na saída do trabalho, então não me deu opção.
— Tudo bem.
— Além do mais, a roupa que usei para ir ao escritório dele, é a melhor que tenho.
Laura não fazia ideia do que a esperava, uma situação que poderia ser até vergonhosa, como reagiria diante do homem arrogante?
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Nairl Almeida lima
Meu Deus, tomara que esse advogado não seja corrupto, como era seu irmão também advogado... e com certeza á Laura é ingênua sim, se ela não contar ao futuro marido o que o pai propôs ao advpgado sobre abrir uma conta especial no Bc. dêle para ser depositada á herança da Laura , e ela não aceitou e disse isso pro advogado dela... e. que ela sinta confiança em contar tudo. que passou com o pai e a irmã, depois que a mãe faleceu...
2025-01-28
2
Nilceia Rodrigues Garcia
Espero que ela não seja submissa e burra de deixar o pai e a irmã roubar tudo dela pra depois ser uma coitadinha como a maioria dos livros....
2025-01-07
1
Ana Maria
Ele foi criado sem os pais, e tem desconfiança de tudo. Foi traído e está doente tem que ficar com cautela mesmo e isso não é arrogância!
2024-12-23
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