Eu te mato

Barraca, 00:30 AM.

POV's Selena.

Arrumo a bolsa, colocando-me algumas roupas e separando também as de Mabel. Não sei quando vou voltar a floresta e nem se vou regressar para este lugarzinho miserável, vai depender das circunstâncias ou do que ocorrer na cirurgia. Tudo que mais quero agora é ir ver a bebê, saber o seu estado e levar Mabel. Justin não está nem um pouco de acordo com a minha decisão, porém não me importo com que ele acha.

Posso está tomando a decisão mais equivocada de toda a minha vida, mas a minha vida sempre foi movida a correr riscos. Se eu fosse tão medrosa, não teria virado uma assassina. Se é para perder uma, sem tentar, não vou agir como uma covarde e deixar a bebê simplesmente morrer por temer pela vida da Mabel. Nunca! Não faz parte de quem eu sou. Estou preparada para enfrentar o que for, mesmo sabendo que posso perder as únicas coisinhas que me trouxeram ter um pouco de humanidade.

É estranho saber que até algum tempo atrás eu nem ligava muito para essas meninas e agora estou me sacrificando por elas. Pode parecer uma sensação esquisita, no entanto, sinto um friozinho no estômago com a possibilidade de perdê-las.

Prometi que não vou chorar, principalmente na frente da Mabel. Não quero que ela perceba que há algo de errado.

— Mamãe, por que vamos para cidade?— pergunta, por me ver arrumando as coisas. O jeito que ajo às pressas, parece que estamos fugindo.

É exatamente isso que estou tentando fazer, assim não perdemos tempo nos despendido daquele pessoal arrogante. É estranho saber que todos se afastaram de nós; continuam vivendo suas vidinhas infelizes, sem nos procurar. Acham que podem mandar na floresta sem que exista eu e Justin. Mas coitados! A forma de como eles nos ignora, vai contar muito quando eu estiver de volta. Vou fazer todos assarem na fogueira, sem exceções.

— Eu gosto daqui.

— Será apenas por alguns dias, Mabel. Não fique assim.— digo a confortando, passando a mão por cima do seu bracinho miúdo enquanto acaricio. Estou me forçando ao máximo para ser carinhosa, nunca fui de me comportar de tal maneira e às vezes é difícil agir assim.

Em todas, acabo ficando sem jeito.

Entreolho de relance o homem que está em pé nos observando. Ele está pensativo desde que voltamos para barraca, e foi depois daquilo que lhe falei. É claro que ele está se corroendo por dentro com a possibilidade de existir uma chance da Mabel ser a sua filha. E o mais provável também é que ele esteja puto comigo, com certeza, por eu ter omitido está parte por tanto tempo. Dane-se! Omiti por não ter tanta certeza de nada.

— Não vai arrumar as suas coisas, Justin?— o chamo, mordendo a ponta do lábio inferior, por tomar coragem de cutucar a fera.— Esses trapos que estão nessas sacolas....— puxo os sacos plásticos que o próprio arrumou para ir embora com aquela vadia.— Não são adequados para um hospital. Vão achar que você é um mendigo. —sacudo, fazendo as roupas horríveis caírem no chão.

— O que nós vamos fazer no hospital, mamãe? Quem está doente?— os olhinhos da garotinha de cabelo liso ficam mais atentos, após me ouvir soltar sem querer, o lugar que iremos.

Suspiro fundo, forçando um semblante tranquilo. Eu sei fingir muito bem.

— Iremos visitar a sua irmã, Mabel. Já sei que ela está viva. E nós vamos pro hospital vê-la e quem sabe a trazer de volta.— conto de um jeito expontâneo, o que faz a pequena se alegrar e abrir um sorriso sapeca nos lábios. Ela ama a bebê e fica tão saltitante que solta até: " eba!"

Ao contrário de mim, esbanjo um sorriso enganador ao avistar a sua felicidade. Para quem está uma pilha de nervos, está sabendo contornar muito bem a situação sem mostrar qualquer vestígio de desespero.

— Você está feliz, meu amor? Nós vamos brincar horrores com a bebê quando a gente chegar lá.

Constato Justin engolir em seco, ao me ouvir mentir descaradamente para nossa filha. Não posso assusta-lá, dizendo que estou a levando para morte talvez....

— Por que você está tão calado, papai? Vem pra cá! Ande.— ela vai até o mesmo, morta de feliz, o puxando pela mão.

O loiro está tão aéreo de uma tal forma, que sai do canto, sendo meio que puxado a força por Mabel e se aproxima, sentando-se no chão onde há bagunça de roupas jogadas.

Seus olhos escurecidos devidos a baixa iluminação me encaram tensos e receosos, como se implorasse através do olhar para que eu desista de prosseguir com a ideia. Dou de ombros, fingindo ignora-ló.

Será que o porra do Justin não entende que também não está sendo fácil para mim? Mas não vou ficar mostrando que estou mal, porque será como uma tortura.

— Vou levar o meu ursinho, mamãe. Pra eu e a minha irmãzinha brincar. Como será que deve ser o hospital? Será que tem brinquedos lá também?— pergunta toda inocente, pegando o seu brinquedo de pelúcia. Ela só dorme agarrada com essa coisa.

Por um momento a mão grossa do seu pai a interrompe, meu estômago se revira ao ficar receosa para o que esse idiota irá falar. Espero que ele não coloque tudo a perder.

— Por que está me olhando assim, papai? Por que está tão sério?— estranha a forma de como fixa as suas orbes cor de mel em seu rosto, como se analisasse cada detalhe. Como se quisesse guardar de lembrança...

— O pai ama você, você sabe, né?— ouço o homem admitir. Inevitavelmente rolo os meus olhos, sabendo o que irá acontecer em seguir.

— Eu também amo você, papai. Te amo muito! Muito e muito!— verbaliza toda manhosa, tomando a iniciativa de abraçá-lo. Sua forma fofa de proferir as palavras, soam tão inocentes.

Engulo saliva. Esperai, está parecendo até clima de despedida? Não, nem pensar! Balanço a cabeça negativamente, descartando a hipótese que assombra o meu eu em vê-los abraçados.

— Por amar você tanto, que o pai não vai te deixar ir. Você não vai fazer nenhuma cirugia, certo, neném? O pai não vai deixar essa louca acabar com a sua vida.— a segura com as mãos em seus ombros, olhando-a no fundo dos olhos meio que garantindo. Na mesma hora, percebo que este merda estragou tudo!

— Porra, Justin! Tu está me chamando de louca? É isso?— dou um sobressalto, indignada ao ser xingada por esse insano. Esse homem surtou, só pode!— Se toca, cara! A filha é minha.— trago Mabel pro meu lado. Ela nos fita sem entender nada. É bom que não entenda, assim não ficará com medo quando entrar no hospital.

— Nossa. — corrigi-me, um pouco incomodado por eu negar seu direito de pai. — E você é louca sim, Gomez! De está arriscando tudo por uma bebê que tem mais chances de morrer, do que ela.— seu tom alterado ecoa num transtorno, ao acusar-me e apontar o dedo em direção a criança que nos ouve discutir.

— Para mim não está sendo fácil, seu imbecil, mas você quer que eu faça o quê? — gesticulo os ombros, embora transpareça um ar de indiferença, estou tentando não perder a razão.

— Espere. Quem sabe.... Você não engravide daqui para lá. – profere, arrumando esta opção como uma solução.

—Quer que eu espere nove meses para salvar a vida da nossa bebê? — o olho numa incompreensão.— Por acaso, você está se ouvindo, Justin? Pelo amor de Deus, cara, você é pior do que eu imaginava! .— aponto em sentido ao comportamento bizarro que este psicopata está tendo, em proteger com unhas e dentes uma menina que não pode nem ser sua filha mesmo. Enquanto sua filha de sangue poderá não sobreviver. — Já tomei a minha decisão e eu não vou voltar atrás. Mabel vai comigo SIM! E nem ouse me impedir.— chego ao ponto de ameaça-ló, disposta até passar por cima dele, se ele tentar me barrar.

— Se ela morrer, Selena, eu juro que... — vejo seus dedos das mãos tremerem, quando sua voz soa embargada. — Nem que seja a última coisa que eu faço nessa vida.... Mas eu te mato. — não é como das outras vezes, mais dessa vez soa cheia de convicção. Parece real e sincero ao ponto de eu me arrepiar toda.

— Pode matar. Mas...— pego na mãozinha da Mabel, segurando.—Não tenho nada a perder mesmo. A única esperança para mim... é elas— pode parecer cruel as palavras que digo, mas não tenho medo em confessar em alto tom: — Se elas morrerem, também morro junto. Por que não vou suportar o sentimento da culpa, entendeu? É por não suportar, pode ser que também eu não volte mais. E essa pode ser a última vez que nos veremos.— murmuro, fazendo Justin dá alguns passos para frente e parar próximo o bastante de mim:

Sinto sua respiração pesada alastrar tão fortemente, seus olhos me fitam com tanta intensidade havendo um brilho tão penetrante presente. É nítido a pureza de como o seu olhar predominante percorre, evidenciando a aflição que cercam os meus olhos sem brilhos.

Não está dando para disfarçar mais o quanto é ruim está sob pressão, essa sensação enlouquecedor está me despertando alguns gatilhos. Uma assassina de verdade não deve temer a morte, mas pela primeira vez estou temendo.

Ele pega-me totalmente desprevenida ao sussurrar as palavras num tom rouco e baixo ao mesmo tempo:

Meu coração dispara.

— Amo tanto você, garota.— acaricia a minha bochecha com a palma da sua mão. Fecho os olhos ao sentir o seu toque macio e suave. Por Deus, parece um sonho! Nunca pensei que um dia ouviria esse psicopata maluco se declarando para mim. — Ao mesmo tempo que você é a minha perdição, eu não consigo viver sem você.

Não que seja uma novidade... Justin sempre demonstrou não conseguir abrir mão de nós dois. Até nas minhas piores cachorradas, ele me aceitou de volta.

— Está me dizendo que...— fico até em êxtase, sem saber como respondê-lo, porque acabo travando. Nunca fui de falar "eu te amo" nem para Mabel, imagina para esse homem.... Acho que nunca serei capaz de dizer nada. Esse papo de amor não existe.

— Vou com você pro hospital, Selena. Se for para passar esse inferno, iremos passar juntos. — garante, olhando para Mabel que nos analisa serenamente. Ela parece contente em nos ver juntos e tão próximos. — Não vou deixar você carregar essa culpa sozinha. — me interrompe, quando tento falar de que não é justo.— Independente do que acontecer, estaremos segurando na mão um do outro. Tá legal? — pede que eu concorde e fico meio hesitante:

" como iremos nos comportar, caso as duas vier a falecer? Iremos mesmo nos manter juntos ou ele jogará na minha cara na primeira oportunidade?"

— Justin, você não precisa ir, se não quiser. Você pode ficar, será até melhor— busco convencê-lo da péssima ideia que está tomando, está na cara que o próprio está fazendo isso apenas para me agradar.

— Eu vou.— coloca a mão na cabecinha da Mabel, sobre seus fios lisinhos, estando decidido. — Concordo que essa merda seja feita. — afirma a respeito da cirurgia. De repente bate um pressentimento ruim, uma sensação de agonia. Agora não é só eu, Justin também pode está empurrando Mabel para morte.

(....)

Hospital, Cidade- Nova York.

03:45 AM.

Espio do vidro enorme a bebê deitada numa espécie de "incubadora", como falou a enfermeira que nos trouxe até aqui. Estou tendo que ficar de ponta de pé para ficar espiando a minha pequenina. Ainda parece surreal demais saber que a Annabelle está viva, só vou me convencer de vez quando a pegar nos braços e sentir o seu cheirinho de bebê. Enquanto isso, vou ficar surpresa em todas as vezes que vier vê-la.

— Você não para de sorrir.— ele me observa, um pouco com a expressão confusa, ao ver a alegria que sinto ao admira-lá mesmo de longe.

— Claro, né? Tô vendo a minha pirralha. Quer que eu fique como? Triste, por acaso?— o olho por um momento sarcástica, sem me conter, abro outro sorriso empolgado. É um sentimento inexplicável.— Ela não é linda, Justin? — me comporto igual aquelas mães babonas.

—O que está dando em você, Selena?— analisa-me de cima a baixo. Ergo o cenho confusa, não entendendo a cara que faz ao me analisar.

— Em mim, como?— dou de ombros, querendo saber o que há de errado.

— Não sei...— pousa os dedos pelo meu rosto, com o ar de suspense. A curiosidade aumenta, por nota-ló fitando os meus lábios entreabertos— Você está mais doce.— ri, achando hilário o meu jeito.

Me zango.

— Idiota!— o xingo, o empurrando.

Justin continua rindo. E depois fecha a cara, porque sabe que não estamos em momento para ficarmos nos implicando.

— Você não está nervosa?— pergunta e de imediato nego, estranhando a sua inquietação. Ele meio que zoou comigo, para se descontrair— Tô nervoso pra caralho, tô quase querendo sair correndo daqui.— coça as mãos mostrando que está tenso para caramba.

— Homem, sossega, não é o fim do mundo.— aproximo-me, colocando minhas mãos em seus ombros tatuados. Parece que os papéis se inverteram e agora eu que estou o confortando. — Vai dar tudo certo.— lhe garanto, mesmo no fundo não tendo tanta certeza.

— Selena, e se ela não for compatível...— inclina a cabeça em direção a Mabel, que está sentada no assento, balançando as perninhas.

Ela está tão quietinha e não falou nada desde que chegamos aqui.

— Deixa os exames sairem primeiro, não surta antes do tempo.— aconselho.

No entanto, acabo me martirizando mentalmente.

Quem acaba ficando tensa agora sou eu. Justin percebe o meu desconforto, porque ora, estou numa posição onde... A vida da bebê depende da Mabel ser filha dele.

— Claro que vou surtar. Porra, sempre quis que essa menina fosse minha! E sempre desejei que você tivesse mentido e me enganado nesse tempo. E pode ser que talvez...

— Só talvez... Justin.— o corto, num tom ríspido.— A possibilidade é mínima. — o revelo, lhe fazendo abaixar a cabeça. Talvez a minha confissão esteja o machucando, porém, não quero que ele criei expectativa.

Não quero que Justin se sinta péssimo e nem arrasado, caso seja confirmado que ela seja filha daquela praga infeliz dos infernos. Tomara que aquele miserável já tenha morrido nessas alturas.

O médico retorna com os papéis em mãos, deve ser esses os exames.

— Bom, senhores.... — a cara séria do mais velho, de olhos de grau, causa um enorme frio na barriga.

— Pode falar, doutor.— o outro pede.

Nunca pensei que estaria num hospital público, correndo o risco até de ser presa, por causa dessas meninas.

— Pelos procedimentos que foram feitos.... — sinto Justin apertar a minha mão; o desespero é tanto, que o pobre se recorre a mim para receber apoio. Dá até pena— A menor ela é...— entreolha antes para Mabel. Acho que não serei capaz de suportar este baque, será agora...— Compatível. Ela poderá sim fazer o transplante.

A reação do Justin é chutar a lixeira que está no meio do corredor e depois me pôr em seus braços e me rodar de tão eufórico que se encontra. Sua felicidade é tanta, que eu não fico logo atrás. Parece que tirei um peso das costas. Mabel não é fruto de um estupro. Ela é fruto do relacionamento que até então não tinha com Justin, mas estou começando a ter. Ela é a nossa garotinha.

— Repete! —comemoro no maior alvoroço.— Não tem como esses exames aí não estar errado não, né? — pergunto preocupada, mas o médico logo nega falando que é impossível.

— Não está satisfeita?

— Claro que estou. Você não sabe o quanto estou feliz pra caralho que a pestinha é nossa.— não disfarço animação que sinto de tê-lo como pai das minhas filhas. Nenhum outro homem seria capaz de ser como Justin é.

Ele é o melhor.

— Passou esse tempo todo mentindo para mim, Selena. Que feio.— olha-me repressivo, como se quisesse brigar comigo.— Me fez até eu odiá-la.— dói essa parte nele, é evidente.

Justin tinha uma certa birra da Mabel, mas passou mais depois que sumi. Acho que os dois criaram uma certa dependência um no outro, já que se sentiram abandonados.

— Juro que não foi proposital.

— Nada para você é proposital.

— Já vai começar, Justin?

— Mamãe, o que está acontecendo?

Mabel aparece ficando entre nós dois. Como vou explicar para ela, sobre essa questão? Nunca fui boa para conversa desse tipo, tudo para mim é sempre na base do grito.

— O pai tem algo para te contar....— ele se agacha um pouco, ficando de joelhos na frente da nossa pequena garotinha. — Você é a minha filha.— a olho todo bobão. Reviro os olhos, entediada. Ah, Bieber, você me cansa as vezes.

— Diz logo que foi feito o DNA.— sussurro baixinho no canto do seu ouvido, para assim ir logo para parte final e o próprio parar de enrolar.

— Eu sou sua filha de verdade, papai?— os olhinhos pequenos da Mabel brilham. Vendo agora até que os dois têm uma semelhança, a cor dos olhos e o jeito de como sorriem.

Como eu não percebi isso antes? Você é uma anta, Selena!

— Sim, de verdade, neném.— a abraça.

Que fofo!

— Bom, não querendo interromper o momento, mas já interrompendo. — a voz do médico acaba soando cauteloso.— Preciso que os senhores autorizem a cirurgia ser realizada, para que isso seja feito, trouxe os papéis dos termos de autorização para serem assinados pelos responsáveis das menores, dando autorização para realização do transplante.

A parte pior chegou.

Estou suando fria. Posso está a um passo de levar Mabel a morte e Justin nunca irá me perdoar, se ela morrer.

— Posso?— ele pede para ver os papéis.

Viro o rosto pro lado, mega apreensiva. Sinto estar carregando uma enorme culpa sobre os meus ombros e sou vou ficar sossegada quando a cirurgia for um sucesso.

— Não vou assinar essa merda.— rasga os papéis perante o médico e a mim, até me surpreendo, direcionando o meu olhar incrédulo para o seu rosto.— Não vou permitir que você mate a nossa filha, Selena!— me culpa, completamente com outro pensamento.

Justin muda de opinião no último instante.

Ele prefere que a bebê morra pelo jeito e Mabel viva.

—Se você não assinar as porcarias desses papéis, esqueça que eu existo.— o ameaço, olhando para as folhas rasgadas que estão no chão. Estou recorrendo para o único meio que pode fazê-lo mudar de ideia. Mas diferente das outras vezes, ele me vira as costas, puxando Mabel pela mão e me deixando para trás.— Eu nunca vou te perdoar, seu maldito! Se ela morrer, a CULPA SERÁ SUA!— grito histericamente, o odiando.

Como Justin foi capaz de fazer um negócio desse comigo?

No ato de desespero, seguro na gola do jaleco branco do senhorzinho, o coagindo.

Logo o coloco contra a parede, totalmente fora de si:

— Há alguma possibilidade de eu fazer esse transplante de medula? Me responda!— pergunto, motivada pelo o impulso.

Sou a única opção que sobrou.

— Existem muitos riscos, senhor-a. —gagueja nervoso, sem entender o porquê de eu estar praticamente o esganando.

— Eu corro todos os riscos. Mas apenas faça essa porra! Não a deixe morrer! — exijo descontrolada, sendo incapaz de raciocinar direito.

— A chance da paciente aceitar um órgão não cem porcento compatível, são poucas.— se recusa a fazer.— O que agrava mais riscos para o procedimento. Para você também, senhora. Tente se acalmar — vem com o discursinho. Sem paciência, fecho mais a mão sobre o seu pescoço:

— Não estou nem aí se essa cirurgia é de risco ou não para mim, doutor, mas você irá salvar a minha bebê! Caso o contrário, quem irá descer a sepultura é o senhor. Ouviu bem? Ou quer que eu repita?— sôo friamente, apertando bem a sua garganta. Posso até ser presa depois, mas estou pouco me lixando.

Se for para mim morrer pela minha bebezinha, eu vou morrer.

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Comments

Amanda

Amanda

Complicado

2025-01-06

0

Iara Drimel

Iara Drimel

Justin e Selena sao tão instáveis? Eles nunca se entendem pelo jeito? Isso é cruel demais esse relacionamento de Amor e ódio. Justin ama Mabel porque está há mais tempo com ele, e como um psicopata ainda não deve ter criado laços com a bebê. Selena está se criando amor pelas filhas?

2023-08-06

1

Ver todos
Capítulos
1 Prólogo
2 Liz
3 Velório
4 Outra vítima
5 Mais uma vítima
6 Proposta do mendigo
7 Descoberta
8 Votação
9 Corte a cabeça
10 Grupos
11 Terapia
12 Annabelle
13 Eu sei que você a matou
14 Você está com ciúmes?
15 Acidente
16 Eu te mato
17 Não toque no nome dela
18 E nunca mais voltou
19 Quero que você seja a minha mulher
20 Você está linda!
21 Sempre soube que era você
22 Ele está me rejeitando porque tô assim
23 Aqui não é seguro
24 Proposta
25 Primeiro dia no FBI
26 Está me dizendo que não existe a menor chance?
27 Você não cansa de ser mentiroso não?
28 Eu agora sou outra pessoa
29 Que merda você fez hein caralho?
30 O que significa isso?
31 Pode deixar
32 É tão perigoso assim?
33 Foi a bebê
34 Vou te dá um crédito
35 Saiu os resultados do exame
36 Cemitério
37 Onde está o chip?
38 Não se engane, Selena
39 Você não cansa de ser patético não?
40 Foi você que a ajudou
41 Happy birthday, Giulia
42 Você me conhece e sabe do que sou capaz
43 Estou mais preparado
44 Nenhuma coisa no mundo é melhor que a nossa família
45 Acha mesmo que vai sair a essa hora?
46 Não consigo ser mulher de um viciado
47 Eu vim buscar o meu marido
48 Como está a minha linda garota?
49 Talvez, ela possa nos surpreender
50 Se eu cair, eu caio junto
51 2 meses…
52 Eu destruí a nossa família
53 Parto
54 Happy birthday, Annabelle
55 Como nos velhos tempos
56 Qual é a sensação de matar todas as strippers?
57 Diga para mim, o que você esconde?
58 Por que você fez isso comigo, sua maldita?
59 Eu nunca vou te perdoar
60 Está me chamando de egoista, por acaso?
61 Mami, é verdade que ele é um psicopata?
62 Você voltou a usar droga
63 Ele é um policial como nós?
64 Experimenta bater nela, pra tu ver
65 Qual é o problema de vocês comigo?
66 Sempre há a primeira vez
67 99%
68 Eu sinto muito
69 Joga no lixo
70 Fica longe de mim
71 Eu não posso pelo menos dizer que sinto a sua falta?
72 Mãe, fica
73 Justin, eu estou falando com você
74 Você não é a única que está sofrendo aqui
75 Até mesmo o FBI?
76 Você nunca me terá
77 O começo do FIM
Capítulos

Atualizado até capítulo 77

1
Prólogo
2
Liz
3
Velório
4
Outra vítima
5
Mais uma vítima
6
Proposta do mendigo
7
Descoberta
8
Votação
9
Corte a cabeça
10
Grupos
11
Terapia
12
Annabelle
13
Eu sei que você a matou
14
Você está com ciúmes?
15
Acidente
16
Eu te mato
17
Não toque no nome dela
18
E nunca mais voltou
19
Quero que você seja a minha mulher
20
Você está linda!
21
Sempre soube que era você
22
Ele está me rejeitando porque tô assim
23
Aqui não é seguro
24
Proposta
25
Primeiro dia no FBI
26
Está me dizendo que não existe a menor chance?
27
Você não cansa de ser mentiroso não?
28
Eu agora sou outra pessoa
29
Que merda você fez hein caralho?
30
O que significa isso?
31
Pode deixar
32
É tão perigoso assim?
33
Foi a bebê
34
Vou te dá um crédito
35
Saiu os resultados do exame
36
Cemitério
37
Onde está o chip?
38
Não se engane, Selena
39
Você não cansa de ser patético não?
40
Foi você que a ajudou
41
Happy birthday, Giulia
42
Você me conhece e sabe do que sou capaz
43
Estou mais preparado
44
Nenhuma coisa no mundo é melhor que a nossa família
45
Acha mesmo que vai sair a essa hora?
46
Não consigo ser mulher de um viciado
47
Eu vim buscar o meu marido
48
Como está a minha linda garota?
49
Talvez, ela possa nos surpreender
50
Se eu cair, eu caio junto
51
2 meses…
52
Eu destruí a nossa família
53
Parto
54
Happy birthday, Annabelle
55
Como nos velhos tempos
56
Qual é a sensação de matar todas as strippers?
57
Diga para mim, o que você esconde?
58
Por que você fez isso comigo, sua maldita?
59
Eu nunca vou te perdoar
60
Está me chamando de egoista, por acaso?
61
Mami, é verdade que ele é um psicopata?
62
Você voltou a usar droga
63
Ele é um policial como nós?
64
Experimenta bater nela, pra tu ver
65
Qual é o problema de vocês comigo?
66
Sempre há a primeira vez
67
99%
68
Eu sinto muito
69
Joga no lixo
70
Fica longe de mim
71
Eu não posso pelo menos dizer que sinto a sua falta?
72
Mãe, fica
73
Justin, eu estou falando com você
74
Você não é a única que está sofrendo aqui
75
Até mesmo o FBI?
76
Você nunca me terá
77
O começo do FIM

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