Nova York/
Floresta//////
POV's Selena
Faço careta reprovando o lugarzinho que serei obrigada a dormir. Que cafona! Ele está morando numa barraca de acampamento no meio do mato, cheio de mosquitos. Oh meu Deus! Queimar a nossa cabana para viver assim? Dá até vontade de desistir de reatar... Se bem que Justin me trouxe para cá, "alegando" que é só por causa da bebê. Ele usou esse argumento medíocre para não se sair por baixo e nem ficar humilhado perante aos amiguinhos.
Ele está se saindo um belo corno manso...
Me deito em cima do colchonete para descansar as minhas pernas. O ambiente está cheirando a cigarro, acho que ele se entupiu de bebida alcoólica nesse tempo que eu estava sumida, porque têm garrafas jogadas por todas as partes.
Justin foi fazer xixi lá fora enquanto estou com Mabel e a bebê. A pestinha não está nem olhando na minha cara, já tentei pedir trégua, mas ela continua me dando gelo.
— Que história é essa que você tá namorando?— grito, para ver se escuta. Eu vi mesmo uma mulher com ele na hora da festa, achava que era mais uma garota de programa que ele sai para se divertir. Mas pelo jeito... é sério.
Não estou abalada com esse fato, porque eu faço ele terminar esse namoro rapidinho. Não é nem questão de ciúmes, e sim, de ego.
— Não é da sua conta, caralho! Para de perturbar— retorna, com a maior grosseria. Ele permanece dando um de durão, agindo como um estúpido.
Reviro os olhos, entediada.
— Depois você banca o traído por aí.—acabo alfinetando irônica, porque quase queimei na fogueira por causa do vitimismo dele e da Taylor. Nossa... dois idiotas!
— Quer mesmo falar de traição?— olha-me arrogância, querendo me intimidar com a sua presença. Mas continuo inabalável, pois eu sei não o trai.
– Vamos lá então, Justin. Bora falar sobre o relacionamento que não tínhamos.— o dou espaço, deixando-o sentar no canto do colchonete. Estou disposta a rebater esse seu joguinho manipulador.
— Mabel, preciso falar com a sua mãe um minuto. Pode ir lá para fora.— pede, a expulsando de dentro da barraca. Com certeza, ele vai querer me estrangular assim que ela sair.
— Não, pode ficar, Mabel.— digo a parando, porque eu não confio nesse louco.
O atrevido revira os olhos, impaciente, suspirando fundo.
— Sai!—ameaça com o olhar, num tom autoritário.
— Não precisa sair, Mabel.— a seguro pelo braço, quando a minha filha está a um passo de me deixar sozinha com este descontrolado.
Justin é um louco!
Esse homem age como um psicopata "empático" na frente dos outros, mas ninguém nem imagina o estrago que pode fazer entre quatro paredes quando está com raiva.
Eu não vou confiar em ficar sozinha, principalmente que ainda estou traumatizada pelo inferno que eu passei com aquele outro.
—Vem!— puxa-me pelo pulso a força, fazendo-me levantar. O idiota sai me arrastando da barraca até o lado de fora.
— Você está me machucando. Pare! pare!—sinto o aperto no meu pulso tão forte, como se o miserável fizesse de propósito para querer quebrar.— Solte-me! Tá doendo! Para com isso, Justin! Você está me machucando! Eu tô falando sério, porra!
Olho a maldade que está faiscando em seu olhar sombrio. Ele parece até mesmo outra pessoa. Esperneio, tentando me sobressair do contato da sua mão– sentindo o meu corpo, assim como os meus braços, ainda doloridos da surra que levei do Harry.
— Vamos falar da sua traição, sua cretina! Bora lá! Quer voltar atrás? Não estava me insultando. Agora eu tô aqui. Fale na minha cara!— a raiva que sente de mim é tão grande, que Justin me empurra que eu vou esbarrar no chão.
Fico caída, o olhando tensa. Dificilmente tenho medo, mas no momento não consigo pensar em nada além de saber que vou morrer. Será que ele vai me matar? Talvez. Ele tira algo de dentro do bolso, chego até cogitar que seja uma faca, mas não. Sinto um anel sendo arremessado na minha cara.
— Eu ia te entregar no dia que você sumiu com outro macho, sua vagabunda! Olhe. Veja o que perdeu.— esfrega a porra do objeto no meu rosto, fazendo-me ver a força, na intenção de me torturar.
Como se eu tivesse culpa da realidade paralela que o próprio criou para nós dois.
Bufo fundo, o lastimando. Que patético!
— Sério que você ia me pedir em casamento? Em que mundo você vive cara?— ouso em afronta-lo, arrumando coragem para rebater o seu surto psicótico.
Porque sinceramente, é uma puta sacanagem o que eu estou tendo que aguentar, sendo que não fazia ideia que ele sentia algo a mais por mim, além de desejo carnal.
— Eu não ia! Eu ia estabelecer a porra do relacionamento que eu achava que tinha com você. Posso não ser o homem mais romântico dessa porra, mas eu queria que você se sentisse especial.— sorrio cinicamente da sua cara. Esse psicopata enlouqueceu real!
— Só esqueceu de me contar.— debocho.— E aliás, você está se ouvindo?— o encaro sarcástica. Seus olhos agressivos estão me olhando com muito desprezo. Não lamento. — Nunca tivemos um RELACIONAMENTO, coloque isso na cabeça! Será que eu preciso desenhar, ou você consegue compreender assim?
As minhas palavras o irrita, lhe fazendo inclinar a cabeça para baixo:
— Você não me provoca, Gomez.— lança-me um olhar ameaçador, mas eu não recuo.
— Quer saber? Me mata, Justin! Eu já te pedi. Se você é tão homem e quer honrar por ter sido supostamente "enganado".— faço aspas com os dedos.— Acabe com isso logo!— o incentivo num tom maldoso enquanto o vejo agir incerto com o meu pedido. — Pare de colocar emoções. Vamos voltar aos velhos tempos. Onde a gente saía para caçar. Era divertido.— sugiro cheia de malícia, querendo cometer as mesmas atrocidades. Antes da Mabel nascer, era tudo diferente.
— Você está falando bobagem.— me repreende, negando com a cabeça, desconversando. Gargalho, do quão mudado está.
Daqui a pouco eu vou viver com um covarde.
— Por isso que eu fugi com o Harry, porque pelo menos ele é um psicopata de verdade, e não um fraco feito você!— há um choque no loiro ao ouvir o meu insulto. Cuspo as palavras, sem temer ao perigo.— Acredita que ele me causou tanto prazer, mas ao mesmo tempo me causou tanta dor. E sabe o que é pior nisso tudo, Justin? É que eu gostei.— jogo pra fora, com toda frieza do mundo, premeditando os meus próximos passos.
Rio tão escandalosamente da cara de tacho que o homem faz, com o intuito de fazê-lo perder a cabeça. Na mesma hora ele me puxa pelo cabelo, com toda raiva, porém seu ato me excita. Porque quero tirar qualquer humanidade que exista em Justin, quero fazê-lo voltar a matar.
—————-
02:45 AM.
Aprecio vendo-o assassinar a vítima. Eu estou adorando vê-lo fora de si, descontando o seu ódio contra mim na pobre inocente. Achamos essa garota por acaso no meio da estrada, ela apareceu na hora errada e morrerá da maneira mais brutal. Seu rosto está até ficando deformado pelos inúmeros socos que Justin distribui.
Ele está enlouquecido.
Trago o cigarro.
— Corte a cabeça dela.— sugiro com luxúria, existindo um desejo penetrante dentro dos meus olhos negros.
O fito friamente, com sorriso diabólico estampado no rosto. Por um minuto o mesmo para de estrangula-la, e olha para trás, onde estou sentada de pernas cruzadas assistindo o crime acontecer.
— Esperai, é você.— acusa-me, com os olhos chocados, meio que montando uma espécie de quebra-cabeça.— Era você que estava matando os nossos amigos, Selena!— quase não consegue falar, quando se dá conta que sugiro o mesmo crime SEMELHANTE no qual Liz, Niall e Demi morreram. — Por quê, sua maldita?
Avança para cima de mim, agressivo, deixando até de lado a adolescente loira. Encolho os ombros, após sua aproximação intimidadora, enxergando-o apontar o dedo para minha cara.
— EU NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO!
— VOCÊ SABE!— se altera, berrando nos meus ouvidos. Inspiro fundo com o seu descontrole momentâneo — Por que você matou eles?— interroga feito um animal louco.
— Eu não matei ninguém.— me defendo, tendo que lidar com o perturbado segurando agressivamente os meus braços.
Gemo baixinho com o desconforto.
— Por que você sugeriu pra eu cortar a cabeça dela? — aponta para garota que chora, sem forças pra lutar. Essa pequena puta sabe que vai morrer!
— Fetiche.— dou de ombros, com a intenção de convencê-lo. Mas o trouxa continua me olhando desconfiado.— O que foi? Qualquer assassino deixa a marca, e poderemos imitir o homem mau. E fazer todos ficarem com medo.— lhe confesso de um modo frio, sorrindo, enquanto imagino de como aquele bando de urubus vão ficar em pânico com a possibilidade de morrerem.
Sinto o empurrão brusco.
— Você é tão sonsa, Selena!— emite com o olhar transtornado, sem acreditar em nada que eu falo. — Foi você que planejou os assassinatos dos nossos amigos. — insiste em me colocar como a culpada. Que merda!
— Eu não matei Liz, ela era a minha melhor amiga. Eu não matei Niall, ele não fazia mal nem uma barata. E por qual motivo eu mataria a insignificante da Demi? Em todos os assassinatos eu estava em outro lugar, e não na cena do CRIME! Pare de achar que tudo que acontece nessa floresta, é culpa minha!— tento manipula-ló. Porém, Justin permanece descreditado, me achando a pior das vadias.
Eu até sei quem matou os nossos amigos, mas revelar essa merda é fora de cogitação.
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Amanda
Quem será que matou 🤔🤔🤔🤔
2025-01-04
0
Iara Drimel
Justin pode ter sentimentos mesmo sendo um psicopata? Selena é muito manipuladora. Ela consegue fazer o irritar qualquer um. Gostei da Mabel dar um gelo nela, a menina não tem culpa de ser filha de quem é. Agora imitar o assassinato dos amigos, não é querer deixar todo mundo em pânico?
2023-08-02
3