Sófia
A noite pra mim foi bem tensa. Maria passou a noite toda febril, e bem chorosa.
E hoje meu serviço acabou não rendendo muito. Tenho que leva umas pastas para o Henrique, dá uma analisada. E vê se concorda comigo e com Rebecca no nosso ponto de vista.
Antes de entra na sala do Henrique. Mônica se aproxima de mim, e diz que está me notando pálida. Bom, sei bem o motivo disso.
Tenho trabalhado muito nos projetos recentemente. E mesmo com a ajuda da Rebecca, o serviço é muito. Pois são muitos projetos que caem sobre as nossas mãos, para serem avaliados.
Fora a noite passada que não dormi nem um minuto se quer.
Digo para Mônica que estou bem. Ela não acredita muito, mas não insiste. Bato na porta da sala do Henrique. E ele me dá a premiação para entrar.
Já noto o olhar dele sobre mim. Parece preocupado. Nossa, será que estou tão ruim assim?
Me perco um pouco no olhar dele, e acabo deixando as pastas caírem no chão. Abaixo para pegá-las. Mas logo noto Henrique abaixado próximo a mim, me ajudando a pegar as pastas do chão.
Fico com vergonha por conta da minha tolice de deixar as pastas caí. E peço desculpas, sem ter a coragem de olhar pra ele.
Logo sinto a mão dele sobre a minha. O encaro descrente, pensando se foi proposital. Mas o olhar surpreso dele, me faz perceber que não.
Ficamos aqui nos encarando por mais um tempo, sinto a minha respiração acelerar quando sinto o toque da mão dele acariciar o meu rosto.
Ele me beija. Um beijo calmo, mas logo pede passagem com a língua na minha boca, e acabo sedendo ainda mais ao beijo.
Nos separamos em busca de ar. O encaro, e minha fixa cai. Pu*ta que pariu. Isso não devia ter acontecido.
É disso que tenho fugido desde que vim trabalhar aqui com ele. Ele me encara, parecendo preparado para dizer algo.
Me levanto na velocidade da luz, e me viro para sair da sala dele, deixando no chão as pastas que eu trouxe.
Antes de chegar a porta. Ele segura minha mão. Olho pra ele espantada. E os olhos dele estão brilhando.
— Sófia não vá! Vamos conversar.
— Isso não podia ter acontecido. Me desculpa Henrique! Tenho que ir.
Puxo a minha mão de volta, com cuidado, e saio da sala dele. Fecho a porta e respiro fundo. Olha pra Mônica que está me encarando preocupada. Mas antes dela dizer qualquer coisa, saio dali direto pra minha sala, e tranco a porta.
Estou encostada na porta fechada, buscando o ar que me fez falta a pouco. A lembrança do beijo que trocamos na sala dele. Está presente na minha mente. Sinto o meu corpo todo quente.
Henrique, isso não deveria mesmo ter acontecido. Fechei o meu coração para o amor. Só cabe nele o amor pela minha filha.
Não posso deixar você entra. Mas você está agindo como um ladrão, que invade sem permissão.
Fico aqui por um minuto, e meu celular toca em cima da mesa. Corro para pegá-lo. E noto ser uma chamada da Marta. A babá de Ana Maria.
— Oi Marta. O que foi?
Pergunto preocupada, deixei Maria em casa ainda doentinha.
— Oi Sófia! Disse que qualquer coisa te ligasse. Maria está muito mais febril, e chorando muito. Já dei um banho nela, dei o dipirona assim como me orientou. Mas não está adiantando.
— Chama um táxi. Leva ela direito para o hospital. Não demoro chegar lá.
Digo aflita, e Marta me diz que fará isso agora mesmo.
Vou até a minha bolsa, a pego. A chave do meu carro está dentro dela. Abro a porta, e saio apresada para fora. Assim que saio da sala, dou de cara com Henrique. Ele vem na minha direção. Mas não posso da atenção a ele agora.
— Sofia! Aonde vai? Precisamos conversar.
— Agora não, Henrique. Em outa ora.
Saio dali sem olhar pra trás. Entro no elevador, e percebo que já tinha pessoas ali dentro, as portas já estavam se fechando. Olho pra fora, e vejo Henrique correndo na direção do elevador. Mas antes dele chegar, as portas se fecham.
Assim que chego no primeiro andar, corro para saída apresada. Entro no meu carro, e saio a toda velocidade.
O caminho todo tento falar com a Marta, mas ela não me atende. Sinto um medo enorme, me consumi.
Mais alguns bons minutos. Minutos esse que pra mim parecia uma eternidade. E logo avisto o hospital onde tenho costume de leva a Ana Maria. Estacionado o carro rápido. E entro as pressas no hospital.
Encontro Marta com a Maria chorando em seus braços na sala espera. Corro até elas. Marta me vê, e parece suspira aliviada.
Me aproximo e pego Maria no colo. Ela está bem quente, e isso me assusta.
— Meu amorzinho, pelo amor de Deus. Fala com a mamãe o que você tem?
— Mamãe?
Esculto uma voz grossa atrás de mim. Me viro rápido com Maria ainda em meus braços, chorando de soluça. Não é possível. Ele me seguiu até aqui?
— Henrique?
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Atualizado até capítulo 78
Comments
Leda Santos
muito bem Henrique
2025-03-14
0
Patricia M
não a hora dele descobrir que ela é sua filha kkkk
2025-02-20
1
Mariliaa vitoria
já estou pegando entusiasmo!
2025-02-18
1