Capítulo 7

Já estou aqui na sala do Lui. As propostas dele não está ruim. E sei que podemos nos fortalecer, se unimos forças. E não sou nem louco de recusar. 

Por isso, já estamos a revisar o contrato. Olho atento cada termo escrito no contrato. Que por sinal está impecável. Quem descreveu esse contrato, certamente é excelente no que faz. 

Assino o contrato, e estico minha mão na direção da de Lui. E nós assim firmamos o contrato com um aperto de mão.

— Excelente Henrique! Sei que esse projeto será uma obra-prima.  

Lui me fala num sorriso.

— Certamente.

O respondo e o vejo se levantar, e ir na direção de uma adega que fica num canto de sua sala. Serve 3 copos de tequila. Os traz para mim e Samuel, que está ao meu lado. 

— O que tem feito esse tempo todo? Se casou?

Pergunta Lui para mim de forma curiosa, do modo que sei que só ele é.

— Não! Ainda não a encontrei!

- Não a encontrou? 

Pergunta ele mais curioso ainda. Acho que a forma que me expressei. Deu muito na cara. E até Samuel, nesse momento, está me olhando duvidoso por eu ter me expressado assim.

— Isso! Ainda não encontrei a mulher que me faça querer ter uma família.

Não exatamente qualquer mulher. Mas apenas uma me interessa. A mulher com quem passei aquela noite. E essa ainda não a encontrei. Mas não vou dizer isso a Lui. A procuro em sigilo. Não quero ser nomeado como um louco que gamou em uma mulher, que nem ao menos sabe quem seja.

Pela expressão no rosto de Lui. Acho que acreditou nas minhas palavras. O vejo abri a boca para dizer algo. Mas para assim que percebe a porta da sala ser aberta por alguém. 

Um cheiro maravilhoso se espalha pelo ambiente. Uma fragrância doce e maravilhosa. Me deixando até atentado a olhar para trás. 

Lui sorri na direção da porta. E a esculto ser fechada. Aquele cheiro maravilhoso, invade ainda mais os meus sentidos.

Não consigo compreender por que desejo tanto ver quem é essa pessoa. Há muito tempo não sinto essa curiosidade, apenas por sentir um cheiro inebriante como esse. Até que escuto a voz calma da mulher, que continua atrás da minha cadeira.

— Senhor Lui. Me chamou?

— Sófia! Sim. Entre por favor. Pode se resolver com esse contrato por favor. Coloque o na ata. 

— Sim Senhor!

Lui continua sorrindo na direção da mulher. Esculto os passos dos saltos que ela usa, vindo em direção onde estou. Ela passa por mim, e ainda não me atrevo a olhar. Mas a voz da mulher invade a minha mente vagando na noite que tive com aquela mulher. Aquela voz doce e suave que invadia os meus sentidos. Me Fazendo me sentir atraído dez dê o momento que a escutei.

Vejo Lui esticar a mão contendo o contrato sobre a mesma, e entregar para a mulher. Olho na direção de Lui, e percebo que ele mantém o contato preso na mão, e o olhar preso no da mulher a sua frente. A pequena mão delicada dela, ainda segura o contrato. Até que Lui o solta. 

A curiosidade fala mais alto. E olho para a mulher que está ao meu lado. Ela está olhando para Lui, com um olhar de indiferença. 

Tomo um choque ao ver quem é. Tanto que não consigo dizer nada. Vejo ela olhar na minha direção por um pequeno segundo. Logo pedir licença e sai da sala. 

— Se controla!

É a voz de Samuel que escuto sussurra. Ele também a reconheceu. Tanto que olho para ele em espanto. E não preciso nem que ele me fale nada, para entender o que ele me pede para manter a calma.

— Ela é. A sua secretária?

Pergunto, mas com receio da resposta de que ela seja algo a mais. Pois notei um intersere dele com ela. Mas logo lembro o olhar indiferente dela para ele. 

Isso. Tomara que não sejam nada um do outro. E que ela seja apenas a sua secretária.

— A Sófia? Ela é minha secretaria sim. Cara já vi mulher difícil... Mas essa está me dando trabalho. Não aceita nenhuma de minhas investidas com ela.

Ao escutar ele dizer isso. Me sobe uma raiva gigantesca. Fecho os meus punhos com força, a fim de socar a cara dele. Mas sinto a mão de Samuel segura minha mão. Ao que parece. Para me ajudar a me acalmar. Olho pra ele, que me encara por súplicas de controle.

E ele tem razão. Preciso me acalmar. A encontrei. E ainda descobrir o seu nome. Sófia. Tão lindo como só ela. Mas agora que a encontrei. E pelo que parece. Ela não me reconhece. 

Agora preciso saber tudo sobre ela. Se tem namorado. Ou se é casada. E até mesmo filhos. Mas espero, e suplico para que ela não tenha ninguém.

— Preciso usar o banheiro. Não demoro. 

Lui atente as minhas palavras com um balançar de cabeça. Samuel me olha já sabendo o que pretendo. O dou uma rápida olhada, com isso monstro para ele não se preocupar. Afinal. Só preciso sondá-la. Saber tudo sobre ela.

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