Capítulo 15

Sófia 

Senti um nervosismo muito grande ao saber sobre quem vai ser o meu patrão. E com isso, diversas coisas começaram a passar na minha cabeça. 

Mais cedo ele me chamou para almoçar com ele um dia. Como o dispensei. Ele me disse que queria ser meu amigo. Até então tudo bem. 

Mas agora, percebo que tem tramoia por trás de tudo isso. Porque ele iria até o Lui, e pediria pra que eu viesse trabalhar com ele?

Não vou ficar aqui para descobrir. Não estou a fim de ficar de joguinhos com ninguém. Esse Henrique não parece ser o que mostra.  

Segui caminho para fora do prédio. Mas logo ouvi uma voz me chamar. Parei, ao constatar que era Mônica. A recepcionista que me atendeu.

Ela me pergunta se não vou subir. Falo que esqueci um documento no carro, e vou busca. Mas ela começa entra em assuntos aleatórios. E como ela foi simpática comigo. Não quero corta lá. 

Senti o meu nervosismo crescer mais. Mas a mulher ta parecendo uma matraca humana. Puta merda. Tenho que dá no pé, antes que ele apareça por aqui.

Fugindo? Claro que estou. Não estou a fim de relacionamentos. Se for mesmo isso que aquele cara quer, né!? Mas acredito mesmo que ele que usar, e depois me descartar.

Começo a caminhar lentamente até a porta.  Quem sabe assim a Mônica percebe que quero sair, e para de falar.  Mas a mulher, entra na frente da porta, ainda insistente em continuar falando. Então o jeito é ser direta.

— Monica, foi muito bom te conhecer. Mas realmente tenho que ir. Espero que possamos nos vê mais vezes depois. 

Falo já desvinculando dela. Mas esculto uma voz grossa me chamar. Merda. Tarde de mais.  Ele veio até mim. O que comprova as minhas suspeitas. Puro interesse.

Olho pra ele. Ele parece esta, nervoso com algo. Não sei ao certo. Esse homem é indescritível. Ele está insistindo pra mim o acompanhar. Mas não vou a lugar algum com ele sem saber o que ele quer de verdade comigo. 

O encaro e pergunto o que estou fazendo aqui. Sou até direta demais. 

Mas o cara é atrevido. Saiu me puxando pela mão, com tamanha facilidade. Que até me pergunto, se ele quiser fazer algo comigo, não vou conseguir escapar dele. Ele é muito forte. 

Ele me leva para o elevador. E só solta o meu braço quando já estamos dentro do mesmo.  Senti um nervosismo enorme por ele ter me puxado assim com tanta gente nos olhando e até cochichando a respeito. Reclamo pela atitude dele. Deixo bem claro que não gostei. 

Ele me diz que quer conversar comigo longe dos olhares curiosos. Ele tá achando mesmo que Caio nessa?

Eu que não sou doida pra cair. 

Deixo a entender que sei o que de verdade ele quer comigo. Mas o cara vem e me surpreendi. Me mostra em palavras que o estresse dele em mim é apenas profissional. 

Muxo na hora. Mas, por que fiquei assim? Não era eu que estava fugindo dele?

affi. Tem hora que nem eu mesmo me entendo. 

Fomos pra sala dele. As pessoas desse lugar são todas legais. Vejo uma mulher atrás de uma mesa. Eu sorrio pra ela, e ela sorri de volta. Que legal! Adoro ler histórias de romance. E na maioria, as mulheres que trabalha com homens ricos, fazem o inferno quando vê outra mulher perto do cara. Bom, não que seja o caso aqui.

A proposta dele é tentadora demais. Salario excelente, receberia mais dê o dobro que recebia quando eu era secretaria do Lui. O cargo é de grande responsabilidade. 

Mas é praticamente tudo que eu fazia na empresa do Lui. Ele descobriu o meu desempenho na época, e me deu aquela função. Não reclamava, até porque foi uma grande experiência para mim. 

A diferença, é que Lui me ajudava em tudo.  Mas aqui, pelo jeito, vou ter que trabalhar sozinha nos projetos. 

Mas uma coisa ainda me incomoda. Ter que viajar com ele. Como vou fazer isso, se Maria depende muito de mim. 

Não quero falar pra ninguém sobre ela. Não que tenho vergonha de ser mãe solteira. Sei que existem muitas por aí.

O meu problema, é não fazer ideia de quem seja o pai da minha filha. E as pessoas sempre perguntam. E o pai, quem é?

Já passei por isso uma vez. E não foi fácil o julgamento que recebi. Por isso aprendi que não devo falar sobre a minha vida pessoal.

Não quero dispensar o serviço. Na verdade, estou até animada pra começar logo. Um cargo alto, será como um desfio. E eu adoro um desafio.

Então peço a ele um tempo pra pensa. Preciso conversa com a Ângela. E nos duas veremos a melhor decisão a tomar. 

Ele não parece satisfeito. Mas digo que o dou a resposta amanhã no primeiro horário. Ele sorri. E puta merda. Esse homem tem um sorriso que meu Deus. Me da até arrepios. 

Tô vendo que se eu trabalhar com ele. Vou ter que manter o máximo de distância dele. 

Me despeço dele, e saio da sua sala. Me despeço da secretaria. E ao chegar no primeiro anda. Mônica vem se aproximando novamente de mim. Ai meu Deus. Ela vai me segura aqui de novo. 

Mas ela só me pergunta se vou trabalhar aqui. Digo que vou pensar. E a resposta dela.

— O senhor Henrique é um ótimo patrão. Sei que se você vir trabalhar aqui. Vai gosta bastante. E já sabe. Já vai ter uma amiga. 

Eu sorrio pra ela. Gostei da parte que já vou ter uma amiga. Ela me parece, sim, ser uma boa pessoa.

— Vou leva em consideração tudo que me disse. Só tenho que resolver umas coisas antes de aceitar o emprego!

— Entendi. Mas realmente espero que você aceite o emprego. 

É. Realmente foi bom conversa com ela. Me despeço, e vou direto pra casa.

Chego em casa. E do lado de fora já esculto uma pequena bagunça vindo da parte de dentro. Ai meu Deus. O que essa babá está fazendo em? Meu coração começou até a palpitar.

Retiro minha sandália, abro a porta lentamente. E o som da televisão invade os meus sentidos. Entro de vagar com uma sobrancelha arqueada, e os barulho de vós misturada com o barulho que vem da televisão. Está cada vez mais forte. 

E quando em fim chego na porta da sala, sou obrigada a retira o meu celular de dentro da bolsa, e filmar. Sei de uma pessoa que vai amar ver o que estou vendo.

A babá da minha filha com ela nos braços. A babá cantado, girando e dançado com a Maria no colo. Já Maria. Rindo parecendo está se divertido com a farra ali.

Sim, disse que tinha câmeras espalhadas pela casa. Mas ultimamente com tanta correria, e depois que a babá nos provou o seu caráter. Confesso que não olhei mais as câmeras de segurança.

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