Acordo no outro dia como sempre, sorrindo. Sentindo Maria aconchegada perto de mim. Ela ressona baixo. Aproveito que ela continua dormido. Coloco alguns travesseiros em sua volta, como uma barricada. Assim sei que se ela revira na cama, não vai cair.
Sigo pro banheiro, levando comigo a babá eletrônica. Retiro o meu baby doll. E entro de cabeça na água morna. Lavo o meu cabelo rápido, escovo os meus dentes aqui mesmo debaixo do chuveiro. Tenho que ser rápida. Porque se Maria acordar, vai tenta descer sozinha da cama. Ela ainda não conseguiu essa façanha.
É. Vida de mãe não é mole não. Mas não troco minha vida de agora. Por nada desse mundo. Amo minha pequena. Ela é minha zona de escape de todas as tensões que passei na época.
Saio do banheiro enrolada na toalha. Maria ainda continua dormindo, tão linda. Sigo para o guarda-roupa. Pois tenho que me preparar para o meu primeiro dia na, Empreendimentos Guzmam.
É exatamente isso. Vou aceitar o emprego. E adivinha só quem me fez aceitar.
Depois da nossa conversa de ontem. Onde, em suposições, achamos que Henrique, na verdade, quer algo a mais comigo. Tinha pensado em desistir do emprego.
Mas Ângela soube me convencer. Como dito por ela.
Se você conseguiu lhe dar por tanto tempo com o playboy, do Lui. Que dificuldade você teria para lhe dá com esse homem.
É. Ela tem razão. Não deixei que as provocações de Lui me afetasse. E não vou deixar desse homem também.
Após arrumada, e Maria também arrumada. Seguimos para a cozinha. Ângela já nos aguardava com um belo café da manhã preparado por ela. Depois de um tempo. Marta por fim chegou. E assim, tanto eu, quanto Ângela, podemos seguir para o nosso trabalho.
E não vou mentir. Não ir trabalha no mesmo lugar que Ângela. Está me deixando um pouco desinquieta. Não só isso. Mas também a conversa de ontem a noite.
Ainda me pego pensando. E se nos duas estiver enganada? Afinal, ele mesmo deixou a entender quê o que ele espera de mim, é só o profissionalismo.
Cheguei na empresa Guzmam. E segui rumo a entrada do prédio. Um frio na barriga me consume por inteira.
Respiro fundo, e entro. E logo já fui dando de cara com a Mônica. Que assim que me viu atravessar a porta de entrada. Veio até mim com um sorriso espontâneo. Não consigo ver falsidade nela.
Conversamos um pouco. E ela me disse o quão feliz ficou por eu aceitar o emprego. Após agradecer as Boas-vindas vinda da parte dela. Segui para o elevador, de modo a ir à sala do meu chefe.
Sai do elevador. E depois de alguns passos, avistei a secretária dele atrás da mesa. Mas diferente de ontem. Notei nela algo diferente. Ela me encara de um modo como se a minha presença aqui, a desagradasse. Me aproximo, preciso averiguar o terreno. Vê se estou imaginando coisas.
— Bom dia! Ontem não tivemos o prazer de nos apresentar. Eu me chamo…
— Sófia, eu sei.
Ela fala me cortando. E dá pra perceber uma certa relutância na voz dela, ao, fala comigo. Qual o problema dessa mulher?
— Claro! Devia ter imaginado que você sabia o meu nome.
— Claro!
Ela me responde num tom seco.
— E qual o seu nome?
— Rebecca!
— Prazer Rebecca! De agora em diante seremos colegas de trabalho.
Falo assim tentado apaziguá esse clima chato. Vejo ela franze o senho pra mim. Colocar os cotovelos na mesa, e repousar o queixo sobre os seus dedos cruzados.
— Já vi que você é do tipo que se faz de sonsa! Não é mesmo? Sófia.
Ela desdenha o meu nome. Ai que raiva que isso me dá. Nunca tive problemas no trabalho com ninguém. Será que essa vai ser a primeira vez?
— Não estou me fazendo de sonsa. Gosto de ter uma boa convivência com os meus colegas de trabalho.
— A faz-me ri. Quê mesmo que eu acredite que você quer boa convivência? Porque não joga logo na cara...? Vamos, fala!
Sabe quanto tempo trabalho para o senhor Henrique?
A encaro sem intender essa conversa. Mas percebo nela uma mágoa muito grande.
— Ha muito tempo! E do nada ele contrata uma mulher, que assim como eu. É apenas uma secretária. E dá a ela o cargo que eu tanto queria.
Agora entendi tudo. Ela está com raiva, porque queria o cargo de Analista da empresa. Mas eu não tenho culpa se ele o deu pra mim. E claro que não sou idiota de destacar um cargo desse.
É uma oportunidade única pro meu currículo. E se ela não conseguiu o cargo. Talvez seja porque ela não se esforçou o máximo para consegui.
Bom. Quem sou eu pra dizer isso né!? Não sei nada da vida dela, nem dos seus atributos trabalhistas. Então não posso julgar.
— Sinto muito Rebecca. Mas isso não significa que devemos ser inimigas aqui dentro. Podemos ter uma boa convivência no trabalho. O que me diz?
— Ta me achando com cara de otária. Olha Sófia. Eu conheço mulheres como você. Já chega aqui querendo bota as garrinhas de fora e…
Vejo que ela se calou. Mas eu juro que não entendo essa mulher. Ela me julga sem me conhecer. Mas sinto que ela não é uma má pessoa. E não vou brigar com ela. Mesmo que ela queira briga comigo. Vou deixar ela fala sozinha.
Bom. Não vou brigar. Só espero que ela não me faça perder as estribeiras.
— Sófia! Que bom que veio!
A voz de Henrique sobressai atrás de mim. E dr oga. Por que sempre me arrepio quando ele faz isso?
Olho rapidamente para Rebecca. Ela agora me olha diferente. Como se não tivesse acontecido nada há um segundo atrás. Que mulher duas caras!
Que saber, deixa isso pra lá.
Me viro na direção da voz de Henrique. Ele está com aquele sorriso que me faz ter borboletas no estômago.
Ai meu Deus. Agora fiquei com medo. Não dele. Mas de mim mesma. Esse homem tem um poder sobrenatural sobre mim. Que nunca tive com outro homem antes.
Ai meu paizinho do céu. Ajudai a sua filha a passar pelas tentações, desse pecado em forma de homem.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 78
Comments
Patricia M
maravilhosa a história kkkkk
2025-02-20
0
Lucifer
verdade.
2025-01-16
1
Lucifer
eu acho tão lezera perguntar para uma mulher quem é o pai da criança, coisa idiota da porra
2025-01-16
2