Sófia
Ângela sempre me irrita com essa conversa. Sempre dizendo que preciso de um amor na minha vida.
Fala sério. Por que as pessoas acham que só são felizes se tiverem um relacionamento? Estou bem como estou. E não estou a fim de mudar isso.
— Temos que voltar para empresa. Vou no quarto me despedir de Maria.
Saio da cozinha. Sim, fugindo do assunto. Só consigo escutar Ângela bufa. Ela tem que entender, e para de querer me arrumar pretendentes.
Voltamos para a empresa. Ângela foi o caminho todo calada. E pra não cutuca a fera. Preferi fazer o mesmo.
Chegamos na empresa. Ângela seguiu calada na direção de seu posto. Já quanto a mim. Fui na direção do elevador. Mas antes de entra, chamei por Ângela, e mandei um beijo na direção dela assim que ela virou para mim encara. E ela, em resposta, sorriu pra mim.
As nossas brigas são sempre assim. Dura pouco.
Entrei no elevador sorrindo satisfeita. E não demorou para chegar no andar onde trabalho. Segui até a minha mesa. Mas antes de sentar. Ouvi a porta da sala do Lui se abri. Ele apareceu, e me encarou com um semblante estranho.
Nunca o vi assim. Algo de muito ruim deve ter acontecido.
— Sófia! Venha até a minha sala. Temos que conversar!
— Ok
O respondo com um certo receio. O que está pegando? Ele nunca falou tão autoritário comigo assim.
Entrei na sala dele, fechei a porta atrás de mim. Ele já estava sentado do outro lado da mesa, com a mesma expressão. Logo me pediu para tomar o assento de frente a mesa.
— Diferente de todas as secretarias que tive! Você foi a única que me ensinou muito. Nunca aceitou as minhas provocações. Me mostrando o qual integra você é.
Sempre me mostrou o qual empenhada, é nos seus deveres. E por conta disso, o que estou prestes a fazer. Vai ser bem difícil.
— O que está acontecendo, Lui?
— Sófia!
Ele fala meu nome em relutância. Algo de ruim realmente aconteceu. Mas o que pode ser?
— Sófia eu. Eu não vou mais precisar dos seus serviços.
— O quê? C-como assim? Está diminuindo o meu cargo?
— Não Sófia! Estou te dispensado da empresa.
Isso soou como uma facada. Me dediquei a empresa. Dei o melhor de mim. E esculto assim que serei demitida?
— Por quê? Me diz um motivo pra essa demissão.
Pergunto ainda desnorteada. Tentando lembrar algo de errado que eu tenha feito. Mas nada me vem a memória.
— Nada! Você não fez nada de errado...
— Então, por que da demissão?
Pergunto sentindo minha garganta, apertada. Não posso ficar desempregada agora. Tenho contas altas a quitar. E ainda tenho que cuidar da minha filha. O meu Deus, o que eu faço? Esses pensamentos não param de ronda a minha cabeça.
— Como eu disse, Sófia. De todas as secretarias que tive. Você foi a única que se destacou. E por conta disso. Merece o melhor...
Apareceu uma oportunidade de emprego pra você. Salário maior. E cargo maior.
— Como assim Lui? Aqui na sua empresa?
— Não! Vou te passar o endereço. Você precisa aparecer nesse endereço ainda hoje. O meu concelho é abraçar essa oportunidade com a garra que sei que tem.
— Mas e se eu não aceitar?
— Você vai aceitar! Você é uma mulher que batalha muito para conseguir as coisas. Honrada. E merece o rumo que a sua vida está levando ágora!
Sinto as lágrimas molhando o meu rosto. Além de Ângela. Nunca que ninguém me falou palavras assim. Ele me olha com certa relutância. Como se fosse difícil me dispensar do meu cargo.
— Passe no RH. E já deixa tudo acertado.
Sinto a voz dele falha nesse momento. Ele parece recupera o fôlego, me encara, e volta a fala.
— Vou sentir sua falta aqui. Principalmente da sua cara birrenta toda às vezes que te importunava.
— E você fazia isso só pra me ver irritada?
— É divertido ver sua expressão de raiva... Sófia. Não mude o seu jeito de ser por ninguém.
Isso foi um conselho? Por que mudaria o meu jeito de ser? Isso é algo que jamais faria. O respondo com um jamais, já me pondo de pé. Pronta para ir rumo a porta, para sair daqui. Ele me estende o cartão com o endereço. Me entregando ainda relutante, enquanto me encara.
— Só mais uma coisa. Vou precisa contratar outra secretaria para ficar no seu lugar. Pode me indicar alguma?
— E se por um acaso o novo serviço não está ao meu agrado? Não poderei ter meu emprego de volta se colocar alguém no meu lugar!
Ele sorri com a minha ousadia. Mas o que disse, não seja de toda mentira. Afinal. Não sei o que me espera.
— Você vai gosta do emprego. Não tenho dúvida.
— E quem é o meu novo patrão ou patroa?
— Ai você vai ter que pessoalmente, ir até la, e averiguar.
Ele sorri, e eu sorri pra ele em resposta. Me viro pra sair. E antes de chegar até a porta, paro e me viro pra ele.
— Ângela é uma excelente secretária. Ela trabalha no primeiro andar. Mas ela não é alguém para jogar os seus charmes. Está me ouvindo?
Ele sorri com o que digo. Mas o conheço. E é óbvio que ele vai jogar charme pra ela. Nesse caso, espero que ela tenha boa mentalidade para lidar com Lui.
Terminei o que tinha que fazer no RH. E fiquei mais que satisfeita com o que fui acertada por Lui. Ele mostrou o quanto valorizou o meu serviço.
Segui para o primeiro andar, levando comigo uma caixa contendo as minhas coisas. As pessoas aqui me olham curiosas. Já imagino o que devem estar pensando. Fui demitida por justa causa.
Não foi bem o que aconteceu. Recebi uma proposta de emprego. E mesmo sem saber o certo do que se tratá. Sei que posso confiar no Lui. Acreditar que ele jamais me faria mal algum.
Algumas pessoas com que fiz amizade, vem até mim. E após explicar o que realmente aconteceu. Essas pessoas ficam felizes por mim, e me desejam boa sorte.
A única que não está de cara boa por conta do que escutou. Foi Ângela. E mesma escutando de mim, que pelo que parece ela ficará no meu lugar. Ainda, sim, ela não ficou agradada.
Achei que seria apenas uma saída rápida da empresa. Mas Lui sendo Lui. Apareceu ali, e me surpreendeu. Ele gritou aos quatro ventos, fazendo todos ali o Esculta.
Disse que tinha orgulho de quem eu era. Me aplaudiu, fazendo todos ali o acompanhar nos aplausos. O sorriso em meios às lágrimas no meu rosto. Era impossível não se fazer presente agora.
É assim foi a minha despedida da empresa do Lui.
Agora aqui estou eu. Parada na porta de um enorme prédio, tendo na minha mão o cartão que Lui me entregou.
Sinto uma certa relutância em entra. Mas em seguida, me lembro de todas as dívidas que fiz. E de minha pequena Maria, que só merece o melhor.
Respirei fundo. E entrei no prédio. Fui até a recepção, e ali encontrei uma linda moça. Ela sorri pra mim. E claro, eu sorrio de volta. Assim que me identifico. Ela me orientou, segui para o elevador, e ir para o último andar. Pois o senhor Guzman, já me aguardava.
Espera aí. Senhor Guzman... Olho desacreditada para a mulher ainda a minha frente. Me viro olhando ao meu redor, olhando o nome que tem em uma das paredes ali.
GUZMAN EMPREENDIMENTO
Volto o olhar para o cartão na minha mão. Como não tinha percebido?
O meu novo patrão será mesmo ele?
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Atualizado até capítulo 78
Comments
Sandra Mara
nossa comecei ler agora e já estou encantada com a história parabéns 👏👏👏👏👏
2025-03-04
0
Irá
Autora que pegada boa essa sua viu parabéns se já gostei desde o começo imagina agora uhuuuuuuu
2025-02-21
3
Patricia M
Agora sim ela vai trabalhar com o Henrique kkkk
2025-02-19
0