capítulo 16

Capítulo 16

Lara

Adam encerrou o beijo e ainda bem próximo, olhou nos meus olhos e deu um sorriso torto, um segundo se passou apenas e sua mão firme com dedos grossos foi parar na minha garganta.

- Diga o que quer menina! Não sou tolo! - ele disse e estreitou os olhos próximos dos meus.

Eu sorri e suspirei, visto que respirava com dificuldade, não tinha medo dele. Nenhum.

- Me solte e verá! - falei.

- Não... - ele falou sério.

Sorri novamente e enfiei minha mão dentro da sua calça, seu membro ficou rígido no mesmo instante e Adam mordeu os próprios lábios.

- Garota, não me provoque, não sabe do que sou capaz! - ele disse rouco de desejo.

- E se eu não me importar e quiser que me mostre do que é capaz? - disse e movimentei minha mão, indo e vindo.

Adam suspirou e fechou rapidamente seus olhos, ele capturou minha boca me beijando novamente, com muito mais intensidade e voracidade. Eu não podia negar, mesmo ele sendo um escroto, fiquei curiosa e molhada por ele.

Quando senti que ele relaxou a mão em meu pescoço,  dei um giro rápido o apoiando contra a parede. Adam ficou um pouco surpreso e se afastou, mas quando viu o desejo em meus olhos, voltou a me beijar, me agarrando contra ele. Suas mãos desceram até minha bunda, que ele apertou com força e começou a erguer meu vestido.

Retirei minha mão de dentro da sua calça e agarrei sua camisa, o peito dele era forte e musculoso. Como um babaca desse poderia ser assim tão atraente?

Meu vestido estava todo emaranhado ao redor da cintura, quando uma de suas mãos deslizou pela minha intimidade, quente e úmida. Em meio aos beijos calientes, senti que ele sorriu, satisfeito consigo mesmo... Era um idiota de marca maior, sem sombra de dúvida.

Ah... eu o queria, queria muito. Em qualquer outra situação, eu não me importaria, acharia sexy e muito excitante trepar aqui mesmo.

Mas não era o caso. Eu o queria, mas não era o momento.

Dei uma joelhada com toda a minha força no meio das suas pernas e me afastei. Adam se dobrou devido a dor e aproveitei para dar uma cotovelada em sua cabeça. Ele caiu no chão, encolhido de dor e com as mãos no seu saco.

- O que acha disso seu escroto? - perguntei sorrindo e chutei sua barriga com meu salto fino.

Ouvi passos e me virei. Era a Bea, ainda bem.

- Caracaaaa - ela disse se aproximando mais rápido e o olhou no chão gemendo de dor.

- Conseguiram? - perguntei.

- Ainda não sei, mas espero que sim! - Bea disse receosa.

Abri minha bolsa, pegando o lacre de plástico que eu tinha trazido e me agachei.

- O que vai fazer? - minha irmã perguntou confusa.

- Vou prender ele! - falei como se fosse óbvio - Achou que eu viria para cá sem um bom plano?

Peguei suas mãos, embora ele tenha relutado, mas estava verde, mesmo no escuro vi sua cara enjoada, Adam parecia que ia vomitar de tanta dor. Juntei suas duas mãos e as prendi.

- Por que em nome de Deus, você trouxe um lacre pra festa, se nem sabíamos que tudo isso ia acontecer? - Bea perguntou e eu fiquei de pé novamente.

- Uma mulher sábia, sempre anda preparada! - falei e novamente Adam gemeu - E eu pretendia achar um homem bem disposto aqui e ir para um motel com ele, sabe bem do meu apetite...

- Credo... ainda bem que trouxe então! - murmurou Bea.

- Quem... são vocês? - Adam perguntou do chão sem nos olhar, sua voz era de pura agonia, ele ainda segurava seu membro nas mãos - O que querem? ... Dinheiro?

- Ah, não... isso temos bastante! - falei.

- Ele não sabe quem você é... - Bea disse no meu ouvido e continuou - Vou sair antes que ele me reconheça, vai ficar bem?

- Ah, sim! Vou! Se precisar, sei bem me defender! Minhas aulas de defesa pessoal estão mais em dia do que as suas! - disse a ela, visto que Bea faltava quase sempre as aulas.

- Então já vou! - ela disse e saiu.

Me sentei no chão, do outro lado do corredor e o observei se contorcer.

- Sabe, um tipo como o seu merece bem mais que isso! Sorte a sua que estou de bom humor e gostei de você!

- Vá se foder! - ele disse entre os dentes e quase cuspiu as palavras.

- Ah, eu gostaria muito e com você! - admiti - Mas infelizmente, uma causa muito maior, me impede!

- E o que... seria? - ele perguntou.

- Amor próprio, amor ao próximo, empatia, respeito, caráter... várias coisas, eu estaria passando por cima dos meus princípios, embora você claramente não ligue para isso. Afinal sua esposa estava logo ali, a poucos metros de nós, sua aliança estava reluzindo mesmo no escuro e cá está você Adam, querendo trepar com uma completa estranha!

- Adam? - ele disse e ergueu sua cabeça para mim, com bastante esforço conseguiu se sentar, meio de lado - Então me conhece...

Droga, que vacilo.

- Sim, claro que o conheço! Adam Fletcher, dono e representante de uma das maiores indústrias de papel do país! - remendei...

Ele me olhou com desconfiança, não parecia ter acreditado em mim.

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