Após uns vinte minutos de preso no ônibus, ele para em frente ao bar Hunter.
Que interessante, de tantos bares para eles fazerem reserva nessa cidade, decidiram o bar Hunter, voltar para o ponto onde tudo começou. Talvez deus esteja a zombar de mim.
Assim que desço do ônibus eles ficam em minha volta e forçam-me para dentro, empurrando-me.
Quando entramos no salão eles saíram da minha cola e espalharam-se. Tem uma mesa lotada de bebidas e o barman ainda está fazendo drinks, contudo deve ser pago.
- Acho melhor eu sair daqui... – retruquei.
- Amigo? – escutei uma voz familiar vindo a minha esquerda.
Quando me virei, vi meu amigo anjo, o que está cuidado do humano Henrique.
- Amigo! – exclamei feliz, chamando a atenção um pouco dos humanos.
- Vamos para o bar, está vazio. – ele apontou para as cadeiras da mesa do bar que está vazia.
O segui para o bar e sentei em uma das cadeiras vazias e ele ao meu lado.
- O que faz aqui? Onde está o seu humano? - indaguei.
- Meu humano está em um hotel ou casa de alguém aqui do lado. Eu vi você descendo do ônibus e decidi ver como está. Os anjos estão eufóricos por sua causa.
- Pensa que estou bem? – questionei.
- Os anjos estão a comentar o que aconteceu com você. Conseguiu até mesmo o impossível! Nunca vi Arcanjos na Terra conversando tanto!
- Não sabia que ficaria tão famoso sendo exilado já que isso acontece com frequência.
- Mas você não foi apenas exilado, você permaneceu com as asas e ainda por cima tem chances de voltar para o céu e ao mesmo tempo não tem.
- O que quer dizer com isso?
- Está surgindo boatos que deus mandou você fazer sabe... aquilo... escondido de todos.
- Se fosse isso, então, por que eu ainda estou aqui? Sem propósito. A única coisa que posso fazer é viver como um humano e esperar o meu julgamento.
- Soube que não tem provas suficientes para você voltar ainda e muito menos condená-lo.
- Por que deus não se intrometeu ainda? Ele sabe de tudo, já poderia ter me tirado deste inferno.
- Não ficou sabendo?
- Do quê?
- Deus desapareceu.
- Deus desapareceu?! – aumentei um pouco o meu tom de voz fazendo que ele fizesse xiu para mim.
- Idiota quer que os demônios e obscuros escutem? Não se esqueça que está no mundo humano é um alvo para seres malignos muito mais fácil, do que qualquer outro ser.
- Desculpa, não estou acostumado com o mundo humano ainda. Mesmo tendo reencarnado algumas vezes há muitas coisas que não me recordo, então tudo é novo. Inclusive algumas sensações.
- Deu para notar. Você está bem abatido.
- Preciso de algo para esquecer os meus problemas... – resmunguei.
- Se não enganos os humanos bebem algo. Lembra o que tanto o Halck como o Henrique pediram neste bar?
- Sim em casa para esquecer os problemas Halck mergulhava em um liquido transparente chamado vodca.
- Então pede um.
- Mas para pegar a bebida preciso daquilo que os humanos têm... Qual o nome mesmo? Ah... sim lembrei... o dinheiro. E no momento não tenho nada.
- Esqueço que nesse mundo existe tal coisa primitiva.
- Com licença...
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Atualizado até capítulo 15
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