Guardei a minha espada no meu cinturão.
- Que Deus tenha misericórdia...
De repente uma luz forte aparece e dela sai um Querubim¹.
- O conselho pede a sua presença imediata... – ele olha na prancheta – Uriah, este é seu nome na primeira morte no mundo humano, de acordo com os arquivos.
- Já faz um tempo que não escuto o meu nome, já até tinha me esquecido que eu tinha um.
Ele anota algumas coisas na prancheta, depois olha para a parede e surge uma porta.
- Por favor, entre.
Abro a porte, uma luz forte impede que eu veja o que há dentro. Entro no lugar assim que minha visão se adapta posso ver as nuvens formando o chão e sete anjos com capuzes, impedido que veja seu rosto ou qualquer parte de seu corpo, nuvens formam um longa mesa e bancos para eles se sentarem.
O querubim passa por mim e fica na frente dos anjos.
- Os sete arcanjos principais? – retruquei, contudo o pequeno querubim escutou.
- Quem mais seria? Lembra deles? Aniel, Saracael, Samuel, Zacarias, Fanuel, Uriel e Gamaliel. – ele me responde de forma rude.
- Vamos começar. – fala Aniel.
A porta desaparece e caminho ate ficar bem próximo a eles.
- O que ele fez Querubim? – pergunta Samuel.
- Ele interferiu e derramou sangue humano. – fala o querubim olhando na prancheta.
- Todos os Anjos Guardiões, sabem que enquanto estiverem em solo terrestre devem seguir uma lei: Nada de interferir na vida de um humano, há menos que o todo poderoso ordene. – diz Saracael.
- Sei muito bem desta lei e sempre segui com vigor. - falei.
- Então não à argumentos para sua defesa, devo lhe conde...
- Espere! Eu tenho uma defesa! – interrompi o veredito de Uriel.
Um olha para o outro e começaram a cochichar.
Falei algo de mais? - indaguei.
- Não, continue com sua defesa. – ordena Uriel.
- Algo naquele humano era diferente... Ele era um ex-anjo.
- Isso não é nada demais. – retruca Gamaliel.
- Verdade, mas ele escutou-me, viu-me e ainda me tocou. Além de ter feito um pacto não com um demônio e sim com o próprio Diabo.
Os setes olharam um para o outro.
- Eu ia deixar aquele humano perecer, não me importava com isso, pois sei que tais seres mortais, morreram um dia!
Então por que impediu a morte dele? – questiona Fanuel.
Escutei a voz de uma menininha de aproximados seis anos de idade: implorando para que eu o protege-se, então o meu corpo moveu-se sozinho!
Os sete começaram a cochichar.
Temos o nosso veredito. – fala Uriel.
Teremos que conversar com Deus para ter uma resposta certa, pois nessa situação, somente Deus é justo o suficiente para o julgamento. – diz Aniel.
- Todavia pelo crime de interferir na vida humana apenas será mandado para Terra, por tempo indeterminado, não podendo voltar para o céu até segunda ordem. – fala Zacarias.
Vocês cortarão as minhas asas?
- Cortamos as asas apenas daqueles que foram corrompidos por completo pelo pecado humano, não tendo mais volta, virando praticamente um demônio ou um obscuro. – responde Fanuel.
- Como geralmente os que são banidos acontecem isso, vocês anjos pensam que cortamos por esse motivo. – fala Saracael.
- Bem agora que o nosso veredito foi dado, é melhor sair daqui, por enquanto não pertence mais a este mundo. – fala Samuel.
- Espe... – antes de completar a frase em um piscar de olhos já estava do lado de fora.
Comecei a bater na parede, mas nada muda.
- Pelo menos fiquei com as minhas asas... – retruquei.
Dou um suspiro alto e faço as minhas asas sumirem, ficando na forma humana. Saio do beco e sento na calçada. Olho para uma poça de água suja que logo começa a aparecer o meu reflexo pela primeira vez, agora não passo de uma criatura terrestre.
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Atualizado até capítulo 15
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