“Os anjos intercedem por nós junto de Deus (...) (1 Timóteo 2:5)
...~Angel~...
- Pelo menos fiquei com as minhas asas... – retruquei enquanto sento na calçada e olho para uma poça suja de água. Logo começa a aparecer o meu reflexo.
- O quê?! – gritei assustado afastando - Meu reflexo?
Claro que meu reflexo iria aparecer, fui banido do mundo celestial, ou seja, não posso mais ficar invisível para os humanos ou qualquer criatura terrestre.
Olhei em volta, com as minhas asas amostra não poderia ficar ali por muito tempo, então comecei a andar sem rumo. Por minha sorte as ruas estão praticamente vazias, tem apenas pessoas drogadas e sem tetos, que não notam a minha presença, pois estão distraídos pelo fogo, que eles cercam para aquecer.
Se eu continuasse daquele jeito provavelmente chamaria muita atenção e se isso acontecesse, as minhas chances de voltar para o céu seriam quase zero. Talvez encontre o meu amigo e pergunto o que devo fazer e como estão as coisas.
Acho que nunca me senti tão perdido...
Fui em direção ao aeroporto e vi um ponto de táxi, então me recordo do bar.
Talvez ele esteja no bar Hunter. Devo pegar um táxi como os humanos fazem, não posso ficar voando por aí, isso chamaria muita atenção.
O ponto está vazio, ou seja, sem táxis. Acho que a sorte não está so meu favor. Revirei os olhos.
Agora... Como irei chegar lá sem chamar tanta atenção?
De repente senti algo encostar na minha asa esquerda, quando me viro percebo que é um humano.
- Onde você as comprou? Não é todo dia que vejo algo tão fascinante. - ele falou segurando levemente a minha asa esquerda.
Rapidamente abri as minhas asas e bati com força, o suficiente para ele soltar e afastar, mas acabo jogando um pouco de poeira nos seus olhos, ele contorce-se e tenta tirar e não consegue.
Ele não parecia ser desta região, usando terno e com materiais humanos diferentes, provavelmente difíceis de ter. Com certeza este humano ligaria para minha presença.
Aproveito a oportunidade que ele esta com os olhos fechados e corro, saltando e me escondo atrás de latas de lixo, que ainda da para vê-lo.
O humano esfregou os olhos com força, ele olha de um lado para o outro confuso. Então da de ombros, olha para baixo e pega a bolsa pequena que havia caído na confusão e nota que junto há uma das minhas penas. Ele pegou-a e fitou por um tempo.
- Realmente queria saber onde este garoto comprou está fantasia, até as penas são bem feitas. - ele diz admirando-a.
O som da buzina chama a sua atenção, ele se virou e caminhou para o outro lado da rua, onde um táxi o espera. Ele entra no veículo e some.
Será que ele me notou? Talvez não...
Ao perder o veículo de vista saio de trás das lixeiras, mas desta vez com cautela.
Acho melhor andar como os humanos e pensar em algo que esconda as minhas asas.
Talvez eu tenha sorte e não encontre mais com ele.
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Atualizado até capítulo 15
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