• POV: Muralha •
Sai da boca para tomar um ar e esfriar a cabeça, essa merda de politicagem não funciona nada comigo.
Mas merda, quando eu saí vi um menor levantar a mão pra uma mina e o ódio subiu.
Nem medir a força, joguei ele e ele parou no meio da pista, subir em cima dele e comecei a descer o braço mesmo.
A raiva só ia aumentando, ele tentou me empurrar mais porra, eu tinha 1,97 de altura e pesava 103 kg de puro músculo.
As pessoas da rua começaram a gritar, sentir quando tentaram me puxar, eu só dei empurrão sem nem vê quem era.
Tentaram de novo e dessa vez pude sentir que eram mais pessoas. Meu irmão, que era 10 sentimentos menor, MT que devia ser uns 15 sentimentos mais baixo que eu e um outro cara do tamanho do meu irmão.
Meu ódio era tanto que até o cobra teve que ajudar a me segurar e mesmo assim eu ainda conseguia arastar os quatro.
ㅡ MURALHA CALMA PORRA! ㅡ meu irmão gritou no meu ouvido.
ㅡ Levanta a mão pra uma mulher de novo. Levanta porra. ㅡ falei tão calmo como sempre.
Os muleques levaram o imbecil e eu olhei para o lado, três mulheres estavam ali, mais somente a do meio me interessava.
Impossível. Mas era ela sim.
A polegarzinha que cruzou meu caminho mêses atrás e que plantou um triplex na minha cabeça.
Ela estava ali na minha frente e ia apanhar se eu não tivesse aparecido, meu ódio aumentou, deixa só esse puto sair do hospital que eu acabo com a vida dele.
ㅡ Renata? ㅡ cobra se aproximou dela e Coringa me olhou feio já sabendo o que aquilo ia dá.
Renata, esse é o nome da polegarzinha.
ㅡ Ela passou mal. Vomitou na jaqueta do idiota e ele quis bater nela. ㅡ a doida da Fernanda também tava aqui.
Então é para cá que ela vem todo santo dia. Olhei para Coringa e ele deu de ombros.
ㅡ Ele bateu em você? ㅡ Cobra parecia puto.
ㅡ Não. Ele chegou e você viu no que deu. ㅡ a garota que parecia com Renata falou.
ㅡ Se o muralha não tivesse aparecido feito um toro selvagem, não teríamos conseguido parar aquele cara, você viu o tamanho dele? ㅡ Fernanda falou e agora parando para pensar, ele era realmente alto e forte.
Vi cobra abraçar a polegarzinha e beijar a bochecha dela, Coringa segurou meu pulso quando dei um passo a frente.
ㅡ Se controla. ㅡ ele sussurrou.
ㅡ Olha só quem tá falando de controle. ㅡ ironizei.
ㅡ Obrigado. ㅡ Cobra estava a minha frente com a mão estendida. ㅡ Se não fosse você minha irmã e meus sobrinhos podiam- ㅡ ele balançou a cabeça querendo não pensar naquilo e eu.
Eu fui para trás como se tivesse um gancho de um lutador de MMA.
ㅡ É ele. ㅡ ouvir a polegarzinha sussurrando enquanto abraçou a própria barriga.
ㅡ Ele o que? ㅡ Cobra olhou para trás.
ㅡ É ele. ㅡ ela parecia em choque tanto quanto eu. ㅡ O pai. O pai dos bebês. ㅡ Felipe olhou para mim e sentir como se não tivesse chão nos meus pés.
Cai sentado no chão. E vi quando ela pendeu para frente, se não fosse as dias meninas ela tinha ido de cara na pista.
ㅡ RENATA! ㅡ Cobra e Micael correram para elas e eu estava paralisado.
Cobra pegou a polegarzinha nos braços e saiu correndo em direção ao carro mais na frente. Micael e a outra garota foi com eles.
ㅡ Muralha tem a menor possibilidade desses bebês serem seus? ㅡ Fernanda ficou na minha frente. ㅡ Muralha?
ㅡ Tem. ㅡ respondi. ㅡ Ela disse que queria esquecer o ex, que desde que terminou com ele não tinha pegado ninguém, então a gente ficou e eu nunca mais a vi. ㅡ Coringa e Fernanda xingaram.
ㅡ Olha as coisas que você faz. ㅡ ele começou.
ㅡ A culpa não é de ninguém Coringa. Filhos são as consequências de transar. ㅡ ela enfrentou ele.
ㅡ Oh não me diga, não preciso de uma aula de biologia, querida. ㅡ rebateu.
ㅡ Olha não é que ele sabe ao menos de que matéria estamos falando. Você não é tão burro quanto eu pensei. ㅡ continuou.
ㅡ O burro aqui que você-
ㅡ CHEGA! ㅡ gritei. ㅡ Porra se vão ficar fazendo barulho no meu ouvido então saiam daqui.
Os dois bufaram.
O telefone de Fernanda tocou e ela atendeu quase imediatamente.
ㅡ Oi. Ela tá bem? Já tô indo. ㅡ ela desligou, se virou e já ia saindo.
ㅡ Eu vou com você. ㅡ me levantei e fui até meu carro.
ㅡ Essa porra só piora. ㅡ Coringa reclamou me seguindo.
ㅡ É só ficar ai. ㅡ Fernanda respondeu.
ㅡ Vocês podem ficar quietos? ㅡ eu já estava de saco cheio disso.
Não entendo por que eles não se pegam de uma vez.
ㅡ Ela me mandou a localização. ㅡ Fernanda pegou celular e colocou no suporte do carro.
Eu ia dirigindo e vendo se estávamos no caminho certo.
Chegamos no hospital Coringa me jogou um boné.
ㅡ Eu vou ficar no carro. Já tem muita gente lá dentro. ㅡ eu apenas concordei e sai com Fernanda.
Na recepção estava a garota parecida com a polegarzinha.
ㅡ Nathalia. ㅡ Fernanda chamou.
As duas se abraçaram e ela estava chorando.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ Fernanda perguntou.
ㅡ A médica da Renata disse que se demorasse mais 5 minutos ela tinha perdido os bebês e ainda podia ficar com sequelas. ㅡ ela soluçou e Fernanda a abraçou.
Nathalia olhou para mim, eu não conseguir entender seu olhar.
ㅡ Então você é o pai dos meus sobrinhos? ㅡ ela me olhou de cima a baixo.
Ela pegou a mão de Fernanda a puxando, olhou para mim e fez um gesto com a cabeça.
Eu seguir elas até o terceiro andar, na frente de uma das portas estava Micael.
Felipe saiu da sala e olhou no fundo dos meus olhos, era um aviso.
ㅡ Eu acho melhor você entrar. ㅡ Nathalia falou olhando para mim.
Concordei e fui até a porta, lá dentro estava duas mulheres e a polegarzinha.
Entrei, a porta se fechou sozinha e eu fiquei ali olhando todos aqueles fios, um no nariz, na mão, no dedo.
ㅡ Por favor, entre. ㅡ uma das mulheres, a mais velha chamou. ㅡ Ela teve muita sorte. A gravidez de gêmeos, está sendo de risco tanto para ela como para os bebês, ela tem que se cuidar um pouco mais, ficar atenta a menor das alterações em seu corpo. ㅡ gêmeos? ㅡ Mas por incrível que pareça, ela é forte. Imprudente, mais forte. ㅡ ela parecia amigável. ㅡ Tente conversar com ela paizinho. ㅡ ela tocou meu braço e saiu.
Estava só eu e ela na sala, me sentei na poltrona que tinha ali e fiquei a olhando.
Porra, depois de meses com essa mulher na cabeça, sem poder ficar com ninguém porque ela sempre vinha a mente e me atrapalhava. Agora eu a encontro e ela está grávida e de gêmeos.
Eu e Coringa somos gêmeos, meu pai, meu tio e meu bisavô eram gêmeos. Porra!
Olhei para ela, dormindo. Eu destruir a vida dessa mulher.
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Atualizado até capítulo 33
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