capítulo 14

• POV: Nathalia •

Fazia muito, muito tempo que eu não ria a ponto de soltar aquela maldita coisa de porco que eu sempre fazia quando gargalhava.

Eu pensei que ele ia estranhar, falar uma das piadinhas dele, mais não, ele riu também me fazendo não conter mais a risada.

Ficamos que nem dois idiotas rindo por uma coisa boba.

Micael colocava a mão na barriga, se levanta e sentava de novo, limpava os olhos que lacrimejaram.

Meu Deus é madrugada e estamos aqui rindo como se todo mundo fosse surdo.

ㅡ Que diabo foi isso? ㅡ ele falou enquanto tentava se recuperar. ㅡ Porra eu nunca rir tanto na vida. ㅡ é eu também não.

ㅡ Eu vou com você. ㅡ falei, já que ele me fez esquecer o porquê estava chorando.

Vi ele abaixar a cabeça e começar a coçar a mesma.

ㅡ Não é comigo, é só, é que talvez você deva está entediada de ficar direto presa dentro de casa. ㅡ ele falou rápido é sem jeito.

ㅡ Espera um pouquinho ai. ㅡ me ajeitei na cadeira e o olhei. ㅡ Micael Calisto está envergonhado? ㅡ rir novamente.

ㅡ Qual é Nathalia? Que porra é essa? Me conhece não? ㅡ ele parecia nervoso.

ㅡ Ta envergonhado sim. ㅡ bati palmas enquanto rir.

ㅡ A não vai então também. ㅡ ele parecia bravo agora. Mas eu sabia que não era exatamente raiva.

ㅡ Ta constrangido meu Deus, oh o nenêm. ㅡ me levantei para tentar cutucar seu ego.

ㅡ Sai fora meo. ㅡ ele se encolheu todo na cadeira. ㅡ Perai Nathalia. ㅡ tentei fazer cosquinha nele e ele de alguma forma se levantou e se afastou correndo.

ㅡ Relaxa, eu não conto seu segredo para ninguém. ㅡ disse debochando.

Ele pareceu não gostar e veio até mim, parecia que agora que ia se dar "mal" era eu.

ㅡ Que mané segredo louca? ㅡ eu acabei caindo sentada na cadeira e ele pôs os braços apoiados na mesma me impedindo de sair.

Engoli em seco quando ele sorriu com aquele maldito sorriso de lado.

ㅡ Quem rir por último rir melhor. Anjinha. ㅡ ele passou a língua nos lábios e por uma força maior do meu corpo contra minha vontade, olhei.

ㅡ Mais a minha risada foi muito mais gostosa ㅡ falei, eu aproveitei minha pois não tinha muitos momentos para ser verdadeiramente feliz.

Micael se aproximou um pouco mais me olhando nos olhos.

ㅡ Assim como tudo em você. ㅡ que desgraçado, ele estava me seduzindo eh sabia disso, mais meu corpo não me obedecia e eh não conseguia sair dali.

ㅡ Se afasta imbecil. ㅡ minha voz saiu falha, merda.

Ele sorriu e se aproximou novamente quase me fazendo engasgar.

ㅡ É isso mesmo que você quer, Anjinha? ㅡ derrepente a voz dele parecia como uma hipnose.

ㅡ Eu. ㅡ minha voz na queria sair.

Micael pôs uma das mãos na minha coxa e foi como se o local onde ele tocou pegasse fogo.

ㅡ Você? ㅡ nossos narizes se tocaram.

Micael estava esperando por alguma palavra minha, mais eu não conseguia falar nada.

Nossos lábios se tocaram, mais tão rápido aquilo começou e terminou.

Vi Micael ser afastado com brutalidade e prensado na parede.

ㅡ QUE PORRA EU FALEI? ㅡ Felipe segurava Micael pelo pescoço enquanto o empurrava contra a parece.

Me levantei rápido e fui até eles, peguei no braço do meu irmão e tentei o puxar, mais Felipe sequer saiu do quanto.

ㅡ Solta ele Felipe. Solta ele por favor. ㅡ meu Deus eles eram melhores amigos, por que meu irmão estava tão alterado?

ㅡ Não se mete Nathalia, por favor. Meu assunto é com ele. ㅡ vi na hora que Micael sorriu, ele quer morrer?

ㅡ Felipe por favor, por favor. ㅡ fui para o lado de Micael tentando fazer contato visual com meu irmão. ㅡ Não vai mais acontecer. ㅡ garantir.

ㅡ Sério anjinha? ㅡ Micael riu e meu irmão deve ter apertado ainda mais o pescoço de dele. ㅡ Já é a segunda vez que você fala isso. ㅡ cala a porra da boca Micael.

ㅡ Por favor. ㅡ Felipe soltou Micael é o mesmo quase caiu.

Segurei o braço dele e o ajudei a ficar de pé.

ㅡ Nossa irmão, pensei que nunca mais ia tentar me matar outra vez. ㅡ Micael provocou e Felipe veio novamente para cima dele, só que me coloquei entre eles.

ㅡ Parem! ㅡ Felipe me olhou, respirou fundo e se afastou. ㅡ Gente tá todo mundo dormindo. ㅡ minha preocupação era com os outros.

ㅡ Então se estivessem acordados estava tudo bem? ㅡ me virei para Micael com vontade de eu mesma o matar agora.

ㅡ Não pode ficar quieto? ㅡ ele levantou as mãos.

ㅡ Eu te fiz uma promessa, e enquanto eu estiver vivo eu não vou me esquecer dela. ㅡ Felipe colocou as mãos nos bolsos e respirou fundo.

Eu me culpei, Felipe estava aguentando o mundo nas costas, sempre negando a si próprio, e na única oportunidade que tive, joguei mais uma responsabilidade em cima dele.

ㅡ Fe-

ㅡ Desculpa. ㅡ disse para Micael.

ㅡ Ta de boa. ㅡ Micael foi se sentar em uma das cadeiras. ㅡAté parece que é a primeira vez que quase me mata por causa de uma das suas irmãs. Mas da próxima vez eu vou revidar. ㅡ garantiu.

ㅡ Vamos. ㅡ Felipe me chamou e eu deixei ele se distanciar.

Fiquei olhando para Micael, todo mundo nesse lugar é doido da cabeça.

ㅡ Tá tudo bem anjinha. Não precisa se preocupar comigo. ㅡ ele sorriu me provocando.

Me sentir atacada.

ㅡ Não estou preparada com você. ㅡ mentir, é claro que eu estava preocupada, meu irmão quase o matou.

ㅡ Sei. ㅡ debochou.

Me virei não o aguentando mais, ainda conseguir ele resmungando algumas coisas.

ㅡ Eu só me meto em rabo de foguete, porra.

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