• POV: Micael •
Fiquei um bom tempo lá sentado, pensando, me lembrando de quando dei um selinho em Nathalia também.
Foram meros segundos, mas porra! Que boca.
Escutei passou e olhei para o lado, Felipe vinha na minha direção, ele se sentou na cadeira do meu lado.
ㅡ Desculpa. ㅡ eu me encostei na cadeira ainda o olhando.
ㅡ Eu já disse, tudo bem. Talvez eu tenha merecido. ㅡ ele concordou e ficamos ali quietos.
Ele olhou para cima e suspirou. Uma dúvida que tinha a muito tempo me veio a mente.
ㅡ Por que você é tão obcecado pelas suas irmãs, principalmente com a Nathalia? ㅡ vi ele sorrir sem humor.
ㅡ Porque elas já viram coisas que nem adultos aguentariam vê. ㅡ eu engolir em seco. ㅡ Nathalia teve que fazer terapia a uns anos atrás por causa disso. ㅡ ele passou a mão no rosto.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ perguntei, mas instantaneamente me arrependi.
ㅡ Pergunte a ela, se ela quiser falar então vai falar. Depois de tudo eu promete para elas que nunca mais ninguém ia machucá-las. ㅡ fiquei quieto, se eu estivesse no lugar dele, eu faria a mesma coisa. ㅡ Não vou impedir mais a aproximação de vocês, afinal não posso controlar a vida dela. ㅡ concordei. ㅡ Mas Micael, se você magoá-la, eu juro por tudo que é mais sagrado, eu acabo com a sua vida.
ㅡ Pode deixar cunhadinho. ㅡ brinquei e ele empurrou meu braço.
Agora eu entendo o lado dele, eu faria o mesmo sem tirar nem por se tivesse irmãs e alguém se aproxima-se delas. Felipe está até sendo compreensível, se fosse eu, nunca que eu teria essa conversa com a pessoa que tá afim delas.
ㅡ Não tenho a intenção de magoar Nathalia, mais vida comprometida para mim não rola. ㅡ fui sincero já que ele também estava sendo.
ㅡ Eu sei. E pelo que percebi, Nathalia também tem consciência disso. ㅡ ouvir aquilo me deixou estranho. ㅡ Se ela quer ter algo com você, então tem que saber exatamente onde está se metendo. ㅡ concordei.
ㅡ Eu a chamei para o baile. ㅡ disse e o vi arregalar os olhos.
ㅡ Você o que?
ㅡ Fica calminho tá. Vai ficar tudo bem, ela vai ficar com a gente o tempo todo e outra, MT e DJ vão com a gente. ㅡ tentei amenizar as coisas antes que ele pulasse no meu pescoço novamente.
ㅡ Eu já deixei claro o quanto eu te odeio? ㅡ perguntou massagendo a cabeça.
ㅡ Eu também te amo Lipe-Lipe. ㅡ ele me derrubou da cadeira ouvindo o velho apelido.
ㅡ Vai dormir que isso já é sono. ㅡ ele mandou se levantando e já indo para dentro de casa.
ㅡ VOU SONHAR COM A SUA IRMÃ. ㅡ gritei já o vendo na porta.
Felipe me deu dedo e o vi subir as escadas através da porta de vidro.
Arrumei a cadeira no lugar, porque se não quando minha mãe acordasse e visse as coisas desarumadas ia sobrar para mim.
Fui para o meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama.
Realmente dormir e sonhei com aquela maldita anjinha.
Acordei com minha mãe batendo não, quase derrubando minha porta.
ㅡ Oi. ㅡ bocejei.
ㅡ Micael o MT tá lá embaixo.
ㅡ Por que ele não me ligou? ㅡ meu celebro ainda estava iniciando, eu nem sabia que dia era hoje.
ㅡ Eu que vou saber menino? Desce e pergunta para ele oras. ㅡ eita mulher ignorante da mulesta.
ㅡ Tá já tô indo. ㅡ me levantei, tomei meu banho, me arrumei e desci.
Na sala estava MT conversando com Felipe e meu irmão.
ㅡ Liga mais não? ㅡ estava de mal humor hoje.
ㅡ Mais eu liguei. ㅡ peguei meu celular e vi várias mensagens e ligações.
ㅡ Tá, o que foi?
Ele olhou para o lado e vi as meninas.
ㅡ Pode falar. ㅡ encorajei, ninguém dali era x9.
ㅡ Muralha está na boca. ㅡ na hora fiquei tenso.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ Felipe perguntou.
ㅡ Ele disse que alguém ajudou o X9 deles a fugirem. ㅡ engolir em seco, algo me dizia que aquilo cheirava a merda.
ㅡ O que isso tem a ver com a gente? ㅡ eu perguntei.
ㅡ Um dos hackers deles localizou a pessoa que fez contato com o X9 pela última vez. ㅡ aquilo estava ficando cada vez pior. ㅡ A ligação foi feita daqui, desse morro.
ㅡ Impossível. ㅡ Felipe foi o primeiro a se manifestar.
ㅡ Vamos. ㅡ falei já indo para a porta.
ㅡ Parado ai. ㅡ minha mãe me chamou. ㅡ Nenhum de vocês comeu ainda e ninguém vai sair dessa casa até que comam. Venham. ㅡ ela chamou.
ㅡ Eu acho que a senhora não entendeu.
ㅡ Eu que acho que você não entendeu Micael. Eu disse que vão comer, então vocês vão comer, não me interessa idiota de Muralha e nem o louco do irmão dele. Se eles acharem ruim manda vim me pegar. ㅡ os meninos me olharam.
Não tinha para onde correr, se essa mulher falou então tá falado.
Nos sentamos na mesa e comemos. Só depois de terminar que minha mãe deixou a gente sair de casa.
MT dirigiu em tempo recorde até a boca, entramos, meu irmão ficou na porta junto de MT, eu e Felipe entramos e vimos Muralha que sempre era neutro com uma cara de dar medo. Até mais do que o psicopata do irmão dele estava sério e não fazia nenhum tipo de brincadeirinha.
ㅡ Não sabiamos. ㅡ comecei. ㅡ Eu acho que deve ter sido algum engano. ㅡ concluí.
Muralha levou um cigarro a boca e acendeu, deu uma longa tragada e soltou a fumaça. Vi uma sobra de um sorriso aparecer.
Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram em aperta, porra eu não acredito que esse cara pode ser mais louco que o coringa.
ㅡ Acha que posso ter me enganado? ㅡ pera então ele é o hacker?
ㅡ Se ao que tudo indica existe um traídor entre nós então vocês tem permissão para investigar todos do morro sem exceção de ninguém. ㅡ falei e o vi concordar.
ㅡ Desde que não seja ferido ninguém até que o culpado seja descoberto. ㅡ Felipe concluiu olhando para coringa.
ㅡ De acordo. ㅡ Muralha concordou. ㅡ Eu ficarei aqui até descobrir o traídor. Ninguém será machucado até lá. ㅡ Muralha se levantou e veio até mim.
Ele estendeu a mão e eu a peguei.
Até que foi tranquilo, tenho certeza que se coringa fosse o dono, todos nós estaríamos em uma guerra agora.
ㅡ Você vai para o morro e cuida de tudo. ㅡ Coringa sorriu e Muralha continuou. ㅡ Tente não matar todo mundo.
ㅡ Não prometo nada. ㅡ Coringa sorria como um louco.
ㅡ Vou precisar de um lugar para a instalação dos meus aparelhos. ㅡ Muralha se dirigiu a mim.
Concordei.
ㅡ Qualquer coisa que precise é só pedir para o MT. ㅡ apontei para MT e o mesmo concordou.
ㅡ Vocês estão muito cooperativos não acham? ㅡ Coringa riu.
ㅡ Não temos nada o que esconder. ㅡ Felipe travou o maxilar.
Esse cara realmente tirava qualquer um do sério.
Vi Muralha saindo. Talvez quisesse paz, o que eu achava difícil ter considerando o irmão que tinha.
Ouvimos uma gritaria e o primeiro a correr foi Coringa, talvez preocupado com o irmão. Todos nós fomos logo atrás.
Na frente da boca víamos Muralha em cima de um soldado, ele não estava socando o cara, estava deformando ele.
Cada soco era como se um elefante estivesse pisando na cabeça do soldado.
Coringa foi até Muralha e o puxou mais foi empurrado como se não pesasse absolutamente nada.
Coringa foi novamente para cima do irmão, nisso apareceu DJ, um dos caras mais fortes do morro, ele e MT foram ajudar Coringa.
Muralha foi tirado de cima do soldado, mais ele queria a todo custo voltar a bater nele. Felipe foi ajudar a segurá-lo.
Irmão sabe o que é quatro caras fortes para segurar um, um cara apenas?
Meu irmão foi vê se o soldado ainda estava vivo pelo menos. E sim, eu tive a certeza por vê-lo agonizando no próprio sangue.
Deixei minha vista passar pela rua e vi. Nathalia, Renata e Fernanda.
Renata estava sentada nas próprias pernas no chão enquanto Nathalia estava ao seu lado e Fernanda olhando tudo como se já estivesse acostumada com aquilo.
ㅡ MURALHA CALMA PORRA! ㅡ Coringa gritou.
Muralha estava puxando os quatro e ele estava conseguindo ir para o soldado novamente.
ㅡ Levanta a mão pra uma mulher de novo. Levanta porra. ㅡ Muralha falava assustadoramente calmo.
Aquilo me deu um frio na espinha.
Meu irmão e outros soldados pegaram o muleque do chão e o levaram, possivelmente para o hospital.
Muralha olhou para as meninas, não, não para as meninas, para Renata, soube disso pois ela o olhava da mesma forma. Os dois se conheciam.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Eliene Rodrigues
Bom de mais só
será que ele é o pai da criança kkk
2024-02-18
0
Christian Gheysa
queremos mais, muito mais 😃😃😃
2023-11-09
3
Adria Marcelino
mais e mais está muito bom
2023-11-09
3