Emanuel

Valência:

— Paul, está apaixonado?

Paul:

— Sim, mas dessa vez, as coisas serão diferentes.

Valência:

— como?

Paul:

— Vou dar uma escolha a Rebeca. coisa que não fiz com você.

Valência:

— vai dizer a verdade a ela?

Paul:

— Sim.

Valência:

— então você deve amar ela, por que eu só soube da verdade quando seu pai estava com uma arma na minha cara, ele só não atirou porque soube quem era a minha família

Paul:

— acho que nunca amei você, apenas senti uma paixão intensa e o sexo era bom.

Valência:

— obrigada pela parte que me toca, mas como tem certeza que com ela é amor?

Paul:

— Você também não me ama, então nem vem, e respondendo sua pergunta, é porque eu quero muito repetir o que aconteceu entre eu e ela.

Valência:

— ela é boa assim?

Paul:

— não fica com ciúmes, mas sim, e não é só isso, tenho vontade de levar ela pra sair, ver ela sorrir.

Valência:

— Sendo assim, você nunca me amou mesmo, e eu não estou com ciúmes, apenas vai que eu fique entediada, aí transo com ela.

Paul:

— Nossa Valência, que legal seu senso de humor, parabéns mudando de assunto, Emanuel disse que o carregamento chegou em segurança, pode verificar se isso é verdade e se não houve interferência dos federais?

Valência:

— Vou verificar, mas Paul, saiba o que está fazendo, Rebeca não parece ser uma mulher que dá o braço a torcer, se vai fazer alguma coisa, faça do jeito certo.

Eu apenas acenei a cabeça para valência concordando com o que ela me disse, Emanuel estava ciente que eu estava atrás de alguém, mas não ousaria fazer nada agora para não dar na cara, e para não me fazer matar ele, com certeza ele daria um jeito de parecer que foi algo simples, como um acidente, teria que ficar esperto, depois que valência saiu do escritório voltei ao trabalho, quando Rebeca entrou no escritório novamente voltando do seu almoço, eu encostei na parede olhando para sua mesa me perguntando como ia superar o encontro com o Daniel e sem fazer ela ser morta, quando ela sentou e olhou para mim, ela sorriu e então peguei o celular e mandei uma mensagem pra ela.

mensagem Paul.

" posso te levar para casa?"

Fiquei observando a reação dela com a mensagem, mas ela se manteve neutra e logo meu celular vibrou.

mensagem Rebeca.

" pode, mas não vai rolar nada, então por que você que me levar?"

Eu vendo sua mensagem respondi.

mensagem Paul.

" por que vamos terminar nossa conversa da escada, e porque eu quero te beijar"

Ela viu e sorriu, mas não respondeu mais e todos nós voltamos ao trabalho.

Ponto de vista da Rebeca:

Não sei em que situação embaraçosa foi que me meti, mas claramente o Paul não queria que eu conhecesse o Emanuel, a quem ele se refere como pai, ele só me apresentou porque queria me mostrar que está sendo sincero ao me chamar para sair, mas fiquei me perguntando porque o Paul trata o pai dele tão mal assim, então decidi investigar, Cíntia era sua secretária a muitos anos, ela com certeza sabe a resposta e eu ia interrogar ela, foi para o restaurante que ela e Ane estavam e me sentei a mesa.

Ane:

— achei que ia ficar escondida do Paul e do Daniel, inclusive o Daniel perguntou por você.

Rebeca:

— Eu estava me escondendo dele e do Paul, mas o Paul me achou.

Cíntia:

— sua vida amorosa tá sendo nosso entretenimento, conta o que rolou quando ele te achou.

Rebeca:

— Ele me chamou para um encontro de verdade, sem fazer nada escondido.

Ane:

— O que você fez com ele deve ter sido algo mágico para ele querer te assumir e assumir esse risco.

Rebeca:

— que risco?

Cíntia:

— nada, mas você aceitou?

Rebeca:

— Sim, estou apaixonada por ele, mesmo que algo me diga que eu não deveria, conheci uma parte do Paul que nenhuma de vocês conhecem.

Ane:

— Eu duvido.

Rebeca:

— Tá sendo rabugenta por que?

Cíntia:

— ela levou um fora de um figurante que entendeu errado o que ela disse.

Rebeca:

— droga, sinto muito.

Ane:

— de boa, eu nem estava interessada mesmo, mas agora fiquei, isso que me deixou com raiva.

Rebeca:

— Quem foi?

Cíntia então apontou para um rapaz que tinha olhos castanho e cabelos negros, ele estava nos olhando, aí eu disse.

Rebeca:

— Tá olhando o que? Perdeu alguma coisa aqui?

Ele se aproximou e disse:

— Perdi sim, o número da sua amiga, desculpa pelo ocorrido na fila, eu me chamo Maycon.

Eu e a Cíntia ficamos de boca aberta, ele era muito gato e deixou a Ane vermelha, não sei se era de vergonha ou de raiva, mas ela respondeu.

Ane:

— Muito prazer Maycon, mas o que te faz achar que vou te dar meu número?

Maycon:

— Tudo bem, mas pelo menos vou te ver muito e em algum momento você vai me dar seu número e te deixarei vermelha por outra coisa.

Ele deu as costas e saiu andando com os outros e eu e a Cíntia ficamos olhando para Ane, que tinha a pele branca e ficou vermelha parecendo um tomate, eu rindo disse.

Rebeca:

— menina, mas como ele é ousado!

Cíntia:

— vermelha do jeito que ela está, ela vai fazer dela um extrato.

Ane:

— hahaha vocês são muito engraçadas, podemos falar da vida amorosa da Rebeca agora?

Rebeca:

— a sua tá mais divertida, a minha tá um caos, mas eu queria te perguntar uma coisa Cíntia.

Cíntia:

— diga.

Rebeca:

— o que há entre o Paul e o pai dele?

Não sabia que a minha pergunta iria fazer o clima ficar tão tenso na mesa rapidamente, Cíntia mudou seu humor na hora, como se não quisesse me dizer o que estava acontecendo, Ane também mudou sua expressão e disse.

Ane:

— Que tal a gente ficar falando do gato do Maycon que veio aqui agora pedir meu número? vocês acham que eu deveria dar?

Rebeca:

— por que quer mudar de assunto? Desde que cheguei aqui tenho a impressão que algo acontece e eu não sei o que é, por que vocês não podem me dizer?

Cíntia:

— porque não é da nossa conta. Não gostamos de fazer fofoca, e como conheceu o Emanuel?

Rebeca:

— Eu estava com o Paul quando você o chamou, eu desci com ele, então ele me apresentou ao pai dele.

Ane:

— Como ele te apresentou?

Rebeca:

— como uma colega de trabalho, mas por que tanta pergunta só pra vocês me darem a resposta.

Cíntia:

— Rebeca, o Emanuel não é pai do Paul, ele é padrasto, e os dois têm um ódio mortal um pelo outro, lembra quando eu disse que há alguns anos vi o Paul sair armado e voltou com as mãos literalmente sujas de sangue?

Rebeca:

— Sim, o que tem?

Cíntia:

— Emanuel tinha matado a mãe do Paul a facadas, ele saiu furioso quando recebeu a notícia da morte de sua mãe lhe dizendo que ela foi assassinada por seu padrasto, Paul quase matou o Emanuel, mas acabou não o encontrando para isso

Eu fiquei chocada com essa revelação, não soube nem o que dizer.

Rebeca:

— não sei o que dizer, não esperava por isso, mas por que ele matou a mãe do Paul?

Cíntia:

— Sônia, esse era o nome dela, parece que a Sônia descobriu algo grave sobre ele, ia denunciar ele, mas não deu tempo, valência estava com Paul quando ele voltou com as mãos sujas de sangue, ele quebrou toda a sala dele gritando que ia matar ele, mas a mãe dele fez prometer que não faria isso, por que existe uma irmã dele e só o Emanuel sabia o paradeiro da menina.

Rebeca:

— meu Deus, isso tá ficando cada vez pior, ela é filha da mãe do Paul com o Emanuel?

Cíntia:

— Sim, o Paul tem feito de tudo para encontrar ela, mas não consegui, como ele não pode matar ele, o Paul faz da sua vida um inferno, tomando tudo que era dele, negócios, dinheiro, isso é tudo que eu sei.

Ane:

— e existe uma promessa por parte do Emanuel, todos aqueles que o Paul chegar a amar, o Emanuel disse que iria matar, ele quase fez isso com a Valência.

Rebeca:

— Valência, por que ele mataria a Valência?

Cíntia:

— ela e o Paul, já foram muito apaixonados, no passado, Paul até quase casou com ela, mas Emanuel não deixou e quase a matou como forma de punir o Paul, olha eu entendo que o Paul deve ser um homem adorável, deve mesmo, e ele te olha como nunca olhou para a Valência, nós estamos trabalhando com eles a muito tempo, sabemos quase tudo que rola, mas ficamos caladas por que isso pode nos afetar se abrirmos a boca, então não pode contar para ninguém o lhe contamos.

Rebeca:

— Ele me olha diferente?

Ane:

— sim amiga, pela Valência ele não correu esse risco de chamar ela pra sair e essas coisas, fizeram tudo às escondidas, e só quando ele queria se casar com ela que o Emanuel descobriu.

Rebeca:

— por que o Emanuel não está preso pelo que fez com a mãe do paul?

Cíntia:

— Digamos que ele tem muita influência e muitos têm medo dele.

Ane:

— você não pode falar nada para ninguém, se o Paul realmente estiver apaixonado por você, ele irá te dizer isso e muito mais.

Rebeca:

— não vou contar nada, mas me pergunto como ele tem tanto poder assim para fugir da lei, o que ele é, um mafioso de gangue?

Nesse momento Paul entrou no restaurante, ele olhou para mim e voltou para escritório, senti algo diferente agora, eu estava preste a saber o que o Paul era, e os seus podres estavam começando a aparecer, como nosso almoço acabou a gente voltou para o escritório e o Paul e eu ficamos trocando mensagem, quando ele disse que queria me beijar, eu sorri de leve, mas guardei o celular, minha cabeça ainda estava meio atordoada com as revelações da meninas, claro que aquela não era a história toda, eu ficaria sabendo de coisas muito pior a frente, e olhando pro Paul fiquem pensando em como era ruim não ter ninguém para contar, claro que ele seria frio e distante com tudo que passou, me perguntei quem seria a irmã dele também, se só Emanuel sabia, será que ela ainda estava viva?

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