Confusão

Ficou uma situação meio chata com Paul saindo bravo daquele jeito da minha mesa, que as meninas vieram perguntar o que estava acontecendo.

Cíntia:

— o que aconteceu aqui Rebeca?

Ane:

— por que ele está tão nervoso?

Rebeca:

— como eu vou saber?

Valência:

— melhor resolver isso para não haver nenhum sangue derramado.

No momento que a Valência disse isso, eu não entendi bem ao que ela estava se referindo, o segredo do Paul ainda não havia sido revelado a mim, mas eu levantei da mesa e fui até a sala dele novamente para tentar conversar.

ponto de vista do Paul.

Rebeca não quis conversar comigo depois do que rolou na escada, eu fiquei louco pensando nela, no nosso beijo, em nossas línguas se tocando antes de sermos interrompido, ela me evitou a tarde toda, depois eu fui para casa e não consegui relaxar ou deixar de pensar no ocorrido, Rebeca estava tendo algum controle sobre mim e eu não estava gostando disso, eu sou um homem de poder e eu consigo tudo que eu quero, mas confesso que estou admirado com a ousadia dela, porque se ela soubesse tudo que eu já fiz aposto que teria medo como todas as outras e ficaria ao meus pés, mas não quero isso, porém não tenho muita paciência também, estou sendo consumido por esse desejo de fuder com ela, não gosto de não ter o que quero logo em minhas mãos, muitos acham que eu sou apenas um empresário de sucesso, magnata da indústria do cinema, é mais fácil quando ninguém sabe o que você faz por de baixo dos panos para ter todo esse poder e sucesso, como não consegui relaxar em casa, eu decidi subir para o alto do edifício que moro e observar o céu, talvez a escuridão dele me fizesse dormir, mas não fez, então era hora de outro banho e deitar na cama forçando o sono vir até mim. já pela manhã, não dormir muito bem, eu levantei cedo, decidi que iria até a casa de Rebeca, buscar ela para o trabalho, mas quando cheguei perto da casa dela me perguntei se isso era o certo a fazer , e o que estava acontecendo comigo, porque eu não estava tendo o controle das minhas ações, aí eu vi ela saindo e indo para o ponto de ônibus e a segui até o trabalho, não gostei da forma que ela falou comigo quando a abordei falando que queria conversar, por isso beijei aquela atriz, mas não surgiu o efeito que eu esperava já que ela desejou que eu tivesse engasgado, é, eu ouvi o que ela disse.

Na minha sala, ela estava tão perto, e aquela pequena pegação estava tão boa, não entendo porque ela insiste em dizer que eu tenho algo com a Valência, que não quer ser usada por mim, claramente ela também me deseja, quer que isso aconteça, mas algo a trava e eu não sei se é por raiva de mim ou frescura mesmo, aí ela sai da minha sala e uns minutos depois aquele ator a chama para sair e ela tem a ousadia de aceitar, eu estou começando a ver ela como minha, claro que a cena que eu fiz no meio do escritório chamou a atenção de todos ao redor e não de uma forma positiva para aqueles que sabem do que eu sou capaz, e então ela entra na minha sala querendo conversar como se eu estivesse a ofendido.

— Paul, por que essa cena no escritório?

— por que vai sair com ele?

— porque ele me convidou, foi educado e me chamou para sair.

— se eu tivesse te chamado, teria saído comigo?

— Está com ciúmes?

— claro que não, eu sempre consigo o que eu quero.

— eu não sou um objeto que você compra em uma loja.

— nunca te compraria em uma loja, mandaria fazer por encomenda, pra ser única.

pensamento de Rebeca.

" ham? isso foi fofo de um jeito confuso"

— não sei o que responder a isso.

— não responda, apenas saia comigo.

— não.

— por que?

— porque você não sai em encontro, você só usa as mulheres e por alguma razão elas tem medo de você, não quero ser uma delas.

— é diferente com você.

— típica frase de um homem que faz muita merda.

— Rebeca, você não está me escutando.

— não Paul, você que não está me ouvindo, eu não vou sair com você.

ponto de vista da Rebeca.

Nesse momento ele se aproximou de mim, eu fiquei meio paralisada, mas mantive a pose, ele então puxou meu cabelo pro lado e beijou meu pescoço, fazendo eu me arrepiar.

— Paul, para.

— por que?

— por que você não está me escutando?

— por que vai sair com ele?

— porque eu quero, porque ele é muito gato, bem divertido, e acima de tudo um cavalheiro.

— um fraldinha.

— seu egocentrismo é o que mais me dar raiva em você.

— gosto que as coisas sejam só minhas.

— não sou sua, pra isso você tem a Valência e a Fabiana.

— já não me servem para o que eu preciso.

— viu só, a partir de hoje as coisas da minha parte serão apenas profissionais, eu não trabalho pra você, trabalho para a Valência, sem reuniões particulares.

— não me provoque.

— não é assim que se conquista uma mulher seu idiota.

— não quero conquistar você, quero ter você.

— e eu queria ser rica.

— posso providenciar isso.

pensamento da Rebeca.

" ele é muito idiota"

— diga que não quer nada.

— não quero nada.

Paul de aproximou de mim e tocou meu rosto com delicadeza, e me beijou, e claro eu não resisti, porque eu sou muito idiota, mas o beijo foi diferente, tinha carinho, apreciação, ternura e eu me derreti toda, ele então parou de me beijar e disse.

— não quero usar você.

— não parece.

— só sob encomenda.

Eu ri feito boba, era errado eu ter achado romântico ele dizer que só me compraria por encomenda pra ser peça única?

— Paul, agora não tá.

— vai sair com ele?

— é só um café, não vou me casar com ele.

— Tá, mas eu quero saber de tudo.

— não, eu só vou sair com um amigo, não pode cobrar nada.

então bateram na porta e eu me afastei do Paul.

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