Você não me controla

Depois da cena que o Paul fez com a Fabiana, ele teve a ousadia de olhar pra mim e piscar, sério, eu quis matar ele, fazer aquilo de propósito só pra me irritar, quem ele é? Uma criança de cinco anos ou um aluno da quinta série? mas ele viu que não me abalou, apenas fez eu olhar pra ele com ódio mesmo, como assim ele quer conversar sobre o beijo de ontem, que rolou três vezes e agora sai beijando outra? Mas eu respirei fundo e fiquei calada na minha mesa, percebi que meu comentário chamou a atenção da Valência e isso era a última coisa que eu queira

Fabiana:

— será um prazer trabalhar nesse filme, demorou, mas a Valência me convenceu.

Valência:

— Que isso querida, eu só disse que o Paul estava envolvido e você veio correndo.

Fabiana:

— eu não corro, ando com elegância.

desculpa gente, extremamente ridículo esse comentário dela, e por isso eu dei risada, mas tentei segurar e claro que a Fabiana não gostou, ela olhou pra mim como se eu a tivesse ofendido.

Fabiana:

— Ei você, como se chama?

— Rebeca.

— Muito bem Rebeca, eu não sei o que você achou engraçado aqui, mas é melhor controlar sua risadinha ou eu tiro você da equipe.

Claro que eu fiquei brava com o que ela disse comigo, na hora eu fiquei séria, eu não era ninguém e estava me deixando abalar por essas situações estranhas, Paul não gostou do jeito que ela falou comigo, a cara dele ficou nítida e então ele se envolveu.

Paul:

— Fabiana, saiba que aqui você é uma contratada, e não vai desrespeitar a Rebeca e nenhum outro funcionário, não é porque eu deixei você me beijar, que você manda em alguma coisa aqui.

Fabiana:

— claro Paul, desculpa.

Gente ela foi submissa a ele mesmo? É sério que elas fazem o que ele quer? apesar que ele tem esse ar dominador, mas eu ninguém domina, só na cama e olhe lá, Valência também não gostou do Paul ter me defendido, já as meninas ficaram me olhando e rindo disfarçadamente, eu fiquei quieta, mas Paul não, ele vira para mim e fala.

— Rebeca, pode vir na minha sala?

— pra que?

— agora!

Ele falou como se mandasse em mim, eu só levantei e fui por educação, e para não parecer que tava rolando nada, apesar das duas espiãs do banheiro já estarem por dentro, chegando na sala, ele fechou a porta e as persianas, foi bem sexy, meio macabro também.

— sente-se.

— tô bem em pé.

— não me faça perder a paciência.

— eu já tô sem a minha.

Paul levantou e foi até mim e jogou contra a parede de uma forma meio bruta.

— Tá ficando louco?

— você está comendo o meu juízo Rebeca.

— e eu não tô nem aí!

— por que você me desafia?

— queria que eu fosse como a Fabiana? claro Paul, desculpe.

Paul pegou no meu rosto com as mãos e puxou para boca dele e mordeu meus lábios, fiquei molhada, surreal.

— tá esperando o que?

— você ficar com vontade!

— vai sonhando.

ele então me beijou de uma forma bem selvagem, cheio de vontade, levantando minha perna e pegando na minha bunda, apertando com vontade, eu coloquei a mão no pau dele e apertei, ele na hora me olhou como se não tivesse gostado da minha atitude.

— O que foi?

— eu que domino.

— não mesmo, não é só você que pode pegar onde quiser em mim, se eu quiser, eu pego onde eu quiser também.

ele então levantou minha blusa e chupou meus seios cheio de gosto, e eu cheia de tesão.

— eu quero te comer em cima dessa mesa.

— não, é melhor eu sair daqui.

— achei que queria.

— Isso com certeza foi um erro.

— por que?

— você não é um homem bom, seja lá o que quer fazer para machucar a Valência não quero fazer parte disso.

— Valência e eu não temos nada Rebeca.

— não vou ceder aos seus encantos, essa pinta de homem perigoso que vai fuder com a minha vida.

— do que está falando?

Paul na hora encostou na mesa e ficou olhando enquanto eu me arrumava toda para sair.

— nada, podemos esquecer isso?

— Rebeca, porque você agi assim?

— porque por mais que queira dar pra você até amanhã, não é só eu, e claramente você não é uma boa pessoa, só está brincando comigo.

— é por causa do beijo na Fabiana?

— isso não me importo Paul, não temos nada.

— Eu sou um homem de muitas mulheres.

— e eu não sou para você e acho que já entendi isso, com licença.

eu saí do escritório dele me sentindo muito pervertida, sério, ele estava tendo o controle sobre mim e eu não estava gostando dessa tentação que era estar perto dele, antes que eu pudesse chegar a minha mesa, eu notei que todos estavam olhando, eu não sei o que eles estavam pensando, mas eu agi como se tivesse levado uma bronca, assim ninguém pensaria outra coisa, quando cheguei na minha mesa e sentei, outra pessoa sentou à minha frente, Daniel, ele era loiro e forte dos olhos azuis, o típico padrão ator, eu pensava.

— Oi Rebeca.

— oi Daniel, posso te ajudar?

— sim.

— pode falar.

— Quer tomar um café comigo no final do expediente?

Eu fiquei tipo, ai meu Deus, o que um homem como esse quer comigo? paralisei por um segundo e respondi.

— por que?

— Eu tô te olhando desde que cheguei aqui, você é bem extrovertida e fala o que tá pensando, gosto de pessoas espontâneas.

Nesse momento Paul se aproximou e ouviu o que ele estava falando pra mim e ficou observando a minha resposta.

— tudo bem Daniel, acho que podemos tomar um café.

— ótimo, eu vou terminar meu teste de conexão com a Fabiana e saímos juntos.

— perfeito.