Jeito diferente

Ponto de vista Rebeca:

Depois de transar com Paul e tomar um banho, eu deitei na cama na intenção de dormir, mas chorei, eu estava sendo muito idiota o que era tão importante que ele tinha tanto medo de que alguém soubesse que estávamos juntos? Bom, eu não sei, mas me senti usada, coisa que ele disse que não faria, e como tonta eu o escutei, coisa que não farei mais, e não quero nem lembrar no que aconteceu no sofá da minha sala, mas confesso que foi muito bom e eu me permiti sentir por ele coisas que eu disse que não sentiria por ninguém, o que claramente não foi o que aconteceu, já que com ele eu perco toda a minha postura. Mas era hora de mudar o olhar de horizonte, Daniel, ele havia sido um cavalheiro comigo, e eu me diverti muito com ele, talvez eu devesse lhe dar uma chance e ver onde isso iria, talvez até fizesse Paul ficar longe de mim, não era exatamente isso que eu queria, mas seria necessário, eu não iria deixar ele partir meu coração, apesar de já está machucando porque eu criei a ilusão que eu só queria dar uma sentada nele e não foi bem assim, acho que estou me apaixonando e não posso fazer isso, não com ele, que é alguém tão cruel e não está nem aí pra nada, depois de tanto pensar em toda essa situação eu acabei dormindo, sonhei que estava nos braços dele novamente e acordei mais triste do que quando fui dormir, mas isso não ia me abalar, eu tinha o final de semana para colocar a cabeça no lugar, então sai com as meninas, fomos ao shopping, cinema, comemos, depois ficamos lá em casa e eu lhes disse tudo sobre o encontro com Daniel, mas omiti o que aconteceu com o Paul, eu não tinha cara para dizer o que aconteceu, mas Ane percebeu que tinha alguma coisa errada, enquanto eu estava na cozinha preparando algo para comermos e Cintia escolhia algo para assistirmos, Ane veio conversar.

Ane:

— O que você tem? Está mais estranha que o normal.

Rebeca:

— obrigada? Eu estou bem, estou normal.

Ane:

— você parece distraída, me pergunto o que ofusca sua mente.

Ok gente, eu disse que não contaria nada a elas, mas eu precisava dizer isso para alguém, sempre foi apenas eu e meu pai, eu não tenho muitos amigos e elas duas tem estado comigo, então comecei a chorar, Cíntia logo correu para cozinha.

Cíntia:

— o que você disse pra ela?

Ane:

— Nada, só disse que queria saber o que ofusca a mente dela.

Cíntia:

— sério que você ainda precisa perguntar Ane?

Ane:

— o que? Só perguntei.

Nesse momento com as duas ali discutindo eu só abri a boca e disse.

Rebeca:

— Eu transei com o Paul!

Certo, as duas já imaginavam que tinha haver com ele, mas não esperava que eu lhes dissesse isso.

Cíntia:

— Ok, é normal, as pessoas fazem isso hoje em dia, elas dormem umas com as outras.

Ane:

— É Rebeca, isso não é tão ruim, às vezes a gente deixa a carne nos guiar.

Elas estavam tentando não me julgar, até achei fofo, mas elas não estavam sinceras.

Rebeca:

— entendi, agora a parte onde vocês são sinceras por favor — limpei minhas lágrimas.

Cíntia:

— o que te deu na cabeça para transar com ele?

Ane:

— você não nos deu ouvidos por que?

Cíntia:

— o Paul sempre faz isso Rebeca, ele é encantador e fofo, e depois você não existe para ele.

Ane:

— como isso aconteceu?

Rebeca:

— foi depois do meu encontro com o Daniel, o que era um café se tornou um encontro e eu me diverti muito, nem lembrava do Paul, só que ele não esqueceu de mim.

Cíntia:

— como assim?

Rebeca:

— ele veio aqui, e fez um olhar, parecia sincero, ele disse umas coisas e quando fui ver, a gente tava deitado nus no sofá.

Ane:

— é por isso que seu celular está desligado? Está com medo que ele te ligue e você quer fingir que nada disso aconteceu?

Cíntia:

— talvez você só devesse ignorar as ligações, caso haja alguma.

Eu decidi ligar o celular, e para a minha surpresa e a delas não, ele não tinha me ligado, nem mandado mensagem, apenas Daniel, no momento que vi o quanto ele estava sendo fofo, eu até esqueci o que estava acontecendo e sorri, como eu disse talvez com o Daniel as coisas andem de um jeito diferente.

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