Beijo roubado

Bom, depois da cena dele e a Valência, decidi manter as coisas mais profissionais, parei de fazer ou falar coisas que podiam instigar uma situação chata no local de trabalho, decidi relaxar e esquecer essa atração pelo um cara que claramente é um idiota e só estava se divertindo com a minha cara.

Valência:

— Rebeca, você vai ficar na empresa com o Paul, a Ane vai vir comigo, nós temos uma reunião com uma atriz para o papel de protagonista.

Rebeca:

— porque a reunião não é aqui?

Valência:

— porque a reunião é com uma atriz muito famosa, nós queremos ela para ser a Mel no nosso filme, estou tentando convencer ela. você pode trabalhar aqui, quando eu chegar eu dou uma olhada no roteiro que você fez.

Rebeca:

— Claro, senhora.

Eu senti que ela me deu mais trabalho para eu não sair da mesa, como se ela estivesse com raiva de mim, só que eu não fiz nada pra ela, mas segui em frente trabalhando no roteiro, eu estava toda concentrada, quando levantei a cabeça e lá estava ele me olhando enquanto conversava com Daniel, o ator escolhido para o papel, eu apenas olhei e voltei meus olhos para baixo, era melhor ignorar para não ter problemas, não dava pra ficar dando em cima dele, sendo que ele estava com ela, e quem não estaria? Ela era alta, corpo perfeito, ruiva com um sorriso encantador, Valência era linda.

pensamento de Rebeca

" chega de pensar essas coisas, esqueci e volta ao trabalho"

quando finalmente terminei o trabalho, já era hora do meu almoço, Cíntia me chamou para ir com ela, mas eu não tava com humor para falar ou fazer piadas referente ao Paul, eu estou trabalhando aqui a mais de um mês, se ele quisesse algo já teria vindo atrás, e foi com ela.

ponto de vista do Paul.

Rebeca estava séria quando cheguei, não entendi porque ela me olhou daquele jeito, mas tenho que perguntar, só que ela continuou séria, passou a manhã toda na mesa dela, sem falar com ninguém, nem com as secretárias que ela fez amizade, mal falou com elas depois que eu cheguei, será que eu fiz alguma coisa pra incomodar ela, ou ela está se sentindo incomodada com alguma coisa aqui, melhor eu sair pra fora da sala, quem sabe ela não me olha um pouco e eu vejo o que está acontecendo com ela.

Valência:

— Paul?

Paul:

— o que?

Valência:

— Vou encontrar a Fabiana, vou tentar convencer ela mais uma vez para aceitar o papel.

Paul:

— ta.

ponto de vista Valência:

Ele acha que eu sou idiota e não estou vendo ele babando nela, vou passar na mesa dela e entregar algumas tarefas, assim ela não terá tempo para nada e ele ficará longe.

ponto de vista Paul.

Eu estou conversando aqui com o Daniel já tem mais de meia hora e ela nem olhou pra mim. Eu continuei olhando para ela falando com o Daniel apenas concordando, porque ele está emocionado por trabalhar nesse projeto, até que ela me olha, e eu senti seu olhar de desinteresse, eu franzi a testa pensando no que poderia ter acontecido, até que ela levantou e saiu com a Cíntia.

— vou alí Daniel, já voltou.

Eu saí atrás dela, quando cheguei no lado de fora só estava a Cíntia.

— Cíntia você viu a Rebeca?

— Sim senhor, ela foi pra escada de incêndio.

— porque?

— Ela disse que ia comer lá sozinha, não quis ir no restaurante comigo, algum problema?

— não, só uma dúvida que eu tenho que perguntar a ela.

— eu posso ajudar?

— não, só ela.

— Tá bom.

Eu fiquei pensando se eu deveria ir até a escada ou ficar quieto e voltar para o escritório, mas já era o horário de almoço e eu estava com fome, então pensei em fazer uma surpresa pra ela, foi até a lanchonete na frente e pedi dois lanches com refri e batata, e fui até ela.

— posso sentar aí com você?

— o prédio é seu, você pode sentar em qualquer lugar.

— quero uma trégua.

— trégua são para pessoas que constantemente discutem, o que não é o nosso caso.

— Isso é verdade, não vai comer?

— eu ja ia descer logo para comprar algo, só precisava respirar.

— que bom que eu trouxe comida, vi que você não trouxe nada para comer.

— sorte a sua que eu me vendo fácil por comida.

pensamento do Paul.

" isso foi um sorriso dela?"

pensamento da Rebeca.

" é sério que dei um sorriso?"

— então, o que você tem?

— como assim?

— você passou a manhã toda mantendo distância, mal falou com alguém.

— não somos próximos para eu manter distância de você.

— mas podemos ser.

Eu olhei para o Paul, me perguntando ao que ele estaria se referindo.

— esse hambúrguer tá muito bom.

— mudando de assunto, gostei.

— o que você quer?

— Olha, a gente começou com o pé errado, talvez possamos ser amigos, não tem que ser algo tão sério o lugar em que trabalhamos.

— Paul, o magnata rico quer ser meu amigo?

— Gosto de ser amigo das mulheres.

— não sou uma das suas mulheres.

— mas pode ser.

— não mesmo, não vou ser usada por você.

— Quem disse que quero te usar?

pensamento da Rebeca.

" acho que ele tá testando minha paciência"

— Você está com a minha chefe, devia ter vergonha.

— não é algo exclusivo.

— obrigada pelo lanche, estava muito bom, e eu não vou dar uma de boa moça e dizer depois eu te pago, você é rico não precisa do dinheiro desse lanche, e nós não somos amigos, mas obrigada.

pensamento do Paul

"Marrenta, deve ter algo errado com meu charme."

— Não pedi pra me pagar, e você pode esperar um pouco?

— é sobre trabalho?

— porque você está irritada?

— não estou irritada.

— está sim, e parece que comigo.

pensamento da Rebeca.

"ele vai continuar com isso?"

— não estou irritada com o senhor, apenas muito trabalho senhor Paul.

— Rebeca.

Eu então puxei ela e a empurrei na parede e a beijei, ela não retribuiu a primeira momento, mas se rendeu e depois me empurrou.