Após tomar um banho, dirigi-me até o quarto da minha pequena garotinha. Quando entrei, já a encontrei de banho tomado e sentada na cama, provavelmente me aguardando. Assim que me viu entrar, abriu um lindo sorriso. Seus cabelos ruivos faziam sua pele alva se destacar ainda mais. Seus olhinhos verdes continham expectativas, então ela correu e se jogou em meus braços. Eu a abracei com carinho.
— Estava morrendo de saudades, papai!
— Sério? Nem faz tanto tempo assim que coloquei você aqui e lhe desejei bons sonhos.
— Mas isso foi ontem, papai. Hoje já é um novo dia. Minha saudade cresceu assim... — Ela abriu os bracinhos o máximo que pôde.
— Então, que tal passarmos o dia juntos para matar toda essa saudade? O que acha da minha ideia? — Perguntei, admirando aquela menininha feliz em meus braços.
— Eba! Podemos comer bolo hoje?
— É claro, meu amor. E tenho um presente para você — ela bateu palmas e me olhou curiosa. — Primeiro, vamos sentar aqui na cama, — ela me olhou com expectativa. — O que vou lhe dar de presente é algo muito especial. Sua vovó deu essa correntinha à sua mamãe quando ela ainda era muito jovem. Agora, vou lhe dar como um presente meu, para que você possa sempre lembrar da sua mamãe.
Coloquei a correntinha nela, e ela ficou admirando o pingente que, como eu disse, tinha a mesma cor de seus olhos. Já havia pedido a Matilda para fazer um bolo de coco, que era o que Andie mais gostava. Então, descemos e fomos tomar nosso café.
Normalmente, utilizávamos a cozinha coletiva para tomar café, e todos os lobos da alcateia só se serviam após o alfa, uma das regras que mantínhamos. No entanto, naquela manhã, comuniquei que não estaria presente, então, eles esperariam pelo Kael.
Havia falado com a Matilda para preparar algo especial para a Andie. Quando ela descobriu que seria apenas nós duas, bateu palmas e soltou um "eba" que fez a Matilda gargalhar. Não é que a Andie não gostasse de tomar café com todos, mas, quando estávamos só nós duas, toda a minha atenção era dedicada a ela. Era isso que ela mais gostava.
Nesse momento, alguém bateu à minha porta. Ao farejar o ar, não pude acreditar que Dafne resolveu aparecer sem ser convidada. Dafne era filha de um dos nossos anciãos. Dois anos atrás, fui pressionado pelos anciãos a me casar novamente. Eles alegavam que uma alcateia sem uma Luna não era completa e forte.
Após tomar um banho, dirigi-me até o quarto da minha pequena garotinha. Quando entrei, já a encontrei de banho tomado e sentada na cama, provavelmente me aguardando. Assim que me viu entrar, abriu um lindo sorriso. Seus cabelos ruivos faziam sua pele alva se destacar ainda mais. Seus olhinhos verdes continham expectativas, então ela correu e se jogou em meus braços. Eu a abracei com carinho.
Enquanto o Alfa representava a mente da alcateia, a Luna era seu coração, e tudo precisava de um equilíbrio. Como eu não acreditava em segundas chances, dado que Selene raramente concedia isso a um lobo, escolhi a loba mais forte da minha alcateia para acasalar novamente. No entanto, deixei bem claro para ela que tudo não passava de sexo para mim, algo que todo lobo precisava em determinado período. Ela concordou, pois tinha muito a ganhar. Afinal, seria a Luna da minha alcateia, uma posição que toda loba sonha em alcançar.
Andie não gostou muito da presença de Dafne. No entanto, não expressou nada a respeito. Apenas se retraiu um pouco e passou a ficar mais calada. Por um momento, fiquei imaginando como seria quando, finalmente, Dafne se tornasse minha Luna e tivesse que dividir esta casa conosco. Como seria a relação delas duas? Era perceptível que Andie não gostava de Dafne, e esta última, por sua vez, não fazia esforços para conquistar Andie.
A transformação inicial de um lobo normalmente ocorria aos 14 anos, então Andie ainda não podia se transformar, mas havia algo que ela adorava fazer... correr pela floresta. Sempre que tinha tempo, eu me transformava e ela subia em meu dorso, trotávamos juntos pela floresta. Isso lhe proporcionava uma imensa satisfação, e ela ficava muito feliz.
Após tomarmos nosso café e ela partir seu bolo, sugeri isso, algo que Andie festejou bastante. No entanto, Dafne deu uma desculpa, informando ter alguns assuntos inacabados para resolver. No final, ficamos apenas eu e minha pequena, e foi isso que fizemos - passamos a manhã inteira na floresta. O ambiente vibrava de vida, ecoando os sons dos animais e nos envolvendo com uma calma que nos dava a consciência de fazer parte daquele mundo.
Após o almoço, como prometido, Kael apareceu em minha casa, e Andie estava ansiosa por sua chegada. Ela já o havia avisado no dia anterior que hoje seria seu aniversário, e ele prometeu trazer algo especial para ela. Acima de tudo, Kael tinha uma paciência incrível para assistir desenhos com ela, algo que eu não conseguia fazer.
Assim que ele chegou, entregou a Andie seu presente: uma pulseira de corda com um pingente de lobo talhado em madeira. Era evidente que ele provavelmente o fez com as próprias mãos. Andie ficou encantada com o presente, e inclusive mostrou o que eu havia dado a ela, o colar da Zaira. Isso fez com que ele olhasse para mim, buscando confirmação, o que eu apenas fiz afirmativamente com a cabeça.
Enquanto ele estava lá com ela, fui até o escritório para adiantar alguns documentos que precisava assinar. Não tinha apenas o hospital como investimento. Também investia no mercado de ações e em novas empresas farmacêuticas, obtendo bons rendimentos de retorno. Isso me tornou um lobo bastante rico.
Assim que deu o horário, informei a Andie que precisaria sair e a deixei aos cuidados da Matilda. Eu e Kael seguimos e encontramos meu primo nos aguardando na entrada do bunkhouse, uma espécie de dormitórios para os lobos que ainda não haviam formado uma família. Pegamos o carro e seguimos para o hospital. Fazia exatamente 5 anos que não ia até aquele lugar. A última vez que estive ali, saí inconsciente daquele complexo.
Estacionei o carro na área destinada à diretoria. Assim que descemos do carro, parei por um minuto e respirei fundo antes de entrar por aquelas portas de vidro. No momento em que entrei, os funcionários ali presentes, em sua maioria lobos ou companheiros de lobos, abaixaram a cabeça e mostraram o pescoço em um gesto de submissão, como uma forma de respeito na presença de seu alfa.
Muitos dos presentes ali testemunharam o que passei e o que causei naquele hospital, então, de certa forma, ficaram um pouco temerosos com minha presença e me evitavam. Sou consciente de que, após a morte da Zaíra, passei a ser um homem frio e de poucas palavras, mas nunca injusto.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 90
Comments
juliana Sereno
Estou amando a história /Drool//Drool//Drool//Drool//Drool//Drool//Drool/
2024-12-20
1
jamylle5
Será que vai ter o livro dela?
2025-04-03
0
Olhos de Girassol
já comi bolo de coco, é uma delícia
2025-02-07
0