Meu irmão só piorou nas horas seguintes. E o médico me informou para estar preparada para o pior. Aquilo me destruiu por dentro. Sempre estivemos juntos em tudo. Compartilhávamos tudo, até a placenta de nossa mãe, a mesma que sumiu sem nenhuma explicação. Talvez se ela estivesse presente, saberia explicar sobre isso. Sabia que a hereditariedade às vezes é a chave para várias descobertas, mas não sabíamos nada sobre a nossa. Eu e o Luan não tínhamos com quem contar nesse conceito.
Meu irmão havia adormecido, o que me tranquilizou por um momento. Decidi, então, ir falar com o Will. Precisava compartilhar aquela angústia com alguém, e ele era a pessoa que mais poderia me compreender no momento. Quando cheguei em frente à sala de Will, estranhei a secretária não estar presente. Imaginei que ela deveria ter ido ao banheiro ou coisa parecida.
Fui até sua sala e bati, como não obtive respostas, decidi abrir para verificar se ele estava lá. Quando coloquei a cabeça para dentro da sala, pude escutar gemidos vindos do banheiro. De início, me preocupei, imaginando que alguém estava passando mal. Me aproximei mais, porém, os gemidos não eram de alguém passando mal. Eram de uma mulher que estava sendo comida, e muito bem comida sexualmente.
Naquele momento, entrei num dilema comigo mesma. Meus sentimentos dizendo para sair dali e não me decepcionar, e algo em minha cabeça dizendo para ir até lá descobrir logo a verdade de uma vez. Quando empurrei aquela porta, não estava preparada para ver o que vi, e a vontade que tive foi de arrancar cada pedaço daqueles dois que eu pudesse, queria fazer isso com minha própria boca. Como se eu fosse um animal.
Eu basicamente rosnei, e o som fez com que ambos se assustassem com minha aparição. Nunca na minha vida me senti tão traída daquela forma. De início, imaginei que poderia ser a secretária lá dentro, e não estava preparada para lidar com a imagem do meu noivo com minha cunhada daquela forma.
Algo dentro da minha cabeça rosnava, querendo sair, mas eu precisava conter aquela raiva. Não iria me prejudicar por aqueles dois vermes. Nunca tinha levado minha relação com o Willian tão adiante, nunca havíamos chegado a esse ponto. Naquele momento, descobri que fiz bem ter me resguardado. Só tinha pena da decepção que meu irmão teria com aquela mulher de quinta.
— Anny, posso explicar tudo isso a você! — Willian falou, colocando o membro dele dentro de sua calça.
— Não preciso de explicação alguma, a cena que vi já explica tudo. Se você tentar se aproximar de mim, registro uma queixa de assédio contra você — disse, olhando para ele com um olhar mortal. — E você... não apareça no quarto do meu irmão.
— Eu sou a esposa dele! — Ela gritou.
— Você quer explicar a ele o que acabei de presenciar ou eu explico, você decide! Tenho pena dele, porque acredito que na cabeça dele, você é uma mulher especial, mas de especial não tem nada. Nem sei como classificar você, porque uma mulher que sai se envolvendo com outro, como uma cadela no cio, enquanto o marido está morrendo numa sala de hospital, não merece nenhuma classificação, a não ser dizer que é uma pessoa desumana e mesquinha.
Tirei a aliança do meu dedo anelar, enquanto eles me observam. Percebi surpresa no olhar dela. Imaginei que ela não sabia que ele havia me pedido em casamento. Então, jogo em cima dele.
— Fique com essa merda e não me procure mais. — Olhei para ela, tentando me controlar para não arrancar sua jugular. — Faça bom proveito dele — Disse, agora para ela.
Saí daquela sala com meu corpo inteiro tremendo. Algo martelando na cabeça e uma vontade incrível de me entregar à raiva, mas pensei no meu irmão e, naquele momento, tentei acalmar meus sentimentos por ele, e parece que havia funcionado. Quando cheguei ao seu quarto, já estava mais calma, porém, ao entrar, me deparei com aquela cena que havia presenciado antes.
O Luan estava de joelhos no chão, com algumas enfermeiras e médicos tentando contê-lo, enquanto ele vomitava mais e mais sangue. Assim que entro na sala, sua cabeça se vira para mim. Mesmo sem fazer qualquer som, parecia que ele sentiu minha presença. Corro até ele e me ajoelho também, com as lágrimas agora correndo soltas pelo meu rosto.
— Queria te dizer... — ele teve um acesso de tosse. — Que você é muito especial! Eu amo você e estarei sempre aqui... — ele levou sua mão ao meu coração. — Com você!
Naquele momento, meu irmão puxou por ar, mas parecia que não conseguia mais. No entanto, se encontrava com um pequeno sorriso no rosto, e no momento em que ele desabou no chão, algo dentro de mim se sobrecarregou. Imaginei que estava tendo um infarto, depois disso não lembrava mais de nada.
Despertei com um soro intravenoso em meu braço. Lembrei então do meu irmão e tirei aquela agulha de mim, me levantando logo em seguida. Estava com uma bata do hospital, e logo uma enfermeira entrou naquela sala.
— Dra. Anny… — Ela se surpreendeu por eu estar em pé e sem o soro.
— Cadê minhas roupas? — Perguntei, já revistando o quarto com o olhar.
— Estavam meladas de sangue, senhora, foi preciso tirá-las. — Ela falou com pena no olhar.
Olhei para ela e logo peguei o lençol da cama, me enrolando com ele. Precisava chegar ao vestiário de médicos. Tinha uma muda de roupa lá. Peguei minha bolsa e deixei aquela sala, com ela vindo atrás de mim.
— Doutora, para onde a senhora está indo? Preciso que a senhora seja vista por um médico para obter alta.
— Sou médica e já me dei alta. Estou indo para o vestiário buscar roupas para mim e de lá providenciar o enterro de meu irmão — nesse momento, parei e ela quase se chocou comigo. — Pode avisar ao médico que estou bem e qualquer problema a senhora me procura e arco com as consequências. — Então ela apenas acenou com a cabeça, me deixando em paz.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Claudia Santos
nunca imaginaria que era a cunhada com o encosto.😅😅
2024-12-17
2
Thaliaa Vieira
O choque que eu tive foi grande, nunca ia imaginar ser a cunhada ali! Coitados
2025-01-07
0
imaculada lima
nossa, que vagaba
2025-02-11
0