Capítulo 16

Os meus olhos abriram com o sou no meu rosto. Levantei devagar, comecei a olhar em volta, autores da por quem estava ao meu lado.

— Edward?— Ele estava sentado na cadeira dormindo. Imediatamente eu tampei a boca, para não fazer nenhum barulho que o acorde.

Ele estava lá, calmo e sereno. Fazia um tempo que não o via assim. Ele deve ter ficado a noite toda aqui. Arg! O ferimento na barriga doía mais do que o costume.

— Ellie?— Ele acordou.

— Oi Edward— Disse com um sorriso.

— Você esta bem? Eu ouvi um baralho e...

— Eu estou bem— Ele olhava para meu rosto com tanta atenção.

— Desculpa Ellie...— a sua expressão mudou para triste.

— Não se desculpe, a culpa foi minha eu que te trair.

— Mas eu não acreditei em você... E se talvez eu tivesse confiado em você.

— Não! E para ser como está, se não eu nunca chegaria tão perto do seu perdão.

— Sabe que não posso dar ele para você assim.

— Eu sei... Por isso vou me esforçar para conseguir.

Aquelas palavras pareciam afetar Edward, ele parecia pensativo.

— Eu tenho que trabalhar— Confirmou a hora no relógio de pulso.

— Tudo bem...

— Não esquece de ligar caso aconteça algo— Levantou a pegar o casaco.

— Ok— Ele olhou para meu rosto, parecia sentir pena.

— Ellie!— Chamou.

— Sim?— Ele aproximou-se e beijou a minha testa.

— Se cuida.

Quando ele sai, e eu dei pulinhos internos, estava tão feliz. Eu rapidamente levantei da cama, mas no momento que fiz, cai no chão.

...****************...

— Edward me larga— Ele segurava minha mão.

— Fale a verdade!— Insistiu aos berros.

— Não! Agora larga-me— Eu tentava fazer-lo soltar, pela sua força não ajudou muito.

— Ellie, conta a verdade você está me traindo?— Ele sabe que sim, por que continua a fazer essa pergunta?

— Sim, Edward, Pela milésima vez. Eu estou-te traindo. Então por favor, me solta!

— Ellie... você vai-me abandonar?

Eu olhei-lhe, o seu rosto estava com a expressão mais triste que o vi fazer. Eu me sentir culpada, a culpa disso era minha. Por mais que não sinto mais nada por ele. Ele ainda foi a melhor pessoa que conheci.

— Edward eu...—Soltou meu braço.

— Então vá Ellie, eu desisto— Ele parecia indecifrável.

— Adeus Edward.

Peguei a mala e sai não olhei para trás, não queria-me sentir mais culpada que já estava.

Peguei um carro e dirigir ate a rodovia uma luz brilhante apareceu ruídos e sons de batidas, vidros quebrando tudo...

...****************...

Acordei na cama novamente.

— O que aconteceu?— Perguntei.

— Senhorita Ellie! Que bom que acordou— Falou o médico, que pelo jeito na estava Ali a um tempo.

— O que aconteceu?— Insistir.

— A senhorita teve um convulsão enquanto levantava, por sorte a enfermeira Mandy chegou no quarto.

— Foi serio?

— Não muito.

— Hum...

— Senhorita Ellie— Chamou— Temos que conversar algo importante.

Assenti a cabeça como resposta.

Estava sentada na cama, pensado em Edward. Em como eu conseguir convencê-lo de uma segunda oportunidade. E sem contar aquele sonho, foi assustador. Passei muito tempo com isso na cabeça ate que uma leve batida na porta me surpreendeu.

— Sim?!

— Sou eu senhorita.

— Mandy! Entre.

Ela abriu a porta, parecia cansada e preocupada. Mandy e um ser tão bondoso, sei que posso confiar nela. Segurava algo.

— Senhorita, trouxe o seu remédio.

— A sim. Obrigada Mandy!— Agradeço a esticar a mão.

— Senhorita esta bem?— Perguntou entregando duas pílulas e um copo d'água.

— Estou. Mandy!— Chamei.

— Sim?

— Obrigada— Ela estaca surpresa.

— Como assim?

— Por ser uma pessoa maravilhosa para mim.

— E só o meu trabalho.

— Não acredito.

— Como?

— Se fosse o seu trabalho, voce teria passeado comigo. Cuidado de mim, me ajudar no meu relacionamento.

— Isso é uma grande honra vindo da senhorita.

— Para de me chamar de senhorita, sou sua amiga já não falei.

— Eu preciso ir.

— Tudo bem.

— A sim. O seu marido deve chegar daqui a pouco.

— Serio?!— Perguntei animada.

— Sim,— Deu um sorriso e saio.

Parada com o remédio na mão pensativa. Eu acredito que pela primeira vez desde que acordei estou tendo um pouco de sorte. Eu tenho o Edward por perto, o que me alegra saber que ele esta vindo. Tomei aquele remédio com um sorriso bobo no rosto.

Tentei não dormir mais falhei.

Acordei a ouvir vozes na porta.

— Não foi nada serio já disse— A voz e do doutor.

— Tem certeza— a outra era de Edward.

— Vamos entre, ela já deve ter acordado— No momento que falou isso fingir espreguiçar.

A porta se abriu e pude ver Edward adentrando na frente do médico.

— Ellie. Tudo bem?— Eu coloquei o braço sobre o cobertor. E com um sorriso disse.

— Estou. Apenas me sinto sonolenta pelo cochilo.

Ele sempre usando um terno novo, o que deixava ainda mais elegante.

— Descanse um pouco Ellie.

— Pode deixar— os nossos olhares pareciam de alguma forma fazer uma breve comunicação.

— Er... Tenho que conversar com a senhorita, se puder nos dar licença.

— A claro, se precisar e só chamar— Esse cuidado recebido é tão bom.

— Edward, obrigada por vim.

Ele assentiu e saio.

— Acredito que já foi— O médico suspirou.

— Sabe que não tem muito o que possamos fazer para a sua... Bom já sabe— Tentei sorrir.

— Eu sei. Por isso eu...

Depois da conversa com o médico. Edward veio ao meu quarto novamente.

— Ellie, soube que não gosta da comida de hospital— Ele surpreendeu-me. Segurava um prato de comida.

— Como sabe?

— Tenho os meus meios— Disse orgulhoso.

— Obrigada.

— Não deveria ter sai do tão cedo. Se tivesse ficado não teria quase morrido— Lamentou.

— Edward. Se não fosse por você eu não sei como estaria.

— Ellie. Sabe que ainda não a perdoei— Disse. O que parecia uma bala tentando-me perfurar.

— Sim, eu sei...

— Mas não significa que não podemos recomeçar— Fiquei tão feliz.

— Que tal começar me contando o que houve naquele dia.

— Que dia?

— No porto.

— A sim. Aquele dia.

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