capítulo 6

Nós já estávamos no carro numa rodovia, e Lewis olhou-me e disse.

— Senhorita, não imagina como eu estou feliz por ainda está bem— Ainda? Como assim—Senhora Jena ficou muito contente com a notícia que a senhorita acordou...

— Jena?

— Ah sim! Você não se lembra não é.

— O que você acha!?— Ele deu uma pequena risada.

— Sarcástica como sempre— Ele era um pouco insolente, mas não parecia má pessoa— Ela é governanta e também a sua empregada pessoal— Eu estava pensativa, no meio deles, lembrei de Edward e perguntei.

— Você sabe o porque o Edward...— Eu olhei para ele parecia inquieto e suspreso então nem terminei.

O resto do caminho ele ficou em silêncio. Eu fiquei a pensar, o motivo dele não querer contar-me nada, eu estava bem pensativa e distraída, quando finalmente chegamos. Ele saiu do carro e abriu a minha porta, ao estender a mão para o lado de fora, eu saio!

— Obrigada!— Ainda pensativa olhei para Lewis, ele estava com um sorriso bobo no rosto, e de novo formalmente falou.

— Por nada, senhorita.

Eu respondi com um sorriso. Eu olhei para a casa, era realmente grande, nem deveria ser chamado casa e sim de mansão, era muito bonita. Minha atenção foi chamada por Lewis.

— Senhorita, e melhor entrar antes...

— Antes do senhor chegar— Interrompe ele— Eu sei, eu sei! Mas deixe eu apreciar a beleza, sim— Olhei para ele virando o rosto e dando um sorriso.

— Sim, senhorita— Tentei concentrar-me na beleza da casa, mas o Lewis estava inquieto, que me fez suspirar. Eu falei com um tom de comando.

— Vamos entrar, se fizer o senhor se acalmar um pouco— Ele deu um suspiro de alívio.

— Sim, senhorita!— Deu um grande sorriso e um sinal para acompanha-lo.

Eu caminhei junto a Lewis pelo caminho da frente, onde ao meio havia uma fonte d'água, muito chamativa e bonita. Chegamos a porta da frente, que, também era bonita, tudo naquele lugar era extremamente belo e exageradamente chamativo.

A porta foi lentamente aberta por mordomos, e quando abriu totalmente, havia uma mulher parada bem ao meio de um grande corredor, ela parecia ter uns 50 a 60 anos, mas numa ótima forma. Ela com um tom alegre veio ate mim.

— Senhorita! Eu estava com tanta saudade. Eu não perdi a esperança em momento algum, sempre acreditei que acordaria— Ela parecia alguém que eu deveria confiar, ou pelo menos acreditar que sim.

— O-obrigada, você é...— Ela estava distraída, até que percebeu o que eu falei, rapidamente falou.

— Senhorita, sou eu Jena— E aquela pessoa que Lewis falou antes.

— Olá eu sou...

— Eu sei quem a senhorita é—interrompe— Vamos senhorita, tenho muito a mostra para você.

Assenti com a cabeça e seguir ela até uma escadaria bem bonita, subimos ate um grande corredor onde havia diversas portas.

— Eu achei melhor prepara um quarto separado para a senhorita, o senhor ia ficar irritado se a senhorita voltasse para o mesmo quarto de antes..., mas o que importa e que esta aqui!— As palavras de Jena deixava-me incomodada o suficiente para um rosto feliz virar um confuso.

— Sim, obrigada— Ela delicadamente abriu a porta, era um quarto lindo e luxuoso eu sinceramente adorei— E lindo...— Ela sorriu.

— Que bom que gostou, fica ao lado do quarto do senhor — no momento que aquelas palavras saíram da boca de Jena fiquei em êxtase, eu estava muito confusa tentei ser o mais educada possível.

— Obrigada, mas... tinha que ser do lado do quarto de Edward?...— Ela olhou-me confusa e falou.

— Se a senhorita não gostou tudo bem...— Ela parecia triste, eu suspirei e falei.

— Não tem problema, eu adorei o quarto obrigada.

— Que bom!— Falou a virar o rosto, e dando um sorriso simpático— Vou deixar a senhorita descansar, se estiver com fome avise-me.

Assenti com a cabeça, e ela saio, me deixando sozinha naquele imenso quarto. Eu olhava em volta, as paredes eram pintadas de branco que era mais claro que a própria neve, havia um piano em um dos cantos, uma mesa onde podia escrever, e arrumar-me. A cama era linda e macia, havia um sofá em outro canto, uma porta para o banheiro, magnifico, um guarda-roupa totalmente moderno e lindo, cheio de roupas, que certamente irei usar.

Tudo naquele lugar fazia-me me sentir confortável, não sei o porque, mas eu gostava.

Eu estava distraída com o quarto quando escuto uma batida na porta, falei para poder entrar.

— Senhorita, o almoço está pronto!

— Obrigada Jena, mas vou tomar um banho e trocar as bandages, dai eu desço.

— Se precisar de mim e só me chamar.

Fiquei em silêncio. Fui ate o banheiro e banhei-me naquela banheira, eu realmente precisava descansar, mais do que os outros dias, nunca na minha vida me senti cansada, foi a primeira vez que isso acontece. Depois limpei as feridas principalmente a da cabeça, coloquei uma roupa, que achei bem bonita, e desci.

Eu estava com muita fome, fui até a escadaria e escutei uma conversa no quarto ao lado, era Edward! Falando com Lewis...

— Senhor, eu tenho que falar algo...

— Agora não Lewis, eu estou ocupado.

Eu estava parada em frente a porta.

— Mas senhor.

— Chega Lewis!— fala abrindo a porta.

— E-e, Edward...— Falei. Ele bufou, e fez um olhar de desprezo, virou o rosto e olhou para Lewis, que tentava esconder-se em algum canto.

— Lewis!...— Ele franzia o rosto para Lewis.

— Se-senhor?...— falou a dar um passo a frente, ainda trémulo.

— Era isso que tentava falar...— Lewis parecia um cachorrinho intimidado, tinha que fazer algo.

— Não me chame de "isso", se você não se importar!— Os olhos dele e o meu se encaravam como numa briga, não desviei o olhar não pisquei, ele o mesmo. Até que, chegou um momento em que o seu olhar de desprezo, virou um de nojo.

— Tsk, tenho mais o que fazer— Eu suspirei de alívio, não sei mais quanto tempo eu ia aguentar. Lewis olhou-me e disse.

— A senhorita e a única que consegue encara-lo por tanto tempo— Assenti com a cabeça, enquanto isso Edward entrou numa porta no fim do corredor e bateu com muita força, gostava muito de bater as coisas. Eu fiquei a encarar durante tando o tempo.

— O que é aquela porta?— Lewis olhou-me um pouco pasmo e inquieto.

— E o escritório do senhor, ele gosta de ficar lá dentro desde...— Porque ele não quer contar nada sobre Edward. Bufei e falei.

— Vou descer— Ele assentiu e desceu na frente.

Aquela escadaria dava vontade de morar nela, de tão bonita. Chegando lá em baixo eu vi uma mesa bem grande, eu sentei numa cadeira qualquer.

— Senhorita, ja preparei os pratos.

— Obrigada, Jena.

Estava tudo tão arrumado e lindo, que tinha medo de sujar de alguma forma. Os pratos feitos perfeitamente, que dava pena de estraga-los comendo. O gosto era de outro mundo, era realmente gostoso, mas minha refeição foi interrompida por Jane, descendo as escadas.

— Senhorita!— Eu parei de comer e olhei para ela, apenas mastigava— O senhor informou-me que não ira comer... se a senhorita ainda estiver aqui e...— O meu olhar a fez parar de falar.

— Essas são as palavras dele?— Ela abaixou a cabeça.

— S-sim, senhorita— Dei um leve sorriso.

— Não precisa ter medo— Ela sorriu e olhou para meu rosto— Bom...— Falei a levantar e limpando a boca com um guardanapo— Sendo assim, me retiro para o senhor comer— Eu falei com um tom de desprezo. Saio da mesa delicadamente e começo a subir as escadas devagar.

Subindo pude ouvir empregadas cochichando alto o suficiente para escutar, que me fez parar de subir as escadas.

— A senhorita mudou tanto nesse último mês, ela está mais gentil!

— sim! Sim! Eu concordo antes ela era...— A minha atenção estava focada nelas, mas foram interrompidas pela Jena.

— Jovens chega de falar e tirem a mesa para o senhor poder comer.

Elas ficaram em silêncio e eu suspirei, se eu pudesse saber só um pouco mais... seria tão...

Subia cabisbaixa, até que esbarrei em alguém. Era Edward, eu olhei nos seus olhos, que me encaravam. Ele disse.

— A sua cara me da (nojo)— com uma expressão tão fria que chegava a doer o coração.

— Desculpe, pode dar-me licença?— via toda a esperança dele de causar uma briga indo embora, isso me fez sorrir.

— tsk— Falou e terminou de descer a escadaria.

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