Quando cheguei ao meu quarto, fui direto ao banheiro. O meu banho já estava pronto.
Depois joguei-me na cama, tentava raciocinar tudo, e ainda a minha cabeça que doía mais a cada momento.
Primeiro, eu fiz faculdade? Nossa e realmente impressionante, e ainda foi de direito. Aquele tal de Jack, ele parecia familiar, como se eu conhecesse. Como doía Urg, falei.
Realmente deve existir muita coisa que acabei a deixar de lembrar, cada coisa que esqueci, por mais que eu não lembre só de pensar em perde tudo, momentos felizes tristes, dificuldades, conquistas, tudo isso com Edward... Quando percebe o que acabei de pensar corei. Eu gostaria de lembrar mais um pouco, seria tão bom...
Eu acordei com um toque de celular, assustou-me a ponto de fazer-me levantar da cama num pulo, resultando em ficar sentada. Peguei o celular, era um número desconhecido, estava prestes a atender quando uma batida na porta me assustou.
— A senhorita já acordou?— Eu rapidamente rejeitei a chamada e com um leve bocejo falei.
— Sim, eu vou arrumar-me e descer.
— Senhorita, o almoço já passou, esta na hora de jantar.
— Caramba! Eu dormi muito— falei a rir.
— Eu tentei acorda mais não quis perturbar a sua privacidade, então deixei dormir.
— Tudo bem, obrigada.
Houve um silêncio na porta, imagino que ela já tenha ido embora. Coloquei o celular ao lado da cama, e fui ao banheiro arrumar-me. coloquei uma camisa com mangas soltas e uma saia, a roupa ficou muito bonita, e o cabelo arrumado.
Decendo as escadas, pude ver Edward chegando, fui a caminhar até ele, que estava com uma cara amarrada.
— Olá, Edward— Eu sorrir, e ele suspirou, colocando a mão no rosto franzindo a testa.
— Não tenho tempo, e não quero ficar aqui discutindo.
— Eu não quero discutir, apenas lhe dei um "oi", algum problema?— Ele encarava-me.
— O que quer?
— Apenas quero conversar, não posso?— Ele olhava-me, acredito que foi o cansaço, mais por algum motivo ele cedeu.
— Ok, encontre-me no escritório, após comer.
Assentir com a cabeça, ele sai a subir as escadas, com Lewis atrás carregando a sua bolsa. Lewis parecia impressionado e confuso, ele fez-me dar uma pequena risada.
Quando acabei de comer, subir ate o segundo andar. Calmamente andei até a última porta, bati, um grande eco preencheu o corredor. Devagar foi aberta por Lewis, que com um gesto com as mãos, pediu para entrar.
— Senhorita— sua voz soava triste— O senhor, a espera.
— Obrigada— Falei a entrar devagar.
Lewis saio se curvando e fechando a porta atrás de mim, o que me deu um leve susto. Aproximei-me devagar de Edward, parei em frente a sua mesa, comecei a olhar em volta. O seu escritório tinha um estilo sombrio, mas charmoso. A pintura era cinza escuro, as cortinas grossas cercavam a grande janela. Uma enorme estante cheia de livros, e ao lado uma lareira, que logo em cima tinha objetos e retratos. A mesa de Edward, tem o mesmo estilo amadeirado do chão, com um tipo de retrato virado para baixo, um natbuck ligado e um monte de papel pela mesa. O local parecia ter sido limpo recentemente.
— Ellie!—Der repente eu volto a realidade— Tem uma razão para chamar você aqui— Fala colocando as mãos no queixo— Fez muitas coisas, que eu tenho certeza que se lembrasse se arrependeria. Mas eu ainda não acredito que tenha esquecido, você fez-me sofrer tanto, mesmo assim depois de tudo eu...
Um silêncio devastador preencheu a sala. Não sabia o que ele queria dizer, e muito menos onde essa conversa chegaria.
— Eu entendo— Falei com o princípio de tentar quebrar aquela barreira de silêncio. Colocando a mão no peito eu disse— Quando digo que eu não lembro, certamente eu não lembro. E sendo sincera, não sei o que fiz, mas até agora, trata-me como um objeto descartável, um lixo... Tudo bem, eu posso ate ter-lhe magoado, mas mesmo assim, eu estou disposta a mudar e se der-me uma chan...
— silêncio! — Ele berrou, batendo os punhos sobre a mesa, fazendo-me calar no mesmo momento— Você diz como se não fosse nada. Não sabe o que aconteceu, e muito menos se importa.
— Eu importo-me...
— Mentira!— Gritou, mas desta vez, fez-me dar um passo para trás— Tudo que sai da sua boca e uma mentira, e só o que sabe fazer, destrói vidas, arruína lares, machuca pessoas, diz que se importa, por favor— debochou— Nunca se importou, apenas brincou comigo, e depois reclama de ser tratada como objeto— Um sorriso malicioso, e maldoso surgiu— Você e desprezível, e realmente acho justo ser tratada como lixo, e o que merece, por tudo.
— Mas eu te...
— Sai!— dessa vez ele ficou de pé, e a sua voz soou tão arrebatadora que me fez tropeçar para trás. Lágrimas surgiam, eu saio a correr no mesmo instante, e com um grande barulho a porta se fecha atrás de mim.
As lágrimas aumentavam a cada passo rápido, minha cabeça e o corte na barriga doíam a cada segundo mais. O meu quarto era do outro lado do corredor, estava tonta, não conseguia pensar, eu me apoiava nas paredes.
Quando aproximava-me pude ver Jena a minha espera, enfrente ao quarto. Ela percebeu que eu estava vindo, um rosto alegre se transformou em desespero e preocupação. Quando finalmente cheguei, ela olhava-me e tentava dizer alguma palavra, sem nem excitar, joguei-me nos seus braços, ela estava surpresa.
— Se-senhorita, tudo bem?— Eu amava aquele carinho de Jena, adorava como ela cuidava de mim, eu tinha um sentimento familiar perto dela.
— Eu quero entrar...— As minhas lágrimas escorriam no meu rosto.
— Claro.
Devagar fomos até o quarto, Jena sentou-me na cama e passou o braço sobre o meu ombro, eu apoiei a minha cabeça sobre o seu.
Em vez de perguntar o motivo do choro, ou qualquer coisa que poderia-me fazer chorar ainda mais, ela apenas ficou ao meu lado, dando-me apoio. Jena, desde que cheguei, deu-me tanto cuidados e carinho, que não sei como dizer um obrigado.
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Atualizado até capítulo 23
Comments
Tânia Silva
muito mistério nessa história.
2024-04-03
1
Rosa Hosana Santos
também quero saber o que ouve
2024-03-30
0
Ivana Braga
notebook
2024-03-29
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