capítulo 2

Já tinha se passado cerca de uma hora, e ainda não consegui dormir, fiquei pensando sobre as coisas que aconteceram. O tempo que esqueci, que perdi. Eu estou muito confusa... Depois de um tempo conseguir me acalmar um pouco e pude cochilar...

Acordei assustada por um barulho, era uma enfermeira! Mandy, quando percebeu ter-me acordado, ela tímida se desculpou.

— Desculpe o incómodo vim busca esse papel— Disse a tentar esconder atrás de si mesma.

Era a mesma que vi quando acordei pela primeira vez... Minha curiosidade era grande de mais. Então fiz a pergunta.

— O que tem nesse papel?— Ela pareceu muito surpresa.

— Aqui? Er... Senhorita eu não acho que posso dizer— Eu poderia deixar para lá, mas algo estava estranho naquela conversa.

— Poderia me mostrar?— Ela deu um passo para trás.

— Poder eu posso... Mas não sei se devo...

Eu a encarei. Talvez na esperança de ver por trás de seus olhos o que ela escondia.

— Me mostre Mandy, por favor.

Ela exitou muito. Até que meu olhar a incomodou e a fez estregar o tão clamado papel.

Quando observei o que tinha ali, fiz uma cara de espanto bem notável, era uma permissão para desligar a máquina que a pouco me mantinha viva, a enfermeira tentou explicar cabisbaixa.

— O senhor Kim disse que... Era para desligar e eu...— o médico entrou e interrompe Mandy que fica ainda mais cabisbaixa.

— Senhorita kin, isso não é nada que deva ser respondido agora— ele falava com calma, mas eu podia ver que estava apenas tentando proteger uma de suas enfermeiras.

— Como não!? Eu acabo de descobrir que tinham a intenção de matar-me... E se eu não acordasse a tempo… Realmente iam fazer!? Vocês iam desligar as máquinas que me manteve a pouco viva?— Eu estava assustada, em pânico. Mesmo assim não parei de encara-lo com desprezo. Quero respostas, preciso delas.

— Lamento, mas sim. Recebermos ordens do senhor Kim, pedindo para desligar a máquina, Mas... a senhora acordou então o avisamos, Porém ele nem ao menos atendeu, disse que ele atendera para manter a sua calma sobre a situação. Perdoe a minha mentira, mas julguei ser a melhor escolha no momento.

Estava óbvio. Como um homem assim pode existir!? Alguém que nem ao menos atende uma droga de ligação pode ser meu marido? Eu mereço algo melhor... hum! Edward veio a minha cabeça por um momento, mas agora ele deve já ser casado e talvez tenha filho um cachorro ele amava cachorros... A minha atenção foi chamada pelo médico novamente.

— Preciso fazer alguns exames... então será que posso?— falou a dar um leve sorriso.

Foi a primeira vez que o vejo e sorrir, era um sorriso calmo e esbelto! Que me fez querer escuta-lo... Sem falar assenti com a cabeça!

— Muito bem, farei perguntas agora, ok?—assenti a cabeça de novo— A senhorita disse que a última coisa que lembra, era encontrar um amigo seu, certo?

— Sim, o Edward! Ele é meu amigo há muito tempo...

— Poderia entrar em mais detalhes?

— Nós conhecemos no fundamental, ele sempre foi mais alto que eu... Ele é muito gentil comigo... E então nós estávamos no segundo ano do ensino médio, combinamos de nos encontrar no porto, sai de casa e quando cheguei… Eu não me lembro—fiz uma cara triste e perguntei— O senhor disse que perdi a minha memória, não foi?

— Sim... Mas e algo que pode ser passageiro, mesmo que eu não consigo entender.

— Tem alguma forma que possa recupera-la?— Fiz um olhar esperançoso que fez o médico ficar um pouco inquieto.

— Normalmente eles conseguem lembrar, mas pelos meus cálculos, oito anos... E um pouco raro acontecer— o meu olhar o fez ficar triste... sinto-me culpada por isso— Mas se talvez a senhorita praticar a sua memória, e utilizar gatilhos, pode ser que...

— Gatilhos? De que tipo!?

— Talvez lugares ou a sua família, amigos, marido— Quando ele falou marido senti um peso sobre os meus ombros, aquele homem que nem sei quem é, tentou-me matar, desistiu de mim, e nem ao menos veio ver-me, ele é um filho da...

— Terei que fazer alguns exames... Mas por enquanto, volte a descansar, tentarei ligar para o senhor Kim mais tarde.

— Não, não é necessário, se ele quer vir, que venha por conta própria— O meu olhar de desdém assustou o médico, que o fez ficar em silêncio por um momento.

— Tudo bem senhorita Kim, se e o que quer!? Mas antes! A senhorita está se sentindo bem?— O carinho imposto pelo médico fez a minha expressão mudar para alguma mais calorosa.

— Não, estou bem— falei com o meu melhor sorriso virado a cabeça e tentando parecer algo sútil.

— Vou retirar-me, descanse.

Assenti com a cabeça e sorrir ainda mais, ele foi embora pela porta, com a enfermeira que observava a conversa no canto quieta, saíram!

No momento que a porta fechou, o meu sorriso sumiu do meu rosto aquilo tudo me deixava exausta, a memória perdida, Edward, marido escroto, o ódio que sentia por alguém que não conheço, nunca foi tão grande... Mas não posso julgar tanto só pelo fato de não conhecer. Se por um acaso pedir divorcio? Não... Me casei com ele, deve ter um motivo. Nunca fui má em escolha alguma... A minha cabeça dói. Acho melhor descansar, antes que piore, sempre que dói e só eu dormi que acordo melhor...

Acordei calmamente na manhã seguinte, dessa vez não sendo acordada por uma notícia de tentativa de morte. Meu quarto de hospital e até que bem-arrumado, espaçoso para não dizer grande, entretanto deprimido pelo fato de ser um quarto de hospital...

Levantei-me para tomar um banho, no pequeno banheiro. Lá tinha uma muda de roupa de hospital, e um cheiro de desinfetante, na realidade sentira isso desde que acordei, mas ali era mais forte! Certamente eu odiava aquele cheiro por algum motivo, o meu corpo não reagia bem e isso me incomodava.

Ao sair percebi que Mandy estava a minha espera. Repentinamente ela perguntou.

— A senhorita está com fome?— Seco o meu cabelo, e aparece assim de repente isso assustou-me, pensei.

— Estou um pouco— Um sorriso apareceu no seu frágil rosto.

— Gostaria que eu trouxesse algo?— O seu sorriso calmo deixou-me feliz.

— Sim, por favor.

— Certo!

Ela é muito gentil, saio tão depressa que nem deu para dizer adeus.

Um tempo passou-se, será que ela já está vindo? Inesperadamente ela bate na porta,

— Senhorita será que eu poderia entrar?!

— Sim! Entre por favor— Ela entra devagar com um pouco de comida de hospital, era um tipo de arroz com molho de carne, geleia e um copo de suco com água. Como sempre a comida de hospital não é muito boa.

— Trouxe um poco de comida, por favor coma— Por mais que eu odeie comida de hospital ela deu um sorriso sincero dessa vez. Deixou-me feliz e me fez comer aquilo.

— Obrigada pela gentileza.

— Não foi nada se precisar de algo me chame .

— Tudo bem— sorrir, e ela devolveu o sorriso e saio cantarolando.

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Comments

Gigliolla Maria

Gigliolla Maria

não tem imagens dele mao

2024-08-30

0

Rosa Hosana Santos

Rosa Hosana Santos

cadê esse marido parece fantasma

2024-03-30

2

Sonia Maria

Sonia Maria

Acho que a raiva do marido é porque descobriu que está sendo traído

2024-03-28

0

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