Voltei para o apartamento e Vic já chegou, ela se assusta ao ver meu rosto vermelho de tanto chorar, ela vem em minha direção e me abraça forte. Eu caio no choro e deito em seu colo sem forças para falar o que estou sentindo. Depois de algum tempo lhe conto o que minha mãe fez e que estou sendo procurada pelo meu ex noivo. Tenho que manter minha cabeça no lugar e sair dessa situação. Mais uma vez o destino está brincando comigo.
__ Vamos nos arrumar e sair para nos divertir, você está precisando.
__ Eu não vou, estou muito cansada e meu coração está doendo muito.
__ Vamos sim, quem sabe seu novo amor não está te esperando.
__ Eu não quero amar mais ninguém, o amor não é para mim.
__ Não diga bobagem, você precisa se dar outra oportunidade. Amores de infância nunca duram para sempre e o seu por Edgar já deu no que tinha que dar.
Você não acredita em destino? Pois então! Os seus não eram para serem juntos. Assim como o meu eu ainda não encontrei.
__ Você tem razão, e quem sabe o nosso está escrito para se encontrar essa noite.
Nos arrumamos e saímos. Pedro está no bar e ao nos ver entrar, vem ao nosso encontro, as meninas e os rapazes que trabalham conosco fazem uma grande mesa onde todos bebem, brincam e riem da sorte de cada um. Norma e Juan ainda não chegaram, assim todos ficam mais à vontade.
Vic está paquerando um rapaz da outra mesa, eu finjo não ver o clima esquentar. Até que ele chega nela e a convida para dançar. Não é diferente com as danças nas nossas festas.
Pedro insiste para que eu dance mas eu não gosto desse tipo de música, eu digo para ele dançar com Maitê, uma das funcionárias da agência, e não precisou falar duas vezes, parece que eles queriam apenas um empurrão para saírem para dançar. Recebo mais alguns convites e não aceito, até que começa a tocar minha música preferida e eu já bebi um pouco e estou precisando relaxar. Vou para pista sozinha e começo a dançar do meu jeito.
Nem vejo quando Juan chegou.
Chego na casa noturna e vejo o pessoal dançando cada um com seu par. A música que toca é comum nas festas ciganas, pois o dono da casa é um cigano, amigo de longas datas e ele adora essa música.
Chego no bar e ele está vidrado na pista de dança, em quanto eu olho para as mesas procurando a Sol.
__ O que tanto você olha, Israel?
__ Você conhece aquela cigana?
Eu viro-me lentamente e vejo Sol dançando sozinha, o seu jeito doce e seus trejeitos me fazem tremer e meu coração disparar:
__ Ela não é cigana, é minha secretária.
Falo e ele me deixa sozinho no bar e caminha em sua direção como se estivesse enfeitiçado. O meu sangue ferve quando ele em uma saudação cigana, estende a mão e ela pega e os dois dançam parando o salão para observarem os dois em um espetáculo a parte.
Estou pronto para me levantar e tirá-la dos seus braços quando sinto Norma segurando firme meus ombros e beijando meu pescoço. Eu fecho meus olhos não acreditando no que está acontecendo.
Sol gira seu corpo em sedução e seus cabelos movimentam como sinal de feminilidade e desejo. Israel está perdido aos seus encantos que a confundiu com uma cigana.
A música acaba e ele agradece a dança e ela se afasta o deixando tonto e enfeitiçado.
Ele volta para o balcão e bate as mãos em meus ombros e diz:
__ É meu amigo, você não reconhece mais uma cigana.
__ Não diga bobagem, ela trabalha conosco na agência, é nossa secretária.
Norma olha desconfiada e diz:
__ Sol não é cigana, ela é uma moça do interior e a família é muito bem de vida, só trabalha por orgulho e vai prestar vestibular para medicina, fala quatro idiomas fluentemente e tem vários cursos e já formou em uma faculdade.
__ Viu? Onde uma cigana moraria com uma amiga, trabalharia e seria poliglota.
Falo desmistificando as suspeitas do meu amigo.
__ Ela pode não ser, mas eu a tornaria uma essa noite se ela quisesse.
__ Não se atreva a mexer com ela, a deixe em paz.
Quando percebo já falei perdendo o controle do meu ciúme, Norma percebe que estou alterado e me olha estranho. Bebo minha bebida pura e sem gelo, virando de uma vez. Saio do balcão e caminho pela casa a procurando feito um louco. A vejo sentada em uma mesa com os outros funcionários, agradeço a presença de todos e digo que as despesas é por minha conta. Sol finge não me notar e meu sangue cigano está fervendo. Não sei porque o ciúmes e essa obsessão por ela.
Pedro a convida para dançar e ela aceita, eu me sento em seu lugar e fico observando os dois, Norma vem e fica ao meu lado e a todo momento tenta me beijar em público e eu a evito.
Quando a música acaba eles voltam para a mesa e ela agradece pela noite e diz que vai embora. Eu pergunto com quem ela vai e a mesma diz que está de carro:
__ A Vic veio comigo mas está com um rapaz, ela vai ficar mais um pouco.
__ Então, por que você não fica?
Eu pergunto sendo insistente e Norma já está por conta.
__ Eu não posso, vou levantar cedo para estudar e já estou cansada.
Pedro a abraça e pergunta:
__ Você quer que eu vá com você, eu vim de táxi, pois não gosto de dirigir quando bebo.
__ Não precisa, eu sei me cuidar, boa noite para todos.
Ela fala saindo e para um minuto para conversar com Vic, eu digo a Norma que vou ao banheiro e caminho rápido até o estacionamento. A vejo abrindo a porta do carro e me aproximo. Ela se assusta e eu digo:
__ Desculpa, eu não queria te assustar.
__ O que você está fazendo aqui?
__ Eu gostaria de te fazer uma pergunta.
__ Pode perguntar.
__ Você tem alguma linhagem cigana.
Ela me olha espantada e diz:
__ Não, por que você está me fazendo essa pergunta?
__ Israel meu amigo, ele é cigano e achou que você tem algumas características.
__ É impressão dele, sinto muito.
__ Não sinta!
Eu olho dentro dos seus olhos e vou me aproximando devagar e quando tenho a oportunidade a puxo pelo pescoço e selo nossos lábios em um beijo intenso, minha língua força sua boca e ela abre me dando passagem, minhas mãos seguram seu rosto e me delicio em seus lábios, suas mãos enroscam nos meus cabelos e meu corpo pressiona o seu. Ela arfa gostoso em meus lábios e abre os olhos lentamente e se afasta de mim:
__ Adeus!
Essa palavra em sua boca soa como despedida. Ela entra no carro e sai, meu coração fica apertado e sinto uma ausência...
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Izabel Cristina Oliveira Tomaz
si autora faz esses dois se casarem e eles irem no acampamento mostrar pra cobra da irmã que eles são felizes sem tds as regras do povo cigano
2024-12-29
1
Mônica Santos
não separa eles dois não
2025-01-22
1
Josiane Sachs
Israel e lindo, mas prefiro o Juan
2024-11-27
2