À tarde, Sofia voltou para o quarto de Marco, calada. Tinha dado um bom tempo para voltar, pois queria evitar um novo encontro com Priscila, que provavelmente iria ser desagradável com ela novamente.
— Você almoçou, Sofia? — Perguntou Marco tentando puxar assunto com Sofia. Ele já tinha observado que ela estava introspectiva.
— Sim. Eu encontrei com Dr. Eduardo e ele me contou que existe um refeitório no hospital. — Sofia falou de forma inocente. Se Marco não tivesse questionado, ela não teria comentado aquilo.
— Você almoçou com ele? — Marco não tinha nenhum direito de perguntar aquilo, mas a curiosidade foi maior que a razão.
— Não.
— Eu já disse para você não se ausentar por tanto tempo. Eu estava sozinho até agora e poderia precisar de alguma coisa.
— Quando eu saí do quarto, o senhor não estava sozinho. — Sofia encarou Marco calmamente. — Sua namorada estava aqui e por isso demorei a volta. Para dar mais privacidade ao senhor.
Marco analisava Sofia. Ver ela com o médico o deixava extremamente incomodado, mas aparentemente, Sofia não ligava para relação dele e de Priscila.
— Ela não é minha namorada e nem foi convidada para vir ao hospital. Próxima vez, só se ausente se for realmente necessário.
Confusa, Sofia não respondeu mais nada. Ela não poderia dizer a Marco que estava espiando ele e Priscila na piscina. Com certeza, eles tinham algum relacionamento.
O restante da tarde se passou lentamente. Marco estava incomodado com a nova Sofia, calada e distante. Ela só falava com ele para saber se ele precisava de alguma coisa. Marco gostava de conversar com ela.
Era por volta das oitos horas da noite e Marco não parava de mudar de canal de televisão. Sofia não queria reclamar, mas já estava ficando irritada com aquilo. Toda vez que ele escolhia um canal, que ela se concentrava para assistir, ele mudava do nada.
— Desse jeito, nós não vamos conseguir assistir nada. — Reclamou Sofia de forma educada.
— Como assim?
— O senhor não para de mudar de canal. — Mal Sofia falou e Marco mudou de canal novamente. — Vê?! Não tem nada para fazer aqui. A única coisa é ver televisão e nem isso é possível.
— Só tem porcaria passando nessa tv. Por isso que não consigo escolher nada.
— Vamos escolher um filme e assistir até o final. — Sugeriu Sofia. — Sem mudar de canal o tempo todo.
— Você quer escolher? — Marco indagou, oferecendo o controle de TV para que Sofia pudesse vir pegá-lo.
Com um gesto positivo de cabeça, Sofia concordou e se levantou para pegar o controle da mão de Marco. Ao se aproximar da cama dele, Marco recolheu o braço impedido que Sofia pegasse o controle.
— Sério mesmo? — Ela indagou, erguendo as sobrancelhas, sem paciência para aquela infantilidade de Marco.
Novamente, Marco esticou o braço e quando Sofia tentou pegar o controle, ele puxou de volta, sorrindo.
— Você é muito lenta. — Ele falou provocando-a. — E eu ainda estou deitado na cama. Isso é uma vantagem para você.
Respirando fundo, Sofia cruzou os braços esperando que Marco estendesse o controle mais uma vez em sua direção e assim ele o fez. Dessa vez, Sofia já estava preparada para ele recolher o braço, impedido novamente que ela pegasse o controle. Contudo, Marco trocou o controle de mãos e esticou o braço, deixando o objeto ainda mais longe de Sofia, que estava bem próxima a ele, em pé, ao lado da cama.
Sem desistir, Sofia tentou se esticar por cima de Marco, para pegar o controle que estava do outro lado, no braço estendido, na outra mão dele, ficando assim mais próxima ainda de Marco. A atenção de Sofia estava voltada para conseguir alcançar o controle, mas Marco já não se importava com aquilo. Só conseguia olhar para Sofia, bem perto dele, com seu cheiro delicado de flores, inebriando os pensamentos dele.
Antes que Sofia pudesse alcançar o controle, Marco, com a mão livre, segurou no braço dela, chamando sua atenção para a proximidade deles. Sofia olhou para Marco e viu o quanto estava próxima dele. Nervosa, percebendo que aquilo era impróprio, ela tentou se afastar, mas Marco não permitiu e beijou Sofia.
Paralisada pela surpresa, Sofia não reagiu, ao mesmo tempo que Marco envolvia sua cintura com seus braços, esmagando o peito dela contra seu dorso. Nesse momento, Sofia apoiou as mãos nos ombros dele para tentar se afastar, mas Marco era muito mais forte que ela e insistiu no beijo, invadindo a boca de Sofia com sua língua. Já seduzida por aquele contato tão íntimo, Sofia parou de resistir e passou a retribuir o beijo de Marco.
O beijo dela era tudo que Marco esperava e muito mais. A boca de Sofia era macia e ela transmitia uma inocência que ele nunca tinha sentido em nenhuma outra mulher. Ele queria mais. Queria ver até onde Sofia iria.
Deslizando uma das mãos até seu pescoço, ele segurou-a pela nuca, os dedos acariciando, enquanto a outra descia pelas costas, num movimento lento e sensual, puxando-a, mais ainda, ao encontro do corpo musculoso. A boca exigente continuava a mover-se sobre a dela, ávida. Sofia sentiu-se invadida por uma onda de excitação que a deixou fraca.
Todas aquelas sensações eram desconhecidas para Sofia, que tinha pouca experiência com beijos e ela sentiu-se perdida naquele tumulto de sentimentos, que o beijo de Marco provocava nela.
Intensificando o beijo, Marco deslizou a mão ao redor da cintura esbelta dela, entrando por baixo da blusa que Sofia usava e deixou-a subir até um seio, apertando-o com firmeza, sentindo toda maciez da pele dela. O contato tão íntimo, deixou Sofia assustada, principalmente por nunca ter sido tocada daquela forma. Imediatamente, juntando toda a força que possuía, ela se livrou dos braços dele se afastando de maneira brusca.
— O que você pensa que está fazendo? — Indagou Sofia com a respiração ainda ofegante.
— Você não é nenhuma criança, Sofia. Sabe muito bem o que rolou entre nós, agora a pouco. — Marco exibiu um sorriso satisfeito.
— Nunca mais faça isso! — Exclamou Sofia, relembrando da cena de Marco e Priscila na piscina. Ela estava com tanta raiva que mal conseguia respirar. — Eu não sou igual a sua amiga, namorada ou sei lá o que aquela moça representa para você!
A raiva de Sofia deixou Marco ainda mais divertido e ele quis provocar ela.
— Eu sei que você não é igual a ela. Se fosse, nós não teríamos parado. — Marco informou rindo. — Mas para quem já tem dezenove anos, você dá muita importância a um beijo roubado.
— Importância a um beijo?! — Sofia quase gritou. — Você sabe muito bem que não foi só isso que você fez!
— Pare com isso, Sofia. Você está sendo infantil. — Marco falou fazendo pouco caso do assunto, como se ele não tivesse nem um pouco abalado com a intensidade daquele beijo.
Ela ficou parada, tremendo de raiva, desejando fazer ou dizer alguma coisa que abalasse aquela imperturbável calma de Marco, que pouco se importava com seus sentimentos. As lágrimas represadas eram de ódio, por ter sido tratada como uma qualquer. Quando, Marco percebeu os olhos de Sofia marejados, ele mostrou-se contrito, realmente ela estava magoada com a atitude dele.
— Acho melhor, eu voltar para Villa. Você pode ficar sozinho aqui o restante da semana. — Sofia falou tentando recuperar a compostura.
— Você não vai voltar para Villa... — Ele falou num tom calmo. — E me desculpe. — Marco disse sem jeito. Não era comum para ele pedir desculpas assim. — Eu passei um pouco dos limites com você.
— Um pouco? — Sofia falou indignada.
— Você retribuiu meu beijo, não tente negar. Eu tenho experiência suficiente para saber disso, Sofia. Não teria continuado se você tivesse resistido.
Calada, Sofia ficou ruborizada, encarando Marco, sabendo que ele tinha razão. De fato, ela tinha gostado do beijo, mas se sentiu ofendida quando Marco tentou algo mais.
— Mas eu resisti! — Ela protestou.
— Tem certeza? — Ele encarou Sofia de forma zombeteira.
— No começo... eu...
— Vamos esquecer isso. — Marco falou querendo encerrar aquele assunto, por enquanto. — Pegue o controle, você pode escolher a programação que quiser.
Deixando o controle no móvel ao lado da cama, Marco esperou que Sofia viesse pegar e dessa vez não tentou nada com ela. Sofia fez o que ele pediu e voltou para o sofá, que era sua cama improvisada. Pelo restante da noite, ambos não falaram mais nada.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Silvaneide Ágatha
🥰🥰
2024-12-01
0
Su
ta mto morno isso...anciosa pra ver esses lindinhos se entregando so amorrr 😉
2024-03-07
3
Fátima Silveira
hum 😒
2023-11-16
1