Depois que Marco saiu do seu quarto, Sofia terminou de se vestir decidida a não permitir que ele a intimidasse. Desceu para cozinha atrás de Teresa, pois queria algo para fazer naquela casa que ajudasse a passar os dias rapidamente e quem sabe assim, logo chegasse sua liberdade.
Muito diferente da noite anterior, hoje, a cozinha estava lotada. Uma cozinheira preparava um enorme café da manhã para todos os empregados e uma mulher toda de branco aguardava, sentada em uma mesa, lendo um livro.
— Bom dia. — Sofia cumprimentou a todos timidamente. — Onde está Teresa?
— Teresa está organizando o quarto do senhor Marco. — Respondeu a mulher de branco que não teve a boa vontade de olhar nos olhos de Sofia e continuou com a cabeça baixa, lendo seu livro.
Mesmo de forma pouco educada, aquela mulher foi a única que respondeu Sofia e ela tentou insistir.
— Eu me chamo Sofia e você?
— Meu nome é Marta. — Dessa vez, ela falou erguendo os olhos para encarar Sofia. Sem ocultar isso, Marta demonstrou total surpresa ao ver como Sofia era jovem e bela. — O que você faz aqui? Não tem cara de prostituta.
— E não sou mesmo. — Sofia deu um sorriso sem graça. — O senhor Gambino me mandou para morar aqui para fazer companhia a Marco.
— Entendo. Eu sou a enfermeira chefe aqui. Paula, que você deve conhecer em breve, é a enfermeira auxiliar.
— Eu gostaria de ajudar vocês. — Sofia falou de súbito, tendo essa ideia de repente. — O senhor Marco não aprecia minha companhia e preciso de alguma coisa para ocupar meus dias nessa casa.
Marta olhou para Sofia com desconfiança. Se o senhor Marco não queria aquela jovem ali, ela só tinha que voltar para cidade e não insistir em alguma outra ocupação na casa.
— Dessa forma, eu acho que sua presença é desnecessária aqui. — Marta respondeu com desdém.
— Por favor, eu não posso simplesmente ir embora da casa. Eu tenho um acordo com senhor Gambino. — Sofia não queria entrar em detalhes sobre seu acordo, mas precisava comover ela de alguma forma. — Preciso do salário e não posso abandonar tudo. — Aquilo não era uma mentira. Sofia realmente seria recompensada, a dívida do seu pai seria cancelada.
— Eu tenho que levar o café da manhã do senhor Marco para piscina agora. Ele toma café da manhã sempre que volta do seu passeio na praia. Faça isso. — Respondeu Marta e em seguida voltou a ler seu livro.
Animada, Sofia começou a levar todos os itens para mesa da piscina. Marco tinha uma cadeira de rodas especial, que permitia andar pela areia da praia com facilidade. Também possuía outra cadeira de rodas para quando ele queria entrar no mar. O fato de não ter a locomoção das pernas era terrível, mas toda fortuna que ele possuía amenizava um pouco aquela situação, comprando todo tipo de aparelho possível que pudesse facilitar sua vida.
Ao chegar na piscina, acompanhado por Paula, Marco se deparou com Sofia organizando a mesa do café da manhã para ele.
— O que você faz aqui? — Ele falou num tom mal-humorado.
— Bom dia. — Sofia falou se dirigindo a Paula. — Meu nome é Sofia e vim trazer o café da manhã do senhor Marco, como Marta me pediu.
— Bom dia, Sofia. Eu me chamo Paula e sou enfermeira.
Extremamente irritado por ter sido ignorado por Sofia, Marco interrompeu a apresentação das duas de forma grosseira.
— Vá chamar Marta aqui agora mesmo, Paula.
— Sim, senhor. — Paula respondeu e saiu apressada em direção a cozinha.
— Temos frutas, ovos e alguns sanduiches. O que o senhor vai querer? — Indagou Sofia ignorando o ânimo de Marco e se aproximando dele com um copo de suco de laranja.
Sem que Sofia pudesse esperar, Marco meteu a mão no copo de suco, fazendo com que todo conteúdo líquido derramasse sobre Sofia.
— Você é surda ou idiota? Eu não quero você aqui nessa casa! Não quero sua companhia e já tenho empregados demais!
Chocada, a reação de Sofia foi imediata. Ela pegou o copo de água que estava em cima da mesa de café da manhã e jogou em Marco.
— Se você não me quer aqui, fale diretamente com seu pai. — Sofia respondeu furiosa. — Por enquanto, você terá que suportar minha presença nessa casa.
— Sua atrevida! — Gritou Marco tentando puxar Sofia pelo braço, mas recuou ficando fora do alcance dele.
— E tem mais! Eu sei muito bem por que você me perguntou sobre eu ter um celular, hoje, mais cedo. Assim que eu encontrar com senhor Gambino, eu vou contar o que aconteceu ontem a noite. — Sofia sabia que Marco tinha dado ordens para que ninguém comentasse sobre o ocorrido. Devia ser por receio do seu pai e a ameaça dela realmente funcionou, pois Marco mudou a expressão do seu rosto na mesma hora.
— Saia daqui! — Ele gritou.
— O que está acontecendo? — Marta indagou ao se aproximar com Paula, observando Sofia e Marco, ambos molhados.
— Nada demais, Marta. — Sofia respondeu calmamente. — Senhor Marco derramou o suco, sem querer. Eu vou subir para me trocar. — Ela falou encarando Marco para ver se ele diria algo diferente do que ela tinha falado.
— Eu também quero me trocar, Marta. — Marco respondeu entre dentes, encarando Sofia.
A presença de Sofia mexia com Marco de um jeito diferente e ele não sabia explicar por quê. Ele a odiava por ter atrapalhado seu plano na noite anterior, mas não era somente isso. De fato, ele tinha ficado excitado ao encontrar com ela mais cedo, em seu quarto e fazia tempo que nenhuma mulher provocava aquilo nele.
Logo após o acidente, ele tinha costume de trazer diversas mulheres para Villa Turquesa. Todas sempre belíssimas, com corpos voluptuosos, capazes de excitar o mais inocente dos homens, mas elas não provocavam nada em Marco. Ele chegou a achar que tinha ficado impotente, mas os médicos afirmaram que ele poderia ter relações sexuais normalmente. Obviamente, o acidente só tinha atingido a locomoção das suas pernas.
Depois de algumas tentativas, constrangido, Marco resolveu se isolar de vez e já fazia um bom tempo que não trazia nenhuma mulher para Villa Turquesa. Talvez fosse isso, passou tanto tempo sem ver belas mulheres, que estava ficando excitado com aquela jovem de olhos inocentes.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 108
Comments
Silvaneide Ágatha
escroto
2024-12-01
0
Silvaneide Ágatha
👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
2024-12-01
0
Silvaneide Ágatha
👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
2024-12-01
0