Em Nova Iorque, a mãe de Sofia estava completamente enlouquecida. Já tinha mais de uma semana que Ana não recebia notícias da sua filha. O celular de Sofia estava sempre sem sinal.
Inicialmente, ela procurou a polícia assim que sua filha não voltou à noite, no horário de costume, após a faculdade. O policial que atendeu Ana, insinuou que Sofia poderia ter fugido de casa, mas ela sabia que sua filha jamais a abandonaria. Depois de 48 horas do desaparecimento de Sofia, a polícia resolveu começar as buscas atrás da jovem, mas não obteve nenhum sucesso. Ninguém tinha notícias de Sofia.
Estranhamente, quem estava bastante calmo com aquela situação era Carlos.
— Carlos como você consegue dormir a noite sem ter notícias de Sofia? — Questionou Ana angustiada.
O semblante dela era de desespero, pois desde que Sofia havia desaparecido, Ana não conseguia dormir.
— Você é muito exagerada. — Respondeu o Carlos cinicamente. — Sofia pode ter desaparecido, pois está constrangida porque não tem dinheiro para pagar a mensalidade da faculdade.
— O quê!? Você está ouvindo o que você está dizendo, Carlos? — Indagou Ana gritando, fora de eixo. — Como você pode falar isso dela?! Sofia sempre foi responsável! Sempre trabalhou e pagou suas contas! Ajudava em casa! De onde você tirou essa loucura?!
Sem querer, o próprio Carlos estava se entregando, pois Ana não fazia ideia de que ele tinha roubado o dinheiro que serviria para pagar a mensalidade da faculdade de Sofia.
— Eu não sei o que pensar, Ana. Não adianta ficar nervoso. A polícia está procurando por ela. — Carlos respondeu, tentando corrigir o comentário que tinha feito. — Em breve, Sofia vai entrar por essa porta, como sempre fez.
— Ela nunca desapareceu assim, Carlos. Como você pode ser importar tão pouco com a menina que você criou desde pequena? — Indagou Ana chocada.
— Pronto! Agora, você quer jogar isso na minha cara? Que eu não me importo com Sofia?
— Acho que você sé se importava com o dinheiro que ela trazia para casa. — Àquela altura, Ana não tinha medo de mais nada. — Só não sei como você vai conseguir mais dinheiro agora, que ela está desaparecida.
Furioso, Carlos levantou a mão direita e deu uma bofetada violenta em Ana, que perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
— Que dinheiro que nunca era suficiente!? - Carlos gritou, cuspindo saliva para todos os lados. — Se ela trouxesse dinheiro suficiente estaria tudo bem! Não teríamos problemas nessa casa! Mas sempre era comida ou dinheiro para faculdade! Chega! Eu estou cansado de você e da sua filha!
— Como assim? O que você quis dizer com isso? — Para Ana não passou batida a fala de Carlos. — Se ela trouxesse dinheiro suficiente estaria tudo bem?! Então realmente tem alguma coisa acontecendo com Sofia?! Fale Carlos! — Gritou Ana.
— Eu não sei de nada! — Ele respondeu covardemente, saindo de casa e batendo a porta da sala com violência, deixando Ana no chão.
Levando as mãos ao seu rosto, Ana começou a chorar convulsivamente. Ninguém tinha notícias da sua filha. Alguma coisa muito séria estava acontecendo para Sofia sumir assim. Ela era uma jovem responsável e amorosa. Jamais ficaria sem dar notícias a sua mãe.
Movida pela dor e pela angústia, Ana pensou em recorrer a única pessoa que poderia resolver aquilo. Ela já vinha fugindo daquele homem há muitos anos e ele não fazia ideia de onde ela estava. Contudo, devido ao seu desespero, aquela era a única saída que Ana enxergava. Somente ele tinha poder suficiente para encontrar Sofia onde quer que ela estivesse.
Assim que Marta chegou ao hospital, ela encontrou com Sofia do lado de fora do quarto de Marco. Balançando a cabeça de forma negativa, Marta se aproximou de Sofia.
— O que você está fazendo aqui fora?
— O senhor Marco acordou nervoso e eu achei melhor sair. — Sofia respondeu contrariada. — Ele quer ir embora agora.
— Eu vou procurar o médico para solicitar a alta dele. Afinal, ninguém precisa ficar tanto tempo em um hospital por conta de um porre. — Marta foi atrás do médico que estava responsável por Marco, deixando Sofia sozinha, pensativa.
Logo mais adiante, Marta encontrou com Dr. Eduardo, médico que estava responsável por Marco.
DR. EDUARDO
— Bom dia Dr. Eduardo. Eu voltei agora pela manhã para buscar o senhor Marco e gostaria que você assinasse a alta hospitalar dele. — Marta já tinha conhecido o Dr. Eduardo na noite anterior, quando chegou com Marco desacordado.
— Ainda não, Marta. — Nós vamos precisar fazer novos exames no senhor Marco. — Informou o médico no tom sério.
— Não entendi. — Marta respondeu confusa. Ela era enfermeira e sabia que não era necessário Marco ficar mais tempo no hospital. — Nunca vi ninguém ficar mais de vinte quatro horas no hospital por conta de um porre. Na Villa Turquesa, nós temos uma estrutura básica para atender o senhor Marco. Só trouxemos ele aqui, pois fiquei com receio de um alcoólico.
— Marta. Nós fizemos uma lavagem no estomago do senhor Marco e detectamos que não foi somente bebida alcoólica que ele ingeriu. — Dr. Eduardo explicou com calma. — Obviamente, ele respondeu muito bem a lavagem estomacal feita. Eu vou manter o senhor Marco mais tempo no hospital, pois suas pernas responderam aos estímulos básicos que fizemos, mas no prontuário ele foi registrado como deficiente físico, que não tinha a mobilidade das pernas.
— Mas isso é um fato, eu trabalho para o senhor Marco por conta disso.
— Nós faremos novos exames nele e conversaremos mais tarde. Agora, eu tenho que ver outros pacientes.
Em seguida, Dr. Eduardo se despediu de Marta e continuou com seu trabalho. Marta ficou preocupada com aquela posição do médico. Como assim as pernas do senhor Marco respondiam a estímulos básicos? E outra coisa que seria mais complicada ainda era manter o patrão no hospital, pois ele detestava aquele ambiente.
Longe dali, Paco, um dos seguranças que trabalhavam na Villa Turquesa, ligava para Matheus, o consigliere.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Silvaneide Ágatha
🤬🤬🤬🤬🤬
2024-12-01
0
Silvaneide Ágatha
🤬🤬🤬🤬🤬
2024-12-01
0
Euridice Neta
Matheus é um invejoso, ambiciosos que só pensa no poder mais tenho certeza que os dias dele estão contados...
2024-03-23
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