Capítulo 17

Marie

Acordo com o sol batendo no meu rosto, minhas vistas doem, olho para o lado e vejo a cama vazia, eu tinha certeza que o Charlie havia chego ontem. Me levanto para ir ao banheiro, aproveito para tomar meu banho, afinal tenho que ir trabalhar, assim que saio do banho encontro Charlie sorrindo com uma bandeja de café repleta de coisas e flores para mim.

Charlie: Bom dia meu amor.

Marie: O que? que horas você chegou?

Ele vem até mim me dando um beijo na testa.

Charlie: Era umas quatro horas da manhã mais ou menos.

Fico surpresa, então eu não sonhei.

Marie: Então eu não estava sonhando.

Sorrio para ele e recebo seu sorriso de volta.

Marie: Só vou me trocar e aí eu volto pra gente tomar café da manhã.

Ele me puxa pela cintura, com um sorriso safado.

Charlie: Prefiro você assim, até por que depois do café quero um tempinho com você.

Sorrio e mordo meu lábio inferior gentilmente.

Charlie: Ai Marie, não faz isso

Marie: Isso o...

Ele não me deixa terminar a pergunta e toma meus lábios em um beijo voraz, passo meus braços em volta do seu pescoço e ele me levanta, estou completamente nua nos braços desse homem incrível. Sinto que ele está andando comigo, mas não consigo parar o beijo para olhar, ele me coloca sentada em algo e eu paro o beijo para olhar.

Marie: Eu acabei de tomar banho.

Charlie: Sim, mas não tomou comigo.

Ele tira suas roupas quase que correndo e me leva de novo no colo até o box, ele liga o chuveiro e a água quente cai sobre nós dois enquanto nos beijamos, ali naquele box fazemos amor da melhor forma, a nossa forma mesmo.

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Charlie: Hum, eu esqueci de perguntar algo, não sei se você vai se sentir confortável.

Marie: Pode perguntar

Mordo outro pedaço da torrada com geleia de morango.

Charlie: Em momento algum você me pediu para usar proteção e eu também não me liguei..

Dou um sorriso, esqueci de comentar sobre isso com ele.

Marie: Não se preocupe, desde quando fui estrupada e após a perda do bebê, eu pedi para minha médica colocar o DIU em mim, mês passado eu fui nela para saber se estava tudo certo ainda e ela me avisou que daqui a dois meses vou precisar trocar ele por conta do vencimento.

Charlie: Entendi. Você pensa em ter filhos?

Olho para ele e concordo com a cabeça.

Marie: Penso sim. E você? Porque não teve filhos?

Ele respira fundo e toma um gole do seu café.

Charlie: Minha esposa não podia engravidar, ela se tornou infértil por causa de uma cirurgia que ela precisou fazer quando era adolescente. O médico cometeu o erro e quando a família dela foi atrás, ele simplesmente alegou que não fez nada de errado.

Marie: Nossa, que homem horrível.

Charlie: Tá tudo bem, acho que ela havia se acostumado com a ideia que nem adoção ela cogitou em querer.

Marie: Sinto muito.

Ele continua o café dele até seu celular tocar.

Charlie: Ankh falando, sim, ok já estou indo.

Olho para ele que se levanta rápido para ir se arrumar.

Marie: Outro caso?

Charlie: Sempre tem um, quer carona pra cafeteria?

Marie: Aceito

Me levanto rápido, mas ele me puxa dando um beijo rápido nos meus lábios, sorrio e me visto rápido para irmos. O trajeto até que é rápido e logo chegamos em frente a delegacia, quando vou sair ele me dá outro beijo.

Charlie: Eu venho almoçar com você, vou trazer o nosso almoço.

Marie: Ta bom.

Charlie: Te amo.

Saio do carro e olho pela janela.

Marie: Também te amo.

Ele volta a dirigir pelo jeito vai para o estacionamento, eu caminho rápido para a cafeteria e Bonnie já está me esperando com um sorriso no rosto.

Bonnie: O ônibus não atrasou hoje?

Marie: Não, hoje foi tipo modo turbo sabe.

Ela dá risada e eu vou até o nosso vestiário colocando o meu uniforme, a manhã passa tranquilamente, estou de olho no horário.

Bonnie: Mah,. você já pode ir almoçar

Marie: Está tudo bem Boo, vou almoçar com o Charlie.

Continuo ali, algumas pessoas almoçam ali na cafeteria mesmo por preguiça de pagar mais caro em um restaurante. Uma, duas horas e meia se passam e nada de Charlie, decido apenas almoçar um lanche natural.

Marie: Vou na delegacia levar uns cafés

Bonnie: Tá bem, eu termino de arrumar as mesas aqui.

Pego a bandeja com cafés e caminho até a delegacia, chegando lá Faresh já me recebe com um sorriso.

Faresh: Café depois do almoço é bom demais.

Entrego um pra ele.

Marie: Viu o Charlie?

Faresh: Ele voltou faz uns 10 minutos

Marie: Obrigada.

Entro na delegacia e assim que cruzo as portas da ala dos detetives encontro Charlie e aquela piranha sentada em seu colo, como uma boa dama caminho até lá e deixo a bandeja com café em cima da mesa.

Marie: Aqui o seu café Detetive.

Charlie: Marie, não é isso que você está pensando.

Marie: Não se preocupe, detetive Ankh, sua vida pessoal não me interessa e não precisa pagar pelo café, é uma cortesia.

Saio o mais rápido possível, escuto ele me chamar, passo correndo por alguém que possivelmente é o Faresh que me chama também, chegando na cafeteria me enfio no vestiário e Bonnie vem atrás de mim.

Bonnie: Mah o que houve? Por que está chorando? Sai daí!

Marie: Não quero Boo, se alguém vier me procurar diz que fui embora.

Bonnie: Tem certeza?

Marie: Tenho e hoje vou ficar na sua casa.

As lágrimas desciam de forma silenciosa pelo meu rosto, nunca imaginei que iria chorar por um homem e pior o homem que jurou seu amor por mim. Pego na minha bolsa uma pequena barra de chocolate que eu sempre deixo por lá e como pra aliviar a dor que estou sentindo, quando me sinto bem melhor já é quase horário de fechar.

Bonnie: Pode abrir? eu preciso da minha bolsa.

Abro a porta e Bonnie me olha preocupada.

Bonnie: Faresh e o Charlie vieram te procurar, eu disse que você não estava aqui, que havia ido na delegacia e não voltou.

Marie: Isso colou?

Bonnie: Parece que sim, por que Charlie mandou o Faresh pegar a viatura para ir atrás de você.

Sorrio.

Marie: Você é ótima Boo, vamos para sua casa.

Nosso chefe sabendo que não estou bem nos leva de carro, o caminho inteiro fui com a cabeça deitada no colo de Bonnie, quando chegamos na casa dela, eu me jogo no sofá.

Bonnie: Tá okay, pode contando o que aconteceu.

Conto tudo o que eu vi pra ela que me olha incrédula.

Bonnie: Essa Abgail sempre foi atirada pra cima do Charlie, quando ele se casou com a irmã dela, ela criou um monte de história e como Charlie já estava na polícia ela se deu um pouco mal, dizem que ela casou e sossegou, mas eu acredito que ela tá querendo ser a irmã dela.

Marie: Então o nome dela é Abgail. Interessante.

Bonnie: Não tente ser assassina de novo, agora ela é policial e a sua pena pode ser pior do que imagina.

Dou uma risada, voltar pra cadeia não seria uma má idéia, mas ser da polícia seria uma vingança maior do que a morte pra ela. Eu vou passar nessa prova, vou entrar para a polícia e me tornar maior que ela na corporação. Passo a noite conversando com a Bonnie, damos risada de algumas coisas e eu conto meu plano para ela. Ela me apoia em tudo e diz que tá comigo, se eu precisar de alguém pra arrancar o aplique capilar da Abgail é só chamar ela. Após jantarmos, ela trás um colchão de solteiro para sala e depois volta para pegar outro.

Bonnie: Eu acho que o Charlie não tem culpa do que você viu hoje e eu acho que ele sabia que você estava na cafeteria ainda. Apenas fez aquela cena pra poder te dar espaço.

Marie: Eu também pensei nisso, aquela mulher estava com uma cara muito vitoriosa, era como se ela soubesse que eu tinha chegado lá e se sentou bem na hora.

Bonnie: Ela é tipo uma cobra, muito traiçoeira.

Marie: Uma cobra que vou adorar tirar as presas para tirar o próprio veneno dela.

Dou risada junto com Bonnie, Abgail não perde por esperar.

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