Capítulo 3

No dia seguinte com umas duas horas afastada da cidade, um grupo de jovens que faziam caminhada por aquelas bandas sente um mal cheiro vindo de um galpão abandonado, ao abrirem a porta do mesmo, eles imediatamente ligam para a polícia, em menos de uma hora chegam ao local, Charlie sai da viatura, Faresh está tomando o depoimento dos jovens e Grash está com os legistas avaliando o corpo.

Charlie: o que temos aqui?

Grash: Homem adulto, por volta dos seus cinquenta anos, múltiplas facadas pelo corpo, levou um tiro e teve o órgão genital cortado também.

Ela diz avaliando o corpo junto com os legistas, alguns detetives procuram em volta alguma pista.

Policial: Detetive Ankh, deveria ver isso aqui.

Ando até um barril que parece ser de ferro.

Policial: Soda cáustica, quem matou esse homem soube muito bem como se livrar das armas usadas pro crime e não dúvido nada que o órgão dele possa estar aqui também.

Meu estômago se embrulha, seja lá quem for está caçando homens nessa faixa de idade.

Charlie: O problema é que não podemos fazer muita coisa, só ver se encontramos digitais no portão do galpão, marcas de pneus que não sejam dos nossos. A pessoa que está por trás disso tem o mesmo padrão, arrancar o órgão genital de suas vítimas.

Saio do galpão onde o cheiro estava forte, é como se esses crimes aparecessem exatamente agora que voltei para a cidade.

Marie

Mais uma manhã agitada na cafeteria.

Bonnie: Parece que você não dormiu nada. Andou sonhando com o bonitão loiro?

Dou uma risada fraca, mas essa não é nem a verdade.

Marie: Milk está doente, levei ele correndo na veterinária. Ela me disse parar dar as medicações pra ele ficar forte, mas tenho medo dele não aguentar.

Bonnie fica triste, ela mais do que ninguém sabe como eu amo o Milk mais do que tudo nessa vida.

Bonnie: Oh amiga, ele vai ficar bem, você vai ver.

Marie: Estou rezando pra isso acontecer.

Vou até o banheiro e troco de roupa, logo a cafeteira enche de pessoas, estou conversando com alguns polícias, contando alguns micos que vivi na escola quando uma presença fria se junta a nós, seu semblante é frio.

Charlie: Bom dia.

Policiais: Bom dia chefe.

Eles ficam nervosos, parece que ele é uma figura forte na delegacia.

Charlie: Vocês não deveriam estar cuidando da investigação?

Eles se levantam e saem da cafeteria, ele se senta no banco a minha frente

Marie: Café forte e panquecas?

Ele se força a dar um sorriso como se eu tivesse acertado, aproximo o cinzeiro dele.

Charlie: Não vou fumar perto da senhorita.

Marie: Não se preocupe chefe, fique a vontade, já vou trazer seu café da manhã.

Falo na cozinha sobre as panquecas e eles começam a preparar, encho uma xícara com café fumegante e entrego para ele.

Marie: A manhã começou agitada?

Ele levanta seus olhos que estão profundos, é notável sua falta de uma boa noite de sono.

Charlie: Está tão nítido assim?

Me apoio no balcão e olho fixamente em seus olhos.

Marie: Bom, suas olheiras mostram que não dormiu nada e julgando pelo seu cabelo que ontem estava um pouco úmido e hoje mais seco, mostra que tomou banho literalmente antes do nascer do sol.

Ele me olha surpreso.

Charlie: Você é bem detalhista.

Marie: O que poderia esperar de uma mulher com 35 anos e que trabalha numa cafeteria onde os clientes principais são policiais?

Vou até o sino que avisa que as panquecas estão prontas, coloco a calda de caramelo e levo o prato para Charlie.

Marie: Aqui está seu pedido, bom apetite.

Um dos clientes me chama e saio de perto dele, quase toda manhã é assim, Faresh entra agitado na cafeteria e se senta ao lado do Charlie, como estou pegando um café acabo escutando um pouco da conversa.

Faresh: saiu o resultado do médico legista, a primeira vítima já estava morto quando o assassino fez tudo aquilo nele, então o sangue coagulou rápido evitando que tivesse muito sangue no local.

Charlie: Acho que esse assassino é melhor do que imaginávamos.

Bonnie aumenta o volume da televisão.

Bonnie: Marie, olha.

Quando olho para a televisão mostra a foto de uma pessoa que eu queria distância e que consegui, finalmente ele está morto.

Marie: Ei Faresh, quando descobrir quem matou ele, me avisa. Preciso agradecer.

Charlie fecha seu semblante e eu o olho com um sorriso fraco.

Charlie

Ouvir Marie dizendo aquilo me deixa um pouco curioso para saber a fundo sobre como ela conhece a nossa primeira vítima, termino meu café e me despeço saindo da cafeteria com Faresh, entro na delegacia indo até os arquivos que foram dados como fechados e encontro a ficha da primeira vítima.

Faresh: Sabia que conhecia ele de algum lugar.

Charlie: Como assim?

Faresh: Ele foi preso a três anos atrás por estrupar uma moça, mas depois de um tempo foi solto, não sei por que.

Faresh dá de ombros e vai para a sua mesa, eu me sento na minha e procuro o nome de quem fez a denuncia de estrupo, Marie Lawyer Adams, vejo a foto dela e me faz entender que por isso ela quer agradecer a quem matou seu estrupador, ela deve ter sentido alívio ao saber que poderia estar segura longe desse homem, porém temos um assassino a solta e ela não está totalmente segura, na verdade ninguém essa cidade está seguro com ele por aí.

Termino mais um dia de trabalho e saio da delegacia, vejo Marie saindo da cafeteria e a sigo, ela do nada para.

Marie: Me seguindo por que detetive?

Fico sério e me aproximo.

Charlie: como sabia que era eu?

Ela me olha e sorri gentilmente, ah esse sorriso.

Marie: Perfume amadeirado e cheiro de charuto cubano, impossível não reconhecer o cheiro e também, só tem nós dois nessa rua.

Charlie: Então se eu quiser lhe seguir terei que mudar meu cheiro.

Ela dá risada e automaticamente me faz sorrir, nenhuma outra mulher me fez sorrir como ela está conseguindo fazer e isso me assusta um pouco.

Marie: Talvez sim

Ela volta a caminhar e eu ando ao seu lado.

Charlie: Você mora muito longe daqui?

Marie: Não, na próxima esquina já é a minha rua. Então você gostou da minha calda de caramelo?

Charlie: Sua?

Balançando sua cabeça em concordância.

Marie: eu que faço aquela calda, Bonnie que é a outra atendente faz a de chocolate e a de bordo é encomendada do Canadá.

Não consigo esconder minha surpresa, realmente a calda de caramelo que ela faz combina muito com as panquecas, ela para na frente de um prédio de seis andares e me olha.

Marie: Chegamos.

Charlie: Foi rápido.

Marie: sim foi.

Agora de frente para ela vejo o quanto ela é pequena perto de mim, seu nariz bate no ponto certo no meio do meu peito, algo dentro de mim implora para proteger ela de todo tipo de perigo. Involuntariamente minha mão direita vai até sua bochecha limpando a farinha que havia ali com o polegar e automaticamente lhe fazendo um carinho, ela me olha de um jeito doce, seus olhos verdes brilham ainda mais com a luz da lua refletindo neles, volta a minha realidade ao ouvir um miado de gato e tiro minha mão.

Charlie: Ah claro.. peço desculpas, havia farinha em sua bochecha.

Ela fica envergonhada.

Marie: Claro, muito obrigada por limpar e muito obrigada por me acompanhar até aqui.

Charlie: Sem problema.

Ela acena dando um tchau indo até a entrada do prédio, mas para se virando olhando para mim.

Marie: sabe Detetive, seria mais atraente se arrumasse a sua barba, assim faz você parecer um idoso e não um homem de quarenta anos.

Charlie: Como sabe minha idade?

Ela sorri e abre a porta do prédio.

Marie: Todos na cafeteria te conhece, tenha uma boa noite.

Lá se vai ela, entrando no prédio, me viro para ir embora de volta para a delegacia onde está meu carro, por andar rápido não demora muito e chego lá.

Charlie: essa mulher é incrível.

Digo para mim mesmo dentro do meu carro e ligo o mesmo indo para o meu apartamento, a viagem é quase tranquila se não fosse pela cidade que não dorme chamada Nova York.

Autora aqui hehe, vou mostrar a foto dos dois para vocês.

Marie

Charlie.

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Comments

Sueli Silva

Sueli Silva

lindos ❤️❤️

2024-03-31

0

Nininha Paiva

Nininha Paiva

⚘🌺❤❤lindos.

2024-03-23

0

Claudete Rodrigues

Claudete Rodrigues

os dois são lindos

2024-03-19

0

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