Capítulo 7

Charlie

Eu não esperava por essa reação dela, mas eu sei que não vou quebrar esse coração que está cicatrizando, eu sei que está. Tomo um banho ao chegar em casa e separo minha roupa para amanhã, vou tirar a poeira da minha Harley e fico olhando para o capacete que era da minha esposa.

Charlie: Eu quero ser curado... não quero que você me entenda mal, eu sei que você quer me ver feliz.

Após limpar bem ela, volto para dentro de casa e me jogo em minha cama, respiro fundo e um sentimento bom preenche meu coração, sei que ela está olhando por mim lá de cima. Durmo rápido preenchido pelo cansaço.

Sonho...

Muitos policiais parados em frente a cafeteria, entro e vejo um cena que me deixa horrorizado, todos estavam mortos, procuro por Marie e a encontro na cozinha com sangue em sua roupa, seus olhos estão fechados, tento chegar perto, mas algo me impede de chegar até lá. Olho para os meus pés e várias mãos me segurando, logo em seguida me derrubam me tirando do local. Uma figura escura aparece e aponta uma arma pro meu rosto, logo tudo fica escuro.

Acordo assustado, olho em volta.

Charlie: Ainda estou no meu quarto

Respiro fundo e solto o ar, o alarme toca mostrando que já é de manhã, levanto seguindo para o banheiro, sinto um frio em minha barriga, fazia anos que eu não sabia o que era essa sensação, após o banho coloco minha melhor roupa para pilotar uma moto, vejo que está um pouco frio ainda então coloco uma jaqueta, vou até a garagem já todo pronto, pego os capacetes e após colocar o meu subo na moto ligando o motor sentindo boas vibrações por todo o meu corpo, saio da garagem e vou até a casa de Marie, tendo trânsito dos carros consigo até chegar rápido por estar de moto. Assim que chego pego o celular mandando uma mensagem avisando que cheguei, ela me responde rápido dizendo que já está saindo.

Tiro meu capacete arrumando o cabelo e arrumo meus óculos escuros, um barulho me faz olhar para a porta, acho que minha boca se abriu, ela estava perfeita com sua calça jeans preta, com seu coturno de cano baixo e sua jaqueta de couro preta. Ela está com os cabelos soltos, com um batom vermelho bem desenhado em seus lábios perfeitos que enfraquece até os pensamentos e esse sorriso.

Marie: Fecha a boca detetive, senão a mosca entra.

Eu realmente estava de boca aberta se transformando logo em um sorriso, entrego o capacete para ela.

Charlie: Espero que goste de motos.

Marie: Impossível não gostar de uma moto tão perfeita como essa.

Ela coloca o capacete e sobe na moto, coloco o meu e sinto ela com medo de se segurar em mim, pego suas mãos e a faço se segurar com mais força em mim.

Charlie: Não precisa ter medo

Sinto que ela sorriu, ligo a moto e dou partida, pego a estrada saindo da cidade grande indo para o campo, a viagem está sendo maravilhosa, algumas nuvens cinzas se formam, mas não vem nenhuma chuva. Conheço um restaurante com tema dos anos 80 muito bom para tomarmos café da manhã, estaciono minha moto quando chegamos e ela desce tirando o capacete, desço da moto e seguro sua mão para entrarmos no restaurante, sentamos na primeira mesa na janela.

Charlie: O que vai querer?

Ela me olha de forma diferente, tiro meus óculos escuros e olho fundo nos seus olhos, ela sorri e olha o cardápio.

Marie: Hum, vou querer um croissant de queijo e um chocolate quente.

Chamo o garçom e ele anota nossos pedidos.

Marie: por que você me chamou para um encontro?

Sorrio para ela.

Charlie: Bem digamos que aquela sua resposta no primeiro dia que nos vimos mexeu com algo em mim.

Marie: Ah então você gosta de respostas mal criadas?

Charlie: Digamos que eu sei responder muito bem esse tipo de resposta.

Ela fica corada e nossos pedidos chegam a mesa, começamos a comer em silêncio, mas logo começo um assunto.

Charlie: seus pais estão bem?

Ela me olha e solta o garfo limpando a boca em seguida.

Marie: Nunca conheci meu pai e minha mãe faleceu quando eu tinha 27 anos.

Por um momento sinto um nojo de mim mesmo por ter perguntado isso para ela.

Charlie: Desculpa, eu... não imaginei

Marie: Tudo bem, o câncer nunca foi amigo de alguém.

Ela volta a comer e eu decido ficar em silêncio, após comermos pago a conta e saímos do restaurante indo para a moto, subimos e dou partida indo em direção a um lugar que eu acredito que ela vai gostar, chegamos lá rápido e paro a moto.

Marie: que lugar é esse?

Charlie: Um lugar para recomeçar digamos assim.

Descemos da moto, eu seguro os dois capacetes numa mão e a outra eu seguro a mão dela, como é uma pequena escalada até a árvore ajudo ela, quando chegamos ela se encanta com o sol iluminando aquele campo de girassóis que ainda estão um pouco molhados por conta do orvalho.

Marie: Aqui é lindo.

Charlie: Sim, eu sempre vinha pra cá quando estava precisando pensar ou esvaziar minha mente.

Pego sua mão levando até os meus lábios.

Charlie: e fico feliz de poder apresentar isso a você.

Ela respira fundo soltando o ar, ela sorri e fica olhando tudo. Voltamos para a moto para seguir viagem, quero levá-la para a fazenda que foi uma herança deixada pelos meus pais, começo a sentir uns pingos de chuva em meu rosto, como estamos numa estrada que logo aparecerá terra decido parar em um celeiro que parece abandonado.

Marie: Por que paramos?

Charlie: a chuva começou a aumentar, vamos esperar aqui por enquanto até conseguirmos seguir viagem.

A chuva continua se intensificando, não sei que horas pode parar essa chuva, mas como hoje estamos sem hora para voltar já se torna um alívio só de estar com ela ali.

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Comments

Elza Lima Cavalcante

Elza Lima Cavalcante

e quando ele descobrir que é ela se vingando dos caras, estrupador e violento com as mulheres. a história está muito linda, vou aguardar com ansiedade o desenrolar da história

2024-04-04

1

Rosimary Da Silva

Rosimary Da Silva

Adorando

2024-03-18

0

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