Marie
Segunda feira, era a manhã do meu julgamento, julgamento esse que eu já sabia o resultado. Dan aparece na porta da cela.
Dan: Queria que seu destino fosse outro...
Marie: Eu também...
Olho para o pedaço de espelho quebrado que tem na cela, prendo meu cabelo de qualquer jeito, não interessa muito me arrumar. Dan me leva até a porta por onde entrei, um micro-ônibus da polícia já está lá me esperando, Dan entra juntamente comigo e o policial dá partida indo até o supremo tribunal. Chegando lá Bonnie já está na porta com os olhos expulsando suas lágrimas.
Bonnie: Mah olha só pra você, vai dar tudo certo você vai ver.
Sorrio fraco, mesmo sabendo qual vai ser meu destino, tento mostrar que está tudo bem.
Dan: Vamos Adams.
Não consigo falar com Bonnie e sou arrastada para uma outra porta, já dentro do prédio fico esperando numa sala do lado de fora está Dan e outro policial, respiro fundo.
Marie: Cuida bem do Milk pra mim Boo...
Sussurro para mim mesma, Dan abre a porta.
Dan: Está na hora, vamos.
Caminho com as mãos ainda algemadas, já me acostumei com o estilo de presidiária, a sala parece vazia, me sento em uma cadeira, Dan fica na porta junto com outro policial. Uma figura mais velha entra com sua bata preta e colarinho branco, sei que preciso ficar de pé e meu corpo automaticamente reage antes mesmo de alguém falar.
Juíz: Podem se sentar.
Podem? Olho para trás e lá estava meu antigo chefe, Bonnie e Faresh, os três sorriem fraco para mim e fazem sinal de força.
Juíz: Senhorita Adams?
Olho para o juíz.
Juíz: Onde está seu advogado?
Marie: Meritíssimo , eu ...
A porta grande se abre e alguém fala.
Enzo: Estou aqui Meritíssimo, tive um problema com os documentos da Senhorita e se me permite gostaria de apresentar umas provas sobre o caso.
Vejo o homem que apareceu na penitenciária, todo social, sério e me vem a vaga lembrança de Charlie. Seu semblante sério e seu auto aroma masculino.
Juíz: Se aproxime Advogado Hostie.
Ele caminha até o Juíz apresentando uns papéis e apresenta ao júri que até a pouco tempo eu não havia notado.
Enzo: Como pode ver meritíssimo e supremo júri, no primeiro caso sobre o assassinato de seu estrupador, a senhorita Adams apenas se defendeu, o culpado já estava morto em seu apartamento devido a um infarto fuminante, a minha cliente apenas cortou seu órgão genital fora. E sobre a outra vítima, minha cliente estava em lugar e hora errados.
Ele está apresentando provas de que sou inocente mesmo eu sabendo que não sou, fico em choque e admito que esse homem me impressionou.
Juíz: Como conseguiu essas provas senhor Hostie?
Enzo: Juntamente com a polícia Meritíssimo.
Polícia? então? olho para trás e conheço bem aquele homem com óculos de aviador, seu maxilar definido que me deixa sem ar só de tocar está ali, olho para Faresh que confirma meu pensamento, Charlie ajudou a livrar meu pescoço literalmente.
Juíz: Bom de frente para essas provas, não tem o porquê da senhorita Adams continuar presa.
O juíz fica de pé e ficamos de pé juntamente para ouvir o que ele tem a dizer.
Juíz: Senhorita Marie Lawyer Adams, está livre de todas as acusações sobre a sua vida e livre da sentença de morte que haviam decretado antes.
Ele bate o martelo e eu esqueço de respirar, não sei o que aconteceu, mas agora a única coisa que ressoa em minha mente é livre da sentença de morte.
Enzo: Você está livre agora.
Olho para Enzo e começo a chorar involuntariamente, Bonnie vem até mim e me abraça.
Bonnie: Eu sabia que tudo ia dar certo.
Levanto minha cabeça do seu ombro e olho em volta procurando o homem que tanto amo, mas não encontro ele. Dan vem até nós.
Dan: Sabemos que está livre, porém precisamos voltar para a penitenciária e pegar seus pertences.
Marie: Tudo bem, nos falamos depois Boo.
Bonnie: Vai lá.
Caminho com Dan para a saída e voltamos para a penitenciária, chegando lá Marta estava no quarto fumando seu cigarro estranho.
Marta: Mulher você não ia ser morta?
Sorrio para a pergunta dela
Marie: Fui inocentada.
Ela pula da cama e me abraça.
Marta: Eu sabia que você ia sair dessa garota, quando estiver lá fora, não esquece de mim.
Abraço ela mais forte
Marie: pode deixar e se for o caso peço ao meu advogado pra cuidar do seu caso.
Ela sorri pra mim e Dan me avisa que já vieram me buscar, me despeço de Marta e vou até onde está minhas roupas.
Dan: Estão do mesmo jeito quando você chegou.
Marie: Obrigada por tudo Dan.
Vou até o banheiro que tem ali e me visto, meus documentos, celular e chaves são entregues para mim em uma saco lacrado cinza.
Dan: Não apronte de novo Marie.
Marie: Pode deixar Dan.
Ela me acompanha até o portão que não conseguimos ver nada, passando pelo grande portão cinza dou adeus aquele lugar, vejo um Jeep Commander prata com vidros fumê e blindados, encostado no carro está o homem de óculos de aviador que me deixa com milhares de borboletas no estômago.
Charlie: Vai ficar aí parada?
Sorrio sem jeito e caminho até ele.
Marie: Você que veio me buscar?
Charlie: Não ia te deixar voltar pra casa de táxi, até por que são quase duas horas de viagem.
Ele abre a porta do carro pra mim e eu entro, quando penso em falar ele já fechou a porta e deu a volta indo para o banco do motorista. Decido colocar o cinto de segurança, ele dá partida no carro.
Charlie: Quer comer alguma coisa?
Penso em algo e decido.
Marie: Sorvete.
Charlie: Sorvete é sobremesa.
Sorrio e continuo olhando para a estrada.
Marie: Por isso mesmo.
Vejo de canto de olho que ele balança sua cabeça, na estrada encontramos como se fosse um bar, mas é um restaurante com essa pegada. Assim que ele estaciona saímos do carro e entramos no estacionamento, uma garçonete peituda vem nos atender.
Garçonete: Oi gato, vai querer o que?
Marie: que você pare de dar em cima dele.
Garçonete: Ih se controla aí que tô falando com seu irmão
Dou risada e me levanto.
Marie: Sou a namorada dele e se eu fosse você não ficaria dando em cima dele porque eu sei muito bem como usar uma faca quente.
Ela me olha em choque pela ameaça.
Marie: Eu vou querer sorvete e provavelmente ele vai querer panquecas com calda de caramelo.
Charlie concorda com a cabeça e a garçonete se retira nos deixando sozinhos.
Charlie: De chefe fui para namorado?
Olho para ele que sorri de forma atrevida me deixando envergonhada.
Marie: Não gosto da garçonete que dá em cima do cliente e eu quero tomar sorvete logo...
Ele dá uma risada e coça a nuca.
Charlie: Marie, eu tenho uma proposta para te fazer.
Marie: Pode falar.
Ele me entrega um envelope amarelo, abro o mesmo e pegando uma ficha de inscrição.
Marie: O que é isso?
Charlie: quero que faça parte da minha equipe de detetives da polícia, vai ter uma prova. Você tem boa resistência física e tem noções de leis.
Marie: Mas você...
Charlie: Já te inscrevi para participar da prova, vou te ajudar a estudar.
Fico desnorteada e meu sorvete chega, juntamente com as panquecas dele.
Marie: Mas como você vai me ajudar?
Charlie: Quero que você more comigo, meu apartamento tem espaço suficiente para nós dois e sua casa foi confiscada pela polícia, ao estar trancada eles arrombaram a porta.
Marie: Tem como eu negar?
Ele balança a cabeça negando minha pergunta.
Charlie: Quero que recomece sua vida de uma forma boa e não sendo julgada pelos vizinhos que a viram sendo presa.
Ele tem razão, meus vizinhos podem não ficar muito em casa, mas no dia em que fui presa eles estavam.
Marie: Tudo bem, eu topo.
Começo a tomar meu sorvete.
Charlie: Saindo daqui vamos passar lá e fazer suas malas, depois passamos na sua amiga para pegar seu animal de estimação.
Marie: Ok chefe, agora eu posso te chamar assim.
Ele sorri e começa a comer suas panquecas, fazemos nossas refeições em silêncio, após comermos ele paga a conta e voltamos para o carro, nosso trajeto é em silêncio até chegar na minha casa, o lugar onde eu vivi, que agora vou me despedir e viver em outro lugar.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Rosilda Nunes
também acho que ela tá grávida
2024-11-25
1
Maria DA Gloria
consertesa Marie tá grávida
2024-01-22
3
Carla Gemima Gama
gostei da história pequena mas completa PARABÉNS
2024-01-12
6