Capítulo 16

Charlie

Após aproveitar uma noite maravilhosa ao lado da mulher que eu amo, estou eu na delegacia já pronto pra trabalhar, me sinto mais leve. Estou fazendo o levantamento dos casos que tivemos.

Faresh: Chefe, temos um pequeno problema.

Continuo mexendo no computador.

Charlie: E qual seria?

Faresh: Temos outra detetive chefe

Levanto meu rosto já sério para ele.

Charlie: Como assim? é possível ter dois?

Faresh: Ela foi transferida de Orlando pra cá pelo ministério público

Charlie: E quem seria?

Logo a porta do Hust se abre e nós dois viramos para olhar, Abgail minha ex cunhada está aqui.

Abgail: Oi Charlie, há quanto tempo não é?

Charlie: Abgail... quanto tempo. Como está sua família?

Abgail: Se adaptando ao ritmo louco de Nova York. Espero que possamos nos dar bem pelo menos no trabalho.

Concordo com a cabeça.

Charlie: Nunca tive problemas com você e eu espero também que possamos nos dar bem.

Hust e Faresh sentem o clima pesado.

Faresh: Ham chefe, quer dizer chefe Charlie, vou na cafeteria.

Pego minha jaqueta.

Charlie: Vou junto com você.

Nós dois saímos da delegacia e caminhamos até a cafeteria, quando entramos lá estava ela a mulher que mexe com todos os meus sentidos, ela parece notar minha presença e sorri quando me vê, vou até o balcão.

Marie: O que deseja chefe?

Charlie: Preciso responder?

Ela se aproxima de mim.

Marie: Precisa, até por que eu tenho clientes para atender.

Mulher: Acho que ele vai pedir panquecas com xarope de bordo

Olho para trás e lá estava Abgail, notável que ela nos seguiu só para saber da minha vida, sempre foi assim desde quando eu namorava com a irmã dela

Marie: Ah claro e a senhora vai querer alguma coisa?

Abgail: Me chamo Abgail, sou a nova detetive chefe e ex cunhada desse cabeção aqui, eu gostaria de um chocolate quente bem caprichado no chantilly.

Marie: Claro, já trago os pedidos.

Marie sai indo em direção a cozinha e eu puxo Abgail para uma mesa vazia no canto

Charlie: Fala a verdade Abgail, o que você quer? por que me seguiu até aqui?

Abgail: Eu queria apenas conhecer a cafeteria que tanto falaram na delegacia e o lugarzinho é bem anos 80 né, ainda bem que as garçonetes são comportada. Aquela que nos atendeu parecia estar dando em cima de você...

Charlie: Ela é

Marie: Apenas uma amiga, aqui estão os pedidos, bom apetite.

Marie sai andando e Abgail logo ataca

Abgail: Nossa, ela gosta de bisbilhotar, sua amiga deveria se comportar e não se meter na conversa dos outros.

Vejo ela tomando seu chocolate quente com olhar debochado

Charlie: Olha aqui Abgail, você pode trabalhar comigo, mas não é pra se intrometer na minha vida como fazia quando sua irmã era viva.

Ela me olha um pouco surpresa.

Charlie: Achou que eu deixaria embaixo do tapete essa história? Eu lembro muito bem você falando pra sua irmã que eu estava traindo ela e pior, falando pra ela se separar de mim.

Me levanto pegando meu prato.

Charlie: Ela não está mais aqui, esse é meu último aviso, fique longe de mim ou seu marido vai saber das mercadorias que você anda aprontando por aí.

Saio andando em direção ao balcão sem esperar uma resposta dela, me sento em uma das cadeiras e vejo o rosto tenso da Marie, ela com certeza não gostou da Abgail. Não julgo ela, eu também não gosto, como um pouco das panquecas e fico olhando para Marie, ela trata todos com um sorriso no rosto mesmo estando tensa, quando ela para de atender ela se encosta perto da porta da cozinha pegando um livro no balcão do lado e eu consigo ver de longe que é um dos livros que eu deixei com ela para o estudo da prova da polícia, quando alguém precisa dela, ela coloca o marca página e atende gentilmente, sorrio de lado e termino minhas panquecas.

Bonnie: Algo mais detetive?

Charlie: Não Bonnie, obrigado.

Dou o dinheiro para Bonnie pagando minhas panquecas e me retiro do local voltando para a delegacia, Abgail não voltou a me importunar mais pelo resto do dia. Quando estou arrumando a pasta com os documentos que era preciso recebemos uma chamada, mando uma mensagem para Marie avisando que chegarei tarde e guardo meu celular, vamos até a cena do crime. Quando chegamos lá não consigo nem olhar, por conta da situação em que o corpo dela se encontra.

Grash: Uma jovem de dezenove anos, morta possivelmente pelo ex namorado. Os vizinhos ouviram uma briga e do nada um silêncio se instalou na rua.

Procuro em volta por câmeras de segurança e finalmente encontro uma.

Charlie: Quero uma cópia das gravações dessa câmera, ela está funcionando e com certeza registrou o momento do assassinato, quero retratos falados pra ontem.

Faresh e Grash: Sim senhor.

Eles saem e peço ao legista cobrir o corpo.

Mulher: NÃO!! MINHA FILHA!! NÃOOOO.

Charlie: Senhora sinto muito, sou o detetive Ankh, preciso de mais informações sobre o ex namorado de sua filha, ele é o nosso principal suspeito.

Mulher: O nome dele é John, ele mora perto do central park, por favor. Pegue quem fez isso com ela.

Charlie: Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance.

Olho em volta e vejo alguns repórteres.

Charlie: Grash por favor, retire esses urubus daqui.

Repórter 1: Detetive é verdade que temos ainda um assassino a solta?

Repórter 2: Ele era próximo da vítima?

Charlie: Eu não vou responder a nenhuma pergunta de vocês, em vez de procurar tragédia, procurem ser solidários com os familiares.

Saio andando deixando um monte de perguntas para trás e entro na viatura, Faresh dirige de volta para a delegacia.

Faresh: Falou com a Marie chefe?

Volto a olhar para frente.

Charlie: avisei que chegaria tarde hoje.

Faresh: Talvez nem chegue hoje chefe, o capitão Hust mandou um rádio, o corpo de um jovem foi encontrado nos trilhos do trem, parece que ele mesmo se matou.

Charlie: é parece que vou enviar outra mensagem pra ela .

E realmente faço isso, seguimos para os trilhos do trem, já tem outras viaturas lá e de acordo com o retrato falado, esse é o ex namorado que matou a moça, algumas horas atrás.

Charlie: Faresh.

Faresh: Senhor?

Charlie: Avise a família da garota que achamos o assassino dela e avise a família dele que o encontramos.

Faresh: Sim senhor.

Não sei o que se passa com essa juventude de hoje em dia, mas tudo pode resultar em uma morte, finalmente estou no meu carro indo pra casa, são exatamente quatro horas da madrugada, só pude sair da delegacia após guardar todas as fichas no arquivo, chego em casa e encontro Milk deitado em sua caminha, ele vem até mim depositando sua andada de boas vindas pelas minhas pernas.

Charlie: Nossa dona está dormindo?

Ele parece entender e me lança seu miado, caminho até o quarto que ela havia feito dela, mas não a encontro, então vou até o meu e a vejo deitada com seu pijama de seda preto e vários livros, cadernos e anotações sobre a cama, ao lado uma xícara que provavelmente havia café, balanço minha cabeça sorrindo e começo a limpar a bagunça tentando não acordar ela, após arrumar tudo vou ao banheiro tomar um banho, saio do banho, visto apenas uma cueca e me deito devagar ao lado livre na cama, como ela está de lado abraço a mesma ficando de conchinha e nos cobrindo.

Marie: Chegou?

Charlie: Cheguei bem, volte a dormir, está bem tarde.

Digo bem baixinho perto do seu ouvido

Marie: uhum, boa noite.

Ela diz de forma bem sonolenta, com isso sinto uma paz enorme e logo durmo ali abraçado ao meu mundo.

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Comments

ELENILDA FERREIRA

ELENILDA FERREIRA

A ex cunhada é chave de cadeia, mesmo sendo policial 👮‍♀️, pelo jeito mal caráter.

2025-02-13

1

mandinha

mandinha

certeza que essa ex cunhada gosta dele 😒

2024-12-16

0

Maria Cristina Mello Francisco

Maria Cristina Mello Francisco

Muito boa a história vamos ver o que a ex cunhada vai aprontar com eles

2024-10-05

0

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