Capítulo 15

Alessa me olhou por alguns segundos e depois me abraçou, apoiando a cabeça no meu peito e ficou assim, aconchegada nos meus braços.

- O que foi, princesa? - perguntei, afagando seus cabelos.

- Nada. - ela suspirou, antes de se afastar e segurar minhas mãos, olhando pra mim. - Eu sei que você quer ficar mais tempo comigo, e acredite, eu também desejo estar com você...- ela torceu a boca, antes de respirar fundo e continuar. - Mas não acho certo dormirmos juntos hoje. Eu quero te conhecer, viver esse sentimento intenso que está mexendo comigo. Quero que a gente aproveite ao máximo cada segundo, quero muito poder ficar nos seus braços, sentir seus carinhos e te dar muitos e muitos beijos. - ela sorri. - Mas vamos com calma, Noah. Por favor, não fica chateado comigo, eu só não quero apressar nada entre a gente . Nós nos conhecemos hoje,então, vamos com calma. O que tiver que acontecer vai acontecer naturalmente, e eu não vou ficar me prendendo ou me privando de sentir e experimentar tudo o que eu tiver vontade com você...mas tudo no seu devido tempo. Pode ser?

Eu fico parado, ouvindo ela falar, e cada vez me surpreende mais a maturidade com que ela lida com as coisas.

- Claro que sim, meu amor. Não estou chateado, nem tenho motivos pra isso. Como eu disse, eu queria que nossa noite não terminasse agora, mas...

- eu também nao, mas como eu disse, tudo vai acontecer no tempo certo, sem pressa. Agora...- ela se aproxima mais de mim. - Será que eu posso dar mais um beijo no meu chefe? - ela sorri e passa os braços ao redor do meu pescoço, ficando na ponta dos pés.

- Chefe? Achei que eu fosse seu namorado. - falo, passando meus braços ao redor da cintura dela.

- Engraçado você pensar isso, porque eu não ouvi você me pedir em namoro, Sr. Harrison. Então...- ela dá de ombros.

- Não seja por isso...- me ajoelho na frente dela, segurando sua mão. - Eu preparei uma surpresa pra nós e iria fazer o pedido no meu apartamento. - ela me olha,surpresa. - Mas como a minha namorada me esnobou.- faço biquinho e ela sorri. - Agora tenho que pedir aqui mesmo, então...- tiro a caixinha com o anel do bolso e vejo ela cobrir a boca com as mãos, e os olhinhos se encherem de lágrimas. - Alessa Collins, minha princesa, minha menina, você aceita namorar comigo?

Vejo ela sorrir e chorar ao mesmo tempo.

- Espero que essas lágrimas sejam de felicidade, meu amor.

- Sim! - ela diz, me puxando e assim que eu levanto ela pula nos meus braços e eu a beijo com carinho, paixão, intensidade.

Eu giro ela no ar, sorrindo e gritando que eu sou o homem mais feliz do mundo.

- Espera! - ponho ela no chão. - Você disse sim pro meu pedido, ou sim porque eu perguntei se eram lágrimas de felicidade. - franzi a sobrancelha.

- Sim para as duas coisas, seu bobo!

- Ufa! - falo, aliviado. - Posso? - pergunto e ela acena que sim, então, coloco o anel de compromisso no dedo dela e faço questão que ela faça o mesmo comigo, porque agora eu sou um homem comprometido e quero que todos vejam, no meu dedo, o símbolo do nosso amor.

- São lindas Noah! - ela diz, admirando a aliança em seu dedo.

- Elas se completam, assim como eu e você! A partir de hoje, nossos corações só estarão completos quando estivermos juntos.- faço um carinho na mão dela. - Mandei gravar nossos nomes e a data de hoje. E um dia, pretendo trocar essa aliança por um anel de noivado, e logo, por um definitivo, o do nosso casamento.

- Ei, calma Sr. Harrison, tudo a seu tempo, lembra?! - ela fala, me fazendo rir.- E agora, posso beijar o meu namorado?

- Pode não...deve!

Puxo ela pra mim, segurando seu pescoço, perto da nuca enquanto minha outra mão apoia em suas costas. Nós nos deixamos levar por aquele momento, por aquele beijo e a sensação de estar com a minha namorada nos meus braços era incrível demais!

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Paro o carro em frente a casa dela. É uma casa bonita, tem dois andares, um pequeno jardim muito bem cuidado e parece bem aconchegante.

- Bom, chegamos minha princesa! - dou um longo suspiro, baixando a cabeça.

- Noah..- ela tira o cinto de segurança e passa as mãos no meu rosto, me fazendo olhar pra ela. - Não fica assim, meu príncipe. Nossa noite foi tão linda, tão especial. E nós vamos ter muitas noites assim, porque agora eu tenho um namorado pra chamar de meu. - ela sorri, divertida.- E prepare-se, porque pretendo fazer muitos programas de casal com você! Tipo...- ela põe o dedo no queixo e pensa por uns segundos. - Ir ao cinema, parque de diversões, jantar romântico, acampar, correr junto...

- Você gosta de correr? - pergunto animado, porque eu corro quase todos os dias.

- Sim. Foi uma das atividades que eu fazia quando precisei perder peso, na adolescência.

-Você precisou perder peso? Sério?!

- Sim, acredite, eu era uma adolescente 10 kilos acima do peso e sofri bulling por muito tempo. As pessoas não aceitam muito bem uma menina que passou a vida numa fazenda e vem morar na cidade grande, acima do peso, usando roupas diferentes e sendo tímida e retraída. Mas eu não quero falar disso. -ela desconversa.- O foco aqui é a corrida e sim, eu corro ou pedalo, todos os dias, ou quase.- ela sorri.

- Então, podemos correr juntos amanhã, o que você acha?

- Eu acho ótimo. Mas sua casa fica perto daqui? Porque eu corro por aqui mesmo.

- Fica um pouquinho longe.- na verdade fica a uns bons 30 minutos, de carro, mas ela não precisa saber disso ainda. - Mas eu venho de carro, nós saímos daqui juntos, e na volta eu aproveito e tomo café com meus sogros, o que você acha, meu amor?

Ela sorri e se aproxima, me pegando de surpresa e sentando no meu colo...que audaciosa..

- Eu acho ótimo! Mas agora eu quero aproveitar que estamos aqui, sozinhos e protegidos por esses vidros escuros, e beijar o meu namorado, antes que meu pai apareça e você tenha que conhecê-lo com um taco de basebol apontado pra você.

- Nossa, isso é pra me deixar com medo, Sta.Collis?

- Não! É só um incentivo pra você me beijar com vontade e aproveitar o momento mesmo. - ela dá de ombros e eu aperto aquela cintura fina, fazendo ela arfar e sorrir, mordendo o lábio. - Acho que posso me acostumar com essa pegada,Sr. Harrison. - ela fala baixinho.

- E eu posso me acostumar em te pegar, minha gatinha.

Puxo ela mais pra mim, segurando seus cabelos e puxando de leve, fazendo ela jogar a cabeça pra trás e deixar o pescoço exposto. Eu aproveito e desço uma trilha de beijos por seu queixo, pescoço e ombro, terminando mordendo o lóbulo da sua orelha, ouvindo ela soltar um gemido tímido, mas que me faz imaginar ela nua, na minha cama, gemendo enquanto eu me delicio beijando todo o seu corpo e, puta merda!

Ouço ela sorrir baixinho, enquanto me olha meio sem jeito.

- Noah...- ela chama a minha atenção. - Acho melhor eu sair do seu colo...

Olho pra ela e entendo exatamente o porquê. Ela está vermelha, já que, na posição em que está, sentiu meu amigão todo animado.

- Não vai sair daqui de jeito nenhum! - falo, apertando ela contra o meu corpo, fazendo ela sentir meu estado. - Eu ainda não estou saciado dessa boca...desse seu beijo...do seu cheiro... -vou falando e beijando ela, o pescoço, o ombro, e mordendo o queixo, até devorar aquela boca tão deliciosa e suculenta.

Que jeito delicioso de ser torturado...

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