Sou Toda Sua

Sou Toda Sua

Prólogo

Dylan O'Connell

Droga! Está chovendo muito, a pista está escorregadia e o pior de tudo é que eu não consigo ver nada pelo caminho.

Maldita hora foi aquela que eu decidi pegar a estrada à noite e ainda por cima num tempo como esse, eu deveria ter ficado essa noite no hotel e ido embora amanhã de manhã. Mas fui ser cabeça dura e ter teimado de sair de Olympia dirigindo, já que só ficava há um pouco mais de uma hora e meia de Seattle e pra piora tudo, dispensei meu motorista para que ele pudesse ir ficar com sua filha que estava doente, pois teria sido muito egoísta da minha parte, se eu não o permitisse que ele fosse ficar com sua filha quando ela mais estava precisando do pai.

Continuo dirigindo devagar de volta a Seattle, tentando me concentrar no caminho à minha frente, está muito escuro lá fora e com essa maldita chuva, fica muito difícil conseguir enxergar, tenho que ser cauteloso porque o que menos eu quero é sofrer um acidente.

De repente, vejo algo atravessar na frente do meu carro, tento freiar mas devido a pista escorregadia por causa da chuva, eu acabo atropelando o que quer que fosse.

Merda, acho que atropelei algum animal. Meu Deus, e se não for um animal? Mas quem estaria andando de baixo da chuva e ainda por cima a uma hora dessas?

Temeroso, desço do meu carro com o meu celular na mão para poder iluminar um pouco o caminho.

Merda, mal sai do carro e eu já estou encharcado. Está chovendo muito.

Com a lanterna do meu celular, ilumino bem na minha frente e o que vejo me deixa horrorizado.

MERDA, MERDA, MERDA! Atropelei uma mulher! Será que eu a matei? Que droga!

Me aproximo imediatamente do corpo estirado no chão e com a lanterna do meu celular começo a iluminar o rosto da mulher. Coloco os meus dedos em seu pescoço procurando por algum sinal vital. Sim, ela tem pulso mas está um pouco fraco. Seria muito fácil deixá-la aqui mas não posso fazer isso, minha consciência nunca mais me deixaria em paz se eu fizesse algo assim.

Pego a mulher em meus braços e acabo sentindo algo como se fosse uma corrente elétrica percorrendo todo o meu corpo só de tocá-la, mas resolvo deixar essa sensação estranha de lado e cuidadosamente coloco a mulher deitada no banco de trás do meu carro.

Com essa escuridão não consigo ver bem, então volto a iluminar a mulher com a lanterna do meu celular.

Wow, ela é bonita.

Estico um pouco a minha mão e acaricio delicadamenfe o seu rosto. Sua pele é tão suave. Ela realmente é muito, mas muito bonita mesmo.

Balanço minha cabeça para voltar a realidade. Fecho a porta do carro, sento no banco do motorista, no GPS coloco o endereço do hospital e arranco com o motor saindo daquela pista escura.

Em questão de minutos chego no Providence St. Peter Hospital, que é um grande hospital de Olympia. Saio rapidamente do meu carro, pego a jovem em meus braços e entro rapidamente com ela para dentro do hospital.

- "Alguém me ajude, por favor!" - grito por ajuda.

- "O que aconteceu, senhor?" - uma enfermeira pergunta se aproximando de mim.

- "Ela acabou atravessando na frente do meu carro e sem querer eu a atropelei. Ela não está muito bem." - digo um pouco afobado.

- "Por favor, me acompanhe..."

Levo a bela senhorita em meus braços e a deixo deitada em uma maca.

- "Senhor, por favor saia daqui, você não pode ficar." - a enfermeira me pede.

- "Não. Eu preciso saber se ela está bem."

- "Irei chamar um médico. Como a jovem se chama?"

Merda! A garota não trouxe nada que pudesse ajudar a identificá-la.

- "Coloque na ficha dela como senhora O'Connell."

Mas porque eu disse essa merda?

A enfermeira abre amplamente os seus olhos surpresa, mas nem mesmo eu entendo como essa estupidez acabou de sair por meus lábios.

- "Precisam tirar essa roupa molhada dela." - digo desviando do tema.

- "Nós vamos resolver isso."

Finalmente deixo a jovem sob os cuidados dos profissionais e me dirijo até a sala de espera. Porra, eu estou muito molhado. Terei que trocar de roupa em um dos banheiros. Por sorte sempre trago uma mala com algumas trocas de roupas comigo, nunca se sabe quando vou precisar.

Depois de me trocar, eu volto a me sentar em uma das cadeiras da sala de espera e fico aguardando notícias.

(...)

O tempo foi se passando lentamente e ainda estava a espera de notícias, enquanto o tempo não passava bebi dois copos de café; que por sinal era horrível mas pelo menos ajudou a me manter acordado.

Merda, essa espera e a preocupação está me matando.

Olho para o relógio e me dou conta de que já são oito da manhã, passei toda a maldita noite nesse hospital e até agora ninguém veio me dar nenhuma informação sobre o estado de saúde da mulher que por um infortúnio eu atropelei e por causa disso já estou começando a me desesperar.

- "Há alguém que veio com a moça atropelada ontem à noite?" - um médico pergunta chegando na sala de espera e olhou ao redor.

- "Como ela está doutor?" - pergunto me levantando da cadeira.

- "Ela está bem... apenas teve uma concussão na cabeça." - o médico diz e sinto a minha alma voltar para o corpo.

- "Eu posso ir vê-la?" - pergunto ansioso.

- "Mas é claro... por favor me acompanhe."

Caminho juntamente com o médico até chegar no quarto n° 42, ele para de andar e se vira pra mim.

- "O quarto é esse. Daqui a alguns minutos, virá um outro médico para ver se a jovem acordou." - o médico disse e se afasta.

Entro no quarto e imediatamente me aproximo da garota deitada naquela cama. Por Deus, ela é muito linda! Seu cabelo é avermelhado, seu rosto pequeno. Humm, esses lábios carnudos. Deus, ela é uma ruiva de tirar o fôlego.

Estou enfeitiçado olhando para ela. O subir e descer do seu peito, demonstra que sua respiração é irregular. Meus olhos se perdem em seus belos labios. Sinto uma vontade enorme de beijá-la.

O que está acontecendo comigo?

De repente ela abre os olhos e isso me deixa petrificado. Que belos olhos ela tem. Eles são de um tom lindo de verde que me faz perder o fôlego. Por um momento, eu me sinto exposto diante de seu olhar curioso e por uma estranha razão, meu ritmo cardíaco começou a se acelerar.

- "Oi." - digo fazendo caso omisso de minhas emoções. Nós dois ficamos nos olhando.

- "Oi..." - ela responde tentando se sentar.

- "Ei, se acalme... não se esforce tanto, você sofreu um acidente." - digo fazendo ela voltar a deitar.

- "Minha cabeça está doendo."

- "Imagino que sim, irei chamar uma enfermeira." - mal acabei de dizer quando de repente um médico entra no quarto.

- "Vejo que acabou de acordar. Como você se sente senhorita?" - o médico perguntou se aproximando da cama.

- "Minha cabeça está doendo." - ela murmura timidamente.

- "Isso é normal, você bateu a cabeça quando caiu." - o médico disse se aproximando dela. - "Sabe como se chama?"

- "Meu nome é Rebekah."

Rebekah, que nome bonito.

- "Rebekah de quê?"

- "Rebekah... Rebekah..." - ela murmura pensativa. - "Eu não me lembro... Não me lembro de nada."

Rebekah se senta rapidamente naquela cama e começa a se desesperar.

- "Rebekah O'Connell... Seu nome é Rebekah O'Connell."

Eu não disse isso! Que merda!

- "O'Connell?" - ela pergunta me olhando surpresa.

- "Sim, você é a minha esposa... Meu nome é Dylan O'Connell e sou seu marido."

Que merda eu acabei de dizer?

Por que tive que abrir minha boca boca grande?

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Comments

Luzia Helena

Luzia Helena

começando a ler agora 30 /10/24

2024-10-31

1

Marilene Lena

Marilene Lena

Quis ajudar kkkk

2024-07-25

2

Vanilda Costa

Vanilda Costa

😂😂😂😂

2024-07-23

0

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