Sophia
narrando
A minha gravidez tinha sido anunciada a todos e muitos presentes
chegaram para o bebê, Frederico sorria sem parar tinha o sorriso mais bobo em
seu rosto.
Eu me olho no espelho e coloco a mão sobre a minha barriga, eu
faria tudo para proteger esse bebê e eu tinha certeza que era a minha Beatriz
que está a caminho. Agora esperando um filho de Frederico, Saimon iria ter a
certeza que teria que se manter longe, eu sei que essa criança tem grande
chance de ser dele mas ele jamais iria saber e isso era algo que eu tinha deletado
da minha cabeça.
Saimon não tinha frequentado mais a nossa casa e a gente já estava
de mudança para a nova casa, onde ficaria apenas eu e Frederico.
- Talvez essa seja o ultimo café da manhã todos juntos – Antonio
fala – já que resolveram se mudar após o casamento, eu ainda acho a ideia um
absurdo.
- Porque? – eu pergunto e ele me encara.
Frederico coloca a mão sobre a minha e me olha para me manter
calma com as provocações do irmão, Frederico era um homem muito controlado.
- Não se preocupa meu irmão\, ainda iremos trabalhar junto e eu
tomo café com você – Frederico responde a ele.
Maria se mantinha em silêncio o tempo todo.
- Maria pode ir se arrumar comigo para o casamento\, o que acha? –
eu pergunto e Antonio me encara.
- Maria consegue se arrumar sozinha em casa – ele fala.
- Vai estar eu\, Isabel lá – eu comento – ela também é madrinha.
- Seria bom ela ir – Frederico fala – Sophia tem razão\, ela também
é madrinha do casamento.
- Tudo bem\, eu me arrumo em casa – ela fala.
- Uma madrinha precisa se arrumar junto da noiva – Frederico me
encara e Antonio me olha com raiva.
- Tudo bem\, o motorista leva vocês – Antonio fala e Frederico
arqueia a sobrancelha e Maria apenas assente com a cabeça.
Antes de eu sair eu vou até o escritório falar com Frederico, ele
tinha se levantado da mesa antes de mim, eu vou comendo uma sala de frutas.
- A costureira vai te amar se o vestido não fechar de novo – ele
fala quando eu entro.
- É fruta \, fruta não engorda – eu falo.
- O leite condensado que você colocou dentro\, sim – ele fala e eu
dou uma colher da salada de fruta na boca dele – está gostoso, realmente.
Deveria ter tido essa ideia no café da manhã.
- Mas\, alguém precisa está magro no casamento – eu falo sorrindo
para ele.
- Deixa eu te pedir uma coisa – ele fala me olhando – não leve em
consideração Antonio e nem o provoque em relação a Maria.
- Eu só queria que ela fosse junto – eu falo.
- Eu sei\, mas é melhor a ela – ele fala – eu sei que você vai se
sentir sozinha depois do casamento, ainda mais que vai ficar naquela casa
sozinha. E ela aqui pelo menos te fazia companhia.
- Eu quero ir para lá – eu respondo – eu não quero ficar aqui\, com
gente saindo e entrando o tempo todo, eu só confio em você – ele me encara –
parece que qualquer pessoa que vejo fora de casa é um deles – ele balança a
cabeça.
- tudo bem\, esquece isso. Hoje é um dia importante para nós – ele
fala – é um dia feliz para nós dois.
Eu abraço ele e ele corresponde o meu abraço,.
- Eu não vou responder mais ele – eu falo e ele assente. – Eu não
quero fazer mal a Maria.
- Você não faz mal a ela\, quem faz é meu irmão – ele fala – infelizmente
não vamos ter como mudar essa realidade.
- Eu vou lá – eu falo.
- Não se atrase muito – ele fala sorrindo.
- Tenho que dar um charme – eu falo.
- Deixa eu te dar um último beijo com você ainda sendo apenas a
minha noiva – ele fala me beijando.
- O proximo é como sua esposa – eu falo sorrindo para ele que
assente com a cabeça.
Eu entro dentro do carro com a Maria e vamos para o salão que está
tomado de seguranças da máfia, Frederico não brincaria com a minha segurança,
nossa cerimonia de casamento seria em uma pequena capela com algumas pessoas da
máfia apenas, eu não tinha conhecidos, apenas Frederico tinha.
- Você está feliz? – Maria pergunta enquanto nos se arrumamos.
- Estou – eu respondo a ela.
- Frederico parece ser um bom marido – ela fala – você não se
arrepende por ter se envolvido com – ela menciona Saimon.
- Eu fui obrigada – eu respondo baixo \, não tinha ninguém no
momento com a gente – ele está me ameaçando.
- Precisa contar para Frederico – ela fala.
- Eu não posso \, seria pior – eu respondo.
- Eu te entendo – ela fala – minha mãe foi morta pelo meu pai por
algo banal.
- Eu sinto muito – eu respondo – Maria\, eu preciso que você me
prometa uma coisa.
- O que? – ela pergunta.
- Estou com um sentimento muito ruim dentro de mim em relação ao
futuro, parece que algo vai dar errado – ela me olha – quando minha Beatriz
nascer.
- Você já sabe o sexo? – ela pergunta.
- Muito cedo para ver no ultrassom\, mas eu sinto que é uma linda
menina – eu sorrio para ela – e vai se chamar Beatriz, quando ela nascer eu
quero que você seja madrinha dela, você é a única pessoa que eu confio a minha
filha – ela me encara – e se algo acontecer comigo, você promete que vai cuidar
dela? Que vai amar como se fosse sua filha e que não vai deixar que nada de mal
aconteça com ela?
- Não fala isso – ela fala – você tem uma vida toda pela frente.
- Promete Maria\, por favor – eu falo – a minha vida é uma bomba
relógio para todos os lados, eu preciso que você me prometa isso.
Ela me encara em silêncio e depois pega em minha mão.
- Eu prometo Sophia – ela fala e eu sorrio com meus olhos cheios
de lagrimas.
- Obrigada – eu falo sorrindo.
Eu amo Frederico, eu descobri o amor que sinto por ele dentro de
mim, mas eu sei que se ele descobrisse tudo, ele não teria saída a não ser me
matar, então eu precisava saber que a minha filha teria alguém para amar e
cuidar dela como se fosse eu, que sentiria o amor materno perto dela, e apesar
de tudo que Maria passa com Antonio, ela era uma mulher forte e sei que amaria
a minha filha.
Eu sei que ainda não sabia o sexo do bebê que eu espero, mas eu
sinto desde que vi o positivo no exame que Vinicius fez, que iria ser uma
menina, que a minha Beatriz está crescendo dentro do meu ventre.
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