Capítulo
14
Sophia
narrando
Tinha tudo saído conforme o plano, ele ficou muito desconfiado
sobre mim e sei que agora ele iria ficar de olho em mim, o que era a minha
chance de me aproximar dele. Eu disse
que o plano que tinha sido entregue para mim, era um plano que foi muito bem
projetado, usando de suas desconfianças para que eu consiga transformar em
atração.
- Obrigada pela carona – eu falo quando ele para na frente do
prédio onde Saimon alugou para eu morar até que o plano acabasse.
- Vamos descer\, quero conhecer seu apartamento – ele fala.
- Claro – eu respondo tirando o cinto lentamente.
Subimos em silêncios 4 andares de escadas porque não tinha
elevador no prédio, o local era bem simples, eu tinha vindo aqui uma única vez
organizar e deixar as coisas do meu jeito, quando a porta abre , ele entra e
começa andar pelo apartamento, que era como se fosse um Studio, uma peça grande
e aberta, com janelas enormes de vidro, um banheiro fechado com uma banheira, a
sala , cozinha era dividida por uma bancada americana do quarto.
Eu fico parada em um canto observando ele olhar tudo, ele mexia em
todas as coisas bem que Saimon me disse que ele iria fazer isso, ele olhava
anotações, fotos, livros.
- Eu posso fazer um café\, se você quiser – eu falo querendo
quebrar o clima.
- Para me envenenar? – ele pergunta
- Não – eu respondo negando – eu jamais faria isso.
- Você costuma usar anéis? – ele pergunta
- Às vezes – eu vejo.
- Me mostra eles – ele fala
- Meus anéis? - eu pergunto
- Sim\, cadê os seus anéis? – ele pergunta e eu vou andando – não
se mexa do lugar, me fala que eu pego.
- Na segunda gaveta da cômoda – eu falo
Ele anda até a cômoda e pega a minha caixinha de bijuterias e joga
tudo para fora e começa olhar um por um
- Isso é algum tipo de fetiche? – eu pergunto e ele me encara e
ele continua em silêncio.
Ele anda em minha direção.
- Ficarei de olho em você – ele fala – e quando você menos esperar
eu vou aparecer para ver se realmente você é confiável.
- Eu nunca cometi nenhum crime – eu falo – ah não ser quando
roubava chicle na padaria. – ele me encara sem paciencia.
- Não denuncia e não conta para ninguém\, o que aconteceu\, onde
você foi parar e o que você viu – ele fala.
- Eu preciso assinar o seguro do meu carro – eu falo.
- Esquece seu carro – ele fala – esquece o seguro.
- Mas\, eu ainda estou pagando-o e é bem caro\, eu demorei muito
para conseguir – eu falo e ele me encara.
- Você é surda? – ele pergunta
- Não\, graças a Deus escuto muito bem – eu respondo.
- Então você escutou sobre o que eu disse com seu carro – ele
fala.
- Ninguém vai atrás do endereço\, eu só precisava avisar a
seguradora – eu falo para ele – assim, eles me dão um carro novo.
- Eu acho que você tem orelha o apenas para bonito\, então posso
cortar, cortar elas fora? Porque não serve para nada – ele fala com raiva e eu
coloco as mãos nas minhas orelhas.
- Eu ando a pé\, caminhar é bom – eu falo e ele me encara.
- Boa tarde Sophia – ele fala saindo do meu apartamento.
Eu vou até a porta trancando-a e bato a cabeça na porta e respiro
fundo, por mais que tivesse um plano muito bem bolado, eu confesso que fiquei
morrendo de medo dele realmente achar que eu era uma traída, como eu sou, e me matasse
sem pensar duas vezes.
Eu olho para aquele apartamento e pela primeira vez desde que fui
adotada, eu estava sozinha em um lugar e mesmo com a missão para realizar, isso
era bom, porque como Frederico estava de olho em mim, eu não teria Saimon me
ligando, vindo até o meu apartamento, me enchendo a paciência por algum tempo.
Eu poderia fazer o que quiser, a hora que quiser sem ter que pedir
permissão para ninguém, eu me jogo no sofá com as almofadas.
Capítulo
15
Frederico
narrando
Eu chego na sede de volta e encontro Antonio olhando o carro de
Sophia que eles trouxeram para sede.
- De quem é esse carro? – ele pergunta.
- Assunto meu – eu falo.
- Deu para esconder as coisas? – ele pergunta.
- Não é nada de mais – eu falo.
- Antonio – um dos nossos homens fala – Maria está na enfermaria
parece que perdeu o bebê.
- Eu não acredito que ela perdeu o bebê de novo – ele fala nervoso
e sai com muita raiva em direção a enfermaria.
Kaio se aproxima.
- Tudo certo com a garota? – ele pergunta
- Parece que sim – eu falo – eu consegui alguns dados da digital do
anel que foi usado nos dedos da assassina.
- Descobriu a identidade? – eu pergunto.
- Não – ele fala
- Então qual é a novidade? – ele pergunta.
- Algumas informações – ele fala – ela é de outro país\, veio
criança para a Australia nos barcos que seu pai trazia os imigrantes que
trabalhava para ele.
- Você está falando sério? – eu pergunto
- Sim – ele fala – o barco afundou\, os pais dela provavelmente
morreram e seu pai impediu dela ir embora, não existe nome nos documentos que
bate com o dna que foi tirado dela, apenas essas informações.
- Ele a mandou para onde? – eu pergunto.
- Para algum projeto secreto dele? – Kaio pergunta.
- O único projeto secreto dele\, era com Antonio\, Saimon e Jean
Carlos.
- O projeto das mulheres serem usadas como uma arma humana? – ele
pergunta.
- Sim – eu respondo – eu cancelei qualquer verba para esse projeto
após a morte dele.
- E nos arquivos que você tinha\, tinha alguma informação que eles
treinaram alguma garota? – ele pergunta.
- Não\, eram rasas as informações que tinha – eu falo.
- Seu pai não deixaria essa garota aqui por nada\, ela sobreviveu
porque as digitais batem – ele fala – e ela matou seu pai por pura vingança
pela morte dos pais dela.
- Essa garota do carro? – eu pergunto – pode ser ela?
- A tal Sophia? – ele pergunta
- Isso – eu respondo – pode ser ela que matou meu pai e agora quer
se aproximar?
- Não – ele fala – eu comparei as digitais e não são iguais\,
completamente diferente. O barco que a assassina veio, veio da África, Sophia
saiu do Brasil a dois anos e tem um histórico lá desde criança, ela nunca
viajou para fora do pais, histórico de escola, de projetos educativos, cursos,
essas coisas todas – ele fala – aqui na Australia tem apenas registro da compra
do carro e do intercambio que fez.
- O carro era novo mesmo? – eu pergunto
- Sim – ele responde.
Eu passo a mão pela minha cabeça.
- Antonio estava onde no dia do assassinato do meu pai? – eu
pergunto
- Em um jantar com Maria – ele fala.
- Estranho né? – eu pergunto
- Por quê? – ele pergunta
- Ele trata a mulher dele que nem lixo\, além de perder a criança\,
ainda vai ser torturada por ele – eu falo – eu não entendo a graça de tratar as
mulheres dessa forma.
- é – ele fala – nem todos os chef de máfia pensa que nem você em
relação as mulheres. Se fosse seu irmão que encontrasse Sophia, não iria dar
nem chance dela se explicar, torturaria ela achando que ela falaria algo, ela
não iria dizer nada e nesse momento já estaria morta.
- É – eu respondo. – para que torturar as mulheres quando se tem
tantos inimigos querendo te derrubar?
- O que fazemos com os dois caras que sequestraram a garota? – ele
pergunta. – soltamos?
- Não\, mate eles – eu falo – assim vão pensar duas vezes quando
pensarem em sequestrar novamente – ele me encara meio sem entender. – estou lá
em cima resolvendo algumas coisas e amanhã eu vou direto para empresa, não vou
vir para sede.
- A remessa do armamento ficou para ser entregue daqui dois dias –
ele fala.
- Está vindo de que fabrica\, de Saimon? – eu pergunto.
- Apenas uma parte – ele fala.
- Vamos manter assim – eu falo – eu tenho um pé atrás com Saimon
mesmo conhecendo ele a vida toda, algo me diz, que ele parece tramar algo o
tempo todo.
- Conheço pouco ele – ele fala – mas ele e seu irmão vivem
conversando.
- Antonio já não passa confiança\, junto com Saimon – eu falo. – as
vezes eu fico pensando, será que meu irmão seria capaz de matar meu pai?
- Será? – Kaio pergunta – ele parece tão inofensivo\, apenas
confuso e picareta.
- Ai que está o problema Kaio – eu falo – eu fiquei fora muitos
anos estudando tudo que o meu pai queria para que eu tomasse o lugar dele
quando ele morresse, eu aprendi muita coisa, convivi com muita gente igual ao
Antonio. As vezes eu acho que em um piscar de olho ele vai puxar o meu tapete e
querer me derrubar.
- Precisa tomar cuidado – ele fala.
- Estou tomando – eu falo – preciso de um carro\, você me arruma?
- Claro – ele fala – qual modelo?
- Que nem esse que pegou fogo – ele fala e eu arqueio a
sobrancelha.
Capítulo
16
Sophia
narrando
Alguém bate na porta e eu largo a caixa de pizza em cima da mesa e
ando até a porta e quando abro, dou de cara com Frederico na minha frente, eu
não esperava que ele voltaria no mesmo dia aqui, eu limpo a minha boca com um
guardanapo que tinha em mãos.
- Boa noite – ele fala.
- Boa noite – eu respondo.
- Posso entrar? – ele pergunta.
- Claro – eu respondo para ele e ele entra. – eu posso ajudar
como?
- Eu trouxe seu carro – ele fala.
- Queimado? – eu pergunto
- Um carro novo igual o que você tinha – ele fala – ninguém vai
perceber que não é o mesmo.
- Obrigada – eu falo – mas eu não posso pagar por um segundo
carro.
- É um presente - ele fala.
- Um presente seu? – eu pergunto – desculpa\, mas não sou de
aceitar presentes de estranho.
- Eu não sou estranho para você\, você sabe quem eu sou – ele fala
– chef da máfia, esteve na minha sede.
- Obrigada\, você acertou a cor que eu gosto\, azul é a minha cor
preferida – eu falo pegando a chave da sua mão.
- Fico feliz que está aceitando meu presente – ele fala.
- Você me dando com tanto carinho\, não tem como recusar – eu
respondo e ele continua me observando e eu fico sem entender o porquê ele tanto
me olha – você está com fome? Tem pizza ainda.
Ele me olha de cima a baixo e aí eu percebo que estava vestindo
apenas uma camisola curta e bem decotada nos meus seios.
- Você recebe todo mundo dessa forma? – ele pergunta.
- Apenas os chef de máfia que me ajuda\, mas me ameaça ao mesmo
tempo – eu falo – eu não sei se eu devo ter medo de você e ficar aqui ou se eu
devo ter medo de você e fugir com meu carro novo deixando tudo para trás.
- Se você fugir\, vou achar que você é uma x9 – ele fala.
- E se eu ficar? – eu pergunto
- Vou ficar te observando – ele fala – até ter certeza que você
não é uma x9 e não vai contar nada para ninguém do que viu.
- Não é mais fácil me matar então? Do que ter todo esse trabalho?
– eu pergunto.
- Você quer morrer? – ele pergunta.
- Um dia eu sei que vou\, todos vamos – eu falo – vamos morrer\, ser
enterrados, ir conhecer Jesus, quer dizer – eu olho para ele – eu vou, você eu
não sei. – ele fecha os olhos e solta um riso tímido em seu rosto. – Desculpa,
eu não queria ofender.
- Você fala de mais – ele fala.
- Só quando estou nervosa – eu falo.
- e você está nervosa então o dia todo – ele fala.
- Eu sou sequestrada\, machucada\, quase estuprada\, sequestrada por
você, ameaçada, levada para um lugar cheio de homens armado, você coloca uma
arma na minha cabeça e quer ainda que eu conte piada? Não dá não – eu falo para
ele – Se você ficar mais cinco dentro do meu apartamento eu acho que vou
desmaiar de medo e nervosismo e agora eu não estou brincando.
- O que você acha que eu sou? – ele pergunta – para ter tanto medo
de mim?
- Você disse que é chef de uma máfia \, você me levou para ela – eu
falo.
- E você acha que eu faço o que? – ele pergunta.
- Mata as pessoas o tempo todo\, olha para a pessoa achou feio e
mata, tortura, depois cozinha os membros dela e come, dar para os porcos, sei
lá – eu falo olhando para ele.
Ele se aproxima de mim e eu ando para trás, achando que tinha
falando demais e eu bato as minhas costas na mureta da bancada americana. Ele
se aproxima de mim e coloca seu corpo em mim.
- Você é bonita\, mas com medo é mais ainda – ele fala encostando
os seus dedos em minha pele e eu sinto um arrepio enorme.
Eu sempre fui treinada para está um passo a frente dos homens, ele
poderia está me usando e esperando para dar o bote.
Ele passa a sua mão pelo meu corpo e encosta a sua boca na minha
mexendo os seus lábios, eu fico de olhos aberto e quando ele encosta a sua mão
na minha intimidade, eu fecho os meus olhos.
Eu correspondo o seu beijo e ele se afasta.
- Boa noite Sophia – ele fala – espero que você faça bom aproveito
do carro.
Ele anda até a porta.
- Espera – eu falo e ele se vira e eu ando até ele e o empurro
contra a porta beijando sua boca ficando na ponta dos pés, ele corresponde o
meu beijo.
Ele passa a sua mão pela minha bunda levantando a minha camisola
para cima e apertando ela, eu abro a sua calça e ele me pega no colo me
beijando, ele me deita na cama e eu fico de joelhos e ajudo ele a tirar a sua
roupa, ele rasga a minha camisola com força e joga ela longe, aperta os meus
seios e começa a chupar eles. Eu abro a sua calça e ele me joga para trás me
fazendo deitar na cama, ele começa a beijar o meu corpo todo e depois beija a
minha boca, ele passava a sua mão pelo meu corpo, ele coloca sua mão na minha
intimidade e começa a mexer nela, ele beija a minha boca e eu abro os olhos e
ele me encara, eu me mantenho firme para não gemer, eu não poderia sentir
prazer com outro homem que não fosse Saimon, aquilo começa a ficar torturante e
eu tentava me manter firme, ele desce a sua boca pelo meu corpo beijando ele
todo, ele chega na minha intimidade e eu arregalo os olhos quando sinto sua
língua em minha intimidade, Saimon nunca tinha feito aquilo, eu fecho os olhos
e seguro forte no lençol da cama e ele continua, eu não aguentava mais segurar o
que eu estava sentindo, meu corpo não me correspondia e eu acabo cedendo o
prazer que estou sentindo e gozo na sua boca, meu corpo se contrai inteiro e
ele beija meu corpo novamente , agora beijando a minha boca e penetrando em
minha intimidade, eu cruzo as minhas pernas na sua cintura, enquanto ele fazia
movimentos de vai e vem e beijava o meu pescoço, me fazendo gozar horrores para
ele.
Capítulo
17
Sophia
narrando
Eu acordo e ele está ao meu lado dormindo, eu fico olhando para o
teto por alguns segundos pensando em Saimon, eu não sei como ele iria reagir
quando soubesse que eu e Frederico transamos, eu vou para o banheiro e começo a
me sentir agoniada, meu coração está soltando pela boca , eu olho para baixo
deixando algumas lagrimas caírem, eu me sinto como se tivesse cometido um
crime, eu não poderia ter ido até o fim, sentido prazer com outro homem que não
fosse Saimon.
Eu saio para fora do banheiro e encontro Frederico acordado, ele
está vestindo as suas roupas e ele me encara.
- Isso não pode acontecer de novo – eu falo e ele me encara. – eu
não deveria ter me envolvido com você. – eu falo sem ao menos lembrar do plano.
- Você gostou\, eu gostei\, porque sentir arrependimento por isso? –
ele pergunta.
Seu celular toca e ele pega ele e suspira, ele desliga a chamada e
responde algumas mensagens.
- Você precisa ir embora – eu falo.
- Por acaso vai chegar alguém? – ele pergunta.
- Não – eu respondo – mas eu quero que você vá embora – ele me
olha e eu começo a lembrar do plano – eu não quero problemas.
- E porque você teria problemas comigo? – ele fala guardando o
celular e pega a arma sobre a mesinha.
- Porque você anda armado – eu falo – porque você é uma pessoa
perigosa.
- Eu sou uma pessoa perigosa? – ele pergunta e eu assinto – se não
fizerem mal a mim, eu não faço mal a ninguém. Eu não te ajudei? Eu poderia ter
deixado naquela estrada, ter te deixado aqueles caras te encontrar e terminar o
que eles começaram.
- Eu sou grata por você ter me ajudado – eu falo – se eu não te
agradeci, eu agradeço agora.
- De nada – ele responde. – só que você já me agradeceu quando me
agarrou na porta da sua casa ou esqueceu que eu estava indo embora?
- VocÊ que se aproximou de mim primeiro – eu falo e ele sorri.
- Mas eu ia embora – ele fala erguendo as mãos em forma de
redenção.
- Você não ia\, você vai – eu falo abrindo a porta e ele para na
minha frente
- Foi bom te conhecer Sophia – ele fala me dando um beijo na minha
boca e saindo.
Eu fico o encarando descer as escadas e depois fecho a porta e
bato a minha cabeça nela e suspiro.
O celular que Saimon tinha me dado para falar apenas com ele toca
e eu me aproximo vendo que tinha algumas ligações dele e eu nem tinha escutado.
- Alo – eu falo atendendo.
- Foi boa a noite? – ele pergunta no telefone.
- Não estou entendendo – eu falo.
- Você realmente acha que não teria câmeras de segurança no seu
apartamento? – ele fala e eu olho para todos os lados tentando encontrar algo.
- Achei que você confiava em mim – eu falo.
- Sua segurança em primeiro lugar. Então ele te devolveu o carro?
– ele pergunta.
- Sim\, isso é bom\, não? – eu pergunto.
- É ótimo – ele fala – ele te levou para dentro da sede da máfia\,
te levou para casa e retornou no mesmo dia. Confesso que eu faria o mesmo. O
que vocês conversaram?
- Você não sabe? – eu pergunto.
- Esqueci que poderia ter colocado áudio no seu apartamento também
– ele fala.
- Ele não me disse nada de mais\, apenas me devolveu o carro. – eu
falo.
- E aí vocês transaram? – ele pergunta.
- Eu não achei que iria até o final\, me perdoa – eu falo no
telefone.
- Você terá que se envolver com ele\, eu sabia disso quando aceitei
que você fizesse essa missão – ele fala.
- Eu me sinto te traindo – eu falo no telefone para ele – como se
eu estivesse fazendo algo sujo.
- Você está – ele fala – me traindo com Frederico\, mas no momento
é preciso – eu encontro a câmera de segurança escondida e olho para ele. –
Conseguiu achar a câmera, então?
- Você viu tudo? – eu pergunto.
- Tudo que era necessário para ver você gemendo para outro – ele
fala – eu realmente espero que você tenha fingido – eu abaixo a minha cabeça –
você já sabe como as coisas funciona.
- Me perdoa – eu falo para ele – me perdoa Saimon.
- Eu não sei se te perdoo – ele fala e eu engulo seco – Boa noite
Sophia – ele fala desligando a chamada e eu olho para câmera de segurança.
Uma lagrima desce em meu rosto e eu limpo ela rapidamente, eu me
deito na cama e me enrolo nas cobertas e continuo observando o apartamento,
deveria ter muito mais que uma câmera aqui, deveria ter várias. Eu achei que
estava livre , mas na verdade estou sendo vigiada o tempo todo.
Capítulo
18
Antonio
narrando
Maria chorava muito e eu não suportava ver seu choro.
- Cala boca! – eu falo gritando e pegando pelos seus cabelos –
você não consegue nada – ela me olha co um olhar de desespero.
- Não é minha culpa\, eu tento – ela fala.
- Precisa tentar melhor – eu falo para ela.
Ela me olha com os olhos cheios de lagrimas.
- Você não me serve nem para me dar um filho\, eu preciso ter um
filho antes de Frederico, você entendeu? – eu falo – se ele tiver um filho
antes de mim, ele fica à frente de mim na posse da máfia.
- Me perdoa\, eu perco a criança por causa de suas agressões – ela
fala – se você não fosse rude e grosso comigo o tempo todo, isso não
aconteceria.
Eu dou um tapa forte em seu rosto.
- Você perde a criança porque você é seca por dentro – eu falo –
maldita hora que fui fazer aliança com o miserável do seu pai e ganhei uma
maldita como esposa.
- Me respeita\, eu sou sua esposa e faço tudo por você -e la fala –
eu também nunca quis me casar com você, aguento tudo quieta e não te ofendo.
Eu a encaro com raiva, eu me aproximo dela e dou vários socos
nela.
- Para Antonio – ela fala gritando – você está me machucando\, eu
acabei de perder o bebê, para – ela berrava – socorro, alguém me ajuda.
A porta é aberta e Frederico me tira de cima dela.
- Me solta – eu falo.
- Você está louco? Quer matar a sua esposa? – ele pergunta me
olhando.
- A esposa é minha e não se mete nisso- ele fala.
- Enquanto você estiver morando dentro da minha casa\, eu não vou
admitir agressão – ele fala.
- A casa é minha também – ele fala.
- A casa pertence a quem é o chef da máfia e o chef sou eu – ele
fala me dando um soco e me jogando longe – a próxima vez que você levantar a
mão para Maria, eu atiro em você e te mato seu filho da puta.
- Você não é homem suficiente para arrumar um casamento e quer vir
falar comigo? – ele fala – quer vir falar da forma que eu trato a minha mulher?
Vai a merda – ele grita.
- É só um aviso – ele fala se aproximando de Maria – vem comigo –
Maria me olha com medo. – anda Maria, você não vai ficar perto dele hoje.
Ele leva Maria para fora do quarto e ele fecha a porta, eu começo
a chutar tudo com raiva.
- Meu irmão\, você não espera pelo que estou planejando para você.
Você terá uma morte dolorida – eu falo me olhando no espelho – eu vou pegar
tudo que é meu por direito de volta e você vai está morto.
Eu começo a quebrar tudo no quarto e mandou uma mensagem para Saimon,
eu quero Sophia na vida dele para ontem, eu quero acabar com ele da pior forma
possível.
Frederico
narrando
- Você vai ficar bem – a enfermeira fala – são apenas machucados.
- obrigada – Maria fala com a cabeça baixa.
- Eu posso te ajudar a fugir dele – eu falo para ela.
- Não – ela fala me olhando – eu não posso fazer isso\, eu
arruinaria a minha família toda – ela me encara com lagrimas no olho.
- Eu sinto muito – ele fala.
- Você é diferente dele – ela fala me olhando – está a frente de
tudo isso, mas não é uma pessoa ruim que sente prazer em torturar os outros.
- Eu sou contra o que ele faz com você – eu falo – e no que eu
puder intervir eu vou.
- Obrigada – ela fala.
Eu vou para o meu quarto, tomo um banho e me deito para descansar,
fico pensando na noite que eu tive com Sophia e depois adormeço, no outro dia
acordo cedo, me arrumo e nem vejo Antonio em casa, vou direto para empresa,
quando eu chego, encontro Sophia sentada na recepção, a minha secretaria ainda
não tinha chegado.
- Achei que você não queria mais me ver – eu falo a ela.
- É\,eu não quero – ela fala – mas\, você esqueceu seu casaco na
minha casa e resolvi vir te avisar e te entregar ele antes que você apareça por
lá.
- Está com medo de que eu apareça? – ele pergunta – espera\, como
me achou na empresa?
- Eu fiz uma leve pesquisa por você no google – ela fala – lá
contém várias coisas sobre você.
- Eu imagino que sim – eu respondo para ela.
- Aqui o seu casaco – ela diz me entregando ele.
- Obrigado – eu respondo a ela e me aproximo dela ficando com meu
corpo quase colocado no seu.
- Tenha um bom dia – ela fala tentando passar\, mas eu não deixo e
sua respiração fica pesada me encarando. – você precisa me deixar passar.
- Eu quero começar o meu dia bem – eu falo segurando em sua
cintura e largando as minhas coisas no chão e beijando a sua boca e ela me
corresponde o meu beijo.
Eu a pego no colo colocando sobre a mesa da secretaria e levanto o
seu vestido para cima, ela começa abrir os botões da minha cabeça enquanto a
gente se beijava intensamente, eu mordo os seus lábios e ela sorri para mim.
- Espera – ela fala quando a porta do elevador se abre e eu já
tinha abaixado o seu vestido deixando seus seios para fora.
- Acho que cheguei na hora errada – A voz de Saimon soa atrás de mim
e eu me viro protegendo-a e ela arruma rapidamente o seu vestido.
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Comments
Anakelly Kelly
🙃
2024-01-14
0
Solange Coutinho
Ahahahahahaha Saimon seu miserável o feitiço está sendo contrário ela está gostando dele assim como ele dela adorando tudo isso
2023-10-22
0