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Sophia

narrando

Eu estou provando o meu vestido de casamento, Isabel

está me acompanhando.

- Esse vestido é lindo - Ela fala.

- É  - Eu sorrio - Eu sempre quis algo assim

simples.

- Simples? Você ficou maravilhosa nele - Ela fala. -

Eu me lembro o dia do meu casamento até hoje.

- Você já o conhecia? - Eu pergunto.

- Apenas de vista nunca tinha falado com ele - Ela

fala - Pior que o nervosismo no casamento foi o nervosismo na lua de mel.

- Vocês estão casados a quanto tempo? - Eu pergunto.

- Sete anos\, foi tudo tão rápido. Ele precisava de

uma esposa para assumir o conselho, eu estava solteira, meu pai tinha falecido

e meu irmão queria me descartar logo - Ela fala. - Mas, acabou que ele me

apresentou o amor. Eu e Hernandes somos muito felizes juntos.

- Eu fico feliz por você e por ele e Frederico serem

diferente de todos os outros, eu vejo por Maria. - Eu falo.

- Antonio faz muita crueldade com ela. - Ela fala -

Eu não gosto dele, você já viu como ele te olha?

- Como me olha? - Eu pergunto.

- O olhar dele para você não é de ódio\, ele tem

inveja de Frederico, ele sempre teve - Ela fala me deixando pensativa. - Mas,

esquece isso. Olha você nesse vestido, o grande dia está chegando querida.

Eu sorrio para ela e me olho no espelho. Eu fecho os

olhos, eu jamais imaginei que vestiria um vestido de noiva na minha vida, que

estaria casando com alguém que eu ame, tudo era tão difícil para mim, tão

complicado na minha vida. Eu deitava toda noite ao lado de Frederico e tudo era

tão perfeito e sincronizado entre nós, ele me fazia bem , ele me amava. Ele

participava de tudo, até mesmo das escolhas do enxoval da nossa casa , as vezes

eu simplesmente esquecia quem ele era. Porque comigo ele era apenas o meu

futuro marido.

- O vestido não está fechando completamente. - A

moça fala.

- Você engordou? - Isabel pergunta.

- Não. - Eu respondo - Ele vai fechar\,  tenta

agora - Eu fecho a respiração e depois de muita briga elas conseguem fechar o

vestido.

Eu solto a respiração e o vestido se abre.

- Abriu - Isabel fala.

- Vamos ajustar - A costureira fala.

- Não vai dar tempo para o casamento - Eu falo.

- Vai sim - Ela diz

- Fica tranquila\, elas são as melhores - Isabel fala

e eu assinto com a cabeça.

Eu entro dentro do provador e fecho a porta e quando

eu olho para trás eu ia dar um grito ele tampa a minha boca.

- Você está linda vestida de noiva minha querida

Sophia - Saimon fala Eu tento tirar sua mão da minha boca - Sem grito.

- O que você quer? - Eu pergunto a ele.

- Queria te ver antes de você se casar e dizer que

estou disposto a esquecer todas as ameaças que você me fez - Ele fala.

- Não esqueça que se eu não sair desse provador\,

você esta ferrado - Eu falo para ele. - Me deixa em paz, por favor.

- Você nunca vai ficar em paz - Ele fala. - Se é

isso que você quer, se você quer arrumar briga comigo, medir forças. Vou te dar

apenas um aviso, aproveite enquanto tudo está lindo, não importa quanto tempo

demora, eu vou acabar com você.

- Eu vou te avisar mais uma vez não esqueça que você

me treinou para matar - Eu falo.

- Por isso mesmo\, eu sei todos os seus pontos fracos

e fortes - Ele ergue as mãos.  - não esqueça disso.

Ele sai pela outra porta e eu me olho no espelho. Eu

fecho os punhos da minha mão.

- Sophia - Isabel fala.

- Estou indo - Eu falo tirando o vestindo e vestindo

a minha roupa.

- Vamos ajustar e entregamos para você amanhã

provar. - A costureira fala.

Eu me despeço de Isabel e pego o carro com o motorista

para ir até a sede, quanto tempo será que Saimon iria me infernizar a vida

ainda? Será que ele ainda tentaria fazer algo contra Frederico?

Eu chego na sede e encontro Frederico andando de um

lado para o outro na frente da casa, discutindo com alguns homens, eu apenas

entro sem olhar para eles.

- A segurança de todos em primeiro lugar - Ele fala

nervoso - Não quero ninguém morto, quero todos os meus homens vivos.

- Sim senhor - O chef de segurança fala para ele.

Eu paro na porta e encaro a cena e levo um susto

quando Kaio aparece.

- Está frio aqui \, não? - Ele pergunta.

- Sim \, estou entrando - Ele assente.

Não era curiosidade era medo de saber porque tanto

Frederico gritava lá fora, eu subo as escadas para o quarto e paro na janela

olhando para fora, ele discute com o kaio até que ele olha para cima e me ver.

Eu olho para ele e ele me encara, seu semblante era de um homem furioso e eu

saio da janela subindo para cima. Subo tão rápido que quando eu chego no final

da escada eu me sinto mal.

Eu me abaixo e coloco as mãos no joelho.

- Sophia - Maria fala.

- Eu não estou passando bem - Eu falo olhando para

ela.

- O que você está sentindo? - Ela pergunta.

- Eu não sei\, estou me sentindo sufocada\, tonta - Eu

me sento no chão.

- Alguém me ajuda - Maria fala gritando - Alguém me

ajuda, chame Frederico - Ela desce os degraus da escada correndo. - Frederico,

Frederico. - Ela grita.

Eu começo a passar mal cada vez mais, eu suava, eu

me sentia cada vez mais tonta.

- Sophia - Frederico fala - O que você tem? - Eu olho

para ele mas vejo tudo embaçado. - Sophia?

- Eu não consigo respirar - Eu falo para ele..

- chame uma ambulância agora - Fredrrico grita

nervoso.

Eu só conseguia pensar uma coisa, Saimon tinha me

envenenado, eu começo a me lembrar que tomei um copo de suco no ateliê e ele

estava lá. Era isso que ele quis me dizer no provador, ele me envenenou.

Eu começo a colocar a mão na garganta para vomitar.

- Sophia para - Frederico tenta me impedir. -

Sophia.

Eu enfio os meus dedos na garganta até que eu começo

a vomitar, começo a vomitar muito.

- Leite - Eu falo e Frederico me encara.

- Merda - Ele fala descendo correndo e eu continuo

fazendo ânsia de vômito e vomitando cada vez mais. - Toma - Ele fala com a

caixa de leite na mão.

Eu começo a tomar a caixa toda de leite no gole gute

mesmo, ele me pega no colo e me leva correndo para o seu carro, e eu desmaio em

seus braços enquanto ele corria comigo em seu colo.

Capítulo

40

Frederico

narrando

- Alguém tentou envenenar ela - Doutor Vinicius fala

- Aqui a substância usada.

- A mesma que matou meu pai? - Eu pergunto.

- Sim - Ele fala. - Tudo indica que o assassino dele

está mais perto do que você imagina.

- Merda - Eu falo

Eu pego meu celular e mando uma mensagem para Kaio.

Eu queria todas as câmeras de seguranças do ateliê que ela tinha ido, eu queria

ver tudo.

Eu entro dentro do quarto e Sophia estava acordando.

- Eu morri? - Ela pergunta.

- Não. - Eu falo.

- Falta só mais cinco vidas - Ela fala tossindo.

- Você está bem\, o pior já passou - Eu falo. - Você

foi em algum lugar além do ateliê?

- Não. Estava lá com a Isabel o tempo todo - Ela

fala. - Depois entrei no carro o motorista me trouxe e cheguei em casa, não fui

a lugar nenhum diferente.

- Tudo indica que foi a mesma pessoa que matou meu

pai, a substância é a mesma - Ela me encara.

- Estão jogando pesado mesmo contra você. - Ela fala

se sentando.

- Preciso saber quem é. - Eu falo. - Essa pessoa

está conseguindo me deixar sem ter para onde correr, ela faz tudo muito bem

armado.

- A solução é eu não sair de perto de você para

lugar nenhum- els fala o. - E perigoso de mais , se uma simples ida na

costureira eu quase morri envenenada.

- Quase - Eu falo. - Como você conseguiu perceber

que era um envenenamento?

- Eu não sei foi na hora sabe - Ela fala deitando a

cabeça em minha mão. ,- Eu comecei a pensar em várias coisas e me veio na

cabeça provocar o vômito.

Eu passo a mão pelo seu rosto e doutor Vinicius

entra.

- Pelo menos tenho uma notícia para boa para o

futuro casal - Viniciud fala.

- Que eu vou esta viva no dia do casamento? - ela

pergunta

- Também. - Ele fala. - Em dose dupla.

- Dose dupla? - Eu pergunto

- ela esta grávida. - Ele fala. - Tudo indica que de

8 semanas - Ela me encara e eu encaro ela.

-Você tem certeza das semanas? - Eu pergunto.

- Bom - Ele fala. - Podemos fazer um ultrassom.

- Faça. - Sophia fala.

- Ok - Ele fala.

Ele sai da sala para buscar o equipamento.

- 8 semanas Frederico - Ela fala nervosa - Você sabe

o que significa isso Frederico, você sabe.

- Calma - Eu falo pegando em sua mão. - Você precisa

ficar calma.

- Não tem como ficar calma- Ela diz me olhando. - Eu

não tenho como ficar calma.

Doutor Vinicius entra e ele vê o nosso nervosismo,

ele coloca o gel sobre a barriga dela, e Sophia começa a chorar, Vinicius olha

para ela e ela olha para ele e eu acho estranho a troca de olhares dele.

- 8 semanas e 5 dias - Ele fala.

Eu começo a fazer ad contas na minha cabeça e

realmente dava na semana do estupro, Sophia fecha os olhos e ele coloca o

coração do nenê para ela escutar, ela abre um pequeno sorriso e as lágrimas

desce pelo seu rosto, eu pego em sua mão e ela me olha , eu escuto o coração

daquele nenê.

- Eu preciso falar com você Doutor - Eu falo -Lá

fora.

- Frederico. - Sophia fala me olhando - O que você

vai fazer? Frederico. - Ela me encara nervosa.

Vinicius olha para ele e depois para mim. Eu saio

para fora do quarto.

- Frederico. - Ele fala

- Essa criança não é minha -Eu falo

-Como? - Ele pergunta.

- Essa criança não é minha\, e de um dos estupradores

que estupraram ela - Eu falo.

- Você não pode fazer ela passar por tudo aquilo de

novo. - Ele fala

- Tudo o que? - Eu pergunto e ele me encara.

- O aborto\, ela já teve um. Ela me disse uma vez -

Ele fala e era verdade.

- Sim\, ela me contou também. - Eu falo. - Eu preciso

da sua ajuda, se alguém souber que ela está de toda essa semana, vão fazer eu

matar ela e o bebê ou tirar o bebê.

- Como você quer a minha ajuda? - Ele pergunta.

- Eu quero que você dê um laudo que ela está de

menos tempo - Eu falo - E um teste de DNA que essa criança é minha se caso

alguém questionar. Eu não quero que você faça o teste para ver se é , eu quero

que você crie um e eu sou o pai.

- Você providenciar isso agora- Ele fala.

Eu entro de volta para dentro do quarto e Sophia

esta desesperada chorando.

- O que você vai fazer? - Ela fala chorando - Você

vai matar essa criança? Você vai me fazer ter ela morta?

Eu me aproximo dela e pego em sua mão.

- É nosso filho ou filha. - Eu falo para ela. - Vai

nascer cheio de amor e com muita saúde.

Eu encosto o meu rosto no dela e ela me abraça, eu

beijo a sua testa.

- Eu não iria suportar a dor de - Eu a interromper.

- Nosso bebê vai nascer lindo e saudável\, para fotos

efeitos você está de 6 semanas e descobrimos bem no começo. - Ela me olha. -

Não vamos deixar que ninguém descubra a verdade.

- E perigoso - Ela fala.

- Fica tranquila\, estou dando um jeito psra tudo -

Eu falo. - Você está grávida meu amor, é o nosso amor em seu ventre - Eu passo

a mão em sua barriga. - Eu estou muito feliz - Eu sorrio para e ela sorri para

mim.

-Eu amo você Fred - Ela fala. - Se for menina eu

quero que se chame Beatriz.

- É lindo nome - Eu falo

- Era o nome da minha mãe. - era a primeira a vez

que ela falava sobre a mãe dela.

- Se for menina vai se chamar Beatriz - Eu falo - E

se puxar a mãe vai ser a menina mais linda do mundo.

Eu beijo sua boca e ela corresponde o meu beijo. Ela

descansa em meus braços, eu estava sentado ao seu lado e com meus braços na

cama e ela dormia nele.

Eu olho para ela dormindo, eu estava burlando a

regra da mafia ,mas estava certo no que eu estava fazendo. Sophia tinha se

tornado tudo na minha vida, essa criança é linha de qualquer forma, se não

tiver meu sangue, terá o meu amor, a minha vida e toda a minha proteção. Eu nao

me importo com isso, eu passo a mão pela sua barriga enquanto ela dormia.

Meu pai sempre me ensinou a ser um homem que tinha

responsabilidade, eu amo Sophia e iria amar essa criança independente de

qualquer coisa.

- Fiquei sabendo que Sophia está no hospital. -

Hernandes fala no telefone assim que eu atendo.

- Sim\, Sophia esta grávida de seis semanas - Eu falo

- Seis semanas? -Ele questiona.

- Sim\, seis semanas - Eu respondo para ele na

ligação e Vinicius entra no quarto com os papeis.

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