A DAMA DO MAFIOSO
Prologo
Beatriz
narrando
25
anos depois....
Eu olho para todas as fotos e as cartas que estão sobre a
minha mão e eu não consigo acreditar que a vida toda eu vivi a maior farsa da
minha vida, acreditei nas pessoas erradas e fui usada que nem a minha mãe foi.
As lagrimas começam a cair pelos meus olhos e eu passo a mão
pela minha barriga.
- Beatriz – A voz de Lorenzo soa atrás de mim\, e eu o
encaro.
- Vai embora – eu falo
- Beatriz\, por favor me escuta – ele fala.
- Você sabia toda a verdade e nunca me contou nada – eu olho
para ele.
- Eu soube quando você já estava gravida – ele fala – eu não
queria que as coisas piorasse, a sua situação já estava dificil. – eu olho para
ele com raiva.
- Quem tem que decidir se a minha situação estava ruim ou
não – eu olho para ele – sou eu e não você, você não tinha o direito de me
esconder tudo isso.
- Eu sei que eu não tinha e me arrependo por isso – ele fala
– como eu te contei, eu não poderia deixar você acreditando no seu tio para o
resto da vida.
- Eu o odeio – eu falo – a única coisa que eu quero é matar
ele, se vingar por tudo que ele fez com a minha mãe. Ele foi o culpado pela
morte deles, ele é o culpado o tempo todo – Lorenzo me encara e me vê entrando
em desespero.
- Se acalma meu amor – ele fala passando a mão pelo meu
rosto.
- Eu passei a vida toda idolatrando ele\, você tem noção
disso? Meu tio era tudo para mim, na minha cabeça ele tinha me criado com tanto
amor. Eu me lembro dele na minha casa com os meus pais, eu me lembro. O meu pai
morreu acreditando que ele era o seu irmão, que ele era de confiança e me
entregou a ele para ele cuidar de mim, e tudo era um plano Lorenzo. – ele me
encara – A gravidez da minha mãe foi algo implacável para ele . Nunca foi
apenas uma organização criminosa no Brasil, ele mentiu para mim , ele me fez
acreditar que ele apenas comandava essa organização, enquanto ele me moldava
para ser a sua arma, para realizar todos os seus planos suicidas, enquanto na
verdade eu sou a verdadeira dona da máfia Australiana.
- Eu sinto muito por tudo – ele fala.
- Você tem noção de tudo isso? – eu olho para ele – você é o
chef da máfia francesa e eu por lei da máfia sou a sucessora do meu pai, nós
vamos ter um filho Lorenzo, o que torna ele muito poderoso nesse mundo.
- Ele não vai encostar em você e nem no nosso filho – ele
fala – isso eu te prometo que ele não vai.
- Sempre foi um plano a gente se envolver dessa forma – eu
falo e ele me encara – desde o começo, o meu tio sabia que poderia alimentar
dentro de mim a vingança sobre a morte dos meus pais, ele me criou para matar
Saimon e Samuel , ele me treinou para isso. Só que quando ele viu que você
também poderia se tornar uma pedra no sapato dele, ele deu um jeito que a gente
se encontrasse e foi moldando o nosso relacionamento.
- Esquece o seu tio\, eu prometo que eu mesmo vou acabar com
ele – ele fala.
- Eu não quero que você faça nada – eu olho para ele – quem
irá matar o meu tio vai ser eu mesmo.
Eu saio pegando a chave do meu carro e vou em direção a
porta.
- Beatriz\, volta aqui! – Lorenzo grita e eu saio correndo
para o elevador, aperto os botões rapidamente e ele se abre e eu entro –
Beatriz, não desça nesse elevador.
Foi a última coisa que eu escutei Lorenzo falando, ele
realmente acha que iria mandar em mim? Que iria me fazer escuta r ele? Confesso
que ele saber toda a verdade e ter me escondido nesse momento não fazia tanta
diferença, o que realmente me deixava irritada era ter confiado em meu tio,
irritada não, me deixava muito nervosa.
Agora eu sei tudo que a minha mãe sofreu nas mãos daqueles
filhos da puta e que eu não tinha apenas que me vingar pela morte deles e sim
por todos os anos que eles a torturaram e ela teve que guardar para si mesmo
todos os seus segredos, até mesmo de meu pai que era um homem tão apaixonado
por ela.
Flash black onn
Eu e minha mamãe estamos brincando de pintar na sala.
- Aqui\, pinta de rosa – ela fala apontando para o desenho e
eu sorrio para ela.
- Assim? – eu pergunto
- Lindo minha pequena Beatriz – ela fala beijando a minha
testa.
A porta se abre e era o papai.
- Papai – eu falo correndo até os seus braços.
Ele se abaixa e sorri para mim.
- Você está cada dia mais linda minha princesa – ele diz e
eu dou um beijo em seu rosto – o que vocês estão fazendo?
- Estamos pintando – eu falo sorrindo para ele – olha como
está ficando lindo o nosso desenho – eu pego mostrando para ele.
- Duas artistas – ele fala sorrindo e minha mãe se levanta.
Eu me sento para continuar pintando e ele vai ao encontro
dela, beijando a minha mãe.
- Eu te amo – ele fala para ela sorrindo.
- Eu também\, estamos felizes que você chegou antes Fred –
ela diz sorrindo para ele.
Flash black onn
Minha mãe sorria o tempo todo para nós escondendo todas as
suas tristezas e todos os seus segredos, ela poderia ter pedido ajuda e para
não colocar em risco a minha vida e do meu pai, ela ficou em silêncio, apenas
contando com a sorte e nada mais.
Eu estaciono o carro na frente onde o meu tio está hospedado
e pego a minha arma colocando no colo, o bebê começa a chutar e eu passo a mão
pela minha barriga.
- Se acalma meu amor\, essa guerra está terminando – eu falo
vendo meu tio saindo do hotel – eu vou colocar fim nela ainda hoje. – eu pego a
arma na mão e desço do carro.
Capítulo
1
Antonio
narrando
31 anos antes...
- Aqui estão todas as garotas do orfanato – Saimon fala –
consegui pegar os dados de todas.
- Selecionou as que a gente precisa? – Jean Carlos pergunta
para o filho.
- Acho que vão gostar dessa aqui – ele fala escolhendo a
foto – Sophia Moreira, ela é brasileira, seus pais tentaram entrar na Australia
ilegalmente quando ela tinha apenas 4 anos de idade, o barco afundou, os pais
morreram e a menina sobreviveu porque um dos passageiros conseguiu salvar ela e
colocar ela dentro de um pequeno bote que tinha no barco, ela foi levada para o
orfanato e ainda está lá.
- Interessante – eu falo – e a família que ficou no Brasil?
- Todo mundo acredita que ela morreu – Saimon responde – Ela
foi levada direto para um orfanato, nenhum consulado nem o governo da
Australia, quis gastar dinheiro mandando-a de volta, então decidiram jogar ela
em um orfanato com poucas condições, seria mais barato para eles do que todo o
trabalho de enviar ela para o Brasil.
- Será que ela vai ser a nossa primeira garota Antonio? –
Jean Carlos pergunta. – Ela não tem família, todo mundo acredita que ela está
morta, ela é uma indigente para o resto do mundo.
- Você tem mais fotos dela? – eu pergunto.
- Aqui estão algumas fotos que nossa amiga monitora tirou
dela para avaliação médica – ele fala colocando fotos dela apenas de calcinha e
sutiã sobre a moça – é bonita.
- Ela realmente é bonita\, seu rosto é angelical e faz
qualquer homem acreditar que é muito inocente – eu pego uma foto na mão.
- O corpo dela também é bonito\, algumas cirurgias e
exercícios ela fica sensual a ponto de conquistar qualquer homem e levar ele
para cama. – Jean Carlos fala.
- Posso ensinar ela vários truques – Saimon fala levantando
as mãos e a gente começa rir.
- Eu vou buscar ela no orfanato – Jean Carlos fala – se por
acaso der errado, a gente mata e busca outra, até encontrar a garota certa.
- Meu pai está ansioso para esse negócio – Eu falo – vai dar
um bom dinheiro se a gente conseguir treinar ela.
- E o seu irmão sabe dos negócios? – Jean Carlos pergunta.
- Não\, meu pai não contou a ele. Frederico é um homem muito
certo em relação as mulheres, não sabe como é bom brincar com elas e como elas
podem se tornar tão perigosas – Eu respondo.
- Eu vou trazer a garota para cá – ele fala.
- Eu prefiro ficar ainda no sigilo – Eu respondo – eu tenho
planos para ela futuramente.
- Quais? – Samuel pergunta
- Meu pai já tem idade e a qualquer momento ele pode morrer
e se isso acontecer, meu irmão assume tudo – eu falo – nada do que uma boa
mulher para mexer com a cabeça de um homem.
- Você já está pensando longe – Jean Carlos fala – vamos
primeiro trazer ela para cá e ver o quanto essa garota pode ser útil para nós.
- Meu pai tem razão\, só que eu tenho certeza de que ela é
perfeita para o que a gente quer – Saimon fala.
Jean
Carlos narrando
- Sophia – A diretora do orfanato fala olhando para ela –
Esse é Jean Carlos.
Sophia me encara meio tímida e parecia querer advinhar o que
está acontecendo aqui, ela coloca as suas mãos na frente do seu corpo e coloca
uma sobre o seu braço.
- Olá Sophia – eu falo sorrindo e me levantando – é um
prazer conhecer uma menina tão doce e bonita que nem você.
- Dê Oi a ele Sophia\, não seja mal educada – A diretora fala
para ela e ela ainda me olha desconfiada.
- Oi\, é um prazer conhecer o senhor Jean Carlos – ela fala
dando um leve sorriso.
Eu devolvo o sorriso a ela.
- Sophia\, esse senhor é um dos empresários mais famosos da
Australia, você teve sorte – A diretora fala se aproximando dela.
- Sorte? – ela pergunta.
- Você foi adotada por ele – A diretora diz e depois me
encara – Agora você terá uma casa, você terá irmãos, vai poder frequentar
escolas, ter amigos – ela passa a mão pelo rosto de Sophia lentamente – tudo
como você sempre quis.
Ela olha para diretora com um olhar estranho, ela arqueia as
sobrancelhas para mim.
- Eu preciso realmente ir? Eu gosto tanto daqui – ela fala .
- Sophia\, querida – A diretora fala encarando ela – não seja
mal educada, a chance que você está tendo é única. Esse homem ele é milionário,
você terá todas as chances na vida de crescer.
- Tenho certeza que você vai gostar da sua nova ida – eu falo
me aproximando ela – não quero te fazer mal, o sonho de minha esposa sempre foi
ter uma filha mulher, ela faleceu a alguns meses e me fez prometer que eu
cumpriria o seu sonho, que eu adotaria uma menina – ela me olha. – Você será
muito bem vinda a sua nova família.
Ela apenas assente com a cabeça, a diretora manda ela ir
organizar as suas coisas e ela sai da sala.
- Me perdoe por isso – A diretora fala – ela está nervosa\,
está aqui a oito anos e nunca ninguém cogitou em adotar ela pelo único motivo
de ser brasileira.
- Eu entendo\, ela está nervosa - eu falo – aqui está o que
eu prometi para você, como você sabe as mídias são curiosas demais e se saber
que adotei uma menina de 12 anos pode ser que leve para maldade, só que tudo
que eu quero é cumprir a promessa que fiz a minha esposa no leito de sua morte.
- Você é um homem digno seu Jean Carlos – ela fala sorrindo
– tenho certeza de que Sophia será muito feliz e fique tranquilo ninguém irá
saber que você adotou ela.
- Obrigado – eu falo para ela.
Sophia volta para sala da diretora com uma pequena mochila
em suas costas.
- Seja feliz minha pequena Sophia – A diretora fala para ela
e os seu olhar é de medo.
- Me deixe ficar – ela fala – tem as crianças\, eu cuido
deles.
- Eles ficarão bem e você também – Ela fala. – agora vai –
ela fala apontando para que ela viesse comigo.
Sophia com muito medo anda até minha direção, eu assinto
para ela e ela me segue até o carro.
- Você vai gostar da sua nova casa – eu falo para ela que
escuta tudo em silêncio – você não terá que fazer mais nada, apenas cuidar do
seu futuro – ela me encara. – terá empregados, irmãos e uma vida tranquila e
feliz. – Eu falo colocando a minha mão sobre a sua perna e ela me encara dando
um sorriso falso.
Assim, que chegamos em casa, ela desce olhando tudo com
muita atenção, entramos dentro de casa e ela parece paralisar olhando o tamanho
dela.
- Saimon\, Samuel – eu chamo os meus dois filhos que tem 18
anos, mas já me ajudam muito nos meus negócios, eles são gêmeos – Essa aqui é
Sophia, a nova irmã de vocês. – os dois encaram ela – estamos realizando o
último desejo de nossa querida Amélia.
- Prazer\, Sophia – Saimon se aproxima dela
- Oi Sophia – Samuel fala de longe.
Ela olha para os dois assustados.
- Oi – ela fala baixo e tímida.
- Não precisa ficar tímida\, agora vamos formar uma grande
família – eu falo colocando a minha mão sobre o seu ombro – Saimon, leve sua
nova irmã até o novo quarto dela.
- Com todo prazer – ele fala olhando para ela – venha comigo
Sophia – Sophia o acompanha até o andar de cima.
Capítulo
2
Jean
Carlos narrando
Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos
os passos de Sophia em seu quarto.
- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon
pergunta quando entra.
- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz
que colocou câmera no banheiro também, pai.
- Coloquei meninos\, apenas na parte do chuveiro e da
banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será
preciso fazer para moldar ela – eu falo.
- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o
que queremos? – Samuel pergunta.
- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento –
Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na
Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém
procurando por ela.
- Saimon tem razão\, isso já faz ela ganhar pontos\, eu irei
conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que
passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela sempre
desejou na vida.
- Meu pai – Samuel fala – Espero que vocês dois esteja certo
no que estão dizendo para a gente não perder tempo com uma mulher que pode nos
trair no futuro.
- Quem passar pelo nosso treinamento meu irmão\, nunca mais
irá pensar por si mesmo – Saimon fala. – não terá mais desejo próprio e muito
menos sentimentos.
A gente a observa no quarto, faz alguns dias já que ela está
aqui e ela ainda está bastante assustada, nas refeições ela ainda não falava
nada.
- Vamos entrar em ação o quanto antes – Eu falo. – Busque
sua irmã Saimon.
- Não precisa pedir duas vezes papai – ele fala.
A vontade de criar um grupo de mulheres poderosas surgiu
algum tempo conversando com Antonio e seu pai, era dificil se vingar e matar os
nossos inimigos sem que alguém investigasse ou desconfiasse. Então começamos a
investigar como era a forma mais rápida de chegar neles e percebemos que as
mulheres consegue envolver um homem tão rapidamente que nem uma cobra envolve
sua presa. A primeira seria Sophia que irá passar por todo o treinamento
necessário, a gente iria tentar moldar ela da nossa forma e se desse certo, a
gente iria fazer igual com outras mulheres e assim a gente teria armas humanas
andando pelo mundo matando por nós, se uma fosse descoberta, a gente as matava
e seria eliminada e depois treinaria mais uma em seu lugar, fazendo com que o
ciclo nunca terminasse.
- Papai – Samuel fala se aproximando de mim. – o que vocês
vão fazer com essa garota de verdade? Vocês vão machucar ela?
- Calma – eu falo para ele – vamos treinar ela para dor\,
para tortura, vamos dar uma nova chance de vida para ela, vamos treinar ela
para matar, para obedecer e ser uma grande mulher.
- O senhor não acha que está brincando de mais de como ser
Deus? – ele pergunta.
- Samuel para de ser bobo\, você sabe o que a gente faz aqui\,
você sabe todos os inimigos que a gente tem, precisamos inovar e está a frente
deles, daqui a pouco um deles entra por essa porta e mata a gente e ai eu quero
ver como será.
- Ela não tem culpa de nada – Samuel fala.
- Ela é mulher e mulher nasceu para seguir as nossas ordens
– eu falo a ele – você precisa aprender como se trata uma mulher Samuel.
Quando ele ia falar algo, a porta é aberta e era Saimon com
Sophia.
- Chegamos papai – Saimon fala.
- Querida Sophia\, você dormiu bem? – eu pergunto para ela.
- Sim – ela fala sorrindo.
- Estamos muito felizes de ter você aqui com a gente – eu
falo para ela e me aproximo dela encostando a minha mão agora em seu queixo e
fazendo seu rosto levantar-se para encarar os meus olhos.
- O senhor queria falar comigo – sinto um nervosismo em sua
voz.
- Sim – eu respondo para ela sorrindo – Eu te tirei daquele
orfanato porque vi em seus olhos que você era uma garota sonhadora, cheia de
vida e que tinha muitos desejos para realizar nessa vida e um desses desejos
era – eu a viro para ela se olhar para o espelho – ser livre e se tornar uma grande
mulher no futuro.
Saimon e Samuel se senta no sofá e nos encara, ela se encara
no espelho e depois me encara através dele, eu sorrio para ela passando as
minhas mãos pelos seus ombros.
- Eu não estou entendendo o que você quer dizer – ela fala.
- Você perdeu os seus pais muito jovens\, o governo tirou
você de sua família quando decidiu não te enviar novamente para o Brasil, você
deve ter muito rancor dentro do seu coração – eu encosto as minhas mãos em seus
ombros, baixando a alça da sua blusa. – Eu quero te tornar uma mulher invencível,
uma mulher que todos vão temer, vão elogiar, vão se espelhar e querer ser
igual. Eu vejo potencial em você, você fará parte da nossa equipe, uma equipe
que está sempre junto, batalhando junto. A gente quer o seu bem minha pequena
Sophia – ela me encara – e você sabe disso – eu beijo o seu ombro e sinto que
sua mão começa a tremer e eu viro ela novamente para mim – olha nos meus olhos
e apenas me responda, se você confia em mim, confia que eu quero o seu bem e
que eu quero te ensinar a ser uma mulher forte, uma mulher que vai conseguir se
defender sozinha de todos que tentarem te fazer mal. Eu sei que você sofreu
muito dentro daquele orfanato e eu quero mudar a sua vida a partir de hoje. –
ela nem pisca os olhos – você confia em mim, pequena Sophia?
Eu passo a minha mão lentamente pelo seu rosto.
- Eu sei que os seus pais te amava de mais e vieram para cá
querendo o seu bem, querendo te dar uma vida melhor – seus olhos se enche de
lágrimas – você deve ter lembranças lindas com eles, então está na hora de você
fazer com que eles sinta orgulho de você, você sabe que pode dar orgulho a eles
não é mesmo? – ela assente – e você quer isso? – ela assente – então você
confia em mim?
- Confio – ela responde e eu sorrio para ela.
- Saimon vai te levar para o treinamento – ela me encara –
você vai sair de lá uma nova mulher.
Saimon se levanta e estende a sua mão para ela.
- Pelos seus pais e por você – eu falo para ela – me deixe
orgulhoso da minha nova filha – ela me encara e depois encara Saimon.
- Vamos? – ele pergunta sorrindo para ela e ela pega em sua
mão.
Ele a tira de dentro do escritório e a partir de agora, ela
não teria mais contato com ninguém, a não ser com quem ela precisasse ter.
(...)
Um ano se passou e Sophia nunca mais saiu do quarto
vermelho, ela vivia lá dentro e eu observava junto de Saimon, Samuel e Antonio
todo o seu treinamento.
- Seus gritos de dor é música para o meu ouvido – Antonio
fala.
- Ela resistiu os primeiros dias – Saimon fala – Até achamos
que ela não iria conseguir aguentar tudo que foi estabelecido a ela.
- Sophia não vai me decepcionar – eu falo olhando para a
tela da televisão – ela melhorou a sua mira rapidamente.
- Também\, ela errou duas vezes e você mandou queimar ela –
Samuel fala.
- É necessário aprender a lidar com a dor – Antonio fala
para ele – Quando ela aprender a não sentir mais dor, ela vai estar pronta.
- Se ela for pega\, descoberta\, ela vai ser torturada e vamos
ter que ter certeza que ela jamais vai abrir a boca e entregar a gente – Eu falo
– ninguém pode saber que estamos por trás desse projeto.
Eu encaro Saimon que olhava para Sophia com outros olhares,
eu sei que Saimon se encarregaria de moldar ela como a gente queria.
- O cirurgião enviou as mudanças que será feito nela –
Saimon fala – apenas no corpo, ele disse que seu rosto é perfeito.
Ele pega as fotos dentro de um envelope e coloca sobre a
mesa, eu as pego observando.
- Acredito que ainda não precise mexer em seus seios\, ela
ainda vai crescer e eles também vão – eu falo – até porque, ela é atraente da
forma que é.
- Ela tem apenas 13 anos\, eu concordo com meu pai – Samuel
fala.
- É – Saimon fala – ela está ficando cada vez mais bonita\,
quando ver a metade dessas cirurgias serão descartas.
- O importante é ela se tornar uma assassina fria – Antonio
fala – não podemos deixar com que ela tenha sentimentos, que ela se apaixone
por alguém, porque se isso acontecer, todo o treinamento pode ir por água baixo.
Eu olho para as cenas no monitor da televisão e abro um
sorriso em meu rosto, o meu plano estava começando a dar certo e eu em sinto
satisfeito por isso.
Capítulo
3
Saimon
narrando
Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou
doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o
treinamento dela pelas câmeras de segurança.
Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era
perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu
a vi.
Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para
frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria
sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.
- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura
direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será
punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e
ela atira, mas erra a mira novamente.
Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria
ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para
ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está
machucada.
- A arma é pesada – ela fala.
- Eu não perguntei Sophia se a arma é pesada\, você precisa
acertar o tiro e ponto final – eu falo me aproximando dela – eu pego o ferro
que tinha vários pregos afiado nele para baixo – estende a sua mão toda – ela
faz sem hesitar – olha para mim, em meus olhos – ela faz – Eu não quero ver dor
em seu rosto, em seus olhos e em seu corpo, se eu sentir o cheiro do medo e da
dor em você, as consequências será pior.
Ela estende a mão toda e eu bato três vezes com aquele ferro
forte em suas mãos, e a última vez faço questão que os pregos entre em sua pele
e puxo para rasgar ainda mais a pele da sua mão, e ela se mantém firme e forte
me encarando, sem hesitar em sentir dor ou demonstrar ela.
- Pega arma de novo – eu falo colocando o ferro em cima da
mesa – com a mesma mão – ela me olha e pega a arma com a mão machucada, ela
quase não conseguia segurar a arma, mas se mantém firme colocando-a para cima –
agora se concentra da mesma forma que você está se concentrando para não me
mostrar a sua dor. O que é melhor Sophia, você se concentrar para não sentir
dor ou você se concentrar e acertar para matar o inimigo? – eu falo em seu
ouvido quando eu paro atrás dela.
- Se concentrar para matar o inimigo – ela responde.
- E por que você não está fazendo isso? – eu pergunto para
ela – por que não está se concentrando em acertar para matar o inimigo?
- Me perdoe\, senhor – ela fala
- Estou ficando triste com você Sophia – eu falo e ela
engole seco – você não irá me decepcionar dessa vez, não é mesmo?
- Não irei – ela responde.
- Ótimo – ele fala – levanta o braço – ela faz –
concentração, arruma a mira da arma no alvo – ela arruma a arma – engatilha –
ela engatilha – atira! – eu grito em seu ouvido e ela atira, e sinto uma
respiração de alivio nela quando ela acerta a mira – novamente – eu falo e ela
faz todo o passo a passo e acerta novamente – de novo Sophia – eu falo e ela
atira novamente – quatro tiros um atrás do outro – Ela começa atirar e acerta
os quatro tiros.
Eu abro um sorriso satisfeito para ela, e ela abaixa a arma
e coloca sobre a mesa.
- Parabéns Sophia\, você finalizou mais uma etapa. Agora é só
continuar treinando todos os dias – eu falo me aproximando dela – deixa eu ver
sua mão – ela me estende a mão que sangrava muito. – Eu vou cuidar dos seus
machucados.
- Obrigada – ela fala me olhando.
Eu passo a mão em seu rosto, a gente entra para dentro do
quarto vermelho, eu pego o kit de primeiros socorros que tinha ali dentro.
- Pode tirar sua roupa – eu falo para ela.
Ela tira a sua roupa toda e fica de pé me encarando, eu
encaro seu corpo todo marcado pelo forte treinamento que o meu pai e Antonio
obrigaram ela a passar.
Ela se senta em uma cadeira e eu pego o kit de primeiros
socorros. Ela me encara e sinto que dentro dela ela estava preste a surtar.
- Lembra do que eu te disse Sophia? – eu pergunto para ela
que me encara –Quando você estiver na frente das pessoas que você confia,
apenas quando tiver as pessoas que você confia, você não precisa ser forte,
porque as pessoas que você confia são aquelas que vão conhecer sua fraqueza o
tempo todo e vão está aqui para te ajudar , a dor que você sente com os
castigos não é uma dor ruim, é uma dor que te deixa forte – eu pego o controle
desligando o áudio da câmera – me dê sua mão novamente – ela me estende a sua
mão e a sua mão sangrava muito – sua mão está doendo Sophia?
- Não – ela responde
- Tem certeza? – eu pergunto para você – você sabe que pode
confiar em mim. Então eu vou repetir a minha pergunta – ela me olha – está
doendo Sophia?
- Sim – ela responde – está doendo bastante – vejo uma
lágrima descer sobre seu rosto – é uma dor insuportavel.
- Eu estou aqui para cuidar de você – eu falo para ela
encostando em seu rosto – eu preciso estancar o seu sangue e vai arder
bastante. Você pode gritar – ela me olha com os olhos arregalados e eu viro o
líquido em sua mão para estancar o sangue que escorria e impedir que vire uma
infecção.
Ela começa a gritar de dor e eu seguro a sua mão forte para
que ela não mexa, eu seguro o seu rosto com a minha outra mão obrigando que ela
me olhe, as lagrimas descia silenciosa e ela respira fundo.
Eu faço o curativo em sua mão e depois enrolo um papel filme
nela.
- Você vai ficar bem\, eu prometo que irá – eu falo para ela.
– Eu não quero o seu mal Sophia, eu quero apenas o seu bem.
- Eu sei disso – ela fala.
- Eu fico feliz que você concorde que eu quero apenas o seu
bem – eu falo dando um leve sorriso a ela – venha, eu vou mandar trazer a sua
janta e vou te ajudar no banho.
Ela anda em direção ao chuveiro e eu o arrumo esquentando o
banho, normalmente ela tomava banho no gelado, mas por ela ter acertado os
tiros, ela ganharia essa regalia.
Além de ser uma arma para matar, ela tinha que virar uma
mulher envolvente, atraente e que envolvesse os homens na cama e em toda sua
sensualidade.
Ela entra de baixo do chuveiro.
- Você ensaiou a dança que eu mandei? – eu pergunto.
- Sim\, ensaiei a noite inteira – eu falo.
- E está pronta para me mostrar depois do banho? – eu
pergunto para ela.
- Sim – ela responde.
- Eu vou ficar feliz vendo você dançar? – eu pergunto a ela.
- Sim\, você irá ficar feliz – ela responde e eu sorrio para
ela encostando os meus dedos em sua boca e ela abre um sorriso de canto – você
sabe que quando me deixa feliz, você é muito bem recompensada.
- Sim\, por isso faço tudo para isso – ela responde.
Eu pego o sabonete e começo a passar pelo seu corpo, pelos
seus seios ensaboando-a toda, encosto minha mão em sua intimidade e encaro os
seus olhos encostando a minha boca na sua, ela corresponde todos os meus
toques.
- Se ajoelha – eu falo para ela – vamos ver se você aprendeu
como uma mulher deve satisfazer um homem.
Capítulo
4
Saimon
narrando
Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e
está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para
o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era
todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas
as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está
sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum
momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas
fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e
acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.
- Você chuta mais alto que isso\, não é mesmo? – eu pergunto
para ela.
Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar
os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao
mesmo tempo medo.
Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu
café da manhã e treinava tiro todas as manhãs, as 10h ela tinha aula até 12h,
onde aprendia o básico e inglês, espanhol e todas as línguas tradicionais,
12h30 ela almoçava e a 13h eu ia até lá para auxiliar o seu treinamento e
ficava com ela até a parte da noite, onde a noite eu treinava outras coisas com
ela e confesso que cada noite que passa ela ficava ainda melhor nisso. Eu não
queria descartar ela e possível tomei a frente do seu treinamento, se não desse
certo meu pai e Antonio iriam descartar ela que nem lixo e eu sei que ela tem
potencial para isso.
- Porra\, essa você acertou em – eu falo quando ela me dar um
soco forte, eu vejo que ela segura sua mão – está doendo? – ela nega – está
doendo sim, você precisa fechar mais a sua mão e dar o soco dessa forma – eu
vou com a minha mão fechada em sua direção e ela se defende colocando o corpo
para o lado e eu abro um sorriso para ela – sua defesa está ótima, parabéns. –
Ela abre um pequeno sorriso de volta.
- Eu posso tomar água? – ela pergunta
- Depois dessa defesa perfeita\, pode – eu falo para ela\, ela
estava suando e anda em direção onde tinha a sua garrafa de água, ela tira sua
camiseta ficando apenas com o top e eu a observo tomando água, até mesmo a sua
postura era outra e quando ela percebe que eu estou a observando, ela me olha.
– Daqui alguns meses você completa 16 anos de idade, o certo é você sair daqui
no dia que você completar 16 anos de idade.
- E depois que eu sair daqui o que acontece? – ela pergunta.
- Você vai estar pronta para trabalhar ao meu lado – eu falo
em aproximando dela – eu e você junto – ela sorri – mas, como seu treinador
posso dizer que você está tirando nota 10 em tudo, em todas as matérias do dia
– eu passo a mão pelos seus seios.
Eu abro um sorriso quando ela encosta a sua boca na minha e
ela me beija e eu correspondo o seu beijo, eu passo a minha mão por trás do seu
pescoço.
Escuto uma batida forte na porta e ela é aberta.
- Saimon – Samuel fala – papai\, acabou de falecer. – Eu o
encaro e depois encaro Sophia.
Eu tento digerir o que ele acabou de me falar, ela me olhava
o tempo todo e seu olhar era meio de desespero, ela nos tinha três como seus
protetores e que deram a oportunidade para ela de uma vida nova, mesmo com
tantas torturas e sofrimentos.
- Entra para o quarto - eu falo para ela - Treine com os
brinquedos que eu deixei com você na semana passada, treine até eu voltar. –
ela assente com a cabeça.
Ela se vira e vai para o quarto e eu aperto o botão para que
o quarto se tranque, eu corro para o quarto e vejo meu pai morto em cima da
cama.
Eu me aproximo dele e não consigo acreditar que meu pai, meu
herói, meu melhor amigo tinha falecido. Nós perdemos a nossa mãe no parto e
fomos criado apenas por ele, que mesmo sendo um homem tão frio com os outros,
sempre foi um bom pai para nós.
- E agora? – Samuel fala – o que vamos fazer?
- Seguir o que ele criou – eu falo
- Solta aquela garota – Samuel fala – ele está morto.
- Sophia você diz? – eu pergunto e ele assente e eu nego com
a cabeça – Sophia está pronta para realizar todos os desejos e sonhos que o meu
pai sempre teve, ela vai começar eliminando um a um da lista que ele criou.
Antonio entra no quarto e se aproxima do corpo do meu pai e
fecha os olhos.
- Eu sinto muito meninos – ele fala.
- Ele estava muito doente – eu falo – ele já tinha me
deixado no comando de tudo, ele já imaginava que não iria sobreviver.
- Você será o grande sucessor do seu pai – ele fala me
olhando.
- Eu prometi isso a ele no leito de sua morte - eu falo - e
estou cumprindo com a minha palavra. A sua arma mais perigosa e valiosa está
pronta. - Antonio me encara abrindo um sorriso.
- Você está falando sério? - ele pergunta.
- Como ele sempre sonhou - eu falo para ele.
Eu me aproximo do meu pai e fecho os seus olhos lentamente.
- Descansa em paz meu pai – eu falo para ele e Samuel apenas
nos encara.
Meu pai sempre disse que Samuel tinha puxado muito a mamãe e
eu a ele, a gente tinha personalidades fortes, mas completamente diferentes. E
tanto eu como Samuel a gente sabia que só eu iria conseguir levar para frente
tudo o que o papai construiu.
(..)
Algumas semanas se passaram e eu comecei a colocar Sophia em
ação, coloquei ela para brigar com alguns dos nossos homens e como eu imaginei,
ela não tinha sido treinada para apanhar.
Um deles vai para cima dela com uma faca e rapidamente ela
consegue tirar a faca da mão dele e furar a sua mão, o homem sai gritando.
Eu a observava por trás de um vidro preto junto de Antonio.
- Você fez seu trabalho direitinho – ele fala me olhando.
- Eu te avisei que eu não entrei aqui para treinar por
brincadeira e sim para valer – eu falo – Sophia é a minha garota e eu a moldei
como eu quis. Ela confia em mim.
Capítulo
5
Sophia
narrando
Meu corpo está dolorido por causa da recuperação da cirurgia,
eu me olho no espelho e não existia mais marcas de nada em meu corpo. Tinha
sido uma cirurgia agressiva em todo meu corpo e eu sentia bastante dor.
- Como você está se sentindo? – Saimon fala entrando em meu
quarto – você deveria estar deitada e não de pé.
- É que\, eu precisei ir ao banheiro – eu respondo.
- Deita-se – ele fala – eu vou passar essa pomada hidratante
em seu corpo, tira roupa. – eu assinto.
Eu me aproximo da cama e tiro o roupão e depois a minha
camisola, ficando nua na frente, eu me deito com dificuldade de barriga para
baixo.
Faz alguns meses que ele me trouxe para dentro de casa, eu
continuava os meus treinamentos, mas conseguia morar aqui, andar pela casa e
até mesmo no pátio. Ele estava me preparando para uma grande noite que
aconteceria em algumas semanas.
- Você ficou ainda mais bonita – ele fala encostando suas
mãos sobre o meu corpo e me fazendo suspirar de dor – calma – ele fala passando
delicadamente o hidratante gelado pela minha pele – toda dor vale a pena.
Eu olho para ele de canto de olho e ele me encara e continua
passando o hidratante pelo meu corpo, ele cuidava de mim apesar de tudo, ele se
preocupava comigo.
- eu preciso de um remédio para dor – eu respondo para ele.
- Por que não pediu para o medico quando ele veio te ver?
Ele não me receitou nada – ele questiona e eu sei que as suas perguntas sempre
tinha um pouco de teste.
- E mostrar minha fraqueza a ele? – eu pergunto – eu só
confio em você. – ele sorri e me vira de frente com cuidado, passando o
hidratante pelos meus seios.
- Eu gosto que você confie em mim\, Sophia – ele fala – tenho
uma grande notícia para te dar.
- Qual? – eu pergunto
- Seu primeiro dia será hoje – ele fala. – eu preciso de
algumas informações sobre a máfia australiana e você vai poder tirar elas hoje
em uma festa.
- Como você quer que eu faça isso? – eu pergunto
- Está vendo esse anel? – ele fala tirando do bolso – aqui
dentro vai ter um pozinho que vai fazer o chef dormir, você vai acessar o
celular dele com esse pen drive, vai puxar tudo automático, mas não se preocupa
eu te acompanharei o tempo todo.
- Como é o nome dele? – eu pergunto
- George – ele responde – eles tem negócio com a gente\, os
seus filhos Antonio e Frederico, quero saber se o pai dele sabe o que
negociamos.
- Você acha que eu consigo? – eu pergunto
- Eu não te treinei para isso? – ele me questiona. – todos
esses anos Sophia? Será que você vai ser capaz de me decepcionar dessa forma? –
eu o encaro e ele passa a sua mão pela minha intimidade – eu espero que não.
- Eu não irei te decepcionar – eu falo para ele.
- Eu sei que não\, da mesma forma que você confia em mim\, eu
confio em você – ele fala.
Eu estou muito nervosa, era a primeira vez que eu entraria
em ação depois de 4 anos de treinamento, eu respiro fundo enquanto ele ainda
passava o hidratante pelo meu corpo, depois eu me sento para me arrumar, eu
tinha feito até isso, cursos de maquiagens, de como me vestir, ser atraente.
Eu tremia passando o batom vermelho pela minha boca, eu só
me arrumava para Saimon, ele está sentado na cama me observando e eu tentava
passar que eu estava muito tranquila, eu não queria decepcionar ele.
Eu coloco um vestido vermelho, um salto preto e ele vem em
minha direção me entregando o anel.
- Despeje isso no copo para entregar a ele quando vocês
estiverem no quarto já – ele fala – seja envolvente como é comigo todas as
noites, você não pode falhar Sophia.
- Eu não irei – eu falo e coloco o anel sobre o meu dedo.
- Você lembra como se dirige não? – ele me entrega a chave
do carro – esse é o seu celular, seu gps, sua arma, cartão de credito e
dinheiro. – ele coloca tudo na bolsa e me entrega – a partir de agora tudo isso
é seu, você vai poder ter uma vida livre, compras, shopping, escolher suas
roupas, só não pode fugir do seu destino.
- Você está falando sério que eu vou ter um carro? – eu
pergunto a ele.
- Tudo isso e mais um pouco\, basta as coisas saírem como planejado
– ele fala. – esse é o endereço e esse a foto de George, seu nome é Melina e
você é a garota acompanhante dele. Ele vai estar te esperando na festa e a
gente se encontra lá, mas – ele se aproxima – lembra, ninguém pode achar que a
gente se conhece.
- Pode deixar – eu falo a ele.
Eu entro dentro do carro sem acreditar que ele tinha me dado
a chave, ele tinha me ensinado tudo, Saimon era bom para mim.
Saimon
narrando
- Ela foi? – Antonio fala saindo do escritório.
- Sim – eu respondo.
- O primeiro passo vai ser dado – ele fala.
- Será que ela vai dar conta? – Samuel pergunta
- Vai – eu respondo – eu confio na minha garota.
- Meu pai vai estar morto – ele fala.
- Eu segui o que combinamos não disse a ela que ela iria
matar ele – eu falo – apenas disse que precisava de algumas informações, eu
disse para ela colocar pouco pó, pegar colocar o pen drive no celular para
apagar todo o histórico e sair de la.
- De qualquer forma vamos estar lá para ficar de olho nela –
Antonio fala. – E amanhã vamos ter um enterro.
- Você não se sente mal matando seu próprio pai? – Samuel
pergunta para Antonio.
- Me sentiria se eu não o matasse – Antonio fala para ele.
Eu acompanho em tempo real a localização de Sophia em meu
celular, quando chegamos na festa eu consigo ver ela de longe com George,
Frederico estava fora da Australia e só chegaria amanhã já com a notícia da
morte do pai, só que Antonio sabe que ele seria o sucessor do pai, já que
Frederico é o mais velho.
Eu observava cada passo de Sophia de longe e como eu
imaginei, ela não iria me decepcionar, ela levava uma conversa descontraída com
George e os seus outros sócios, deixou todos eles envolvido em seu sorriso, em
seu corpo e em seus gestos. George olhava para ela com um olhar de admiração, e
ela chamava atenção de todos a sua volta.
- Eles estão subindo – Samuel fala se aproximando de mim.
- Eu vou dar uma volta e subo também – eu respondo.
Antonio não veio ao jantar, criou um álibi para não parecer
culpado e ninguém desconfiar dele.
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Comments
Solange Coutinho
Começando a ler hoje as20h 40min em 21 de outubro de 2023 e achando a historia interessante com muita pena da Sofhia por ter encontrado em criança uns seres tão ruins maldosos hipócritas canalhas a menina perdeu sua infância sua pureza nas mãos desses monstros lamentável a vida drssa menina
2023-10-22
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