3

Frederico

narrando

- Você não pode parar com todos esses projetos – Antonio

fala.

- É perca de dinheiro e não podemos perder dinheiro dessa

forma – eu falo.

- Vai cancelar todos os projetos com Saimon? – ele pergunta

– ele é nosso amigo de infância.

- Ele pode ser o nosso amigo de infância\, mas eu não vou

admitir uma coisa dessa – eu respondo – não com o nosso dinheiro, se ele quer

fazer uma quadrilha de mulheres, ele que faça sozinho.

- Você não aceita nada que eu estou impondo – Ele fala me

olhando – eu também sou herdeiro.

- Quem é o chef aqui sou eu Antonio\, você é totalmente

irracional e não entende nada de negócios – ele me encara – nesses cinco meses

que o papai morreu, eu só vejo dinheiro sem transbordado. Precisamos de armas

de verdades, de munição, de homens treinados.

- Faça como quiser\, você é o chef – ele fala chutando tudo e

saindo do escritório com raiva.

Eu encaro pela janela a sede da máfia e vejo o movimento lá

fora dos homens sendo treinados, eu fiquei anos fora estudando e meu pai pecou

de mais nos treinamentos dos nossos homens e dos nossos negócios, retomar tudo

e colocar a gente sobre o controle de tudo estava sendo muito dificil.

Por isso mataram o meu pai tão fácil, ele não tinha a

proteção que um chef de máfia precisava e muito menos um pulso firme, um chef

de uma máfia não tem piedade de ninguém como ele tinha e não se envolvia com

ninguém da forma que ele fez com aquela garota naquela noite.  A gente tinha inimigos, negócios milionários,

armas poderosas e muito dinheiro em jogo e ao mesmo tempo muitas mortes para

colecionar em nossas costas.

Tudo tinha que ter o seu devido controle, coisa que Antonio

não iria conseguir fazer jamais.

Saimon

narrando

Antonio entra dentro do escritório e parecia muito nervoso.

- Você foi atrás das novas garotas para ser treinadas? – ele

pergunta.

- Não – eu respondo.

- Frederico cortou a verba – ele fala

- Como é? – eu pergunto

- A verba de todos os projetos que a gente tinha junto com

meu pai – ele fala – aquele filho da puta está me dando muito trabalho, eu

preciso dar um fim nele.

- Estou vendo que Frederico será uma pedra no nosso sapato –

eu falo – as garotas treinadas iriam agir junto com a máfia Australiana, você

acha que foi certo matar seu pai? Estou vendo que isso me trouxe ainda mais

problemas, pelo menos ele nos apoiava.

- Eu preciso entrar no poder – ele fala.

- Se Frederico morrer agora\, todos vão se virar contra você\,

alguém mais esperto existe nesse mundo, precisa dar um tempo – eu falo.

- Eu preciso enfraquecer ele – ele fala – Frederico está

agindo pelas minhas costas, ele e aquele Kaio , acredita que ele colocou ele

dentro da empresa?

- Precisamos achar um plano – eu falo – para fazer Frederico

dependente de nós.

- Podemos usar Sophia – ele fala.

- Não – eu falo – ela já falhou uma vez\, irá falhar de novo.

- Você disse que não descartaria ela e eu também coloquei

dinheiro em cima dela – Antonio fala – ela é uma sociedade nossa.

- Você já a usou para matar o seu pai – eu falo.

- E você está usando para ganhar dinheiro e muito dinheiro –

ele fala – comprou cassino, apartamentos, restaurantes de luxos, empresas de

tecnologia. Tudo com o dinheiro que ela consegue nos golpes que você está

fazendo ela fazer. Eu sei que ela está matando sem piedade. Agora é a minha vez

de usar ela.

- Eu não acho certo – eu falo.

- Então me pague 780mil dolares pela sociedade – ele fala.

- Como é? – eu pergunto

- 780 mil dolares e a garota é toda sua – ele fala.

- Você está de brincadeira comigo\, isso é muito dinheiro –

eu falo dando um soco na mesa.

- Então\, faça ela se envolver com Frederico\, começamos um

plano, enfraquecemos ele e tiramos ele do poder – Antonio fala – depois disso,

Sophia é toda sua.

Eu fecho os olhos e respiro fundo.

- Eu não irei perder ela – eu falo.

- Você não vai perder ela\, um envolvimento de alguns meses é

tudo que a gente precisa – Antonio fala – se ela conseguir tirar ele do poder e

me colocar lá dentro, além de te deixar Sophia para você, eu te transfiro 1

milhão de dolares e fechamos todas as parcerias no futuro.

- Você disse um milhão de dolares? – eu pergunto

- E a máfia australiana irá pegar apenas de você todas as

produções de armas e arsenal – ele fala – sua empresa produz e irá produzir

mais ainda para nós. Você só precisa colocar ela no meu plano.

Eu respiro fundo e o encaro.

- Qual é o seu plano? – eu pergunto para ele e ele começa a

me explicar todo ele.

Antonio sai e eu começo a bater a caneta na mesa, eu entro

dentro do quarto e encontro Sophia penteando os cabelos.

- Frederico – Eu falo jogando a foto dele em cima da mesinha

que ela tinha suas coisas – É a sua nova vitima.

- Frederico\, não é filho de George? – eu assinto – eu não

corro risco dele me descobrir?

- Não – eu falo. – fica tranquila\, só que o plano com ele é

um pouco mais intenso.

- Como assim? – ela pergunta

- Senta\, que eu te explico – eu falo e ela me encara.

Capítulo

10

Sophia

narrando

Saimon tinha me passado um plano muito bem elaborado e

parece que ele não tinha sido planejado de uma hora para outra, demorou muito

tempo para ele ser desenvolvido.

- Você acha que consegue? – ele pergunta.

- Sim – eu respondo a ele – eu prometo que irei te fazer

feliz.

- ótimo minha menina – ele responde.

Eu fui adotada pelo seu pai quando eu tinha 12 anos de idade,

eu fui treinada para atirar, lutar, matar, ser forte e não sentir dor nenhuma.

Eles colocaram na minha cabeça que eu teria um destino muito ruim se tivesse

ficado naquele orfanato e que até o pior poderia ter acontecido, Saimon me dava

uma vida boa, dinheiro, carro, cartões, eu tinha tudo que eu queria.

Eu me deito na cama sobre o peito de Saimon, e ele passa as

mãos pelas minhas costas, ele nunca mais tinha encostado um dedo em mim, eu

tinha feito uma nova cirurgia para esconder as cicatrizes.

Eu fico deitada sobre o seu peito pensando nos dois

risquinhos de positivo que tinha dado naquele teste de farmácia, ele era o pai,

eu nunca chegava a me envolver com outros homens até o fim, faz algumas semanas

que eu fiz o teste de farmácia e fiquei em silêncio sem contar nada e ele,

porque eu não sabia como contar, eu não sabia se ele ia surtar ou aceitar, mas

eu não conseguia esconder mais nada dele.

- Você já pensou em ser pai Saimon? – eu pergunto e ele

quase se engasga com nada.

- O que você está perguntando? – ele questiona.

- Sobre filhos – eu pergunto e ele parece me olhar

pensativo.

- Você pensa em ter filhos Sophia? – ele pergunta se

sentando na cama e agora me encarando sério.

Eu não iria conseguir esconder nada dele, eu nunca conseguia

não dizer a verdade a ele.

- É que – eu começo a gaguejar.

- Você vai mentir para mim agora Sophia? – ele pergunta

- Eu estou grávida Saimon – eu falo e ele me olha com os

olhos arregalados.

- O que você disse? – ele pergunta.

- Que eu estou grávida – eu falo – estou esperando um filho

seu.

- Isso só pode ser mentira – ele fala passando a mão pelo

rosto e se levantando e pega o seu celular – você está mentindo, não está?

Quando você descobriu?

- Hoje à tarde – eu respondo.

Ele caminha de um lado para o outro mexendo em seu celular e

eu começo a ficar nervosa.

- Saimon\, me responde algo – eu falo.

- Essa gravidez não vai ir para frente – ele fala – se

arruma Sophia, agora.

- Para onde vamos? – eu pergunto.

- Se arruma – ele fala.

- Pensa melhor Saimon\, é uma vida – eu falo.

- Sophia eu não passei todos esses anos\, 6 anos te treinando

para você engravidar, para você virar mãe. Essa criança não vai existir – ele

fala.

- Ela está aqui Saimon\, você é o pai – eu falo.

- Essa criança não vai existir! – ele grita – você me entendeu?

Você não foi treinada para ser mãe, você foi treinada para ser uma assassina –

ele fala dando um soco na mesa – se arruma Sophia, agora. Se não eu vou te

levar a força para o hospital.

Eu apenas assinto com a cabeça e ando até o closet trocando

a minha roupa, eu volto e ele já está vestido e parece muito nevoso, eu me

aproximo dele e ele apenas sai do quarto e eu ando atrás dele.

- Vocês vão sair? – Samuel pergunta e eu seguro as minhas

lagrimas.

Entramos dentro do carro e eu deixo as lagrimas saírem pelo

meu rosto.

- Por que está chorando? – ele pergunta – você não pode

chorar – ele liga o carro.

- Você me disse que com você eu poderia me dar o privilégio

de ser fraca e é isso que estou fazendo – eu falo.

- Você queria essa criança? – ele pergunta.

- Podemos conciliar tudo – eu falo e ele nega rindo.

- Conciliar com o que? Com o crime? Com golpes? – ele

pergunta – com choro, noites sem dormir? Com você nove meses enjoando e

engordando Sophia? Isso está fora de cogitação. Nove meses da sua gravidez pode

ser nove meses que algum inimigo nosso, nos mate.

- Saimon – eu falo para ele – por favor\, me escuta.

- Esquece essa criança – Ele fala – você nunca será mãe – eu

o encaro – isso está fora de cogitação. Vinicius vai tirar de dentro de você

tudo que possa te fazer gerar um filho – eu arregalo os olhos para ele e depois

olho para frente.

Eu começo a ficar desesperada com o que ele me disse e eu

nem sei por que fiquei tão nervosa com toda essa situação, com a possibilidade

de não poder ter mais filhos.

- Tira essa criança dela – Saimon fala para doutor Vinicius

quando chegamos em uma clínica que eu nunca tinha entrado.

- Precisamos ver de quanto tempo ela está – ele fala.

- Isso realmente é necessário? – eu pergunto e Saimon me

encara estranho.

- Sim\, precisamos ver de quanto tempo você está – Vinicius

fala – para saber qual procedimentos vamos tomar.

Eu engulo seco.

- Por que está com medo de algo? – Saimon pergunta

desconfiado e eu nego com a cabeça.

- Deita-se – Vinicius fala.

Eu me deito na maca e eu levanto a minha blusa, ele encosta

em mim pedindo permissão e coloca o gel sobre a minha barriga, ele coloca um

aparelho em minha barriga e começa aparecer algumas manchas brancas e pretas em

um telão, ele liga o som de um coração batendo.

- O que isso significa? – Saimon pergunta.

- A estatura de Sophia é pequena – ele fala – então

provavelmente demoraria para aparecer barriga, talvez lá pelos seis, sete, oito

meses de gestação. Você descobriu quando?

- Hoje a tarde – eu respondo.

- Você está gravida de 21 semanas – ele fala

- O que isso significa? – Saimon pergunta.

- O bebê está com 26cm e 400g \, já não é mais um feto – ele

fala.

- Você vai tirar isso de dentro dela – ele fala e ele me

encara.

- Ela terá que passar por um parto – Vinicius fala – uma

cirurgia cesariana com duas cirurgias plásticas pesadas em tão pouco tempo,

pode levar ela a morte.

- Você sabia disso não é mesmo? – ele pergunta me olhando –

a quanto tempo você descobriu essa gravidez?

- Eu juro que foi hoje – eu falo olhando em seus olhos.

- Você está mentindo\, eu te conheço tão bem Sophia – ele

fala – eu vejo nos seus olhos quando você está mentindo. A quanto tempo você

descobriu a porcaria dessa gravidez? – ele pergunta se aproximando de mim e me

encarando com os seus olhos.

- Acho que um a dois meses – eu respondo nervosa e Vinicius

me encara com um olhar de pena.

- Tira dela – ele fala.

- Apenas por um parto normal induzido – Vinicius fala – e

ela vai sofrer muito, a indução é horrível, ainda mais que será colocado um líquido

para matar a criança e depois ela dará luz a um bebe morto.

Eu fecho os meus olhos.

- Ela foi treinada para não sentir dor – ele responde a

Vinicius – faça isso nesse exato momento – eu o encaro e ele me encara – eu não

consigo acreditar que você me escondeu algo.

- Eu não fiz por mal – eu falo.

- Você nunca faz por mal\, cada vez que você me esconde algo

eu perco a confiança em você e se eu perco a confiança em você, eu perco a

vontade de te ter ao meu lado Sophia – ele fala e eu começo entrar em pânico.

- Por favor – eu falo – me perdoa – eu falo chorando e

Vinicius encara a cena em choque parece.

- Saimon - Vinicius fala – será muito dolorido a ela\,

precisamos ir para um hospital, não tenho nem analgesia aqui para aliviar a dor

de um parto normal.

- Ela não sente dor – ele fala – eu a trenei para não sentir

dor – eu engulo seco. – Siga o procedimento agora! – ele se exalta e Vinicius

apenas assente.

- Você pode se levantar\, ir até o banheiro Sophia\, colocar a

camisola que está lá aberta para trás – eu assinto com a cabeça.

Capítulo

11

Saimon

narrando

Eu fico do lado de fora de onde está Sophia com doutor

Vinicius, tudo que não poderia acontecer era ela engravidar e confesso que esse

detalhe a gente não tinha planejado.

- Você vai fazê-la sofrer de mais – Vinicius fala.

- Quanto tempo? – eu pergunto – quanto tempo vai durar o

procedimento?

- Um trabalho de parto demora – ele fala – de 24h a 36h essa

menina vai sofrer as dores. Eu vou mandar buscar analgesia para ela.

- Não – eu respondo.

- Você está louco? – ele pergunta.

- Ela precisa aprender a não me esconder nada – eu respondo.

– ela vai sentir tudo.

- Eu não irei discutir sobre as suas ordens – ele fala .

- Uma cesárea\, é impossível? Eu preciso que você tire tudo

que faça ela gerar um filho – eu falo para ele.

- A gente faz isso em dois meses – ele fala – é mais seguro

para ela, ah não ser que você a queira morta Saimon.

- Eu a quero viva – eu respondo – deixe ela viva.

- Eu volto para acompanhar tudo – ele fala – preciso atender

uma paciente no hospital, ela vai começar sentir dores e não terá muito o que

fazer.

- Ok – eu respondo.

- Terá uma enfermeira monitorando-a – ele fala – e qualquer

coisa vai me ligar, volto em algumas horas.

Eu treinei tanto Sophia e não consigo acreditar que mesmo

com tanto treinamento, ela conseguia sair fora, ela não era 100% manipulável,

ela ainda conseguia pensar em me esconder as coisas e isso acaba se tornando um

perigo.

Eu entro dentro do quarto e ela está de pé, os seus olhos

estão inchados e vermelhos.

- Vinicius falou que eu posso tomar um remédio para aliviar

as dores e eu não vou sentir nada – ela fala.

- Ele não vai te dar nada\, eu não autorizei – ela me encara.

- Por favor Saimon\, elas estão fracas\, as dores estão indo e

vindo e elas vão aumentar - ela fala.

- Está suportável? – eu pergunto.

- Agora ainda está – ela fala.

- Da próxima vez não me esconda – eu falo.

- Eu fiquei apavorada\, desesperada – ela fala se virando

para mim – eu não fazia ideia como você reagiria.

- Se você tivesse me contado antes não estaria passando por

isso agora, não estaria temendo sentir tanta dor – eu falo – você deixou chegar

nessa altura, você está matando um bebê grande.

Uma lagrima desce do seu rosto.

- Eu sei que você quer que eu seja forte\, mas eu faço tudo o

que você quer e eu não me arrependo por isso – ela fala olhando em meus olhos.

– você é bom para mim Saimon, sua família me salvou de um futuro escuro, me deu

uma oportunidade. Por favor, autoriza Vinicius.

- Não é que eu queira que você seja forte\, você é forte meu

amor – eu falo passando a mão pelo seu rosto – não se preocupa, tudo isso vai

passar rápido.

Ela geme de dor.

Eu me afasto dela e me sento no sofá respondendo as

mensagens de Antonio que estava preocupado sobre o plano, mas eu não daria

folga a Sophia e ela realizaria esse plano o quanto antes.

A enfermeira entra quando Sophia começa a gemer mais alto de

dor, ela manda Sophia se deitar e Sophia não aguentava ficar deitada, ela gritava,

se contorcia na cama.

- Fica calma – ela fala. – você precisa fazer força.

Doutor Vinicius está ao meu lado observando a cena, faz umas

14h que ela está em trabalho de parto, se via em seu olhar o cansaço, ela me

implorava pela anestesia e eu negava, eu queria ver ela sofrendo, queria que

ela sentisse o que poderia acontecer com ela quando ela me desobedecesse.

Ela gritava, ela se baixava, ela estava desesperada, a

enfermeira tentava ajudar ela, mas ela se agachava e segurava sobre a cama do

hospital, gritando, implorando e chorando muito.

- Eu não aguento mais – ela fala – você quer me matar

Saimon.

- Saimon de a anestesia a ela\, autoriza – Vinicius fala –

olha o estado de Sophia.

Eu a encaro e ela me encara chorando.

- faça força – A enfermeira fala a ela.

- Sophia – Vinicius se aproxima dela – olha para mim – ela

olha para ele – se você entrar em desespero é pior, me dê sua mão – ela agarra

a mão de Vinicius – confia em mim e quando vir a dor você faz força, se não

você ainda vai ficar muito tempo aqui.

As horas iriam passando e já era 20h de parto, eu estava

cansado mas não iria arredar o pé dali, estão todos exaustos dentro da sala,

ela está deitada e apenas se contorcia , ela não tinha mais forças para nada.

- Faça força – a enfermeira fala colocando um pano molhado

sobre as suas testas.

Sophia começa a forçar ainda mais e o seu corpo expulsa o

bebê morto, ela parece não acreditar vendo o bebê morto nos braços de Vinicius,

ela me encara e começa a chorar muito.

Eu me aproximo dela e passo a mão pelo meu rosto.

- Agora vai ficar tudo bem – eu beijo sua testa – descansa.

– ela me encara.

Capítulo

12

Sophia

narrando

Tinha sido cruel o que Saimon fez comigo, ele não deveria

ter me feito sofrer tanto daquela forma, mas ele colocou na minha cabeça que eu

mereci e que eu era culpada por isso, que ele me amava e não queria me

machucar.

Não faz nem 30 dias que eu tinha dado a luz a um bebê morto,

ele me deixou descansar nesses dias e infernizou a minha cabeça me deixando

muito atordoada e me fez estudar todos os passos da minha próxima vítima,

Frederico.

Saimon me dar vários tapas e socos no rosto e eu seguro a

respiração quando ele passa a faca pelo meu braço, ele rasga a minha roupa.

- Boa sorte – ele fala me olhando.

Eu estava perto da sede da máfia Australiana e Frederico

sempre passava por uma estrada de chão para ir até ela, ela ainda ficava longe

da entrada da sede e essa região tinha pouco movimento e era de mata fechada.

Saimon é avisado que Frederico está se aproximando e eu saio correndo para

estrada, estava toda machucada, com os olhos roxos, os braços sangrando e a

roupa rasgada, eu me jogo na frente do carro quando saio da mata fechada e por

pouco ele não me atropela.

- Por favor não me machuca – eu falo me arrastando no chão

quando ele sai do carro, ele está com a arma em suas mãos e me olha com a cara fechada,

nesse momento eu fico com medo que ele atire em mim – por favor, chama a polícia.

Me ajuda – ele me encara.

- Quem é você e o que faz aqui? – ele pergunta.

- Eu fui assaltada\, eles me trouxeram para essa mata\, eu

consegui fugir, eles estão vindo – eu falo ficando de pé e me aproximando dele

chorando muito – por favor me ajuda, eu estou com medo.  Eles tentaram me estuprar e vão querer me

matar se me encontrarem.

Ele olha para os lados e eu o encaro chorando muito.

- Como é seu nome? – ele pergunta

- Sophia – eu falo

- Você foi sequestrada? – ele pergunta.

- Eu parei meu carro na estrada para atender o telefone\,

dois homens entraram nele armados e me trouxeram para cá – eu falo – eu não sei

quanto eu corri, mas eu só sei que eu sai correndo e correndo com muito medo.

Eu me encolho segurando o meu braço na frente do meu corpo

quando vejo que ele está me observando, minha roupa está rasgada, estou

sangrando e olho para arma na sua mão.

- Eu não quero incomodar você – eu falo para ele e começo

olhar para trás – eu preciso sair daqui.

- Entra no carro – ele fala apontando a arma para minha

cabeça. – entra no carro.

- Por favor\, não me machuca – eu falo entrando em desespero.

- Eu mandei você entrar na porcaria do carro – ele fala.

- Por favor não – eu falo chorando toda indefesa – me deixa

ir embora, não faz nada comigo.

- Entra agora – ele fala se aproximando de mim e me guia até

o carro, ele abre a porta e me faz entrar.

Ele pega seu celular e fica na frente do carro e começa a

ligar para alguém, ele me encara o tempo todo com um olhar misterioso, começo

achar que esse plano não vai dar certo e eu seria descoberta.

Ele entra dentro do carro e eu estou tremendo, ele dirige o

carro.

- Eu não quero incomodar o senhor\, eu posso descer do carro

– eu falo – eu posso andar até um hospital.

- O seu carro é uma Mercedes azul com placa xxm3456? – ele

pergunta

- Sim – eu respondo. – como você sabe?

- Não se preocupa\, os dois homens fugiram – ele fala me

olhando – deixaram seu carro pegando fogo no meio da mata.

- Meu carro? Pegando fogo? – eu pergunto – Meu Deus\, eu

demorei anos para comprar meu carro e ainda estou pagando-o – eu falo olhando

para ele,

- Você deveria está feliz que você está viva – ele fala .

- Você não vai me matar? – eu pergunto

- Deveria – ele fala e eu arregalo os olhos e fico em

silêncio.

É quando eu percebo que ele está me levando para dentro da

máfia australiana e eu olho para ele nervosa quando vejo todos aqueles homens

armados.

- Obrigada\,  mas eu

prefiro descer e voltar andando – eu falo tentando abrir a porta do carro mas

ela está trancada – eu gosto de caminhar, caminhar emagrece e faz bem para

saúde, eu entrei com um projeto fitnes – eu falo nervosa e nem fazia parte do

plano, realmente fiquei com medo.

- Você não vai descer – ele fala.

- Por favor – eu falo – eu sou muita nova para morrer\, olha

eu tenho apenas 18 anos, quero cursar faculdade, viajar pelo mundo, quem sabe

criar uma família.

- Cala boca – ele fala bem paciente me encarando e os

portões são abertos.

Era enorme esse lugar e eu começo a ficar ainda mais

nervosa, era homens armados para tudo que era lado, eu nunca tinha visto nada

igual nem mesmo com Saimon, era uma potencia enorme e eu fico pensando que

merda que Saimon quer fazer com esse homem?

Ele desce do carro e fala com uma mulher que está parada no

degrau, ele anda até o carro.

- Sophia\,desce – ele fala.

- Como você sabe meu nome? – eu pergunto ainda sentada no

banco do carro.

- Você me disse – ele fala.

- Ah – eu apenas falo abrindo a boca.

Eu desço do carro e olho para ele e depois para aquele lugar

todo.

- Essa é Maria\, ela vai te levar para ver os seus machucados

– ele fala.

- Se você vai ver os meus machucados\, então você não vai me

matar?  - eu pergunto para ele que me

encara – não faz sentido você cuidar dos meus machucados para depois atirar em

mim, gastar esparadrapo, não é mesmo?

- Você não vai morrer – ele fala – está precisando de

cuidados médicos, está toda machucada. Depois eu te deixo na sua casa – ele

fala dando um sorriso de canto e eu encaro ele sem entender nada.

Capítulo

13

Frederico

narrando

Encaro aquela garota indo com Maria para a enfermaria, Kaio se

aproxima.

- O que descobriu dela pela placa do carro? – eu pergunto.

- Sophia Souza Alves\, Brasileira\, 18 anos – ele fala – veio para

um intercambio a dois anos e ficou na Australia.

- Grupo de amigos? Família? Amizade? – eu pergunto

- ela é reservada\, não usa muito as redes sociais\, posta apenas

comidas e suas viagens – ele fala.

- E os homens que as sequestraram? – eu pergunto

- Foram pegos e estão nesse momento sendo questionados sobre o que

ela falou – ele fala. – está desconfiando dela?

- Não sei\, algo me diz que tem algo de errado com ela – eu falo -

por mais que ela tenha ficado com muito medo quando me viu armado e viu os

nossos homens também.

- Dê uma prensa nele – ele fala – se ela ficou nervosa significa

que abre a boca rapidinho e se ela ficar com medo de você, ela vai falar.

- Depois da morte do meu pai todo mundo virou inimigo para mim –

eu falo – ainda mais depois que foi usado uma mulher para matar ele, vai saber

se não é a mesma jogada?

- Nenhum burro faria a mesma jogada com você desconfiado dessa

forma – Kaio fala.

- Cadê o meu irmão? – eu pergunto.

- Lá dentro resolvendo as finanças – ele fala.

- Deixe ele fora dessa história – eu falo – eu vou encontrar a

garota e tirar a limpo se ela veio a mando de alguém ou ela está falando a

verdade.

- Eu te aviso quando tiver mais informação sobre ela – ele fala.

- Vai até lá – eu falo e ele assente.

Eu entro na enfermaria onde ela já tinha sido atendida e ela está

sentada com Maria ao seu lado, ela observava tudo e quando em ver parece que

fica assustada.

- Pode sair Maria – eu falo para ela e Maria assente com a cabeça.

- O médico já me liberou\, eu posso ir embora? – ela pergunta.

- Você é de onde?  - eu

pergunto

- Eu sou brasileira – ela fala.

- Aqui a quanto tempo? – eu pergunto.

- Dois anos – ela responde.

- Você tem certeza que você foi sequestrada? – eu pergunto e ela

me olha e assente.

- Sim – ela responde – eles colocaram fogo no meu carro\, você

mesmo falou isso. Eles me machucaram toda – ela fala.

- Você sabe que lugar é esse? – eu pergunto.

- Não – ela fala.

- E você sabe quem eu sou? – eu pergunto.

- Me desculpa\, mas eu não sei. Eu deveria? – ela pergunta me

olhando.

- Meu nome é Frederico\, Sophia. Você está na sede da máfia

Australiana – ela me encara – e eu sou o chef dela , você se jogou na frente do

meu carro para vir até aqui, me entrega seu microfone e sua câmera.

- Eu não tenho nada disso – ela fala

- Se eu te revistar\, vou encontrar algo? – eu pergunto.

- Você pode me revistar – ela fala – não irá encontrar nada – eu a

encaro – eu juro para o senhor que eu estava apenas fugindo dos assaltantes,

eles rasgaram a minha roupa, tocaram em mim – ela fala chorando e se encolhendo

na cadeira – eles iriam me estuprar, fazer coisas horríveis comigo, eu apenas

consegui fugir e sai correndo, correndo sem parar. Eu não vi seu carro, eu não

sei onde eu estou. Se você me perguntar como chegar aqui eu não sei, eu juro.

Ela começa a chorar sem parar e olha em meus olhos, eu a encaro observando-a

e ela não recua os seus olhos, ela continua me olhando e afirmando as coisas

que já tinha falado.

- Boa tarde – Kaio fala entrando – Esses são os assaltantes? – ele

mostra uma foto de dois homens para Sophia.

- Não – ela responde.

Eu o encaro arqueando a sobrancelha.

- Ela está falando a verdade – ele fala – esses realmente não são

os assaltantes, conseguimos a câmera de segurança de quando ela para na estrada

para atender o telefone e os dois homens que encontramos vão até o carro

armados e surpreende ela.

- Viu\, eu estou falando a verdade – ela fala me olhando – eu não

tenho por que mentir, eu prometo, eu juro que eu não vou falar nada para

ninguém, eu nunca estive aqui, você pode me dar um remédio para dormir, tampar

meus olhos, me soltar em qualquer estrada, eu não sei chegar aqui mesmo. Eu

juro que eu não sei – ela começa a falar.

- Cala boca pelo amor de Deus – eu falo para ela e ela fica em

silêncio.

- Estamos perdendo tempo\, é apenas mais uma estudante de

intercambio estrangeira que foi assaltada – Kaio fala e ela assente rapidamente

com a cabeça.

Eu pego a arma na minha mão e a encaro, e ela se encolhe novamente

na cadeira, mas ela não tira os seus olhos do meu.

- Eu vou te levar até a sua casa – Eu falo.

- Não precisa\, eu vou andando – ela fala.

- Eu faço questão – ele fala.

- Frederico\, qualquer um pode levar ela – Kaio fala – nós temos

coisas para resolver.

- Eu faço questão de acompanhar essa jovem até a casa dela – eu

falo ainda desconfiado dela.

Ela apenas assente com a cabeça e agradece, Kaio me encara sem

entender, mas eu ainda desconfio dela.

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Comments

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Até quando Sofhia vai ficar sendo usada por esses crápula miseráveis afafafafafaf

2023-10-22

0

Nilvan Coiote

Nilvan Coiote

esse cara é um monstro

2023-08-17

0

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