Havia muito trabalho pela frente, e agora não dava pra voltar.
O que eu poderia fazer?
Peguei todas as minhas bolsas e encostei perto da parede mais
firme, abri minha mochila e peguei um pequeno machado, caminhando em sentido a parte de trás da casa para conseguir um pouco de madeira para fazer uma fogueira e talvez
conseguir montar uma barraca com a lona que eu tinha na bolsa .
Algumas viagens depois eu estava exausto, normalmente aquilo teria sido moleza mais ainda estava dolorido e meu corpo não estava totalmente curado.
Joguei a última tora no chão e meus joelhos falharam por um momento fazendo eu me desiquilibar e cair no chão.
_ Caramba Cristian o que você pensa que tá fazendo? Seu louco?
Ela correu na minha direção se tentando me ajudar a levantar.
_ Não preciso de ajuda, já estou bem.
Tento me afastar um pouco limpando as mãos sujas de terra dos meus joelhos.
_ Você não está bem pra fazer tanto esforço.
_ Eu preciso! Você não tinha ido embora?
Sam se virou e saiu andando sem responder a minha pergunta.
_ Ei, estou falando com você. Samanta?
Ela não respondeu só andou um pouco mais pela mata carregando duas bolsas uma em cada mão.
_ Vai me contar onde está indo?
_ O celeiro ainda está de pé.
Ela gritou.
_ Sério? E como você sabe disso?
_ Porque fui eu que concertei ele a alguns meses atrás!
Em silêncio continue seguindo ela, pensando em como ela tinha feito aquilo e porquê? Para quê?
Ela soltou as bolsas e saíu da minha frente me dando espaço para passar.
Olhei para o velho galpão onde grardavamos todo tipo de quinquilharia e só deus sabe porque ele ainda estava ali e sem muitas avarias.
Algumas tábuas foram substituidas por troncos de eucalipto e o nível também parecia mais alto, dei uma volta pela area até onde eu consegui caminhar pelo mato, me dando conta de que
não era só algumas partes, toda a área tinha sido concertada.
_ Você fez isso?
_ Sim!
_Porque?
Ela deu um suspiro alto, parecendo tirar um peso das costas.
_ Eu morei aqui por um tempo, e como a casa já estava muito ruim decidi concertar o galpão. Mais não roubei nada só tentei dar um jeito com o que tinha por perto, algumas madeiras
estavam podres e com buracos.
E com uma floresta de eucaliptos bem ali, bem eu usei o que tinha.
Não sabia que você ou alguém da sua família iria voltar depois de tanto tempo.
Desculpa por invadir .
Parado ali vendo aquela mulher magrela e estranha se desculpando por ter feito uma coisa tão insana como aquela me fez sentir um completo idiota.
Como ela conseguiu fazer uma coisa daquelas sozinha?
E porque ela escolheu justamente ir morar lá ?
Ela visivelmente constrangida começou a falar baixinho.
_Eu sempre acabava voltando pra cá. E é estranho porque eu nunca podia entrar aqui.
Sam sorriu um pouco sem graça.
_ Posso entrar para dar um olhada?
_ Claro . Toma a chave.
Ela tira um cordão do pescoço e arremessa pra mim, segurando a chace no ar olhei para a jóia fina e delicada com uma chave grande e enferrujada que não combinavam em nada.
_ Voce é uma pessoa muito estranha ,sabia disso?
Ela suavisa a expressão e balança os ombros.
_ Tem gente muito pior que eu por aí!
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Atualizado até capítulo 60
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