Jordan Capítulo Quinze

Acordei pela manhã, me levanto e vou para o banheiro. Tiro a roupa, jogo na cesta de roupas, entro no box e ligo o chuveiro. Tomo um banho e aproveito para escovar os dentes. Meu banho hoje foi demorado. Saio quase meia

hora depois e me seco. Enrolo a toalha na minha cintura, vou para o closet, me arrumo, passo perfume, pego

minha arma, coloco na cintura, saio do quarto e vou à cozinha.

Entro na cozinha, dou um beijo na Dona Maria e na Fernanda, tomo meu café e saio para a garagem. Subo na moto e uns do meu vapores abre o portão. Eu saio, passo pelo casa da Raika e desde o dia em que nós lutamos, nos só falamos o básico. Ela continua linda. Sei que tenho que mudar esse meu jeito machista. Minha mãe quase me bateu uma vez, porque eu falei que lugar de mulher é atrás de um fogão. Minha mãe mandou eu parar com isso, que já viu pelo meu olhar que eu sinto alguma coisa pela Raika e que se eu continuasse, iria acabar perdendo. Nesse dia, eu pensei e prometi que iria mudar.

Chego na boca e vou para a minha sala. Pego as papeladas e vou para a sala da Raika. Bati na porta e escuto ela

falar que eu podia entrar. Entro na sala e a vejo sentada olhando para o computador e com o celular na mão.

Jordan— Vim te chamar para ir ao galpão. Chegou carregamento de armas.

Raika— Vou sim. Só deixa eu terminar aqui rapidinho.

Ela mexe no computador e fala em italiano pelo celular. Ela desliga e guarda o celular no bolso. Desligou o computador e pegou a arma dela, colocando na cintura.

Raika— Já estou pronta. Vamos.

Jordan— Vamos na minha moto.

Raika— Tá bom. Me desculpa pelo nariz e pelo olho.

Jordan— Sem problemas. Você luta bem.

Saímos da sala dela e fomos para fora da boca. Subo na moto e logo em seguida, a Raika sobe. Eu ligo a moto

fomos ao galpão. Em menos de sete minutos, chegamos no galpão, entramos e vimo o Messias e o seu irmão, Marcelino, que já estavam esperando por nós.

 Messias— Você demorou, Jordan. Vejo que trouxe uma putinha junto.

Antes que eu possa fazer alguma coisa, a Raika saca a arma e aponta para a cabeça de Messias.

Raika— Cê sabe com quem você está falando, seu lixo?

Messias— Com quem? Deixa eu ver, uma gatinha muito brava.

Jordan— Esta gatinha brava tem dono e ainda por cima, é a filha do Terror. — Vejo que ele ficou com um pouco

de medo.

Messias— Desculpa, eu não sabia. Você deve ser a Raika.

Raika— Sou sim e se eu fosse você, tomaria cuidado com quem você xinga. Uma hora você pode acabar morto.

Messias vira e fala com os seus capangas algumas coisa. Só eu não entendo? Ele está falando com o seu irmão

Marcelino em espanhol.

Messias— Niña ingénua. ¿Quién se cree que es para amenazarme? (Garota ingênua, quem ela pensa que é para me ameaçar?

Raika— De ingénua no tengo nada. ¿Quién soy? La Reina de la Muerte. (Eu não sou ingênua. Quem sou? A Rainha da Morte).

Vejo que o que ela falou em espanhol para ele, fez ele ficar com medo. Antes que eu possa falar alguma

coisa, Raika atira na testa do Messias. Começou uma troca de tiro. Ela acerta dois capangas. Eu matei uns quatro, mas ainda tem mais seis junto com o Marcelino. Do nada, quem entra no galpão são Liana, Pedro, Guto e a Fernanda. Eles derrubaram os seis capangas e a Raika fica distraída quando o Marcelino ia

apontar a arma para a Raika. Eu, sem pensar duas vezes, atiro na testa dele.

Raika— Obrigada e me desculpa, Jordan.

Jordan— Você é nervosa demais. Precisa ficar calma.

Raika— Foi mal, mas olha pelo lado bom. Conseguimos armas de graça.

Jordan— Você é louca, garota. — Dou risada e ligo para os vapores virem limpar o galpão.

Raika— Sou um pouco. — E todosmnós caímos na risada.

Saímos do galpão e fomos para a boca de volta. Chegando na boca, meu pai já estava esperando na entrada.

Menor— Vocês são loucos. Mataram o nosso melhor fornecedor de armas.

Jordan— Ele faltou com respeito com a Raika, pai.

Raika— Padrinho, a culpa foi minha. Eu que matei o Messias e se vocês aceitarem, a máfia pode fornecer

armamento para o morro e as armas são bem melhores.

Jordan— Resolvido então. Sem fornecedor nós não ficamos.

Menor— Só não mata o fornecedordas drogas.

Raika— Pode deixar, padrinho.

Jordan— Raika, hoje vamos fazer um churrasco lá em casa. Se você querer, será bem-vinda.

Raika— Qualquer coisa, eu apareço por lá. Obrigada pelo convite.

Entramos para a boca e vou para a minha sala. Fico resolvendo algumas coisas sobre o baile de amanhã. É oficial,

a Raika vai ser apresentada para o morro todo amanhã. Alguém bate na minha porta e eu mando entrar. A pessoa entra e vejo que é o Pedro.

Pedro— Posso falar com você?

Jordan— Se eu puder ajudar.

Pedro— Qual é seu interesse na minha prima?

Jordan— Pra falar a verdade, nem eu sei. É algo novo até para mim. Quero perguntar uma coisa.

Pedro— Pergunte, se eu puder responder.

Jordan— Por que esse tal Lucas é obcecado pela Raika?

Pedro— O Lucas estudou com a gente. Ele sempre gostou da Raika, mas só que ela nunca deu bola pra ele. Com o passar do tempo, a gente se formou e o Lucas virou dom da máfia rival do Tio Terror. O pai do Lucas, o Dom Marcelo, queria fazer uma aliança com o Terror, porque ele queria poder. O Dom Marcelo queria que o Tio Terror casasse com a Raika. Ele não aceitou e falou que jamais iria obrigadar a filha dele a se casar com o filho do Dom Marcelo. A Raika não  quer casar com ninguém por aliança ou poder e desde então, ele não deixa a Raika em paz. Agora está ameaçando a irmã mais nova dela, a Cecília, que tem catorze anos. Ele agora quer ela e quer acabar com a máfia do Tio Terror.

Jordan— Eu sinto raiva. Queria que esse filho da puta estivesse no meu morro que eu mesmo matava ele.

Pedro— É por isso que ela está preocupada, porque ele gosta de abusar de adolescente.

Jordan— Tudo que estiver no meu alcance pra ajudar a Raika, eu vou ajudar.

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