Raika Capítulo Seis

Acordo no dia seguinte um pouco tarde do que de costume. Me levanto, faço minha higiene e vou até a janela ver como anda o movimento da rua. Só vejo vapores meus subindo e descendo. Reparo que a antiga casa do Terror está sendo pintada da mesma cor que era.

Vejo a Dona Célia com uma senhora entrando em casa. Coloco uma camisa e uma bermuda e saio do quarto e vou na cozinha. Vejo que Fernanda está tomando café junto com o Augusto.

Vou até a Fernanda, dou um beijo nela e me sento para tomar café com eles. Vocês devem estar perguntando por que o Augusto não sai daqui decasa, né? Ele foi abandonado pela mãe quando tinha três anos. Minha mãe o  pegou para criar e ela fez de tudo por nós três. Pegou no nosso pé para terminar a escola, além de tudo, o Augusto é meu melhor amigo e o sub-dono da boca e ele é meu irmão.

Jordan— O morro está movimentado hoje. Toma cuidado, Nanda.

Fernanda— Não comecem.

Augusto — Todo cuidado é pouco.

Fernanda — Nossos pais falaram que horas vão chegar?

Jordan— HÁ uma hora dessas, eles já saíram da Itália. Nosso pai falou que por volta da seis já estaria no aeroporto. Vou mandar o Léo e  você com mais alguns valores para buscar eles. Fernanda fica comigo.

Augusto — Pode deixar. Você sabe que o Chaves mandou mensagem  avisando que eles estão se preparando para vir atacar aqui hoje mesmo.

Jordan— Eu vi mesmo a mensagem. Vou matar o MK se ele tentar fazer alguma coisa com os nossos país.

Fernanda— Sou capaz de tacar fogo naquele morro dele sem dó.

Ficamos conversando, mas até depois do café, Augusto e eu fomos para a boca. Resolvemos algumas coisas e fomos cobrar alguns noia, quando olhei para o relógio, já eram cinco da tarde.

Os dois carros blindados foram um com o Augusto e o outro com o Léo e o restante dos quinze vapores foram em carros comuns para o aeroportobuscar meus pais e o povo.

Estou com um aperto no peito muito forte. Duas horas depois, o morro começará a ser invadido. Chamo o Porco e o Henrique no rádio.

Jordan— Porco, atividade no morro, porra. Não deixa ninguém passar na 28.

Porco— Pode deixar, chefia.

Desligo o celular e tento ligar para o Henrique.

Jordan— Henrique, não deixa ninguém passar aí na 32. Mata  todo mundo que tentar, caralho.

Desligo o celular e fico com a mente no aeroporto com os meus pais. Escutei os fogos e ligo pra Fernanda que atende no terceiro toque.

Jordan — Nanda, cuidado, não deixa ninguém tentar subir. Já estou descendo para te encontrar aí na entrada.

Fernanda — Se cuida, menino.

Mando vários vapores para entrada para ajudar a Nanda. Outro fica na rua ajudando os moradores a se abrigar. Outros vapores estão nas escolas e na UPA.

Desço os becos e vou matando vários inimigos. Estou com o meu fuzil na mão. Vou até a quadra e quando estou no meio dela, sou encurralado por cinco inimigos. Vejo o sub-dono do MK, o Banal.

Babal— Olha quem achamos aqui.

Jordan — Eu que achei vocês. Afinal, vocês estão no meu

morro. — Dou risada.

Babal— Atirem nos ombros dele. Quero ver este sorriso sumir.

Um dos vapores dele atiram e acertam o meu ombro esquerdo.

Sinto uma queimação e uma dor insuportável. Acabo caindo de joelhos. Espero que

meus pais estejam bem.

? — Penso che faresti meglio a mettere giù le armi. (acho que

é melhor vocês baixar as armas.)

Babal— Veja só quem está aqui. A filha do grande Terror.

Vocês estão do lado errado.

? — Isso quem decide é meu pai e eu. Você deveria saber que

não pode mexer no nosso morro e acha que vai sair vivo?

Babal— Quem você pensa que é, sua vadia?

? — Il tuo peggior incubo, sai chi è la puttana che hai

appena maledetto, lascia che te lo chieda, hai sentito parlare della Regina

della Morte? (Seu pior pesadelo. Você sabe quem é a vadia que você acabou de

xingar? Deixa-me te perguntar. Já ouviu falar na Rainha da Morte?)

Vejo a mulher falar em italiano, mas a sua última palavra fez

o Banal ficar branco. Olho para a mulher e vejo que ela é linda com os cabelos

vermelhos e do lado dela tem outra mulher morena. Ei, espera. Elas são a Raika

e a Liana, só pode ser.

Menor— Pode matar todos, menos o Banal.

Sem pensar duas vezes, reparo a ruiva levantar a arma e

atirar na testa de um e a Liana atira no outro. Pedro e o Augusto entram na

hora e atiraram nos outro dois. Escuto os fogos anunciando que o morro é nosso.

A ruiva se aproxima de mim.

? — Vem, eu te ajudo. — Ela estende a mão. — Sou Raika.

Prazer.

Jordan— Obrigado. O prazer é todo meu. Me chamo Jordan, mas

pode me chamar de JD.

Ela me ajudou a ficar de pé. Vejo meu pai e o Augusto virem

até mim.

Menor— Filho, você está bem?

Jordan — Só estou com dor no ombro, pai, mas estou bem.

Augusto — Você foi baleado, JD? Porra, Leo, ajuda aqui. Vamos

levar ele na UPA.

Mas antes de me levarem para o carro, vejo meu pai saindo com

o Babal. Para onde meu pai foi com aquele lixo?

Jordan— Para onde meu pai levou ele? — Pergunto preocupado.

Raika— Nella stanza delle torture, dove però avrebbe portato

quell'immondizia? Aff (Na câmera de tortura, para onde lixo teria sido levado?)

aff— Ela fala no deboche com a amiga.

O Augusto não para de olhar para a tal Liana. Eles me levaram

para a UPA. Sou atendido assim que eu entrei e me fizerem um curativo. Graças a

Deus o tiro entrou e saiu. Me deram um remédio para dor e fui liberado, mas

antes de ir à boca, passo em casa, troquei de roupa e meu celular toca.

Jordan — Fala.

Fernanda — Você está bem?

Jordan — Estou sim, Nanda.

Lara— Mentira. Seu pai acabou de falar que você levou um

tiro, filho.

Jordan — Eu estou bem, mãe. Já estou aqui em casa. Só passei para

trocar de roupa. Estou voltando para a boca.

Lara— Está bom, filho. Se cuida. Te amo.

Jordan— Está bom, mãe. Também amo você.

Volto para a boca para ver como anda a situação com o nosso

hóspede. Espero que o meu pai não tenha começado sem mim.

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