Jordan Capitulo Quatorze

Acordei pela manhã e faço a minha higiene. Troquei de roupa e desço para tomar café. Término meu café, saio para boca e em questão de minutos, chego em frente à boca. Acho que fui o primeiro a chegar. Vejo o Léo sentado em frente à boca.

Léo— Beleza, chefia?

Jordan— Beleza, Léo. Vai buscar o povo. É temporário até a tal Raika comprar um carro.

Léo— Tem problema, não chefia. Já estou indo buscar eles.

Léo sai com o carro e eu entro para a boca. Vou direto para a minha sala, me sento e começo a ver a papelada

do carregamento que está para chegar. Estou concentrado quando minha sala é invadida pela Michele. Olho para ela.

Jordan— Vaza da minha sala. Aqui não é lugar de puta.

Michele— Quero saber quem são aquelas vadias que estão no morro e principalmente, quem é aquela cachorra que está andando com você de moto?

Jordan— Quem não é da sua conta. Agora vaza da minha sala agora.

Michele— É da minha conta sim, Jordan. Você é meu namorado.

Jordan— Hahahahahahahahahaha, essa foi a melhor piada que já escutei. Desde quando que eu namoro? Ou melhor, desde quando eu namoro puta?

Michele— Me respeita, amor, só tenho você na minha vida.

Já estou ficando com raiva. Quando eu ia responder a filha da puta, a Fernanda entra na minha sala com o Guto.

Fernanda— Nossa, maninho, acho que você precisa mudar de namorada, porque essa aí fica te colocando chifre com todos os seus vapores.

Augusto— Porra, JD, é por isso que você só entra dentro de casa com a cabeça baixa. É para o chifre não pegar na porta, né safadinho?

Mano, não aguentei e caí narisada. Olho feio para a Michele e faço sinal para ela vazar da minha sala, mas

a cachorra só me olha com essa cara de cadela.

Michele— Vocês me respeitem! Amorzinho, é mentira. Eu nunca traí você. Cunhadinhos, menos.

Fernanda— Maninho, acho bom você aparar o chifre que está grande demais e quanto a você, rata de esgoto, não sou sua cunhada e nunca vou ser.

Michele— Só não quebrou você, Fernandinha, por causa do seu irmão. — Ela fala com a Fernanda com deboche e

sai da minha sala.

Fernanda— Ô, corno da vez, está com o chifre esquerdo maior do que o direito, maninho.

Jordan— Está me tirando, Fernanda?

Augusto— O corno do ano.

Jordan— Vão se fuder.

Do nada, escutamos uma gritaria. Saio da minha sala e vejo a Raika segurando a Michele com a cabeça encostada na parede. Reparo que a Raika está com a arma apontada na cabeça da Michele. Chego perto e escuto a Michele pedindo para a Raika soltar. Ela vem com deboche falando para eu prender a minha cadela e logo em seguida, solta a Michele. Ela ia passar por mim quando a puta da Michele tenta segurar o cabelo da Raika. Do nada, a Raika vira e acerta o nariz Michele que cai no chão. Não vou falar que não foi merecido, só não gostei de ela ter falado que o morro é dela. Na verdade, o morro é nosso, mas é mais meu do que dela. A Raika está querendo mandar demais no meu morro. Ela passa por mim rebolando.

Jordan— Léo, leva essa porra para o posto.

Léo— Sim, chefia.

Volto para a minha sala bolado. Não gosto de briga no morro. Quem ela pensa que é para querer mandar? Ela não é ninguém para querer mandar mais do que eu nessa porra. Saio com raiva da minha sala e entro na sala dela com tudo. Ela pergunta se não sei bater. Ela veio com fala que é a herdeira do morro, porra nenhuma, o morro é do meu pai. Sei que o morro era do pai dela, mas o pai dela deu para o meu pai. Sei que é para nós dois comandarmos juntos, mas está complicado. Meu Deus, como ela é linda brava. Eu chego perto dela, a agarro e a beijo. No começo, ela não quis corresponder, mas depois, ela correspondeu e só paramos por falta de ar. Ela me acerta um tapa e eu a mando esquecer o beijo.

Saio da sala dela com raiva e vou para a minha sala. Sento-me na minha cadeira e bolo um beck para tentar relaxar a mente, mas a filha da mãe não sai do meu pensamento. Não sei o que essa ruiva maldita fez comigo, mas nesses três dias, ela não sai da porra do meu pensamento.

A porta da minha sala é aberta e vejo meu pai entrando na sala. Ele avisa que tem uma reunião e que a Raika quer

conversar com todos. Me levanto e apago meu beck. Deixo em cima da mesa e saio com meu pai da sala. Entramos na sala de reunião, me sento no meu lugar e espero a Madame Raika aparecer. Três minutos depois,

ela entra na sala e fala que talvez vá ter que voltar pra Itália, por causa que a irmã mais nova dela está sofrendo ameaças por uma máfia rival. Odeio pessoas que ameaçam crianças. Sei que sou machista, mas agora ameaçar uma criança não. Se eu pego uma pessoa dessas, eu mesmo mato e jogo para os meus cachorros.

A reunião já está quase resolvida quando o Guto pergunta para Raika se ela vai querer ir mesmo no ringue para

lutar com ele. Ela fala que vai sim, que vai acabar com ele. Eu falei para ele pegar leve, que ela era mulher. Ela falou que meu comentário foi machista e me chamou para lutar. Lógico que aceitei. Ela falou que só ia passar na sala dela. Eu me levanto e vou para minha sala. Pego a minha arma e vou para minha casa. Pego um short de malha e vou agora até o galpão. Mando mensagem para o Léo separar a Raika que o resto do povo vai com o meu pai. Troquei de roupa e espero a Raika chegar.

Meia hora depois, ela chega e manda o Léo buscar algumas coisas para ele. Não escutei bem o que era. Dez

minutos depois, Léo volta com uma mochila e entrega para ela. Liana e ela vão para o banheiro e minutos depois, ela volta com outra roupa e estava de luvas azul com preto. Ela sobe no ringue e começamos a lutar. Eu acerto um golpe no ombro dela, mas ela acerta meu rosto várias vezes. O último golpe eu caí, mas dei uma rasteira dela e tentei dar um golpe mata-leão, mas não deu certo. Ela acertou meu nariz e me enforcou até eu bater no tatame.

Eu saio do galpão com raiva e vou para minha casa. A desgraçada luta bem. Nunca em minha vida pensei que iria

apanhar de mulher, mas me enganei. Hoje ela ganhou meu respeito.

Fico a tarde toda no meu quarto. Só desço para jantar, mas não fico com a minha família, estão me suando, mas

não me importo. Volto para o meu quarto, deito-me e durmo.

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