Raika Capitulo Doze

Acordei cedo e pego meu celular no criado-mudo. Mando mensagem para o meu padrinho ir para boca que preciso falar com ele, que é urgente. Ele respondeu que já estava se arrumando para ir para boca. Deixo meu celular na cama e vou para o banheiro. Tiro a roupa e tomo um banho. Desligo o chuveiro e saio enrolada na tolha.

Escovo os dentes e saio do banheiro. Vou para o closet e vejo que Dona Cida organizoutudo por aqui ontem. Pego um conjunto de lingerie azul de renda, coloco, pego um conjunto de moletom azul e visto, calço um tênis, passo um perfume e saio do closet. Pego meu celular na cama e desço para a cozinha. Entro na cozinha e vejo o Léo que é filho da Dona Cida sentado tomando café junto com a Liana e o Pedro.

Leo— Bom dia, patroa.

Raika— Bom dia, Léo, Liana, Pedro e Dona Cida.

Todos me dão bom dia. Eu me sento e me sirvo. Tomo meu café e depois que terminei, ajudei a Dona Cida a tirar as coisa da mesa. A Liana está lavando a louça.

Léo— Patroa, o carro já está pronto.

Raika— Nada de patroa é só Raika. Mais tarde vou querer que você me leve em uma concessionária. Quero comprar uma moto e um carro.

Léo— Isso é fácil, Raika. Vou mandar o Chave trazer o catálogo de moto e carro. Você escolhe e os cara traz aqui.

Raika— Sério? Melhor ainda, Léo. Só vou buscar minha arma e já volto.

Léo— Beleza.

Vou até meu quarto, pego minha arma e vou pra garagem. O Pedro e a Liana já estão dentro do carro. Eu entro e o Léo sai. Em questão de segundos, chegamos na boca. Saio do carro e espero a Liana para nós entrarmos junto.

Liana chega perto de mim e entramos na boca, quando eu vejo uma garota quase nua no corredor. Ela passa por mim e Liana e faz cara feia. Pela cara não gostou, mas eu estou pouco me fudendo.

? — E aí, Léo, quem são essas putas?

Ela fala, passa do meu lado e sinto alguém segurar meu braço. Quando me viro, dou de cara com a garota segurando meu braço. Era só o que me faltava. Hoje tem piranha querendo morrer mesmo.

Raika— Larga a porra do meu braço agora.

Léo— Mais respeito que você pode acabar morrendo.

?— Quem vai morrer aqui são elas, se não falarem o que estão fazendo no morro do meu homem.

Liana— Oh Léo, pede pra cadela soltar o braço da Raika, antes que seja tarde demais.

Léo— Vai, porra, deixa de patifaria. Solta o braço dela logo. — Vejo que o Léo está perdendo a paciência assim como eu.

Fico com raiva e me viro pegando a piranha pelo cabelo. Encosto a cara dela na parede com força, pego a minha arma e coloco na cabeça dela.

Raika— Querida, a única puta aqui é você. Quer dá uma de malandra, mas não  ninguém. Testa a minha paciência não.

? — Sou a fiel do Jordan! Quem você pensa que é?! Me larga agora! — Ela grita.

Raika— Engraçado que seu namorado não te contou. Sou filha do Terror, dona legítima desse morro. Vejo o medo no olhar dela. Reparo que o Jordan vem até nos e eu olho para ele com deboche.

? — Amor, manda ela me soltar. Não fiz nada.

Liana— Aí, garota deixa de ser sínica. Estava aí quase agora falando merda para a Raika.

Raika— Acho bom, Jordan. Você segura sua cadelinha de estimação ou na próxima vez eu mato.

Solto a garota e viro de costas, mas algo faz eu virar. Bem na hora que eu me viro, ela tenta agarrar meu cabelo. Como sei lutar, acabo acertando seu nariz com um soco, fazendo ela cair no chão.

Guto— Oh louco, Raika, você é boa de direita.

Raika— Esquerda também. Quer ver?

Guto— Quero à tarde no ringue. Topa?

Raika— Topo.

Vou para a minha sala, entro e fecho a porta. Pego uma água no frigobar e sento na minha cadeira, quando do nada, minha sala é invadida pelo Jordan. Agora era só o que me faltava, ele com raiva, porque eu aceitei o nariz da namorada dele.

Raika— Sqbe bater não, garoto?

Jordan— Mais respeito, sua mimada.

Raika— Você acha que é quem para vir até a minha sala me insultar?

Jordan— Oh dono dessa porra.

Raika— Faça-me rir. Esse morro é nosso. Ele é do meu pai por direito.

Jordan— Você é insuportável.

Raika— A insuportável aqui salvou sua vida, seu ingrato.

Ele se aproxima de mim, me segura com força contra a parede, me olha e do nada, ele me beija. Lógico que no começo eu não correspondi, mas não consegui por muito tempo aguentar e acabei correspondendo o beijo. O que está acontecendo comigo? Paramos por falta de ar. Eu me afasto dele e acerto um tapa em seu rosto.

Raika— Você acha que é quem para me beijar? Está ficando louco?

Jordan— Isso foi um erro.

Ele sai da minha sala e eu fico rindo. Tomo minha água e saio da minha sala, indo para a sala de reunião. Meu padrinho está me esperando. Entro na sala de reunião e vejo que já estão todos aqui.

Raika— Vou logo ao assunto. Padrinho, talvez eu tenha que voltar para a Itália.

Menor— Por quê? Aconteceu o quê?

Raika— Meus pais receberam uma ameaça contra a minha irmã mais nova. Ela só tem catorze anos. O senhor sabe mais que ninguém que minha família vem em primeiro lugar.

Menor— Quem ameaçou sua irmã?

Raika— O Lucas, padrinho. Ela quer acabar com a máfia do meu pai a qualquer custo. Não posso deixar isso acontecer.

Menor— Mas não vai adiantar você ir para lá agora.

Raika— Eu sei, padrinho, não vou agora. Meus irmãos falaram que iam me deixar informada com tudo, mas se precisar, eu volto. Liana e Pedro vão ficar.

Pedro— Nada disso. Temos um juramento.

Liana— De sempre estar um do lado do outro.

Guto— Se você precisar de ajuda, estou aqui.

Fernanda— Conte comigo também.

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