Uma Estranha Em Meu Caminho

Entro no meu escritório batendo a porta, e logo atrás de mim meu melhor amigo Mattheu, o qual eu quase acertei a posta na cara.

- Calma Henrique, nós já sabemos onde ela está, agora só temos que ir buscar.

- Quando encontrar a Safira eu vou apertar tanto o pescoço dela, e depois vou fazer uma gravata colombiana (a gravata colombiana é um ato de tortura física e psicológica muito usada pelos chefes de cartéis onde a pessoa tem a sua garganta cortada, logo abaixo do queixo, e pelo orifício formado deste corte, faz-se o deslocamento da língua para o lado de fora, resultando na imagem hipotética de uma gravata)

- Para falarem mais de você do que já falam? Henrique você é conhecido como pesadelo justamente por causa das suas torturas, tanto psicólogas quando físicas.

- Eu faço isso para ser respeitado.

- Você não é respeitado, é temido.

- O que me interessa é que as pessoas com quem me importo não tem medo de mim.

- Deixa eu adivinhar, sua irmã e eu?

- É MATTHEU - grito com ele já sem paciência, não estou com cabeça para ouvir sermão - Agora vamos mudar de assunto que essa conversa já encheu a minha paciência.

- Venhamos e convenhamos que paciência é uma coisa que você não têm.

- SAI DA MINHA FRENTE AGORA.

- Se acalma que temos muito trabalho para fazer.

Odeio quando esse filho da mãe me provoca, porém ele está certo, respiro fundo e me sento. Mal vejo a amanhã passando, quando minha irmã aparece para nós convidar para almoçar.

- Helloo, acharam a minha sobrinha?

- Sim, achamos.- Matt a responde.

- Que bom, então vamos almoçar? eu estou morrendo de fome.

- Você está sempre morrendo de fome - falo sem levantar a cabeça do computador.

- Da um tempo Henrique, vocês vão ou não vão?

- Estamos indo, cinco minutos.

Ela se joga no sofá impaciente. Em alguns minutos estamos no carro indo para um restaurante caro do lado mais rico da cidade.

- Então o que nós vamos fazer? sobre a minha sobrinha

- Não tem "nós", você vai pra casa.

- Como assim? eu vou com vocês sim!

- Não, não vai, se acontecer alguma coisa com você, eu nem sei se minha cabeça vai aguentar então a senhorita ficar em casa.

- Eu não sou mais uma criança, você pode muito bem confiar em mim.

- Eu vou confiar quando você parar de fazer merda , ou pensa que eu já esqueci que você quase foi morta tentando negociar Nitro no mercado negro?

- Eu só queria me divertir um pouco, caramba você sempre me critica, mas já fez coisas bem piores.

- Como o que?

- Se casar com uma perua interesseira, que só se importa em fazer compras e ir a salões, a mulher que nem sequer cuidou da filha dela, e agora está usando a minha sobrinha pra te fazer de idiota.

- Olha aqui sua...

Eu já estava indo pra cima da minha irmã quando Matt me segurou

- Calma aí cará.

- Você não ouviu o que ela disse?

- Ouvi ,mas ela não está errada e você sabe disso, é ela é sua irmã cara pega leve.

O restante do caminho se seguiu em silêncio, só voltamos a conversar no restaurante onde nada de mais foi dito, de volta ao trabalho Mattheu e eu estávamos preparando as coisas para o ataque, tínhamos que entra sem levantar suspeitas de ninguém, o que seria difícil, passamos algumas horas debatendo, e ficou decidido que, iríamos invadir por trás e pelo frete sendo impossível alguém fugir, não teria como entra sem sermos vistos já que só os seguranças poderiam entra armados. Eu estava perdido em meus pensamentos, quando Matt me chama pra realidade.

- acho que você deveria deixar ela ir.

- o que?

- a sua irmã, ela precisa começar a entender melhor em que mundo ela vive.

- vamos fazer assim a Janne pode até ir, mas ela é responsabilidade sua.

- o que? mas a irmã é sua.

- Mas quem quer levar ela é você, vamos logo pra casa que eu preciso resolver umas coisas por lá.

Matt foi dirigindo, chegamos em casa em menos de 20 minutos, eu tinha comprado todo o condomínio em que moramos, poucas casas tinham moradores assim eu não levantava suspeitas sobre minhas atividades ilícitas. entrando em casa Janne estava na sala como de costume.

- Janne, mandem arrumar o quarto da Taylor, em algumas horas estamos saindo para buscá-la.

- já fiz isso Henrique - diz sem ao menos levantar a cabeça da revista de carros que está lendo, ela deve ter ficado chateada com o que aconteceu no caminho do restaurante.

- tá, então vai se arrumar pra gente ir

- sério? eu vou subir antes que você volte atrás. - ela sobe as escadas com toda a pressa.

saímos ao anoitecer, em três camburões com muito armamento, conferi o colete da minha irmã e mandei ela em um carro de suporte, fiz uma oração, quando chegamos pelo visto estava acontecendo uma festa, metade do meu pessoal da a volta e pula o muro dos fundos enquanto o resto entra pela porta da frente Matt joga bombas de gás lacrimogêneo e eu dou ordens para atirar nos seguranças, mando abrir cada quarto e jogar todo mundo pra fora, enquanto espero do lado de fora, a chuva forte impede que eu veja bem quem está vindo dos fundos da casa, conforme foi se aproximando pode ver que era uma mulher, meu homens foram cercando ela até eu me aproximar e ver minha filha com ela

- me de a criança, se não eu vou te matar.

- NÃO VOU DEIXA VOCÊS MACHUCAREM ELA!!! - ela grita finalmente levando o rosto, que está muito machucado.

- abaixem as armas! ela é minha filha, ninguém vai machucar ela.

ela caí de joelhos, e me entregua minha filha, que está dormindo, passo Taylor para o colo de matt, e seguro a moça quero saber que ela é e porque estava fugindo com a minha filha, mas ela desmaia em meus braços, eu a pego no colo e coloco no carro de Janne, Matt também entra no carro

- quem é essa? - pergunta assustada.

- se você não chegar rápido no hospital não vamos descobrir.

Janne da partida e sai acelerando, a chuva vai ficando cada vez mais forte e eu não sei quantas leis de trânsito minha irmã quebrou, mas chegamos ao hospital em 10 minutos. sai do carro com a moça é entrei em questão de minutos estávamos sendo atendidos ela foi levada e eu fiquei na recepção. Matt entrou trazendo uma mochila molhada.

- acho que pode precisar disso! - e me entregou uma carteira com documento que pareciam ser da garota.

- Olivia Angelli Rons, faz 18 anos hoje, até posso imaginar o porque dela ter vindo parar onde estava, vê o que encontra sobre ela é localiza a família, manda Taylor pra casa com a Janne.

- você vai ficar aqui? assim?

- traga roupas secas pra mim e leva isso. - entrego meu colete pra ele que ainda me olha - o que foi?

- porque vai ficar com uma estranha que nem sabe de onde veio? poderia mandar qualquer outra pessoa acompanhá-la.

- quero saber quem ela é assim que acordar, e como eu sempre digo, se quer uma coisa bem feita faça você mesmo.

Matt deu de ombros e saiu, mais ou menos 1h30 depois um médico me chamou.

- acompanhante da paciência Olivia Angelli!

- sou eu doutor.

- o que o senhor e da senhorita Angelli?

- Nada, eu encontrei ela saindo de uma festa naquele estado e a trouxe para cá.

- venha até meu consultório por favor. - eu o segui por um longo corredor, ele abriu a porta para mim, se sentou e me indicou a cadeira a sua frente. - bom, eu preciso falar com a família da paciente com estrema urgência.

- por que, o estado dela é grave?

- olha meu filho - ele fala tirando os óculos - não é nem pela gravidade do caso, e pela situação em que a Srta. Angelli se encontra.

- o que aconteceu com ela então?

- eu não posso dizer, esse tipo de informação só pode ser dado aos familiares mais próximos.

- Dr. caso não tenha notado eu sou um dos homens mais ricos do estado, já tomei providências para encontrar a família da moça e até eu descobri o que aconteceu com ela eu não saio deste hospital, nem que eu tenha que comprá-lo.

- venha - o homem me levou até um quarto, ela estava dormindo, tinha alguns curativos pelo corpo e usava um colar cervical - ela não deve acordar pelo menos até amanhã de manhã, está fora de risco tem alguns machucados mas não foi nada grave, o pior mesmo foi o tiro que ela tomou no braço mas, foi de raspão.

- o que mais aconteceu com ela.

- ela foi estrupada, e pelo visto era virgem, ela deve ser uma garota muito forte por que passar por tantas agressões em um único dia.

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